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Morre empresário do café Américo Sato

Américo Sato, fundador do Café do Ponto e ex-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), faleceu na manhã do último domingo (03), aos 88 anos, após um infarto. O empresário, que lutou pela qualidade e aumento do consumo de café no Brasil, era uma das lideranças mais importantes do setor. Confira abaixo uma entrevista exclusiva dada por Américo à equipe da Revista Espresso, em março de 2007.

Quando Américo Sato assumiu a diretoria comercial da pequena torrefadora Café do Ponto, em 1957, o café vivia uma época de supersafras, armazéns lotados e concorrência baseada apenas nos preços, sem diferenciação. Apesar do cenário pouco favorável e da falta de experiência como industrial, Américo conhecia os mecanismos da lavoura e soube apostar na qualidade para construir um negócio de sucesso. Ao lado do irmão mais velho, deu início a uma das primeiras redes de cafeterias do Brasil, que chegou a ter 200 lojas licenciadas e a vender, na loja paulistana do Shopping Ibirapuera, quase 2 mil xícaras de café em um dia.

Mas o empresário foi além do sucesso pessoal. Ajudou a divulgar pelo País a importância da qualidade, transformando a visão de toda a cadeia cafeeira, de produtores a consumidores. “Existe um desafio muito grande para todos aqueles que trabalham com café. É uma bebida que exige atenção constante”. Nos anos 90, assumiu a presidência da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e foi um dos idealizadores do Selo de Pureza Abic, criado em 1989 para auto regulamentar o setor. A partir do programa, foi possível identificar marcas fraudadoras – que adicionavam ao café produtos como milho, palha e cevada –, na época, um total de 30%.

A ligação com o café começou cedo na vida de Américo – nome que adotou para facilitar os negócios, já que a pronúncia de Takamitsu, como foi registrado, dificultava o entendimento dos clientes. Vinda do Japão, a família Sato desembarcou no Brasil em 1926, em busca de “terras dadivosas, que dariam muito dinheiro”. Ao contrário disso, encontrou trabalho demais e salário de menos, em fazendas na cidade de Cafelândia, interior de São Paulo. De lá, seguiu para o norte do Paraná, que despontava no cultivo de café, mas acabou se fixando em Suzano, município paulista onde se dedicou ao plantio de hortaliças.

O ouro verde, porém, despertou o verdadeiro interesse de Américo. Durante os 41 anos em que esteve à frente do Café do Ponto, inovou com produtos diversos, como a embalagem tipo almofada e os cafés descafeinado e aromático. Em 1998, vendeu a empresa para a norte-americana Sara Lee e, depois de seis anos fora do mercado, voltou como sócio do Café Floresta. A marca santista lançou há pouco o Café Gourmet de Origem Controlada (das regiões de Mogiana, Sul de Minas e Cerrado Mineiro), inaugurando nova fase no ciclo da qualidade. Américo Sato recebeu a Espresso no seu escritório, em São Paulo, onde contou sobre sua trajetória pessoal e traçou um panorama do mercado nacional de café.

Como surgiu a ideia de montar uma rede de cafeterias com a marca Café do Ponto?
Meu irmão mais velho, Kiyoshi Sato, deu início a uma indústria de torrefação na cidade de Cafelândia, e quando decidiu transferi-la para São Paulo, me chamou para ajudar. Nós desenvolvemos a marca e vimos que era necessário fazer um café de melhor qualidade e vendê-lo em um lugar exclusivo. Na época [década de 70], os cafés eram consumidos basicamente em restaurantes e lanchonetes como um produto secundário, que perdia para os sanduíches e refrigerantes. Decidimos então montar uma cafeteria, um lugar especial para se beber café. No começo, as lojas serviam o espresso e também o tradicional, de coador. Mas o espresso pegou mais.

A primeira loja foi inaugurada dentro de um shopping center?
Nós implantamos a primeira cafeteria no Shopping Ibirapuera, em 1976, época em que estava começando a surgir shopping centers em São Paulo. Todos me chamaram de louco. Perguntavam como eu ia vender café dentro de um shopping, lugar onde só se vendia coisa cara, com valor agregado alto. Mas eu estava decidido a apostar nesse novo empreendimento e, no final, foi um sucesso. Essa loja do Shopping Ibirapuera chegou a vender quase 2 mil xícaras num único dia, enquanto uma boa cafeteria vende, em média, 500 xícaras. Hoje, os pontos de café são os mais disputados nos shoppings e nós ajudamos a criar esse conceito.

E a partir daí a rede se expandiu rapidamente…
O Café do Ponto teve tanto sucesso que chegou a ter cerca de 200 lojas licenciadas. Decidimos pelo licenciamento em vez do sistema de franquias, já que a empresa não teria condições de fornecer a infraestrutura necessária ao franqueado. Nós dávamos o layout da loja e deixávamos a pessoa fazer por conta própria. Passamos a ter procura até de outros estados, principalmente para lojas dentro de shoppings, pois as regiões seguiam o modelo dos empreendimentos de São Paulo.

Você também foi um dos primeiros a apostar na venda de cafés em supermercados.
No início, ninguém queria vender para o autosserviço, com medo de fazer negócio a prazo. O comércio só funcionava à vista, inclusive o de café. Mas eu sentia que os supermercados tinham futuro. Mesmo que fosse a prazo e no começo acontecessem alguns desfalques, eu sabia que precisava entrar nesse ramo para crescer. Comecei a vender para o Pão de Açúcar e para o Peg&Pag, duas das primeiras redes inauguradas na cidade de São Paulo.

Como funcionou o programa Selo de Pureza Abic?
Em 1988, a Abic [Associação Brasileira da Indústria de Café] realizou uma pesquisa sobre o consumo no Brasil, para descobrir por que estava caindo. O estudo revelou que 67% dos brasileiros acreditavam que o café puro era exportado e que o consumido internamente era sempre fraudado. Decidiu-se, então, criar o Selo de Pureza Abic, um programa de autofiscalização das indústrias, que controlasse a pureza dos grãos. A indústria que escolhesse participar era monitorada. Os cafés eram recolhidos nos pontos-de-venda e enviados para análise – aqueles que tinham o café puro recebiam o selo. No começo, houve certa resistência, a maioria dos associados achava que não ia funcionar e que teria que gastar muito dinheiro para o consumidor brasileiro saber da existência do selo. Mas um dos segredos do bom marketing é comunicar uma verdade que favoreça o próprio usuário, e foi isso que fizemos. Produzimos alguns comerciais com o Tarcísio Meira, astro da época, em que ele aconselhava o consumidor a exigir o selo da Abic. Foi uma das campanhas com maior índice de aprovação e contribuiu bastante para o sucesso do programa.

Que outros aspectos foram trabalhados para resgatar a confiança do consumidor?
Decidimos acabar com o mito de que café faz mal à saúde. Primeiro, investimos em pesquisas e divulgação no Brasil, depois levamos a ideia à OIC [Organização Internacional do Café] e passamos a fazer estudos em universidades de diversos países. Hoje, muitos médicos e consumidores em geral reconhecem os efeitos benéficos do café. Tivemos ainda dois outros aspectos. O primeiro foi lembrar que o café traz prazer, isto é, cria um ambiente favorável à união das pessoas e melhora a qualidade de vida. O outro consistiu em reaproximar o café do jovem, que se identificava mais com o achocolatado e o refrigerante, enquanto o café era tido como coisa de velho. Em países como Japão e Inglaterra, onde o chá é bebida tradicional, acontece o contrário: o café é a bebida dos jovens, enquanto o chá é relacionado aos mais velhos. Quando eu estava no Café do Ponto, lançamos os aromatizados exatamente para sair da mesmice e atrair o público jovem.

Em relação ao café gourmet, pode-se dizer que a pureza e a qualidade já foram alcançadas. Qual seria o próximo passo?
Eu acho que ainda há espaço para os cafés finos. Apesar do surgimento de muitas cafeterias e do “oba-oba” em cima dos gourmets, o consumo ainda é pequeno. É preciso estimular o consumidor a apreciar o sabor do café, caso contrário, parece tudo igual. E não basta os grãos serem de qualidade. Tem que saber preparar a bebida e ter o equipamento adequado.

O papel da indústria é ajudar na elucidação e educação do consumidor, oferecendo produtos adequados e informações fidedignas. Não se pode dizer que é gourmet quando não é. Deve-se informar sobre as diferenças de paladar, que variam de acordo com a região produtora, da forma como foi cultivado, da variedade, da terra etc. – comunicação que pode ser melhorada pela embalagem. Por último, e não menos importante, tornar o preço mais acessível.

Como foi retornar ao mercado e assumir o Café Floresta?
Depois da venda do Café do Ponto, fiquei parado durante seis anos por causa do contrato de não-concorrência. Nesse tempo, recebi vários convites para ser produtor de café em fazendas do Cerrado e Sul de Minas Gerais. Mas busquei uma empresa onde pudesse realizar as coisas que deixei de fazer no Café do Ponto e acabei acertando com o Café Floresta. Agora, estamos lançando cafés de três regiões: Mogiana, Sul de Minas e Cerrado Mineiro. Colocamos no rótulo informações sobre o lugar onde é produzido e as suas características. Isto é, estamos tentando levar o máximo de informação ao consumidor.

Como a chegada da Starbucks irá afetar o mercado brasileiro?
Eu acho que será muito positivo, pois as cafeterias serão obrigadas a se mexer. Foi o que aconteceu nos anos 80 com a entrada do McDonald’s. O nível de algumas lanchonetes subiu, o de outras caiu, mas graças a isso hoje temos sanduicherias de primeira linha. A Starbucks vai mudar o mercado de cafés, não tenho dúvida. A empresa tem um marketing muito apurado. Daqui a pouco, vocês verão na novela jovens tomando café em uma Starbucks, e todos vão querer experimentar. Mas acho que o sucesso não será tão grande como nos Estados Unidos, onde tem uma loja em cada esquina. O preço vai elitizar o consumo e limitar as vendas.

Cada vez mais produtores têm lançado sua marca própria de café. No seu ponto de vista, essa verticalização é benéfica?
A minha filosofia é “cada macaco no seu galho”. Eu acho que essa questão de produtor montar indústria de café só serve para pequenos nichos. Tem que pensar na bianualidade e em todos os fatores climáticos a que a lavoura está sujeita. A falta de constância é o grande problema. No meu caso, como industrial, posso comprar de várias regiões, não fico preso a uma única propriedade. Verifico se a qualidade está adequada ao nosso padrão e se não estiver compro do vizinho. Não sou contra a verticalização, mas acho que dá mais resultado especializando e investindo em qualidade e produtividade na fazenda.

Fazendo uma projeção, como estará o mercado de café no Brasil daqui a dez anos?
Acho que o consumo de café gourmet vai crescer e espero que o nível de qualidade continue melhorando. Mas o poder aquisitivo da população brasileira é um atravancador para esse crescimento e irá limitá-lo futuramente. Por essa razão, não vejo o consumo de cafés finos atingindo 20% dentro de dez anos. Sem dúvida que o Brasil está caminhando, mas é preciso diminuir essa diferença social. Afinal de contas, o café gourmet é um luxo barato, que faz as pessoas se sentirem bem e cria um momento especial – todos deveriam ter acesso a ele.

TEXTO Bianca Pinto Lima e Mariana Proença • FOTO Carol Fontes

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Café impulsiona o crescimento da Nestlé em 2018

A Nestlé registrou um crescimento orgânico de 3% em 2018, apoiado por uma dinâmica mais forte nos Estados Unidos e na China. O total de vendas reportadas aumentou 2,1% em relação a 2017, de CHF 89,6 bilhões (US$ 89 bilhões) para CHF 91,4 bilhões (US$ 90,8 bilhões). A empresa afirma que sua carteira de café continuou a contribuir significativamente com um crescimento sustentado.

A Nespresso manteve um crescimento orgânico de um dígito e meio, bem forte na América do Norte. Já a Nestlé teve um impulso apoiado pela forte demanda da recém-lançada linha Master Origin e pelos cafés de edição limitada mais recentes inspirados nos cafés parisienses.

O Vertuo, um sistema de café versátil com cinco tamanhos de cápsula, ganhou mais força globalmente e agora está disponível em catorze mercados em todo o mundo. A Nespresso continuou a expandir sua distribuição e presença global ao longo do ano, alcançando 792 boutiques.

“Estamos satisfeitos com nosso progresso em 2018. Todas as métricas de desempenho financeiro melhoraram significativamente e vimos um crescimento revigorado em nossos dois maiores mercados, os Estados Unidos e a China, bem como em nosso negócio de nutrição infantil. A Nestlé continua investindo no crescimento futuro e ao mesmo tempo aumentou a quantidade de dinheiro devolvido aos acionistas por meio de nosso programa de dividendos e recompra de ações”, disse Mark Schneider, CEO da Nestlé. “Fizemos um progresso significativo na transformação de nosso portfólio e aprimoramos o foco estratégico do nosso Grupo, fortalecendo as principais categorias de crescimento e geografias no processo”, completou.

Na América do Norte, a Nestlé disse que seu negócio licenciado da Starbucks foi integrado sem problemas e viu uma forte demanda por seus produtos de café. O Nescafé registrou um crescimento positivo na Europa, Oriente Médio e Norte da África, apesar dos menores preços das commodities de café e de um ambiente competitivo desafiador.

A Nestlé afirma que o crescimento robusto no sul da Ásia foi baseado no forte momento do Nescafé e outras marcas, com vários lançamentos de novos produtos. O Japão e a Oceania registraram crescimento positivo com lançamentos bem-sucedidos do Nescafé Gold e KitKat Gold na Austrália.

Foto: Carol Da Riva

“Em 2018, atualizamos nosso mecanismo de inovação, principalmente para garantir a continuidade da liderança em tecnologia e um tempo de comercialização mais curto. No espaço de comidas e bebidas que muda rapidamente, a Nestlé tem o que é preciso para realmente estimular os consumidores com inovações significativas e produtos imprescindíveis”, disse Schneider.

Segundo ele a Nestlé reafirma a liderança em sustentabilidade em um momento onde os consumidores e os reguladores em todo o mundo estão procurando cada vez mais soluções para os problemas ambientais e sociais. “Nossa ação decisiva e compromissos fortes para lidar com o problema global de resíduos de embalagens são um exemplo disso. Estamos a caminho de atingir nossas metas para 2020 e posicionar a Nestlé para um crescimento sustentado e sustentável nos próximos anos”, concluiu.

As informações são do http://gcrmag.com / Tradução Juliana Santin

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Caparaó recebe Simpósio para produtores

No começo do ano, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), lançou o “Programa Destaque BSCA Micro Region Showcase”.

A competição foi destinada aos nanolotes de café da espécie “Coffea arabica” produzidos no Brasil em 2018, colhidos a partir de outubro e que tenham sido cultivados nas origens produtoras das Matas de Minas, Espírito Santo ou Bahia, em qualquer altitude; nas demais áreas do cinturão cafeeiro nacional, desde que produzidos em altitudes a partir de 1.200 metros; e cujos produtores ou propriedades não tenham participado da Fase Internacional do “Cup of Excellence – Brazil 2018”.

As amostras foram analisadas por tipo, cor, aspecto, umidade, defeitos e qualidade da bebida.  Os nanolotes selecionados tiveram uma nota 88 ou mais na escala de zero a 100. Os selecionados foram:

Os lotes participarão de um leilão presencial no dia 21 de fevereiro na região do Caparaó.

Simpósio
No último sábado (16/02) a equipe do Isso é Café recebeu, no seu novo espaço no bairro da Santa Cecília (SP), alguns dos compradores internacionais para explicação do projeto e a agenda da semana que envolve visita em cafeterias; fazendas e palestras desde temas ligados ao manejo do solo até gastronomia, que ocorrerá durante o Simpósio para Produtores BSCA Micro Region Showcase Caparaó.

No vídeo abaixo, Felipe Croce, da Fazenda Ambiental Fortaleza (FAF), explica como surgiu o projeto.

A programação ocorre no Caparaó Parque Hotel (Av. Vereador Inimá Novaes de Campos, s/n, Alto Caparaó – MG). O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas no local do evento. Mais informações através do email eventos@bsca.com.br.

TEXTO Redação • FOTO Giulianna Iannaco

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Gran Coffee expande e compra empresas nacionais

Líder em segmento de máquinas automáticas de café (vending machines) e na distribuição de máquinas Nespresso para food service, a Gran Coffee, com 21 anos de mercado, comprou mais duas empresas do setor: Diletto Café, de Brasília (DF), e Cafemaq, de Campinas (SP).

O valor das operações não foi revelado. O escritório de advocacia de Porto Alegre, Souza Berger, foi um dos participantes da operação na condução das negociações com as empresas juntamente com a Veirano Advogados. A Diletto, com 20 anos de mercado, e a Cafemaq, com 44 anos, respectivamente são empresas que atuam em soluções para comercialização e locação de equipamentos para café.

A Gran Coffee hoje atende mais de 6 mil clientes corporativos no Brasil e atua com máquinas de grupo para espresso, como as marcas Nuova Simonelli. De acordo com o site da empresa são 17 mil máquinas instaladas no País. Entre seus acionistas está um dos maiores fundos do País, o Pátria Investimentos. O fundo também é acionista da Brasil Espresso – marca que tem no portfólio os cafés Spress, Astro, Café do Centro e Danza.

TEXTO Mariana Proença

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Nestlé lança produtos com a marca Starbucks

Seis meses após formarem uma aliança mundial no segmento, a Nestlé anunciou nesta quarta-feira (13) o lançamento global de 24 produtos de café com a marca Starbucks. A empresa suíça já tinha os direitos para comercializar cafés e chás da marca norte-americana desde o ano passado, quando pagou US$ 7,15 bilhões.

“Esta aliança global trará a experiência da Starbucks para as casas de milhões de pessoas em todo o mundo com o alcance e reputação da Nestlé”, disse Kevin Johnson, presidente e diretor executivo da Starbucks.

A Nestlé acredita em um rápido avanço no mercado global de café premium. Para Mark Schneider, que está no comando mundial da companhia desde 2017, este segmento possui um crescimento rápido e margens de lucro mais elevadas do que as médias registradas pelo grupo. “Essa transação é um passo significativo para o nosso negócio de café”, disse.

Os novos produtos, que incluem café solúvel, em grãos e moídos e cápsulas Starbucks desenvolvidas com o sistema tecnológico da Nescafé e Dolce Gusto, serão lançados nos próximos dias na Ásia, Estados Unidos, Europa, América Latina e Oriente Médio, além das plataformas online.

“Estamos muito satisfeitos em ter a Starbucks como nossa parceira. As duas empresas têm verdadeira paixão pelo café e estão orgulhosas de serem reconhecidas como líderes globais por seus responsáveis. Este é um ótimo dia para os amantes do café em todo o mundo”, afirmou Schneider.

A aposta da gigante suíça são as misturas, os cafés de uma única procedência e os sabores que já fazem parte do portfólio da marca, como Caramel Macchiato e Cappuccino. Segundo o grupo, os produtos serão feitos com grãos 100% arábica cultivados por produtores de regiões de cafés especiais.

TEXTO Redação

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Referência em BH, rede de cafeterias anuncia expansão

Com 11 unidades espalhadas pelo Brasil, a Mr. Black Café Gourmet, referência em Minas Gerais, está em expansão. Com previsão de abertura ainda este mês, as quatro novas unidades estarão localizadas nas cidades de Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB) e Rio de Janeiro (RJ).

Para os cafés, a marca utiliza grãos especiais de três grandes regiões produtoras: Cerrado Mineiro, Matas de Minas e Sul de Minas.  Além disso, visando elevar a qualidade e se destacar no preparo das bebidas, os funcionários realizam treinamentos e cursos de barista.

Criada em 2006, a rede busca abrir mais de 15 unidades franqueadas ainda este ano, chegando a 30 estabelecimentos. “Nosso foco agora é a região Nordeste do País e São Paulo, maior polo econômico do Brasil, que recebe visitas de todo o mundo”, explica Cristian Soares Figueiredo, criador da franquia.

Mais informações: www.mrblackcafe.com.br

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Orfeu lança café orgânico vencedor do Cup of Excellence

Na terça-feira (5), a Orfeu Cafés Especiais lançou seu novo Microlote Premiado, vencedor do Cup of Excellence. A novidade é composta por grãos arábica da variedade Arara, com certificação de cultivo 100% orgânico pela Ecocert.

Plantado a 1.300 metros de altitude, na Fazenda Sertãozinho, sul de Minas Gerais, o café é da safra 2018/2019 e passou por colheita manual, não recebendo aditivos químicos ou defensivos agrícolas em seu processo. Já na xícara, a marca garante que possui corpo médio e aveludado, com notas de mel e especiarias.

Para Amanda Capucho, CEO da Orfeu, o investimento em cafés orgânicos de qualidade é motivo de orgulho. “Este café quebra diversos paradigmas e é resultado de muito investimento e inovação. Foram anos dedicados a pesquisas de variedades mais resistentes, estudo do comportamento dos cafezais em cultivo orgânico e busca pela mais alta qualidade em aroma e sabor”.

O Microlote Premiado já está disponível para compra na loja virtual da marca e em varejistas selecionados. É possível adquiri-lo nas versões pacote (250 g – R$ 49,90) e garrafa (290 g – R$ 99,90). Mas corre, são apenas 700 unidades da garrafa!

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Consumo de cafés especiais ajudou a impulsionar crescimento de 4,8% no Brasil

Foto: Felipe Gombossy

Na manhã de hoje (6), em São Paulo, o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Nathan Herszkowicz, apresentou um panorama sobre o consumo interno de café no Brasil.

Segundo os dados, o total nacional de consumo da bebida apresentou um crescimento de 4,8% entre o ano passado (nov/16 a out/17) e o atual (nov/17 a out/18), saltando de 20.043.260 (4,65 per-capita) para 21.004.430 sacas ao ano (4,82 per-capita). “É um crescimento surpreendente do consumo de café no Brasil”, disse. Neste mesmo cenário, foi possível observar uma mudança na escolha dos brasileiros entre os cafés tradicionais e os especiais.

Em 2016, os chamados cafés tradicionais correspondiam a 91% da exposição na área de venda, enquanto os especiais representavam 6%. Já em 2019, a partir de pesquisas realizadas em janeiro, os tradicionais foram responsáveis por 81% da exposição e os especiais subiram para 12%. Também foi possível observar uma tendência na compra de cápsulas e de cafés em grãos, frente aos vendidos em pó.

Essa mudança, de acordo com Nathan, pode ser explicada por alguns fatores, como a popularização e o fácil acesso às diferentes formas de preparo. “O crescimento dos utensílios e a presença dessas novas experiências na hora de fazer o café explicam o aumento do consumo da bebida”. Para ele, a popularização da bebida entre os jovens, a praticidade e a retomada do poder econômico também são algumas das razões que explicam este crescimento.

Apesar do aumento, o diretor executivo questiona o primeiro lugar do Brasil no consumo frente aos Estados Unidos. “A pesquisa da Euromonitor indica que passamos os norte-americanos, mas acredito que ainda não seja possível”, disse.

Como grande parte do público está cada vez mais buscando entender todo o processo de produção, a ABIC desenvolveu o aplicativo De Olho No Café, que visa facilitar na hora da compra. Com ele, o consumidor consegue ter acesso a informações como aroma, sabor, torra e intensidade do produto diretamente no celular.

TEXTO Gabriela Kaneto

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Café Santa Monica participa de feira do setor na China

Durante os dias 2 e 11 de novembro do ano passado, em Shangai, aconteceu a China International Import Expo, feira voltada ao público consumidor de café. O evento contou com a participação do Café Gourmet Santa Monica, a convite da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Para Colin Francis, executivo de negócios internacionais do Café Santa Monica, a experiência proporcionou maior reconhecimento e repercussão da marca para diversos potenciais parceiros, além de servir como uma oportunidade de levar o café para outros países.

Realizada na cidade com maior potencial econômico da China, a feira contou com expositores de mais de 100 países e cerca de 150 mil compradores. A tendência desses eventos cafeeiros é crescer cada vez mais, uma vez que o gigante chinês pode se tornar, nos próximos cinco anos, o maior consumidor de café do mundo.

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

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Luckin Coffee e Starbucks disputam mercado de café na China

Visando melhor atender aqueles que buscam um espaço agradável para tomar café e passar um tempo, seja trabalhando ou conversando com amigos, a Starbucks é um dos nomes mais fortes na China, atuando há mais de 20 anos no mercado e possuindo a proposta de abrir uma loja a cada 15 horas.

Porém, de uns tempos pra cá, a gigante americana não tem sido a única. Com espaço mais minimalista, a local Luckin Coffee foca em trabalhadores e estudantes que gostam de pedir o café por celular e apenas passar na cafeteria para retirar, ou receber o pedido em domicílio. Com planos maiores do que a Starbucks, a rede chinesa pretende abrir uma loja a cada 3,5 horas.

Com espaços menores, que dispensam balcões, cadeiras, mesas e caixas registradoras (já que o cliente paga diretamente no celular), a Luckin Coffee tem conseguido se destacar no mercado: essa tática reduz os gastos da cafeteria e, assim, é possível oferecer aos clientes melhores preços do que os da concorrência. Enquanto que nas lojas da Starbucks um café latte custa aproximadamente 31 yuans (R$ 17), na Luckin a mesma bebida não passa de 24 yuans (R$ 14).

Segundo o analista financeiro Yu Qian, um dos pontos positivos da estratégia da local é a rapidez: “É prático. Não há grandes filas de espera e, além disso, você não precisa esperar sentado enquanto preparam o café”.

De acordo com pesquisa realizada pela Euromonitor, com 3.600 lojas no país, a Starbucks é responsável por 80% do mercado chinês de cafeterias, movimento cerca de US$ 3,4 bilhões (R$ 13 bilhões) ao ano. Já a Luckin Coffee, criada em 2017, anunciou em janeiro do ano passado que até o fim de 2018 pretendia ter um total de 4.500 unidades.

Mesmo a China sendo o segundo maior mercado da americana, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, a Starbucks precisou repensar suas estratégias com a chegada da concorrente. Em julho, a rede se associou ao aplicativo Ele.me, um dos maiores no setor de entregas de comida, além de voltar seu foco ao público mais elitizado, abrindo lojas mais rebuscadas, como a Starbucks Reserve.

Apesar disso, o momento tem sido próspero para a Luckin. A rede chinesa arrecadou cerca de US$ 400 milhões (R$ 1,5 bilhão) em duas rodadas de capitalização e afirma que seu valor de mercado está estimado em US$ 2,2 bilhões (R$ 8,3 bilhões). “É claro que somos concorrentes, mas no final ambos queremos que o mercado cresça”, disse Reinout Schakel, diretor de estratégia da marca.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação