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Você sabia que agora é a melhor época para tomar café?

Aqui no Brasil a nova safra 2018/2019 á está sendo comercializada. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nossa produção apresentou um crescimento de 37% em comparação com o ano passado: beiramos as 61 milhões de sacas, compostas por grãos arábica e canéfora das mais diversas regiões do País.

Este número recorde foi graças ao bom tempo e a bienalidade alta das plantações. Para quem não sabe, essa é uma característica comum na cafeicultura. Em um ano, os cafeeiros terão uma grande produtividade, já no próximo, devido a sua necessidade de recomposição, apresentarão queda na produção.

Justamente pela boa qualidade adquirida neste ano-safra, tivemos excelentes resultados em campeonatos nacionais e internacionais. O Coffee of The Year (COY), por exemplo, recebeu mais de 400 amostras, com os primeiros colocados surpreendendo não só na pontuação, mas também na qualidade e no cuidado com os grãos. Já no Cup of Excellence – Brazil 2018, os grãos vencedores da categoria “Pulped Naturals” (via úmida) receberam uma pontuação de 93,89 pontos no ranking internacional, superando países como Bolívia, Colômbia, Costa Rica e El Salvador.

Mas sabe por que essa é a melhor época para se tomar café? Justamente pela excelência conquistada nas lavouras. Os estabelecimentos que trabalham com cafés especiais já estão fazendo conexões com produtores e associações em busca de novos grãos para compor os cardápios Brasil afora (e isso inclui esses cafés campeões!).

Por exemplo, para quem quer degustar os grãos vencedores do Cup of Excellence – Brazil 2018, cultivados na Chapada de Minas, a IL Barista irá comercializar em edição limitada a partir do dia 20/12. Já para quem busca experimentar cafés do COY, o Zcoffee, em São Paulo, está servindo o 2° colocado na categoria “arábica”: do cafeicultor Deneval Vieira, produzidos nas Montanhas do Espírito Santo.

Além dos grãos vencedores, as cafeterias estão se abastecendo de cafés novinhos dessa safra recorde. O Suplicy Cafés Especiais (unidade Mirante 9 de Julho, em São Paulo), por exemplo, está com grãos de 83 pontos do produtor Paulo Tassinari, da região Serrana do Rio, disponíveis durante o mês de dezembro. Paulo foi campeão deste ano do Concurso de Qualidade do Café do Estado do Rio de Janeiro.

Quer tomar cafés frescos e de boa qualidade? Então aproveite! Vá a uma cafeteria de cafés especiais, pergunte ao barista sobre os grãos da casa e as regiões produtoras e peça seu escolhido em um método favorito. O Brasil possui qualidade e cuidado, que começa com o produtor, passa por diversos profissionais do mercado e termina com um preparo bem feito. Bons cafés!

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Lucas Albin / Felipe Gombossy

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Melhores cafés de São Paulo são apresentados pelas torrefações e cafeterias

O 17º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo – Prêmio Aldir Alves Teixeira teve seu término ontem, dia 17/12, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo (SP), quando os cafés premiados da safra foram apresentados pelas indústrias, cafeterias e torrefações em embalagens finais para o consumidor. Esses cafés adquiridos no leilão são identificados por selos numéricos que levam a identificação da 16ª Edição Especial dos Melhores Cafés de São Paulo.

O concurso, que elege os melhores cafés de São Paulo, começou há meses atrás e recebeu 77 lotes que foram selecionados nos 10 concursos regionais realizados por associações, cooperativas e sindicatos. Para a etapa final, foram escolhidos 13 produtores de café de diferentes regiões do Estado.

Depois da premiação dos cafés as indústrias realizam lances. O Grupo 3 Corações foi o campeão na categoria Diamante, pelo maior investimento em qualidade, num total de R$ 10.200,00 e na categoria Ouro, pelo maior valor pago por saca.

A 3 Corações arrematou o lote de duas sacas do café produzido por Arnaldo Alves Vieira, de São Sebastião da Grama, por R$ 3.800,00, pagando R$ 1.900,00 por saca.

Na categoria Especial, que distingue a empresa que adquiriu o maior valor por uma saca do Microlote, a campeã foi a IL Barista Cafés Especiais, que pagou R$ 1.800,00 pela saca de café produzida por Carlos Nobukazu Makimoto, de Serra Negra.

A produtora campeã deste 17º Concurso foi Lucia Maria da Silva Dias, a Tuca, de São Sebastião da Grama, com a nota máxima de 9,01, conferida pelo Júri Técnico. Ela teve seus 8 lotes adquiridos pela Suplicy Cafés Especiais, ao custo total de R$ 9.600,00, sendo R$ 1.200,00 por lote.

Para o presidente da Câmara Setorial do Café, Eduardo Carvalhaes, esse é um dos mais importantes concursos de qualidade do Brasil, pioneiro e que estimula os cafeicultores paulistas a produzirem cafés de Qualidade. “É o único que resulta numa edição especial, possibilitando ao consumidor paulista e mesmo de outras regiões, apreciarem a qualidade do café de São Paulo”, explica Eduardo.

A cerimônia no Palácio dos Bandeirantes foi marcada pela presença de autoridades, como Francisco Sergio Ferreira Jardim, Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, pelo homenageado que dá nome ao prêmio, Aldir Teixeira, Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da ABIC, Carlos Brando, presidente da P&A Marketing, Gelma Franco, da IL Barista, e Marco Suplicy, da Suplicy Cafés Especiais, Ana Mazzi, da Mazzi Café e do Café Baronesa, executivas da 3 Corações, Aline Germano e Patricia Carvalho, dentre outros.

O concurso seguido do leilão e do lançamento da edição especial é uma promoção da Câmara Setorial de Café de São Paulo e da CODEAGRO – Coordenadoria de Agronegócios da Secretaria da Agricultura do Estado, e conta com a parceria do Sindicato das Indústrias de Café de São Paulo, da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, da ACS – Associação Comercial de Santos e do Museu do Café.

TEXTO Mariana Proença • FOTO João Luiz/SAA

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3corações faz parceria com restaurante de Erick Jacquin

Ontem (10), a 3corações lançou uma parceria com o restaurante paulistano Le Bife, do chef francês Erick Jacquin. A casa servirá, por tempo limitado, dois drinques que levam café e chá em sua composição: o TRES Amaretto Sour e o Honey Camomila TRES.

As bebidas estarão disponíveis a partir de janeiro e ainda não possuem preços definidos. Mas, para aqueles que querem tentar reproduzi-las em casa, nós trazemos as receitas! Separe os ingredientes!

TRES Amaretto Sour

Ingredientes:
– 50 ml de Espresso Safras Especiais Mogiana Paulista
– 50 ml de licor Amaretto
– 15 ml de suco de limão
– 6 pedras de gelo
– açúcar para a borda da taça

Preparo:
Resfrie uma taça de Martini com duas pedras de gelo. Quando estiver gelada, descarte as pedras. Umedeça levemente a borda da taça e faça uma crosta de açúcar. Em uma coqueteleira, misture todos os ingredientes restantes. Bata vigorosamente e despeje o líquido delicadamente na taça.

Honey Camomila TRES

Ingredientes:
– 100 ml de infusão de camomila TRES
– 20 g de mel
– 50 ml de whiskey
– 1 zest (raspas) de laranja
– 8 pedras de gelo

Preparo:
Em uma coqueteleira, misture a infusão, o mel, o whiskey e quatro pedras de gelo. Bata vigorosamente. Complete um copo Old Fashioned com o restante das pedras de gelo, derrame a bebida e aromatize com a zest de laranja.

Serviço
Le Bife
Onde: Rua Pedroso de Alvarenga, 1088 – Itaim Bibi – São Paulo (SP)
Mais informações: www.lebife.com.br

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Informação do café na palma da mão

A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) possui um aplicativo que ajuda o consumidor a ver as certificações e qualidades de diversos cafés. Com o software, desenvolvido pelo Instituto Totem, o app De Olho no Café conta com informações de várias marcas do mercado cadastradas na ABIC.

O download da ferramenta é gratuito e permite que o usuário saiba a procedência dos grãos de forma instantânea. O uso é muito simples: basta abrir o aplicativo e escanear o código de barras da embalagem ou digitá-lo, o resultado é imediato e traz na tela as características principais do café, como a classificação, corpo, acidez e aroma. O serviço também possibilita que cada usuário avalie os produtos, criando uma interação entre os consumidores.

De acordo com Nathan Herszkowicz, diretor da ABIC, a plataforma, além de auxiliar na hora da compra, pode ajudar na educação do paladar e ainda promover o consumo de café especial no Brasil. A novidade está disponível na Google Play Store e na Apple Store.

TEXTO Redação • FOTO Lucas Albin/Agencia Ophelia

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3ª edição do Coletivo de Portas Abertas acontece amanhã

Espírito Santo recebe amanhã, 1º de dezembro, a 3ª edição do Coletivo de Portas Abertas. O evento será realizado no Coletivo Café, com uma programação especial voltada para o setor, o evento acontecerá das 8h às 20h.

Vários nomes importantes da cadeia estarão presentes, sendo alguns deles Isabela Raposeiras, barista e proprietária do Coffee Lab; Leo Moço, atual campeão brasileiro de Brewers e Clayton Barrosa, da fazenda Ninho da Águia.

Além destes, estarão também os vencedores do Coffee of the Year 2018, Afonso Lacerda, campeão da categoria arábica, e Luiz Cláudio de Sousa, campeão da categoria canéfora. Eles, juntamente com Deneval Vieira, vice campeão na categoria arábica, falarão sobre a experiência de participar do concurso e do caminho até chegarem aos melhores grãos do Brasil.

Com palestras, oficinas, exposições, agroturismo e varanda coletiva, o Coletivo de Portas Abertas visa promover informações sobre a valorização do café, funcionando como um encontro de todos os pilares do café especial, englobando desde o produtor até o consumidor final.

A entrada é gratuita. Para participar, basta realizar a inscrição clicando aqui. As oficinas possuem um valor de R$ 80 cada. A Revista Espresso estará realizando a cobertura, não perca nas nossas mídias!

Serviço
3ª edição do Coletivo de Portas Abertas
Quando: 1/12
Horário: 8h às 20h
Onde: Coletivo Café – Comunidade de São João do Alto Viçosa, Zona Rural
Mais informações: https://www.facebook.com/events/173748830205457/

TEXTO Redação • FOTO Mariana Proença

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Nós, brasileiros, consumimos cada vez mais café!

Pesquisa da Euromonitor International aponta que, mesmo com a instabilidade financeira, o brasileiro aumentou o consumo do café, deixando para trás os Estados Unidos e alcançando o título de maior consumidor da bebida (os dados excluem as bebidas prontas à base de café).

O crescimento deve girar em torno de 3% a 3,5% neste ano, quando comparado a 2017. O número total representa 16% do consumo mundial do grão. Em média, o brasileiro toma 839 xícaras de café de 40 ml por ano, sendo que a grande maioria é da categoria de grão torrado e moído, que ainda dominam o mercado nacional.

Entretanto, a perspectiva apresentada por Angelica Salado, Analista Sênior de Bebidas e Tabaco da Euromonitor, durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG), indicou que os cafés torrados em grãos devem conquistar uma boa parcela do mercado, já que os consumidores estão cada vez mais interessados em como preparar um café de qualidade.

A pesquisa da organização também afirma que cerca de 8% dos lares brasileiros contam com máquinas de cápsulas de café e a perspectiva é que em cinco anos esse valor chegue a 15%. A categoria concorre em ascensão com o café solúvel e o torrado moído.

Independente da crise, uma coisa é certa: nós brasileiros não vivemos sem café. E o mercado vem se inovando cada vez mais para trazer diversidade aos amantes da bebida!

Angelica fez uma análise sobre os cinco países mais promissores para o mercado de café, para acessar a coluna completa clique aqui!

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

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Nespresso firma parceria para produção de cápsulas ecológicas

A Nespresso firmou um acordo com a mineradora anglo-australiana Rio Tinto para trabalhar em conjunto e cumprir com o compromisso de aquisição de 100% de alumínio sustentável até 2020, com o intuito de reduzir o impacto que o alumínio tem sobre o planeta.

Segundo Claudia Leite, gerente de Cafés e Sustentabilidade da Nespresso, a ideia é utilizar os padrões que vem sendo desenvolvidos a alguns anos, da certificação da ASI (Aluminium Stewardship Initiative). Atualmente, a Rio Tinto é a única que produz o alumínio.

“A Nespresso e a Rio Tinto trabalharão juntas para garantir que a Nespresso adquira alumínio 100% certificado pela ASI. As ações resultarão na redução nas emissões de carbono e irão assegurar direitos da população indígena, além da proteção de patrimônios mundiais e gestão de resíduos e reciclagem”, comenta Claudia.

A ideia é que daqui 12 meses já existam cápsulas fabricadas com o alumínio. Segundo Claudia, os valores das cápsulas não serão alterados.

TEXTO Redação • FOTO Beatriz Cardoso

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Café Cultura aposta em novidades para o natal

A rede de cafeterias Café Cultura acaba de lançar algumas novidades para quem quer dar um presente bem cafeinado neste natal. Dentre os produtos, o principal é o novo microlote de edição limitada: o Santa Blend 2018.

Composto por grãos 100% arábica cultivados em fazendas do circuito das Águas Paulistas, na Serra da Mantiqueira (SP), o café possui notas de pêssego, noz moscada e doçura de melaço. A latinha natalina custa R$ 40.

O Café Cultura também criou modelos de kits que levam os campeões de venda das lojas: hario v60, french press e as canecas da marca. É possível criar kits personalizados a partir das combinações dos produtos oferecidos.

Aos interessados, as novidades estão a venda nas 11 lojas da rede, que ficam nas cidades de Florianópolis, São José, Balneário Camboriú, Criciúma e Tubarão. Para quem não é de Santa Catarina, é possível adquirir através do site.

TEXTO Redação • FOTO Michel Teo Sin

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Já experimentou tomar café sem açúcar?

No Brasil, o açúcar é historicamente conhecido como um companheiro do café. Segundo análise da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os brasileiros ingerem quase três vezes mais açúcar que a média mundial. São cerca de 150 gramas consumidas diariamente, contra 57 gramas do resto do mundo. Este consumo exagerado pode causar danos enormes à saúde.

Mas como desconstruir um hábito que é tão comum para boa parte dos consumidores de café? A empresa Santa Monica realiza uma campanha em suas redes sociais para alertar os consumidores sobre o uso do açúcar na bebida.

Intitulada “Café sem açúcar”, a ação foi criada com a finalidade de educar o paladar e popularizar ainda mais os cafés especiais. A marca coletou depoimentos de médicos, nutricionistas e de pessoas que cortaram o alimento de suas refeições para encorajar mais consumidores a seguirem hábitos saudáveis.

Especialistas afirmam que o café especial não precisa ser adoçado, pois possui o doce natural. Claro que a opção do consumo é pessoal, mas se você utiliza o açúcar, teste tirá-lo e irá perceber um novo sabor da bebida.

Quer saber mais sobre a campanha? Acesse www.cafesemacucar.com.br.

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

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Empreendedorismo feminino no café tem avanços, mas muitos desafios

A igualdade de gênero é uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável  (ODS) e uma forte agenda da Aliança Internacional das Mulheres do Café (IWCA Brasil).

Esse foi o foco do painel “O papel das mulheres na cadeia de valor do sistema agroindustrial do café”, durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG). “A batalha do feminino não é simples”, diz a produtora Miriam Monteiro e vice-presidente da IWCA-Brasil.

Além das questões sobre liderança, remuneração, por exemplo, as dificuldades passam inclusive por falta de dados e pesquisas detalhados  sobre o tema. “É preciso mensurar a desigualdade de gêneros na produção de café”, analisa José Sette, diretor executivo da Organização Internacional do Comércio (OIC). Segundo estudo apontado por ele, 25% dos cafeicultores no mundo são mulheres e dependendo da região, 70% da mão de obra é feminina.

Embora as pesquisas ainda não demonstrem o empoderamento feminino, na prática ele ocorre há tempos. Anna Illy, da illycaffè, lembra que o setor era predominantemente masculino há 30 anos, quando passou a percorrer as fazendas em busca de grãos para a empresa. “Agora temos mulheres nas primeiras colocações na nossa premiação”, comenta. Segundo Jackeline Uliana Donna, da certificação Fairtrade, “as mulheres são mais dedicadas para colocar à risca as exigências da certificadora”.

Da esquerda para direita: Jackeline Uliana Donna e Anna Illy

E essa busca pela dimensão real da propriedade faz parte do treinamento de Jéssica do Carmo, que está à frente de um projeto do Senar dedicado às cafeicultoras na região das Matas de Minas. Além da assistência técnica, o programa aborda a gestão da propriedade. “Sempre faço essa pergunta a elas: o café está trabalhando para você ou você está trabalhando para o café?”, diz.

Na palestra também participaram Enrique Alves, pesquisador da Embrapa Rondônia, responsável pelo projeto de cultivo de café robusta especial (premiado, inclusive) em comunidades indígenas, e a proprietária da Pura Cafeína, Gisele Coutinho, em São Paulo. Ela comanda um negócio focado no garimpo de cafés especiais para entregar aos clientes e em cursos sobre como preparar um bom café em casa para o público interessado no tema. Gisele falou especialmente sobre os desafios de uma empreendedora negra. “É muito difícil encontrarmos mulheres negras à frente de negócios, ou como barista e também como consumidora de cafés especiais”, analisa.

TEXTO Janice Kiss • FOTO Nereu Jr / NITRO