A competitividade, a renda e a própria produtividade do cafeicultor dependem muito do que acontece fora da porteira

O ambiente facilitador é um conjunto de condições comerciais, organizacionais e legais que ajudam os cafeicultores a produzirem com maior eficiência (mais café a um custo menor) e a se apropriarem de uma porcentagem maior do preço de exportação FOB do café produzido.

O ambiente facilitador é composto, mas não se restringe a:

– Disponibilidade de serviços eficientes de extensão e treinamento em Boas Práticas Agrícolas Sustentáveis;
– Organizações de produtores e associações da cadeia de abastecimento fortes
– Mercados eficientes para insumos, equipamento e, especialmente, café;
– Disponibilidade de financiamento a taxas compatíveis com as atividades agrícolas;
– Sistema de impostos e taxas que não interfira na competitividade internacional do produto;
– Logística eficiente;
– Oportunidades de obter renda fora da produção de café.

É fato que os países produtores de café mais competitivos, como o Brasil e o Vietnã, têm ambientes facilitadores mais eficientes. Portanto, os países produtores menos competitivos devem melhorar seus ambientes facilitadores para aumentar a renda dos produtores como um primeiro passo para ter melhores condições sociais e ambientais.

O próprio Brasil ainda tem bastante espaço para melhorar, como sabemos. Porém, não é fácil enfrentar este desafio devido às práticas estabelecidas, aos interesses públicos e privados e aos recursos limitados disponíveis. Além disto, é difícil avaliar a melhoria no ambiente facilitador. Pode-se pensar em Indicadores-Chave de leia mais…

TEXTO Carlos Henrique Jorge Brando • FOTO Café Editora

Mercado

Dia do Agricultor: A importância de um bom cultivo para obter qualidade na xícara

Foto: Agência Ophelia

28 de julho é o Dia do Agricultor, responsável pela produção dos cafés que consumimos todos os dias nas cafeterias, restaurantes e até mesmo em casa. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), em 2020, o consumo de café em território nacional cresceu 1,34%, chegando a 21,2 milhões de sacas, o que só comprova a importância do trabalho dos profissionais no campo.

Os cafés especiais, caracterizados por ter matéria-prima boa, torra apropriada e uma cadeia de sustentabilidade durante o processo de plantio e colheita dos frutos, e cujo principal diferencial é a doçura, representam, em média, de acordo com a pesquisa inédita do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) chamada “Cafés Especiais: perfil e sabor”, 44% da produção dos agricultores que atuam neste nicho. O estudo também indicou que 52% dos profissionais da cadeia do café especial estão neste mercado há, no máximo, cinco anos, desde produtores até os baristas e cafeterias. Além de uma produção especial e diferenciada para esse tipo de café, são vários os benefícios da bebida para os consumidores.

Foto: Divulgação

“O benefício dos cafés especiais já começa no grão verde, que possui muitos polifenóis e antioxidantes que ajudam a rejuvenescer. Além disso, aliviam o estresse, ajudam na digestão e, dependendo da dose e das atividades físicas praticadas, podem até ajudar no emagrecimento”, explica Renan Dantas, barista da Nestlé e parceiro do A Ventana Bar & Café, espaço no bairro Pinheiros, em São Paulo (SP). “Eles têm torra perfeita, não sendo queimados e com grãos totalmente selecionados, proporcionando, também, uma bebida perfeita. O grão contém nutrientes e açúcares naturais, e, quando permanece moído por mais tempo, oxida de maneira mais acelerada, perdendo complexidade e informações presentes no café”, completa.

O principal diferencial dos cafés especiais em relação aos outros é a cadeia de sustentabilidade. É imprescindível saber onde o café está sendo comprado, o tempo de maturação do fruto, o manejo na colheita e os cuidados com os grãos do café. “Hoje, vemos muitos pequenos produtores e sabemos, realmente, onde estamos comprando aquele café. Toda a cadeia de sustentabilidade é envolvida e melhor remunerada do que outros. O café especial é caracterizado pela sua alta doçura na xícara, sendo a bebida mais complexa do mundo”, afirma Renan, que escolheu a profissão pensando na experiência inesquecível que poderia passar para o cliente por meio de suas receitas com o ingrediente.

Além do espaço em Pinheiros, o A Ventana também possui duas unidades de quiosques localizadas em shoppings na cidade de São Paulo: Morumbi e Center Norte.

TEXTO Redação

Cafezal

Diretora da Rainforest Alliance Brasil discute sustentabilidade e certificações na cadeia cafeeira

Na quinta-feira (29), a Espresso convida Mariana Barbosa, diretora da Rainforest Alliance no Brasil, para debater sobre dois temas importantes e atuais: a sustentabilidade e as certificações na cadeia cafeeira. A apresentação ficará por conta da diretora de conteúdo da Café Editora, Mariana Proença.

Marcada para acontecer às 18h no Instagram da Revista Espresso, a live abordará o trabalho da Rainforest Alliance no País e no mundo, a importância e o impacto das certificações para o cafeicultor, o valor agregado ao café certificado, a necessidade da área de preservação ambiental no cultivo, o investimento na sustentabilidade e os cuidados indicados quanto às geadas.

A diretora também contará sobre a nova certificação contextualizada para cada região e cultivo, com novos critérios específicos em relação aos riscos e operações, e os reconhecimentos e premiações aos produtores que possuem cultivo sustentável.

Não perca!

Serviço
Live – Rainforest Alliance Brasil
Quando: 29 de julho
Horário: 18h
Onde: www.instagram.com/revistaespresso

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Barista

Quem está por trás da xícara? 10º episódio da websérie da BSCA traz os personagens do café

Nesta quarta-feira (28) acontece o lançamento do décimo episódio da websérie “A História do Café Especial – O olhar da BSCA em 30 anos”, realizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Café Editora.

O vídeo conta um pouco sobre os profissionais que estão por trás das xícaras que tomamos todos os dias, desde os produtores, classificadores, mestres de torra, exportadores, traders, baristas, até as cooperativas e a indústria.

Os convidados da vez foram Julia Fortini, da Academia do Café; Boram Um, da Um Coffee; Emerson Nascimento, do Coffee Five; Fernando Trajano, do Café Versado; Donieverson dos Santos, da Bourbon Specialty Coffees; Lauro Ré, da 3corações; Silvio Leite, da Silvio Leite Café; Francisco Lentini, da Minasul; Humberto Florezi, da Falcafé; Reymar Coutinho, da Pinhalense; Sandra Moraes, da Expocaccer; Gabriel Nunes, da Nunes Coffee; e Luiz Paulo Pereira, da CarmoCoffees/Fazenda Santuário Sul.

Movimento da xícara ao grão

Com novos episódios lançados todas as quartas-feiras no YouTube da BSCA e no Instagram da Revista Espresso, o projeto busca levar informações relevantes sobre a cadeia do café especial ao consumidor final e a todas as pessoas que não possuem conhecimento deste universo, rebobinando o trajeto da bebida da xícara ao produtor e sua lavoura.

Com o intuito de aproximar as pontas do setor, a websérie conta com linguagem acessível e tradução em inglês. Deste modo, mais pessoas ao redor do mundo também podem conhecer de perto a história do café especial no Brasil e ficar por dentro de toda a qualidade da produção nacional!

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Barista

Conheça os finalistas nacionais da competição Licor 43 Bartenders & Baristas Challenge

Criado para dar mais visibilidade aos baristas e bartenders e, ao mesmo tempo, divulgar o Carajillo 43, coquetel que leva Licor 43, café espresso e gelo, a competição Licor 43 Bartenders & Baristas Challenge, na segunda edição da etapa nacional, contou com mais de 100 inscritos.

Diferente do ano passado, a edição deste ano contou com uma maior adesão de baristas, o que mostrou o crescimento do destilado na comunidade e a versatilidade do licor na criação de coquetéis relacionados ao café.

Os participantes tiveram que postar um vídeo em suas redes sociais preparando a receita proposta utilizando a #Licor43BB2021. O desafio era criar um drinque exclusivo contendo os dois ingredientes: Licor 43 e café.

O júri foi composto por Saulo Yassuda, repórter da Veja São Paulo e autor do blog Notas Etílicas; Mariana Proença, diretora de conteúdo da Revista Espresso; Laércio Zulu, bartender e mixologista responsável pelo grupo São Bento Gastronomia; e Tomas Lellis Vieira, gerente da Zamora Company América do Sul.

Na avaliação, foi levado em consideração a ideia por trás do coquetel, o nome, a influência do Licor 43, a facilidade para replicação, originalidade, apresentação, entrega, sabor, aroma e conhecimentos sobre o café.

O destaque foi dado para os drinques com histórias que relacionaram os ingredientes à diferentes movimentos da sociedade contemporânea, como o Tropicália, criado pela bartender Thalita Cacho, do leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Barista

Polônia e Austrália sediarão Campeonatos Mundiais de Café em 2022

A Specialty Coffee Association (SCA) anunciou hoje (27) que os Campeonatos Mundiais de Barista e Brewers de 2022 acontecerão durante a Melbourne International Coffee Expo (MICE), entre os dias 27 e 30 de setembro do ano que vem. O evento australiano, que sediou as competições em 2013, iria realizá-las também em 2020, porém foi cancelado devido à pandemia de Covid-19.

Já os Mundiais de Latte Art, Coffee in Good Spirits, Cup Tasters e Torra foram marcados para a World of Coffee, que acontece entre os dias 16 a 18 de junho de 2022, em Varsóvia, na Polônia.

“Estamos entusiasmados por ter garantido esses prestigiosos campeonatos mundiais. Já sabíamos que a Austrália era um destino renomado para o café e agora temos a chance de compartilhar nossa cultura com o público geral”, disse Lauren Winterbottom, diretora da MICE.

“Melbourne é uma localização fantástica para os campeonatos e estamos muito satisfeitos por estarmos hospedados na MICE mais uma vez”, comentou Yannis Apostolopoulos, CEO da SCA. “A Austrália tem uma cultura incrível e estamos animados para celebrar os melhores competidores de todo o mundo em uma cidade tão fantástica”, completou.

Ainda em 2021, os Mundiais de Barista, Brewers e Cup Tasters serão realizados no HostMilano, na Itália, entre os dias 22 a 26 de outubro. Já as competições de Latte Art, Coffee in Good Spirits e Torra foram adiados.

Mais informações: www.worldcoffeeevents.org

TEXTO Redação • FOTO Marcus Desimoni / NITRO

Mercado

Marca apresenta bebida de chá-mate verde com cáscara de café

A Suchá lançou recentemente o Suchá Poesia, que consiste em uma caixinha com quinze sachês de chá-mate verde com cáscara de café. De acordo com a marca, a cáscara usada no produto é de grãos de cafés especiais de variedades vermelhas e amarelas cuja cáscara, mais doce e com sabores frutados, quando combinada com o mate verde, resulta numa bebida equilibrada.

O produto vem no estilo drip, em que você encaixa as alças laterais do sachê na caneca e joga a água dentro do saquinho. Além desse sabor, a Suchá também conta com chá-mate verde com capim-limão e limão; chá-mate verde com maçã e canela; chá capim-limão com camomila, menta e erva-doce; e chá capim-limão com laranja.

A caixinha com quinze drips custa R$ 55 no site da marca.

Mais informações: sucha.com.br 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Personagens

Renata Silva: “O café me fez olhar mais atentamente para a questão das mulheres no campo”

Sou filha de produtores rurais de Minas Gerais que, em 1985, foram desbravar Rondônia em busca de melhores condições de vida para a família. O mundo Agro sempre fez parte da minha vida. Desde criança gostava de beber café. Minha mãe conta que tinha que esconder a garrafa de café para que eu não bebesse muito. Ela também sempre falava de como minha avó fazia o café da família no sul de Minas Gerais.

Eu saí de Rondônia no ano 2001 para poder estudar. Me formei em comunicação social – jornalismo na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Já trabalhei como repórter, apresentadora e editora na TV, assessora de comunicação, gestora de marketing e fui diretora de uma agência de comunicação, permeando sempre trabalhos voltados ao campo. Retornei à Rondônia em 2009 e, ao ingressar na Embrapa, em 2011, abracei o mundo Agro de vez! Nestes dez anos de atuação na empresa tenho buscado ser porta voz das riquezas e oportunidades do Agro no estado, levando para o Brasil e o mundo os potenciais que Rondônia tem no campo e as tecnologias que estão disponíveis aos produtores. 

E nessa caminhada no Agro, meu trabalho com a cafeicultura de Rondônia é o que tem obtido mais expressividade. Como comunicadora, tenho procurado dar voz aos protagonistas deste movimento lindo que a cafeicultura tem realizado no estado. Fiz parte da criação da identidade e notoriedade dos Robustas Amazônicos, denominação dos cafés produzidos em Rondônia. E, desde 2014, faço parte do grupo que realiza ações de promoção e valorização dos Robustas Amazônicos, com a execução de ações e eventos de grande porte, estaduais e nacionais. Também sou editora da revista Cafés de Rondônia, produzida pela Embrapa, que é considerada o portfólio da cafeicultura na Amazônia. 

Em 2014 eu fui apresentada à Aliança Internacional das Mulheres do Café – IWCA Brasil, mas foi em 2017 que os laços foram feitos. Escrevi o capítulo de Rondônia no livro das Mulheres dos Cafés no Brasil e já iniciamos no estado o Movimento Mulheres do Café de Rondônia, em que realizamos ações de capacitação, sensibilização, reconhecimento e visibilidade, dando voz a estas mulheres. Os resultados estão sendo colhidos, são as mulheres estão sendo campeãs em qualidade no estado e no Brasil. São conquistas que inspiram e nos motivam a continuar lutando por equidade e respeito. Outro trabalho que toca minha alma é com os cafeicultores indígenas para a produção de Robustas Amazônicos com qualidade e sustentabilidade. Uma ação que teve início com três famílias indígenas, por meio de uma ação de transferência de tecnologias da Embrapa Rondônia, conquistou resultados, notoriedade e hoje foi abraçada pelo grupo 3corações, agregando mais de 130 famílias e demais parceiros, sendo denominado projeto Tribos. É e sempre foi mais que café. É o reconhecimento de um povo, é dignidade, respeito e também valorização da nossa Amazônia, das nossas florestas. 

O café conecta pessoas, almas e eu sou muito grata por todos os amigos que esta conexão me proporciona. Quantos aprendizados pra vida. Foi com o café que aprendi sobre o amor, o respeito, a inclusão, a pluralidade e a sororidade. O café me fez olhar mais atentamente para a questão das mulheres no campo e no agro como um todo. Para o indígena como um povo trabalhador e de uma riqueza humana e de cultura incríveis. Aos cafeicultores como guerreiros e verdadeiros artesãos. Me vez criar laços de alma e me deu motivos para acreditar e lutar por um mundo mais justo, com mais respeito e mais amor.

Renata Kelly da Silva, jornalista na Embrapa Rondônia – Porto Velho (RO) @renata.k.silva

Mercado

Guia de Cafés #10: dicas do que estamos tomando

Mês de julho! Esse mês o Brasil ainda está colhendo cafés em diversas regiões do país.

Recebemos mais de 300 cafés nos últimos meses e neste Guia de Cafés recomendamos aqueles que foram recebidos pela nossa equipe e aprovados. A proposta é que possamos “assinar embaixo” de produtos com rastreabilidade e qualidade.

Aqui na redação da Espresso ainda estamos trabalhando todos de casa, faz 16 meses. Conte para nós que cafés está tomando e experimente essas novidades!

As dicas de mais de 300 cafés especiais desta leva da Espresso são grãos super variados. Quer nos enviar? Saiba como no fim desta matéria. 

Veja o que separamos para você e aguardamos a safra 2021/2022:

Unique Cafés – Edição Limitada Mundo Novo

Produzido por: Fazenda Vale da Lua
Produtor: Renato José Fontinato
Região: Mantiqueira de Minas – Campanha (MG)
Variedade: mundo novo
Espécie: arábica
Processamento: cereja descascado
Torrado por: Unique Cafés
Sensorial do café: laranja, mel, rosas, cana-de-açúcar e jasmim
Preço: R$ 46 (250 g)
Compre: www.uniquecafes.com.br

Verena Café – Papaya

Produzido por: Morada do Prata
Produtor: Arnaldo Adams
Região: Alta Mogiana
Variedade: arara
Espécie: arábica
Processamento: fermentação
Torrado por: Verena Café
Sensorial do café: mamão e cacau
Preço: R$ 37,48 (250 g)
Compre: www.verenacafe.com.br  leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Mariana Proença

Receitas

Pão vegano sem queijo

Ingredientes

– 2 unidades de batata-doce roxa
– 2 xícaras (chá) de goma de tapioca ou polvilho azedo
– 2 colheres (sopa) de semente de chia (opcional)
– 1 colher (café) de sal
– 8 colheres (sopa) de azeite
– 1 colher (sopa) de orégano seco
– 1 colher (copa) de água

Preparo

Descasque as batatas e corte em rodelas grossas. Coloque-as em uma panela, cubra com água e leve para cozinhar até que elas fiquem macias. Descarte a água e junte as batatas a todos os outros ingredientes para bater no processador até a massa se tornar uma pasta uniforme. Caso misture na mão, amasse antes a batata com um garfo até que ela fique  com a consistência de um purê, e misture os outros ingredientes até que a massa fique bem homogênea. Enrole em bolinhas do tamanho que desejar, coloque-as em uma assadeira com pelo menos 2 centímetros de distância uma da outra e leve ao forno preaquecido a 180 ºC, com cuidado para não assar demais (os pãezinhos ficam duros se passam do ponto).

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz • RECEITA Ana Carolina Lima @para2porfavor
Popup Plugin