Mercado

Campeões ministram workshops de torra durante a Semana Internacional do Café

Foto: Guilherme Gomes

Voltada para amantes do café, produtores e profissionais do mercado, este ano a Semana Internacional do Café (SIC), maior feira brasileira do setor, está marcada para acontecer entre os dias 20 e 22 de novembro, em Belo Horizonte (MG).

Um dos destaques da programação é o Torra Experience, que traz workshops sobre a torra do café ministrados por nomes conhecidos, entre eles dois campeões: Jonathan Piazarolo, atual campeão brasileiro de torra, e Daniela Capuano, laureada como melhor mestre de torra da França.

Para participar, é necessário realizar o credenciamento no workshop desejado. Confira a grade completa deste ano:

20/11

13h às 15h30: Diversidade sensorial x perfil de torra – Como podemos trabalhar com diferentes perfis sensoriais usando o mesmo café, com Jack Robson
Indicado para: produtores, mestres de torra, classificadores e baristas
Valor: R$ 400

16h às 20: Torra de café – O que realmente importa no seu dia a dia na torrefação, com Daniela Capuano
Indicado para: produtores, mestres de torra, provadores e baristas
Valor: R$ 600

Foto: Alexia Santi/Agência Ophelia

21/11

8h às 12h: Construindo um perfil de torra, com Regina Machado
Indicado para: produtores, mestres de torra, baristas e amadores
Valor: R$ 450

17h às 19h: Nescafé – Em breve
Indicado para: produtores, mestres de torra, classificadores e baristas
Valor: gratuito

22/11

8h às 11h: A construção do perfil de torra antes de acender a chama, com Jonathan Piazarolo
Indicado para: produtores, mestres de torra, classificadores e baristas
Valor: R$ 450

11h30 às 14h30: Repetibilidade na torra – Identificando os padrões e marcadores, com Fernando Santana
Indicado para: produtores, mestres de torra, classificadores e baristas
Valor: R$ 400

Serviço
Semana Internacional do Café 2019
Quando: 20 a 22 de novembro
Onde: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br

TEXTO Redação

Cafezal

Cercada de amor e café

A história da Fazenda Santa Alina, que tirou as cercas das casas, ampliou as relações entre os colaboradores e, na gestão de uma mulher contemporânea, encontra seu caminho para a qualidade no café aliada ao melhor convívio

“Quase não falamos de café!” Com essa frase, Tuca Dias despediu-se da nossa equipe depois da visita de dois dias à Fazenda Santa Alina, na interiorana São Sebastião da Grama (SP). A brincadeira da proprietária nos levou à reflexão. O que é falar de café? Chegar a Santa Alina é descobrir-se em uma área centenária, rodeada de pés do fruto, repleta de terreiros, maquinários para a seca, o processamento, e rememorar aqueles livros de história que mostravam a casa-sede, o chão de pedra, a igrejinha, a colônia com casas semelhantes para a moradia dos funcionários. Mas é também mergulhar num ambiente inovador, em que tudo é decorado para fazer você pensar no contemporâneo, com cores vivas, peças de arte, livros, influências das viagens que Tuca realiza pelo Brasil e muita conversa num tempo que é bem diferente do urbano. É um salto para o futuro. Um aprendizado de como a sucessão pode, sim, dar certo.

Arquitetura com diálogo

Em 2010, Lucia Maria da Silva Dias, a Tuca, conta que seu pai, Joaquim, passou a fazenda para ela. Ele, a terceira geração, herdou dos pais a missão de cuidar do café, que vinha dos avós, nos distantes anos de 1900. Ali, a região do Vale da Grama, sempre teve “vocação pra café”, mas era preciso muita mão de obra para cuidar de toda a estrutura. No entorno, outras famosas fazendas unem a fama do local: Recreio, Cachoeira e Irarema são algumas delas. Pela distância da cidade, os locais desenvolveram suas colônias, escolas, postos de saúde, igrejas, comunidades inteiras com diversas famílias e até time de futebol.

Estar ali é um encontro com a história do café no Estado de São Paulo e na divisa com Minas Gerais. Para chegar às fazendas, seguem-se as placas para a turística Poços de Caldas. Entre altos e baixos das montanhas avistam-se os cafezais e também as oliveiras.

Uma das salas da casa-sede, que acolhe os visitantes com móveis de época

As variedades bourbon amarelo e vermelho eram as mais plantadas nos cafezais. A altura dos pés, que podem chegar a mais de 2 metros, requer escadas para a colheita. Toda essa estrutura podia ser vista nas propriedades da região. A colheita manual, por conta da área montanhosa, levou principalmente italianos para trabalhar nos locais, entre 1900 e 1930.

Quando Tuca assumiu a Santa Alina, eram oitenta casas e mais de 130 funcionários. O desafio maior era engajar os colaboradores na nova forma de administrar. Formada em leia mais…

TEXTO Mariana Proença • FOTO Vitor Barão

Café & Preparos

Em busca da consistência perfeita

Observando diferentes extrações em métodos filtrados, o barista grego Stefanos Domatiotis decidiu criar um equipamento que resultasse em uma bebida mais consistente. Junto com a equipe do Brewista, desenvolveu o GEM Dripper, utensílio que faz parte da linha GEM Series.

Feito de cerâmica, sua forma de diamante promove uma melhor extração do pó. Na parte interna, o método tem doze hastes verticais e horizontais. As horizontais diminuem o fluxo da água, deixando-a por mais tempo em contato com o pó a fim de que sejam absorvidas todas as características do grão.

Já as verticais ficam na parte inferior e sua função é controlar esse processo. Dessa forma, o contato não é longo o suficiente para que sejam extraídos os sabores amargos. A parte de cima, mais fechada, consiste em uma tampa que, pelo formato, proporciona maior controle do blooming, que são aquelas bolhinhas de CO2 liberadas quando a água entra em contato com o pó.

Esse é o maior diferencial do método: a tampa retém o vapor produzido no processo, que fica preso junto ao CO2. Com isso é possível obter uma melhor fusão sem que o barista precise ficar balançando a chaleira. Pode-se usar o filtro hario v60 número 2. O equipamento está à venda por cerca de $ 44 na Europa, Ásia e México.

Mais informações: www.instagram.com/thegemseries

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Cafezal

Conheça os vencedores do VII Prêmio do Cerrado Mineiro

Ontem (30), na cidade de Uberlândia (MG), foram revelados os vencedores do VII Prêmio do Cerrado Mineiro. Das 198 amostras inscritas, o concurso premiou as dez finalistas da categoria Natural e as cinco da categoria Cereja Descascado.

Campeões da categoria Natural

Na categoria natural, o primeiro lugar foi para a família Naimeg, do município de Coromandel (MG). A família participou com os grãos Rubi-MG 1192, cultivados na Fazenda Londrina, que atingiram 90,04 pontos.

A segunda colocação ficou com a família Aga, da Fazenda Douradinho, também de Coromandel. Eles participaram com a variedade catuaí vermelho IAC 144, que conquistou 88,63 pontos. Já a produtora Maria Soraia Guimarães finalizou o pódio em terceiro lugar, com a variedade Mundo Novo, que pontuou 87,46 pontos. Ela é da Fazenda Jacu Lugar Tijuco, localizada em Cruzeiro da Fortaleza (MG).

Campeões da categoria Cereja Descascado

Na categoria cereja descascado, o vencedor foi o produtor Eduardo Pinheiro Campos, da Fazenda Dona Nenem, de Presidente Olegário (MG). O café de Eduardo foi um Bourbon amarelo, que conquistou 87,63 pontos.

O segundo lugar ficou com o produtor Rafael Vinhal, da Fazenda Estrela, localizada na Serra do Salitre (MG), que pontuou 87,50 nos grãos catuaí vermelho IAC 144. O pessoal do Guima Café ficou em terceiro lugar, com um Bourbon amarelo de 86,63 pontos cultivados na Fazenda São Lourenço, em Varjão de Minas (MG).

No leilão, as empresas compradoras foram Expocaccer, CarmoCoffees e Café Cajubá. O café com o maior valor arrematado foi o de Jorge Naimeg, por R$ 20.017,00. O concurso é promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, entidade que controla a Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Café & Preparos

Roteiro por cafeterias de Belo Horizonte começa nesta sexta-feira (01/11)

Buscando apresentar aos consumidores as cafeterias de Belo Horizonte que valorizam a produção do café mineiro, a origem dos grãos, história de um produtor, sabor e textura, a Semana Internacional do Café criou o circuito Café da Semana. O roteiro será lançado na próxima sexta-feira (01/11) e segue por todo o mês de novembro.

As cafeterias participantes contam com cafés de diferentes regiões mineiras, como Cerrado Mineiro, Mantiqueira de Minas, Matas de Minas, Sul de Minas e Chapada de Minas, e seguem algumas condições especiais para servir a bebida: ter ao menos um barista na casa; diferentes métodos de extração, além do tradicional espresso; e ter o café como carro-chefe do negócio.

Neste ano, o projeto conta com a participação de 32 casas, entre elas Academia do Café, OOP, Tost, Café Jetiboca, Mona Café, Mierím Empório e Café. “Os apaixonados pelo café terão a oportunidade de desfrutar de experiências sensoriais ricas, experimentando harmonizações exclusivas e especialidades dessas casas”, destaca Mariana Proença, diretora de conteúdo da Café Editora e uma das organizadoras do evento.

Aqui você confere a lista completa de todas as cafeterias participantes!

A Semana Internacional do Café acontece de 20 a 22 de novembro, em Belo Horizonte (MG) e tem como foco o desenvolvimento do mercado brasileiro e a divulgação da qualidade dos cafés nacionais para o consumidor interno e países compradores, além de potencializar o resultado econômico e social do setor.

O evento terá 25 atividades simultâneas, como seminários, cursos, workshops, campeonatos e sessões de cupping (prova de cafés). É voltado para os profissionais do setor cafeeiro e apreciadores da bebida, que podem participar como visitantes. Saiba mais no site!

FOTO Divulgação/ Academia do Café

Mercado

Quer abrir uma cafeteria? Participe de workshop na SIC

Durante a Semana Internacional do Café, de 20 a 22 de novembro, acontecerão diversos cursos, palestras e workshops para que os interessados possam se aperfeiçoar na área.

Tem dúvidas sobre os itens necessários para abrir uma cafeteria? No dia 22/11 Isabela Raposeiras, do Coffee Lab, realizará um workshop com o tema: Gestão de Cafeterias – Como desenvolver o cardápio e atrair o consumidor. Ela apresentará os pontos críticos para o sucesso de uma cafeteria: quem, como, onde, qual, e porquê abrir uma.

Aproveite para esclarecer todas as dúvidas, antes de começar o seu negócio, como: a importância do conceito, o DNA da marca; bons e não tão bons motivos para abrir uma; localização; qualidade; como definir os fornecedores; equipamentos; plano de negócios; dicas de gestão; quanto investir; panorama nacional e mundial do café de qualidade.

Workshop Gestão de Cafeterias com Isabela Raposeiras
Quando: 22/11
Onde: Semana Internacional do Café – Sala Encontros – Expominas – Belo Horizonte (MG)
Horário: 13h às 17h
Valor: R$ 450
Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br

FOTO Lucas Albin/Agência Ophelia

Mercado

Apesar das grandes redes, crescimento de cafeterias nos EUA desacelera

Foto: Julian Lopes

Segundo o Project Café USA 2020, o mercado de cafeterias dos Estados Unidos, que está avaliado em US$ 61,2 bilhões, cresceu mais 3,3%, atingindo 37.274 pontos de venda nos últimos 12 meses. As vendas anuais também permaneceram firmes em 4,3%, mas o crescimento desacelerou pelo terceiro ano consecutivo.

As cadeias focadas no café impulsionam o crescimento das lojas, adicionando 1.070 lojas para alcançar 29.812 pontos de venda, representando 3,9% de crescimento do subsegmento. Enquanto isso, as redes focadas em alimentos adicionaram apenas 54 novas lojas líquidas nos últimos 12 meses, representando um crescimento de 0,8%, atingindo 7.462 pontos de venda.

Os relatórios dizem que a intensa concorrência nas maiores cidades incentivou as principais operadoras a focarem a expansão em locais de segundo nível e áreas urbanas menos densamente povoadas.

A Starbucks é de longe a maior cadeia de café dos EUA, mantendo uma participação de 40% no mercado total de cafeterias, com 14.875 pontos de venda e adicionando 585 novas lojas líquidas nos últimos 12 meses. A Dunkin’ continua leia mais…

Cafeteria & Afins

MY Coffee Shop Project – Tubarão (SC)

Após uma mudança em seu ritmo de trabalho, Ana Carolina Marin viu-se diante do desafio de sair da agitada capital paranaense e ir para a pequena cidade catarinense de Tubarão. Com essa mudança, seria difícil seu marido e barista, Sebastian Yarzabal, conseguir um emprego na área, uma vez que não havia no município nenhuma cafeteria de cafés especiais.

Da dificuldade nasceu a oportunidade. O casal decidiu mergulhar junto na ideia de abrir um negócio próprio para levar essa nova experiência aos moradores da região. Em abril de 2017 nasceu a cafeteria MY Coffee Shop Project, que também disponibiliza workshops sobre o assunto, bate-papo com baristas e consultoria para quem quer embarcar nesse universo do empreendedorismo.

A casa de estilo moderno, com mesas, banquetas, prateleiras com acessórios e paredes decoradas, oferece um ambiente diferenciado e aconchegante à cidade. Segundo Ana, a aceitação foi ótima. “O pessoal gostou tanto da ideia que no ano passado já dobramos o nosso espaço. Os planos de expansão e diversificação não param.”

Experiências sensoriais

A MY Coffee Shop Project trabalha com grãos de diferentes regiões e origens, o que possibilita aos frequentadores descobrir diversas sensações e degustar o seu preferido. Para aprimorar esse momento, é possível escolher entre os métodos aeropress, prensa francesa, chemex, cafeor, pressca, kalitta e hario v60. O espresso é tirado de uma Nuova Simonelli.

Para acompanhar a bebida, a cozinha prepara tortas que variam diariamente. Além delas, o cardápio conta com bolos caseiros, pães de fermentação natural e paninis. Praticamente tudo é de fabricação própria. De acordo com Ana, o queridinho dos clientes e recorde de vendas é o pão na chapa com ovos mexidos, mas a indicação dos proprietários é o Panino Parma!

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Avenida Marcolino Martins Cabral, 1554 sala 3
Bairro Centro
Cidade Tubarão
Estado Santa Catarina
País Brasil
Website http://www.instagram.com/mycoffeeshopproject
Horário de Atendimento De segunda a sexta, das 8h30 às 20h; sábado, das 15h às 20h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Ester Zim

O futuro das cápsulas no Brasil: recuperação econômica e novo modelo de negócios

Entra crise, sai crise e um dos produtos mais resilientes da cesta de compras dos brasileiros continua sendo o café. Mesmo em 2016, no pior ano de consumo durante a recessão, o item continuou registrando aumento de 3% em volume total de vendas, acima do crescimento médio mundial. Engana-se, no entanto, quem acha que só aumentam as vendas dos cafés com baixa penetração: mesmo o tradicional café torrado e moído, comum em quase todos os lares brasileiros, segue em crescimento – foram 2% de aumento em 2018. Mas e as cápsulas?

Se no mercado de café como um todo, o Brasil ocupa posições de liderança, quando o assunto são as cápsulas, o cenário é outro. O país é o nono maior mercado do mundo em volume total de vendas em 2018, mas apenas o 24° em consumo por lares – atrás não apenas de potências como os Estados Unidos, mas também mercados mais tímidos, como a Nova Zelândia.

Que existe interesse pelo produto, isso é inegável. Aspectos como conveniência, praticidade e até a percepção de status são fatores chave para aumentar, cada vez mais, a base de interesse pelas cápsulas nos lares brasileiros. Enquanto as máquinas de café em cápsula devem continuar crescendo a uma taxa média anual de 12% e presentes em até 15% dos domicílios brasileiros até 2023, o grande desafio para a manutenção das vendas na categoria de cafés parece estar justamente no modelo de venda do produto. Muitos fabricantes e varejistas independentes optam por oferecer a máquina a preços muito baixos – especialmente em datas comemorativas como Dia das Mães, Black Friday e Natal – e ainda complementando com um grande volume de cápsulas de brinde na compra, buscando aumentar a experimentação. Sendo as cápsulas um tipo de café complementar ao já tradicional torrado e moído dentro dos lares, os consumidores geralmente levam um longo tempo até acabarem com seus estoques e precisarem fazer a recompra.

Eis o problema: fidelização – não de marcas, mas de produto. Pouco ou nenhum laço de longo prazo é criado com o consumidor, para grande parte dos fabricantes. Não existe relacionamento ativo, é baixo o nível de leia mais…

TEXTO Angelica Salado, Consultora, Euromonitor International • FOTO Beatriz Cardoso

Qual é o segredo?

O café brasileiro está em momento interessante no cenário internacional: depois de muitos anos sendo esnobado por torrefações de cafés especiais graças à fama de ter baixa qualidade, os profissionais gringos agora veem o café brasileiro como uma aventura a ser explorada, e estão em busca de verdadeiros tesouros.

Esse fenômeno tem mais de um motivo: em primeiro lugar, os esforços dos produtores em melhorias genéticas e processos de pós-colheita geraram um grande avanço na qualidade do café. Um segundo motivo – ou seria uma consequência? – é a presença mais frequente de cafés brasileiros nos campeonatos de barista. Nessas competições os melhores profissionais apresentam os melhores cafés do mundo e, por muitos anos, os palcos foram dominados por cafés de Panamá, Colômbia e Etiópia. Nos últimos anos já ficou mais comum encontrar cafés made in Brazil nas competições e, às vezes, até no primeiro lugar do pódio.

Uma das fazendas brasileiras mais procuradas por baristas em busca de cafés para competição é a Daterra, no Cerrado Mineiro. Em 2018 e 2019 dezenas de competidores usaram os cafés da fazenda em regionais, e três deles nos mundiais sediados em Boston, Estados Unidos. Ao longo da história, três competidores foram campeões mundiais com cafés da Daterra.

Em 2005, o dinamarquês Troels Poulsen levou um café da Daterra ao 1º lugar do mundial de Barista. Em 2006, o também dinamarquês Klaus Thomsen tornou-se o barista campeão com um blend que continha cafés do Brasil e leia mais…

TEXTO Juliana Sorati • ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes
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