Personagens

Luiza Estima: “Se alguém ainda não associou café à meditação, por certo já o ligou a uma oração”

Fui morar em São Paulo no final dos anos 1980. Vinda da terra do chimarrão e do chá, quente ou geladinho, o café não me apetecia. Nem poderia, as ofertas eram: o solúvel com leite em casa (que para mim estava na categoria leite e não café) ou a água preta cheirando a carvão no balcão do jornal onde eu trabalhava como revisora. Se não me engano, era de graça – o que tornava ainda mais complicado refugar a xicrinha trazida pelos colegas que serviam o tal piche cheios de sono e emoção.

Foi em São Paulo que essa história finalmente se escreveu. Hoje, revisitando os momentos passados, vejo que eu buscava algumas (muitas) coisas para mim e uma delas se corporificou no café. Eu procurava meu gosto como alguém que busca conhecimento, razão e sentido para o ser humano que é – ou que quer se tornar. Aos poucos, a bebida foi fazendo sentido e meu paladar em (eterno) desenvolvimento foi-se preparando.

Um dia aconteceu. Em uma reunião de mulheres, brigadeiros e divagações sobre a harmonia do docinho com a bebida, fui servida com uma caneca simples e branca de onde saíam fumacinhas suaves e perfumadas. Olhei para o seu interior, quando pousou à minha frente, como quem encontra o anel mais querido perdido há anos. Ali dentro ondulava macia uma aguinha límpida e morena que me sorria do mesmo jeito que eu a mirava, encantada, seu reflexo, como o meu, nas águas dos meus olhos. 

Se alguém ainda não associou café à meditação, por certo já o ligou a uma oração. Essa sensação que nos conecta a algo divino, que nos conecta de volta a terra, à sua exuberância e simplicidade, a toda a natureza que nos compõe. Louvei o silêncio daquele instante para que só eu pudesse ouvir a canção que saía de mim nas notas magníficas do sabor que, eu descobri, já me habitava. Faltava esquentar a água. 

Luiza Estima, assessoria de imprensa – Porto Alegre (RS) @luestima

Mercado

Naveia abre inscrições para 2ª edição de campeonato de latte art com bebida vegetal

Depois do sucesso da primeira edição, que contou com 32 baristas de todo o País e foi realizada em abril de 2021, a Naveia anunciou a realização do 2º Campeonato Brasileiro de Latte Art com Deleite Vegetal.

O concurso que busca incentivar o uso de bebidas vegetais com café já está com inscrições abertas. Os participantes de todo o Brasil poderão concorrer nas seletivas, que irão eleger as oito melhores artes de cada região (Norte, Nordeste, Centro, Sudeste e Sul). Depois, a disputa acontecerá em duas etapas: regional e a grande final.

A fase regional será realizada de maneira on-line e vai definir o finalista de cada região. Já a grande final acontecerá de modo presencial entre os dias 23 e 24 de outubro, durante o Rio Coffee Nation, evento que acontece no Rio de Janeiro (RJ). A disputa será transmitida através das redes sociais.

Aos interessados, as inscrições estarão abertas até o dia 15 de agosto. Para competir é necessário realizar a inscrição clicando aqui e preencher o formulário. O valor individual para participar é de R$ 15.

A primeira edição

Realizado de maneira totalmente digital, o 1º Campeonato Brasileiro de Latte Art com Deleite Vegetal teve como grande campeã a barista curitibana Amanda Albuquerque, que disputou a final com o barista Leonardo Pires, também da capital paranaense. Clique aqui e veja mais detalhes.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Japonesa % Arabica abre sua primeira cafeteria e torrefação nos Estados Unidos

A cadeia de cafés especiais % Arabica, sediada em Kyoto, no Japão, abriu sua primeira torrefação e varejo nos Estados Unidos, no bairro de Dumbo, no Brooklyn, em Nova York. Inaugurada oficialmente em 11 de junho, a unidade de Nova York é a 87ª loja de varejo da marca até o momento, somando-se aos locais operados pela empresa e de franquia em 16 países em toda a Ásia, Europa e Oriente Médio.

As ofertas básicas de café em todos os locais são consistentes em todo o mundo, embora em cada novo mercado a empresa faça parceria com uma padaria local para bolos frescos, incluindo a Balthazar Bakery, com sede em SOHO, em Nova York.

Ocupando aproximadamente 139 metros quadrados no distrito histórico de Fulton Ferry de Dumbo, a nova loja foi projetada em colaboração pelo fundador da % Arabica, Kenneth Shoji, e o estúdio de design francês Ciguë.

“[Shoji] viu valor em sua abordagem transdisciplinar que une arte, ciência e poesia, que ele sentiu que monitorava de perto sua abordagem ‘mínima, mas intencional’ que ele tinha para a marca”, disse Joshua Dittmer, gerente geral da % Arabica nos EUA. “Contexto, função e matéria guiaram instintivamente a forma como conceituaram o espaço, fundindo arte e utilidade”, explicou.

Fundada em Hong Kong em 2013, a % Arabica abriu sua primeira loja de varejo em Tóquio no ano seguinte e agora possui uma fazenda de café no Havaí, além de dezenas de lojas de varejo. A empresa é a única exportadora de torredores Tornado King e a única distribuidora doméstica de máquinas de café espresso Slayer e café verde da Ninety Plus Coffee no Japão.

Dittmer disse à DCN que a empresa está buscando abrir outros locais na cidade de Nova York, bem como em outros mercados dos Estados Unidos. “Estamos de olho em Los Angeles, São Francisco, Havaí, DC, Miami, Houston, Austin, Portland, Denver e muitos outros nos próximos anos. Esperamos lançar 100 lojas nos próximos 10 anos nos”, contou.

TEXTO As informações são do Daily Coffee News / Tradução Juliana Santin • FOTO Divulgação

Café & Preparos

A arte d’OSGEMEOS

Do grafite nas ruas do bairro Cambuci, em São Paulo, às principais galerias do mundo, Gustavo e Otávio Pandolfo inspiram o público com seus traços, formas e cores

Da América do Sul à Europa, o traço característico dos grafiteiros Gustavo e Otávio Pandolfo – conhecidos como OSGEMEOS – já foi impresso em muros e galerias de diversas partes do mundo. A trajetória da dupla, contudo, começou a se desenhar no pacato bairro Cambuci, na zona central da cidade de São Paulo, no final dos anos 1970 e início dos anos 1980.

“A gente teve essa infância de ficar muito na rua e ser criativo. Nossos pais não tinham dinheiro para comprar brinquedos, então a gente improvisava na maneira de brincar”, conta Gustavo. As crianças eram tutoradas pelo irmão dez anos mais velho, Arnaldo, a quem definem como uma espécie de “professor Pardal”, personagem de Walt Disney conhecido por suas invenções. Engenheiro, Arnaldo trabalha com a dupla nos dias de hoje, assim como a irmã, Adriana.

“O Arnaldo tinha esse hábito de desconstruir e reconstruir as coisas, inventar objetos novos. Tudo virava brinquedo”, relata. Mas a diversão mesmo, é claro, ficava por conta dos desenhos. “Não precisava de brinquedo. Se estivéssemos desenhando, estava tudo ótimo”, enfatiza Otávio. “Quando ganhávamos um estojo de canetinhas, então, era uma maravilha”, relembra.

O prazer de trabalhar em conjunto também data dessa época. Segundo OSGEMEOS, já na infância eles dividiam o mesmo papel. “Acho que a gente trabalha junto até mesmo antes de nascer. É uma coisa espiritual nossa. Uma maneira que encontramos de conversar”, reflete Gustavo.

Universo hip-hop

O Cambuci vivia um momento de efervescência na década de 1980, entre manifestações da cultura hip-hop, com DJs, B-boys, MCs e grafiteiros. Foi nesse ambiente culturalmente fértil que OSGEMEOS conheceram o grafite.

“No bairro havia uma das primeiras turmas de break de São Paulo, chamada Fantastic Break. Demos sorte de crescer vendo-os dançar na porta de casa. Nós nos encantamos com aquela cultura e descobrimos que o grafite leia mais…

TEXTO Leonardo Valle • FOTO Marcus Steinmeyer

A competitividade, a renda e a própria produtividade do cafeicultor dependem muito do que acontece fora da porteira

O ambiente facilitador é um conjunto de condições comerciais, organizacionais e legais que ajudam os cafeicultores a produzirem com maior eficiência (mais café a um custo menor) e a se apropriarem de uma porcentagem maior do preço de exportação FOB do café produzido.

O ambiente facilitador é composto, mas não se restringe a:

– Disponibilidade de serviços eficientes de extensão e treinamento em Boas Práticas Agrícolas Sustentáveis;
– Organizações de produtores e associações da cadeia de abastecimento fortes
– Mercados eficientes para insumos, equipamento e, especialmente, café;
– Disponibilidade de financiamento a taxas compatíveis com as atividades agrícolas;
– Sistema de impostos e taxas que não interfira na competitividade internacional do produto;
– Logística eficiente;
– Oportunidades de obter renda fora da produção de café.

É fato que os países produtores de café mais competitivos, como o Brasil e o Vietnã, têm ambientes facilitadores mais eficientes. Portanto, os países produtores menos competitivos devem melhorar seus ambientes facilitadores para aumentar a renda dos produtores como um primeiro passo para ter melhores condições sociais e ambientais.

O próprio Brasil ainda tem bastante espaço para melhorar, como sabemos. Porém, não é fácil enfrentar este desafio devido às práticas estabelecidas, aos interesses públicos e privados e aos recursos limitados disponíveis. Além disto, é difícil avaliar a melhoria no ambiente facilitador. Pode-se pensar em Indicadores-Chave de leia mais…

TEXTO Carlos Henrique Jorge Brando • FOTO Café Editora

Mercado

Dia do Agricultor: A importância de um bom cultivo para obter qualidade na xícara

Foto: Agência Ophelia

28 de julho é o Dia do Agricultor, responsável pela produção dos cafés que consumimos todos os dias nas cafeterias, restaurantes e até mesmo em casa. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), em 2020, o consumo de café em território nacional cresceu 1,34%, chegando a 21,2 milhões de sacas, o que só comprova a importância do trabalho dos profissionais no campo.

Os cafés especiais, caracterizados por ter matéria-prima boa, torra apropriada e uma cadeia de sustentabilidade durante o processo de plantio e colheita dos frutos, e cujo principal diferencial é a doçura, representam, em média, de acordo com a pesquisa inédita do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) chamada “Cafés Especiais: perfil e sabor”, 44% da produção dos agricultores que atuam neste nicho. O estudo também indicou que 52% dos profissionais da cadeia do café especial estão neste mercado há, no máximo, cinco anos, desde produtores até os baristas e cafeterias. Além de uma produção especial e diferenciada para esse tipo de café, são vários os benefícios da bebida para os consumidores.

Foto: Divulgação

“O benefício dos cafés especiais já começa no grão verde, que possui muitos polifenóis e antioxidantes que ajudam a rejuvenescer. Além disso, aliviam o estresse, ajudam na digestão e, dependendo da dose e das atividades físicas praticadas, podem até ajudar no emagrecimento”, explica Renan Dantas, barista da Nestlé e parceiro do A Ventana Bar & Café, espaço no bairro Pinheiros, em São Paulo (SP). “Eles têm torra perfeita, não sendo queimados e com grãos totalmente selecionados, proporcionando, também, uma bebida perfeita. O grão contém nutrientes e açúcares naturais, e, quando permanece moído por mais tempo, oxida de maneira mais acelerada, perdendo complexidade e informações presentes no café”, completa.

O principal diferencial dos cafés especiais em relação aos outros é a cadeia de sustentabilidade. É imprescindível saber onde o café está sendo comprado, o tempo de maturação do fruto, o manejo na colheita e os cuidados com os grãos do café. “Hoje, vemos muitos pequenos produtores e sabemos, realmente, onde estamos comprando aquele café. Toda a cadeia de sustentabilidade é envolvida e melhor remunerada do que outros. O café especial é caracterizado pela sua alta doçura na xícara, sendo a bebida mais complexa do mundo”, afirma Renan, que escolheu a profissão pensando na experiência inesquecível que poderia passar para o cliente por meio de suas receitas com o ingrediente.

Além do espaço em Pinheiros, o A Ventana também possui duas unidades de quiosques localizadas em shoppings na cidade de São Paulo: Morumbi e Center Norte.

TEXTO Redação

Cafezal

Diretora da Rainforest Alliance Brasil discute sustentabilidade e certificações na cadeia cafeeira

Na quinta-feira (29), a Espresso convida Mariana Barbosa, diretora da Rainforest Alliance no Brasil, para debater sobre dois temas importantes e atuais: a sustentabilidade e as certificações na cadeia cafeeira. A apresentação ficará por conta da diretora de conteúdo da Café Editora, Mariana Proença.

Marcada para acontecer às 18h no Instagram da Revista Espresso, a live abordará o trabalho da Rainforest Alliance no País e no mundo, a importância e o impacto das certificações para o cafeicultor, o valor agregado ao café certificado, a necessidade da área de preservação ambiental no cultivo, o investimento na sustentabilidade e os cuidados indicados quanto às geadas.

A diretora também contará sobre a nova certificação contextualizada para cada região e cultivo, com novos critérios específicos em relação aos riscos e operações, e os reconhecimentos e premiações aos produtores que possuem cultivo sustentável.

Não perca!

Serviço
Live – Rainforest Alliance Brasil
Quando: 29 de julho
Horário: 18h
Onde: www.instagram.com/revistaespresso

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Barista

Quem está por trás da xícara? 10º episódio da websérie da BSCA traz os personagens do café

Nesta quarta-feira (28) acontece o lançamento do décimo episódio da websérie “A História do Café Especial – O olhar da BSCA em 30 anos”, realizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Café Editora.

O vídeo conta um pouco sobre os profissionais que estão por trás das xícaras que tomamos todos os dias, desde os produtores, classificadores, mestres de torra, exportadores, traders, baristas, até as cooperativas e a indústria.

Os convidados da vez foram Julia Fortini, da Academia do Café; Boram Um, da Um Coffee; Emerson Nascimento, do Coffee Five; Fernando Trajano, do Café Versado; Donieverson dos Santos, da Bourbon Specialty Coffees; Lauro Ré, da 3corações; Silvio Leite, da Silvio Leite Café; Francisco Lentini, da Minasul; Humberto Florezi, da Falcafé; Reymar Coutinho, da Pinhalense; Sandra Moraes, da Expocaccer; Gabriel Nunes, da Nunes Coffee; e Luiz Paulo Pereira, da CarmoCoffees/Fazenda Santuário Sul.

Movimento da xícara ao grão

Com novos episódios lançados todas as quartas-feiras no YouTube da BSCA e no Instagram da Revista Espresso, o projeto busca levar informações relevantes sobre a cadeia do café especial ao consumidor final e a todas as pessoas que não possuem conhecimento deste universo, rebobinando o trajeto da bebida da xícara ao produtor e sua lavoura.

Com o intuito de aproximar as pontas do setor, a websérie conta com linguagem acessível e tradução em inglês. Deste modo, mais pessoas ao redor do mundo também podem conhecer de perto a história do café especial no Brasil e ficar por dentro de toda a qualidade da produção nacional!

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Barista

Conheça os finalistas nacionais da competição Licor 43 Bartenders & Baristas Challenge

Criado para dar mais visibilidade aos baristas e bartenders e, ao mesmo tempo, divulgar o Carajillo 43, coquetel que leva Licor 43, café espresso e gelo, a competição Licor 43 Bartenders & Baristas Challenge, na segunda edição da etapa nacional, contou com mais de 100 inscritos.

Diferente do ano passado, a edição deste ano contou com uma maior adesão de baristas, o que mostrou o crescimento do destilado na comunidade e a versatilidade do licor na criação de coquetéis relacionados ao café.

Os participantes tiveram que postar um vídeo em suas redes sociais preparando a receita proposta utilizando a #Licor43BB2021. O desafio era criar um drinque exclusivo contendo os dois ingredientes: Licor 43 e café.

O júri foi composto por Saulo Yassuda, repórter da Veja São Paulo e autor do blog Notas Etílicas; Mariana Proença, diretora de conteúdo da Revista Espresso; Laércio Zulu, bartender e mixologista responsável pelo grupo São Bento Gastronomia; e Tomas Lellis Vieira, gerente da Zamora Company América do Sul.

Na avaliação, foi levado em consideração a ideia por trás do coquetel, o nome, a influência do Licor 43, a facilidade para replicação, originalidade, apresentação, entrega, sabor, aroma e conhecimentos sobre o café.

O destaque foi dado para os drinques com histórias que relacionaram os ingredientes à diferentes movimentos da sociedade contemporânea, como o Tropicália, criado pela bartender Thalita Cacho, do leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Barista

Polônia e Austrália sediarão Campeonatos Mundiais de Café em 2022

A Specialty Coffee Association (SCA) anunciou hoje (27) que os Campeonatos Mundiais de Barista e Brewers de 2022 acontecerão durante a Melbourne International Coffee Expo (MICE), entre os dias 27 e 30 de setembro do ano que vem. O evento australiano, que sediou as competições em 2013, iria realizá-las também em 2020, porém foi cancelado devido à pandemia de Covid-19.

Já os Mundiais de Latte Art, Coffee in Good Spirits, Cup Tasters e Torra foram marcados para a World of Coffee, que acontece entre os dias 16 a 18 de junho de 2022, em Varsóvia, na Polônia.

“Estamos entusiasmados por ter garantido esses prestigiosos campeonatos mundiais. Já sabíamos que a Austrália era um destino renomado para o café e agora temos a chance de compartilhar nossa cultura com o público geral”, disse Lauren Winterbottom, diretora da MICE.

“Melbourne é uma localização fantástica para os campeonatos e estamos muito satisfeitos por estarmos hospedados na MICE mais uma vez”, comentou Yannis Apostolopoulos, CEO da SCA. “A Austrália tem uma cultura incrível e estamos animados para celebrar os melhores competidores de todo o mundo em uma cidade tão fantástica”, completou.

Ainda em 2021, os Mundiais de Barista, Brewers e Cup Tasters serão realizados no HostMilano, na Itália, entre os dias 22 a 26 de outubro. Já as competições de Latte Art, Coffee in Good Spirits e Torra foram adiados.

Mais informações: www.worldcoffeeevents.org

TEXTO Redação • FOTO Marcus Desimoni / NITRO
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