BaristaMercado

Campeonato de Cup Tasters será realizado em Varginha (MG)

A Brazil Specialty Coffee Association, responsável pelas etapas nacionais de seleção para os campeonatos de barismo, está aceitando opiniões do público para definir os locais onde serão realizados os campeonatos de Coffee In Good Spirits, Latte Art e Brewers, que terão suas fases internacionais em Budapeste, na Hungria, no mês de junho.

A categoria Cup Tasters, após a parceria com o Via Café Garden Shopping, será realizada em Varginha (MG), onde será cedido o espaço para o evento, preços diferenciados de hotéis para os competidores e promoções de alimentação no shopping. A data não foi divulgada.

Para quem se interessar em participar das competições e quiser dar sua opinião sobre possíveis locais, ou que prefere que todos os eventos sejam em Varginha (MG), a BSCA está recebendo mensagens pelo inbox da página do facebook da BSCA até o dia 6 de março.

Cup Tasters 2017

TEXTO Da Redação • FOTO Érico Hiller/Café Editora

Mercado

Com 36 lotes de cafés especiais leilão do 13º Concurso da Abic arrecada mais de R$ 54 mil

Empresa do Paraná se destacou arrematando, entre outras, sacas do café campeão e do vice

Os oito lotes finalistas do 13º Concurso Nacional Abic de Qualidade do Café foram arrematados e somaram total de R$ 54.648,99. O leilão aconteceu entre 26 de janeiro e 3 de fevereiro e vendeu todas as 36 sacas. O valor médio por saca ficou em R$ 1.518,03, quase o dobro do preço mínimo estipulado, de R$ 871 a saca (equivalente a 50% acima da cotação da BMF/Bovespa de 24/1). Entre as empresas que disputaram os lotes campões, o destaque do ano foi o Grupo Café do Moço, criado em 2009 pelo barista Léo Moço e formado pela microtorrefação Café do Moço e pela cafeteria Barista Coffee Bar, ambas em Curitiba (PR). O Grupo conquistou a premiação oferecida pela Abic às empresas que tem maior participação no leilão, nas três categorias Ouro, Diamante e Especial.

Leilão do 13º Concurso da Abic

Microlote
O café campeão do Concurso, do produtor José Alexandre Abreu de Lacerda no Sítio Córrego Pedra Menina, em Dores do Rio Preto (ES), veio da categoria microlote. Composto de 2 sacas, o campeão teve uma saca arrematada pelo Grupo Café do Moço, que pagou R$ 4.200 e foi considerado campeão da categoria Especial entre os compradores pela Abic, e outra pelo Café Ghini, também do Paraná, com o montante de R$ 4.150. O Grupo Café do Moço também comprou outras duas sacas do café da Ceres Trindade (6º colocado), do Sítio São Joaquim, em Jardim Távora (PR), por R$1.200 cada saca. Já o microlote do produtor Clayton Mapelli Cerri, do Sítio Anhumas em São Sebastião da Grama (SP), que alcançou o 3º lugar no Concurso foi vendido por R$1.620 cada uma de suas duas sacas, pelo Jardim Café.

CD e Natural
O Grupo arrematou também o lote de seis sacas que ficou com a 7ª colocação no Concurso, do produtor Evilásio Shigueaki Mori, de Cambira (PR), pagando R$ 2.000 por saca e totalizando R$ 12.000. Foi o maior valor de aquisição por saca, entre os lotes de café Natural e Cereja Descascado, o que rendeu à empresa o título na categoria Ouro do leilão. A empresa paranaense também adquiriu a saca do lote de CD do vice campeão do Concurso, produzida em Piatã, na Bahia, por Antônio Rigno de Oliveira, por R$1.800. Somando todas as aquisições, a Abic considerou o Grupo campeão da chamada Categoria Diamante, que homenageia a empresa que mais investiu em qualidade no leilão. O café CD de Homero Teixeira de Macedo Jr., da Fazenda Recreio, também de São Sebastião da Grama (SP), foi o 4º colocado e teve suas sacas arrematadas por valores entre R$ 999 e R$1.300.

Comprador chileno
Outro ponto alto neste leilão foi a participação do Café do Guri, uma cafeteria chilena. O representante Thiago Saraiva pretendia arrematar o lote de seis sacas do 2º colocado no concurso, o produtor Antônio Rigno de Oliveira, de Piatã (BA). Porém, após acirrada disputa conseguiu comprar metade do lote. Confira, abaixo, todos os valores pagos por cada saca:

Tabela ABIC - Sacas

Edição Especial
O leilão também contou com a participação de torrefações e cafeterias: Piedi Rosso, Café Barisly, San Babila Café, Café Rancheiro, BonBlend Café, Il Barista, Café Mazzi, Vila Café e Grão Café. Todos os cafés serão agora industrializados e estarão à disposição dos consumidores a partir de abril, compondo a 13ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil. Os cafés finalistas desta edição passaram, em dezembro, pelo crivo de um Júri Técnico (70% da nota final), composto por provadores e especialistas, e em janeiro foram avaliados por um Júri Popular (15% da nota final), integrado por consumidores em reuniões realizadas em São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia, estados produtores participantes do concurso. A soma incluiu também a nota de Sustentabilidade da Propriedade, equivalente aos 15% restantes.

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Mercado

Pesquisadores brasileiros traçam perfil dos consumidores de café especial

Um questionário, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), vinculados ao programa de pós-graduação do Departamento de Administração e Economia em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), quer traçar o perfil dos consumidores brasileiros de café especial. Por meio de perguntas disponíveis em formulário online, a pesquisa quer compilar dados para, gratuitamente, sugerir estratégias para o desenvolvimento deste nicho de mercado.

Artigos científicos e técnicos serão produzidos sobre o resultado. E a participação na pesquisa é voluntária e anônima. A resposta ao questionário leva, aproximadamente, 10 minutos.

Quem está à frente do projeto é Paulo Henrique Leme (doutor em Administração de Empresas e professor de marketing e agronegócio, ambos pela UFLA), Elisa Guimarães (mestre e doutoranda em Administração pela UFLA) e Sergio Parreiras Pereira (pesquisador do IAC).

RobertoSeba

Conversamos com Paulo Henrique Leme sobre os objetivos da pesquisa: “Percebemos que já existe uma massa crítica consumidora de café especial e que esse movimento cresceu exponencialmente”. Segundo ele, após o mestrado de Elisa, que estuda o tema da Terceira Onda, pode-se analisar que o “movimento está amadurecendo e, em dados preliminares, já pudemos perceber o tanto que as pessoas entendem de café especial. Tem gente que é só consumidor e está demonstrando muito conhecimento. A minha percepção é que este crescimento foi muito forte neste três últimos anos e o mercado de cápsulas favoreceu o crescimento do mercado. Muita gente começa na cápsula e migra para outros métodos.”

Além dessa percepção inicial, Paulo Henrique destaca o aumento do consumo em casa de café especial e a “preocupação com a torra e com a tendência na diversificação dos preparos”.

O resultado será compartilhado posteriormente pelos pesquisadores. Para colaborar com a pesquisa, acesse aqui

TEXTO Mariana Proença • FOTO Roberto Seba/Café Editora

Café & Preparos

Workshops e eventos de café em São Paulo abrem o mês de fevereiro

Degustacao Museu Lasar Segall

São Paulo começou fevereiro com muitas opções de cursos de café para aprender mais sobre a bebida. Fique de olho no que acontece nos próximos dias e também na agenda de workshops de outros lugares, com datas durante o mês.

Como Fazer um Café Melhor em Casa
O que: técnicas, métodos e dicas de café
Ministrante: Hugo Rocco, do Moka Clube
Quando: 3/2, sexta, das 19h às 21h
Onde: Musette Café (Rua Nova Cidade, 402 – Vila Olímpia)
Investimento: R$ 50
Inscrições aqui

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Workshop Cold Brew em Casa
O que: Como fazer cold brew, qual o prazo de validade, o uso em drinques
Ministrante: Ton Rodrigues, do True Coffee Brasil
Quando: 4/2, sábado, das 10h às 12h ou das 14h às 16h
Onde: Nano Cafés Especiais (Rua Girassol, 481 – Vila Madalena)
Investimento: R$ 100
Inscrições aqui

cold brew true coffee

Mad Baristas – Edição Conhecimento
O que: Conversa sobre plantação/colheita, processamento do grão e beneficiamento, pontos de maturação do grão e torra , Café na xícara, os métodos
Ministrante: Debate coletivo, gratuito
Quando: 4/2, sábado, das 14h às 16h
Onde: Alice Café (Rua Cubatão, 305 – Vila Mariana)
Investimento: gratuito
Mais informações

‘Calor, Feira de Alimentação Artesanal’
O que: 40 produtores locais, alimentos e bebidas produzidos artesanalmente em pequena escala com receitas e ingredientes de diferentes regiões do Brasil e do mundo. Representando o café estará a marca Café Santa Monica
Quando: 5/2, domingo, das 10h às 19h
Onde: Espaço Escandinavo (Rua Job Lane, 1030 – Alto da Boa Vista)
Investimento: gratuito
Inscrições: O evento é aberto ao público
Mais informações aqui

octavio cafe

Café em Casa
O que: Diferenciar um café de qualidade de um café tradicional, como encontrá-lo no supermercado, como prepará-lo corretamente em casa e como armazená-lo para preservar suas características
Quando: 6/2, segunda, das 19h às 22h
Onde: Octavio Café (Rua Av. Brigadeiro Faria Lima, 2996 – Jd. Paulistano)
Investimento: R$ 150
Inscrições aqui

Curso de Barista
O que: Formação em nível básico de barista
Ministrante: Keiko Sato, do Santo Grão
Quando: 6, 7 e 8/2, das 19h às 22h20
Onde: Santo Grão (Rua Oscar Freire, 413 – Jardins)
Investimento: R$ 690
Inscrições aqui

Fique de olho também!

Coffee Lab
Sindicafé SP
Sofá Café
Cafezal Cafés Especiais
Wolff Café

TEXTO Mariana Proença • FOTO Daniel Ozana, Felipe Gombossy, Divulgação

Mercado

Semana Internacional do Café divulga nova data em Belo Horizonte

SIC 2016

O início de 2017 está movimentado. Os organizadores da Semana Internacional do Café lançaram nova data e novo mês para o evento realizado em Belo Horizonte. De acordo com nota dos organizadores para a imprensa, o objetivo da mudança é adequar ainda mais o calendário ao fim da safra de cafés do Brasil, ao mesmo tempo contribuir de forma estratégica em um período de grande compra e venda de grãos de qualidade e estar alinhado com os calendários de feiras internacionais do setor. “A meta, além de ter a ampla participação de todos os segmentos do setor, é coincidir com as viagens dos principais compradores”, diz Caio Alonso Fontes, diretor de planejamento da Café Editora.

A nova data será de 25 a 27 de outubro de 2017. Em 2016, a SIC recebeu 14 mil visitantes e mais de 100 expositores de um público qualificado em busca de novidades, relacionamentos, conhecimentos; por meio dos estandes, palestras, cursos e competições. Essa integração torna a Semana Internacional do Café o maior encontro de café do Brasil e um dos principais do mundo.

SIC 2016

Para quem trabalha no setor de café, o evento é importante ponto de troca com os principais profissionais do mercado. Com mais de 20 eventos simultâneos, tem ações focadas nas áreas de Mercado & Consumo, Conhecimento & Inovação e Negócios & Empreendedorismo.

Informações
Semana Internacional do Café 2017
De 25 a 27 de outubro
Das 11h às 20h
Expominas, Belo Horizonte (MG)
www.semanainternacionaldocafe.com.br
Facebook, Instagram e Twitter: @semanadocafe

SIC 2016

TEXTO Da Redação • FOTO Vitor Macedo e Bruno Lavorato/Café Editora

Mercado

Comitiva de produtores apresentará cafés brasileiros em Berlim

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A fachada da loja de departamento KaDeWe, em Berlim.

Produtores nacionais de três origens de Minas Gerais irão participar de programação intensa, promovida pelo Sebrae Minas, em Berlim, como parte do programa Origem Minas. Com o objetivo de divulgar os grãos especiais do Brasil, o grupo fará um Road Show, de 30 de janeiro a 11 de fevereiro, na capital alemã.

Com uma população de 3,5 milhões de pessoas, Berlim é a maior cidade da Alemanha, além de ser a segunda mais populosa e a sétima mais povoada da União Europeia. Com cafeterias de referência, a primeira parada será na embaixada brasileira em Berlim, com uma sessão de cupping dos cafés, com a presença de cafeicultores das origens controladas de Cerrado Mineiro, Mantiqueira de Minas e Matas de Minas.

“Os agricultores, em contato direto com torrefadores e compradores alemães, terão a oportunidade de apresentar em detalhes o seu produto, apontando as características do grão e a história da região de origem”, explica Priscilla Lins, gerente de Agronegócios do Sebrae Minas, que acompanhará a missão.

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A agenda, bem diversificada, terá um momento de contato direto com o público alemão, no gigantesco templo de consumo de Berlim, a loja de departamentos KaDeWe. Segunda maior do gênero na Europa, a Kaufhaus des Westens (KaDeWe) ocupa um prédio de oito andares. São 60 mil metros quadrados de área e 180 mil visitantes/dia, de todas as partes do mundo. Neste dia, produtores terão a oportunidade de servir o café para o público.

Toda a ação tem o apoio da Ally Coffee, trading do grupo brasileiro Montesanto Tavares, que engloba a Atlântica Coffee, Cafebrás, InterBrasil Coffee, localizadas no Brasil. A Ally tem atuação como importadora e distribuidora de café no mercado americano e, mais recentemente, no europeu.

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A promoção dos cafés se estenderá para duas cafeterias de referência na cidade, a Chapter One e a Röststätte Berlin. O barista da Chapter One, Gian Zaniol, por exemplo, é o atual campeão italiano do campeonato de Brewers. Já Ivo Weller, da Röststätte, esteve recentemente no Brasil conhecendo os cafés nacionais na região do Sul de Minas. A barista da casa, Nicole Battefeld, conquistou o segundo lugar no Campeonato Alemão de Barista. Nas duas cafeterias serão oferecidas degustações abertas para o público e especialistas.

Programação completa

30/1 – Produtores no KaDeWe
31/1 – Embaixada do Brasil em Berlim, das 15h às 17h
1º/2 – Cafeteria Chapter One – cupping e apresentação para especialistas, baristas e consumidores
2/2 – Cafeteria Röststätte – cupping e apresentação para especialistas, baristas e consumidores
3/2 KaDeWe – das 11h às 19h – a barista Nicole Battefeld – 2º lugar no campeonato de baristas da Alemanha irá preparar cafés em diferentes métodos.

Espresso TEM degustação

Os cafés apresentados foram selecionados pelos provadores da Ally e serão torrados na Alemanha. Os eventos nas cafeterias e na KaDeWe são abertos ao público e gratuitos.

Para inscrição no evento da Embaixada, contato pelo e-mail: guarani.morais@itamaraty.gov.br.

Mais informações: www.sebraemg.com.br

TEXTO Mariana Proença • FOTO Agência Ophelia/Café Editora e Felipe Gombossy/Café Editora e Divulgação

Mercado

Leilão de cafés finalistas do concurso da ABIC receberá lances de torrefações e cafeterias

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As 36 sacas de arábica dos finalistas do 13º Concurso Nacional ABIC de Qualidade serão leiloadas em pregão aberto hoje, quinta-feira (26/1) e que será finalizado na sexta-feira (3/2).

O lance mínimo foi estipulado em R$ 871,00 a saca, equivalente a 50% acima da cotação BMF/Bovespa da terça-feira (24), conforme regulamento da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), entidade promotora do evento.

O leilão ainda está aberto para a participação de torrefadoras, cafeterias e demais pessoas jurídicas interessadas. Para participar, a empresa deve preencher a Ficha de Lance Comprador que está disponível no site www.abic.com.br. Os lances poderão ser dados on-line pela ficha que, automaticamente, enviará uma cópia para o e-mail fornecido, ou para cristiane@abic.com.br.

Nesta edição, o pregão poderá ser acompanhado todos os dias diretamente no site da ABIC, e os lances poderão ser renovados caso tenham sido superados por outra empresa. Os lances podem ser dados para aquisição de uma única saca ou de todo um lote, ou mesmo para compra de sacas de diversos lotes. Os microlotes são de 2 sacas de 60 kg, apenas. Nas demais categorias os lotes têm 6 sacas.

No dia 7 de fevereiro serão divulgadas as empresas campeãs do leilão, que são aquelas que deram os maiores lances. Todos os cafés serão industrializados e chegam aos consumidores em abril, compondo a 13ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil.

Prova dos cafés
Os cafés finalistas passaram pela avaliação de um Júri Técnico, composto por provadores e especialistas, e em janeiro foram degustados por um Júri Popular, integrado por consumidores em reuniões realizadas em São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia, estados produtores participantes do concurso. A pontuação do Júri Técnico correspondeu a 70% da nota final, e a do Júri Popular, a 15%. A soma incluiu também a nota de Sustentabilidade da Propriedade, equivalente aos 15% restantes.

Serra do Caparaó

Resultado do concurso
O microlote do cafeicultor José Alexandre Abreu de Lacerda, produzido no Sítio Pedra Menina, em Dores do Rio Preto (ES) foi eleito o campeão do 13º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café, com a nota final de 8,60 pontos (em uma escala de 0 a 10).

1º – Microlote – José Alexandre Abreu de Lacerda – Nota Final: 8,60
Sítio Córrego Pedra Menina – Dores do Rio Preto (ES)

2º – Cereja Descascado – Antônio Rigno de Oliveira – Nota Final: 8,57
Fazenda São Judas Tadeu – Piatã (BA)

3º – Microlote – Clayton Mapelli Cerri – Nota Final: 8,56
Sítio Anhumas – São Sebastião da Grama (SP)

4º – Cereja Descascado – Homero Teixeira de Macedo Jr. – Nota Final: 8,40
Fazenda Recreio – São Sebastião da Grama (SP)

5º – Cereja Descascado – Flávia Garcia Mureb Saldanha Rodrigues – Nota Final: 8,31
Fazenda Califórnia – Jacarezinho (PR)

6º – Microlote – Ceres Trindade de Oliveira Santos – Nota Final: 8,05
Sítio São Joaquim – Jardim Távora (PR)

7º – Natural – Antônio Cesar Neri de Sousa Santos – Nota Final: 7,73
Fazenda Primavera – Vitória da Conquista (BA)

8º – Natural –Evilásio Shigueaki Mori – Nota Final: 7,57
Sítio Mori – Cambira (PR)

Mais informações sobre o leilãowww.abic.com.br

TEXTO Da Redação • FOTO Felipe Gombossy/Café Editora e Bruno Lavorato/Café Editora

Barista

Belo Horizonte desponta com opções de cursos de café

Copa Barista / Vitor Macedo

São muitas as opções para apaixonados por café e também alguns cursos avançados. Veja qual se encaixa no seu perfil e aprenda com especialistas na capital mineira. Conheça algumas opções para os próximos dias:

Felipe Brazza - BrunoLavorato

Programação
Workshop de técnicas de Latte Art e Cappuccino
Data: 29/1
Baristas Mauricio Rodriguez Carrasco e Felipe Brazza
Conteúdo:
• Como preparar Cappuccino Italiano
• Vaporização correta e suas diferenças
• Tipos e diferenças de leite
• Pasteurização
• Técnicas de arte e desenhos no leite
Carga horária: das 9h às 14h
Local: Café das Amoras
Mais informações e inscrições: (31) 3566-8252 ou beba@cafedasamoras.com.br

Copa Barista -VitorMacedo-0366

Workshop – Métodos de Extração
Data: 4//2
Instrutores: Ivan Totti e Julia Fortini Souza
Um workshop que ensina sobre os métodos de extração do café. Você aprenderá mais sobre os métodos de preparo do café, podendo provar a diferença do mesmo grão extraído em métodos distintos.
Carga horária: das 10h às 12h
Local: Academia do Café
Mais informações e inscrições: www.academiadocafe.com.br

Copa Barista - VitorMacedo

Curso de Torra – Módulo I
Data: 7,8 e 9/2
A torra é uma arte, uma ciência. É necessário muita habilidade, atenção e conhecimento para se ter uma torra ideal. No curso de Torra módulo aprenda como torrar um café por perfil, aprendendo sobre a temperatura, o tempo e as etapas de uma torra ideal. Cada aluno terá oportunidade torrar e provar o café para desta forma avaliar para chegar ao ponto ideal da torra. O curso, através da teoria e da prática, oferece os preceitos básicos para o domínio da arte de torrar o café.
Carga horária: das 9h às 18h (dias 7 e 8/2) e das 9h às 13h (dia 9/2)
Local: Academia do Café
Mais informações e inscrições: www.academiadocafe.com.br

Veronica Belchior - VitorMacedo

Pós-graduação em cafés especiais
Data: a partir de março/2017
Verônica Belchior é louca por café e entrou para o mundo da pesquisa sobre tema há alguns anos. Com o certificado de Q-grader, barista, bióloga, mestre em Ecologia e doutoranda em Ciência de Alimentos, ela tem como tema de estudo a correlação entre a análise sensorial de cafés especiais e a composição química destes cafés. A profissional está a frente da coordenação da nova pós-graduação em Tecnologia da Produção de Cafés Especiais no UniBH, em Belo Horizonte (MG), que será lançada em março de 2017 e está com inscrições abertas.
Local: UniBH
Mais informações

Fique de olho também na agenda da Cafeteria Will Coffee.

TEXTO Da redação • FOTO Vitor Macedo/Café Editora

Cafeteria & Afins

Caffè Latte – São Paulo (SP)

Instalada em uma construção do século XIX, a cafeteria serve café nos métodos espresso e coado, que podem ser acompanhados de sanduíches, bruschettas, doces e salgados. A casa serve ainda saladas e pratos rápidos.

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(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua do Comércio, 58
Bairro Centro
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://www.caffelatte.com.br
Telefone (11) 3242-1700
Horário de Atendimento De seg. a sex., 8h/20h; fecha sábados, domingos e feriados

Cafezal

De volta às origens

A ideia de retornar ao campo começou a se concretizar há treze anos. De lá para cá, a família Moraes vem conquistando outras pontas do agronegócio café.

de volta às origens

A umidade baixa é uma das protagonistas em um trecho produtor paulista. Na região de Marília e Garça, o segundo município se destaca por possuir características que convergem para este fator: altitude média em torno de 600 metros, que condiciona temperaturas médias na faixa de 21 a 22 graus, e solo arenoso.

O outro protagonista desta história? O retorno às    origens. Na equação, o cansaço causado por uma vida tumultuada em um grande centro e a vontade de mudança. E no resultado, nenhuma volta ao mundo como tanto temos visto por aí. No lugar de jogar tudo para o alto e programar uma megaviagem, José Carlos de Moraes Filho, formado engenheiro civil, pegou o caminho da roça. O processo o levou de Vinhedo, na região de Campinas, ao município de Garça, distante 415 quilômetros da capital.

A ideia de retornar ao campo, onde ele guardava suas melhores lembranças da infância, começou a se concretizar há treze anos. Em Garça, José Carlos, apelidado pelos amigos de Zito, adquiriu uma propriedade com características que a destacam no cenário regional. Segundo ele, foi paixão à primeira vista. Mas a esposa, Maria Cristina Beisman de Moraes, também engenheira civil, lembra que foi preciso promover mudanças. “No início, o terreno era muito malcuidado e o Zito promoveu mutirões para pôr tudo em ordem”, diverte-se.

Técnicas modernas

O Sítio Água da Mata tem em sua lavoura o que José Carlos explica ser “uma privilegiada face ensolarada, sem vento sul”. Zito também decidiu plantar o cafezal em linhas que se curvam no sentido que vai de leste para oeste. Quem apresentou a propriedade e a região ao produtor foi Luiz Salutti, corretor de fazendas e de café, e que se tornou amigo da família. “Aqui na região de Garça temos cafeeiros com média de vinte anos de idade. A produtividade do município é geralmente de 35 sacas por hectare”, afirma ele sobre a origem, hoje pouco lembrada no cenário nacional, mas que mantém algo em torno de 12 mil hectares plantados, e entre 20% e 30% das lavouras irrigadas só no município.

Com a casa organizada, veio a busca por técnicas que colaborassem para manter uma produção resistente a baixa umidade. Através de uma técnica chamada enxertia, Zito implantou uma lavoura de raiz e base do conilon, mas que mantém o tronco, a árvore e, claro, seus frutos de café arábica. “A técnica torna o cafezal mais forte e traz menos perda na hora do plantio”, explica ele, que cultiva obatã, mundo novo, ouro verde e iapar.

Os cafeeiros da propriedade têm seis anos, em média, e em 2016 tiveram boa recuperação na produtividade, que, no ano anterior, caiu em decorrência da seca. A lavoura hoje, inclusive, é 100% irrigada e a colheita mecanizada é o carro-chefe. “Enquanto na época em que só havia colheita manual a fazenda precisava de cinquenta trabalhadores dedicados ao processo, hoje são nove pessoas na parte agrícola, contratadas durante todo o ano”, pontua Zito.

Entre as variedades, Zito explica que a obatã é mais tardia e seus frutos amadurecem, em geral, por último. A diversidade de desenvolvimento ajuda a programar a colheita e conseguir concluir praticamente tudo com o maquinário ao longo do terreno, que se mantém entre 700 e 800 metros. O solo arenoso também traz alguma tranquilidade. “A umidade é baixa e por isso o café que cai no chão não apresenta, tão rápido, problemas com fermentação”, explica ele, que credita a esse fator as características de acidez média, que destacam o aroma da bebida final.

Entre o campo e o beneficiamento, Zito descobriu sua vocação para o café. Hoje, o produtor passa boa parte da semana no Sítio Água da Mata

Entre o campo e o beneficiamento, Zito descobriu sua vocação para o café. Hoje, o produtor passa boa parte da semana no Sítio Água da Mata

Antes de chegar à xícara, porém, muita água precisa correr. Embora os cafés da propriedade sejam naturais, na separação é o lavador que trabalha constantemente. Próximo ao maquinário, um terreiro de cimento revestido de asfalto aguarda os cafés. A camada extra ajuda a elevar a temperatura e acelera a secagem dos grãos, que são revolvidos pelo menos a cada trinta minutos por dois trabalhadores em uma moto adaptada para o processo.

O tempo necessário no terreiro varia de acordo com o clima. “Neste ano, os grãos estão secando muito rápido. Tem café que você lava, passa um dia no terreiro e no outro já vai para o secador mecânico.” Os dois equipamentos mecânicos são movidos a gás e a lenha e se revezam no trabalho final dos lotes. “Em três dias, o secador movido a gás seca até 30 mil litros de cafés”, conta Zito, explicando que, para alguns cafés cerejas, o processo consiste apenas em manter a ventilação do equipamento para uma secagem diferenciada.

Por fim, há uma tulha com quatro repartições, onde os cafés descansam após a seca. “A ideia é fazer mais três silos para manter a umidade dos grãos entre 11% e 12%”, afirma Zito. Cada um dos silos hoje armazena até 500 mil litros de café.

Na busca pelo crescimento, a aposta na união entre produtores trouxe bons frutos. Com a assistência técnica de um agrônomo independente, Zito e outros cafeicultores da região se uniram para fazer a compra coletiva de adubos, assim como a venda em conjunto das sacas de café verde. “Ganhamos mais poder de barganha juntos”, pontua. Para fazer valer os investimentos, Zito e Maria Cristina decidiram ir além, no universo da torra. Nesse ponto, não demorou para que ela se pusesse à frente da nova empreitada. “A fazenda é com ele, mas a venda do nosso café eu faço com muito gosto. Valorizo o trabalho porque a gente precisa confiar no produto e levá-lo para todo o mundo”, declara.

Zito revolvendo o volume   de café recém-chegado ao terreiro e detalhe da torra, que acontece na torrefação Lugus

Zito revolvendo o volume de café recém-chegado ao terreiro e a torra, que acontece na torrefação Lugus

Mergulho na torra

Quase uma década se passou com a marca Café Aroma desde a decisão de ingressar na industrialização. “No início, a torra era terceirizada, mas decidimos trazer o processo para perto”, conta Zito. Foi então, há seis anos, que a torrefação Lugus – junção dos nomes dos dois filhos do casal, Luísa e Gustavo – começou a operar na propriedade. Hoje, 60% do café produzido no Sítio é torrado e o próprio Zito decidiu estudar a técnica, quando, em 2015, fez um curso de curva de torra com o consultor especialista em Marketing e Qualidade de Cafés Especiais, Ensei Neto.

Nesse caminho, outro emigrado da cidade grande viu na cultura cafeeira um novo potencial. Rafael Joseph, que havia trabalhado junto a Zito em uma grande empresa, também deixava a vida de escritório quando foi fisgado pelo café. Com a ideia de atuar diretamente na internet, Rafael iniciou um clube de assinaturas voltado para monodoses, o Clube das Cápsulas. Com o amigo produtor ele encontrou uma nova possibilidade para seu público-alvo. “A ideia de trazer uma marca feita pelo produtor dá muito valor à cápsula, traz toda a história do grão para o consumidor”, explica Rafael.

Depois de muito planejamento, tem sido através de encapsulamento terceirizado que os cafés do Sítio Água da Mata entram em mais um segmento da cadeia. “Criamos a cápsula Nonna Cella inspirados na minha avó, matriarca da família, que era uma mulher extremamente forte e independente”, conta Maria Cristina.

A circulação das cápsulas no clube e no mercado começou neste ano, e a família traça planos. “Estamos seguindo as normas da certificação 4C para obter mais sustentabilidade e valorização para o café.” A propriedade  busca também obter outro selo, o da UTZ – que tem auditoria agendada para março de 2017 –, e, a partir da experiência, Zito já mantém preservados 24% da propriedade com áreas de reserva ambiental e área de preservação permanente, as chamadas APP’s.

Entre todos os investimentos e ganhos com o sítio, Zito não deixa de frisar que quanto mais alto chegarem, melhor, mas que o retorno ao campo ainda é o item número 1 para toda a empreitada.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Thais Fernandes • FOTO Lucas Albin / Agência Ophelia
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