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Empreendedorismo feminino no café tem avanços, mas muitos desafios

A igualdade de gênero é uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável  (ODS) e uma forte agenda da Aliança Internacional das Mulheres do Café (IWCA Brasil).

Esse foi o foco do painel “O papel das mulheres na cadeia de valor do sistema agroindustrial do café”, durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG). “A batalha do feminino não é simples”, diz a produtora Miriam Monteiro e vice-presidente da IWCA-Brasil.

Além das questões sobre liderança, remuneração, por exemplo, as dificuldades passam inclusive por falta de dados e pesquisas detalhados  sobre o tema. “É preciso mensurar a desigualdade de gêneros na produção de café”, analisa José Sette, diretor executivo da Organização Internacional do Comércio (OIC). Segundo estudo apontado por ele, 25% dos cafeicultores no mundo são mulheres e dependendo da região, 70% da mão de obra é feminina.

Embora as pesquisas ainda não demonstrem o empoderamento feminino, na prática ele ocorre há tempos. Anna Illy, da illycaffè, lembra que o setor era predominantemente masculino há 30 anos, quando passou a percorrer as fazendas em busca de grãos para a empresa. “Agora temos mulheres nas primeiras colocações na nossa premiação”, comenta. Segundo Jackeline Uliana Donna, da certificação Fairtrade, “as mulheres são mais dedicadas para colocar à risca as exigências da certificadora”.

Da esquerda para direita: Jackeline Uliana Donna e Anna Illy

E essa busca pela dimensão real da propriedade faz parte do treinamento de Jéssica do Carmo, que está à frente de um projeto do Senar dedicado às cafeicultoras na região das Matas de Minas. Além da assistência técnica, o programa aborda a gestão da propriedade. “Sempre faço essa pergunta a elas: o café está trabalhando para você ou você está trabalhando para o café?”, diz.

Na palestra também participaram Enrique Alves, pesquisador da Embrapa Rondônia, responsável pelo projeto de cultivo de café robusta especial (premiado, inclusive) em comunidades indígenas, e a proprietária da Pura Cafeína, Gisele Coutinho, em São Paulo. Ela comanda um negócio focado no garimpo de cafés especiais para entregar aos clientes e em cursos sobre como preparar um bom café em casa para o público interessado no tema. Gisele falou especialmente sobre os desafios de uma empreendedora negra. “É muito difícil encontrarmos mulheres negras à frente de negócios, ou como barista e também como consumidora de cafés especiais”, analisa.

TEXTO Janice Kiss • FOTO Nereu Jr / NITRO

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SIC 2018: 6 tendências para você conhecer!

A Semana Internacional do Café deste ano está bombando em Belo Horizonte! Durante estes dois primeiros dias de feira, deu para notar várias novidades e tendências de produtos e serviços de diversas marcas de todo o Brasil. Agora vem a dica: separamos 6 achadinhos para você colocar na sua wish list!

 Pressca

As coloridinhas agora vão além do café! Pensando em facilitar a etapa de vaporização do leite, a Pressca lança o “Espumador de leite”. A ideia é que o cliente consiga deixar o leite cremoso igual ao de cafeteria, só que em casa. Para usar, basta aquecer o líquido e mover o êmbolo para cima e para baixo, até dobrar o volume da espuma. Está disponível em sete cores! Preço: R$ 60 www.pressca.com.br

True Coffee Inc

Agora você pode fazer seu cold brew em casa e para ajudar nisso, a True Coffee lançou a “Cold brew bag”. Desenvolvida com grãos de cafés de qualidade, torra e moagem próprias para o método de infusão a frio, a novidade é bem fácil de usar: basta adicionar água fria até o nível indicado, colocar na geladeira e aguardar entre 12 e 24 horas. Preço: R$ 18 www.truecoffeeinc.com.br

Café das Amoras

A marca está com algumas novidades que andam ganhando os corações dos visitantes. Além da nova embalagem do café, estão à venda também chaveirinhos de miniaturas de utensílios de barista, como a leiteira e a mokinha e o novo copo to go alemão feito de borra de café. Preço: R$ 20 (café), R$ 50 (chaveiro), R$ 120 (copo) www.facebook.com/cafedasamoras

Woodskool

Um dos últimos lançamentos da Woodskool, este coador de café é feito 100% de madeira, especial para o preparo de café filtrado. As linhas internas, espirais e verticais facilitam o fluxo de água e a expansão do pó. A madeira usada é resistente ao calor e de secagem rápida. Pode ser usado com filtro Hario ou Melitta, no tamanho 01. Preço: R$ 169  www.woodskull.com.br 

Supernova Coffee Roasters

No estande da marca é possível achar várias camisetas com estampas diversas relacionadas ao café. Além da Supernova, vários espaços optaram por investir em desenhos e frases cafeinadas para você sair por aí esbanjando seu amor pelo bebida. <3 www.facebook.com/supernovacoffee

Utam 

Para ajudar quem está querendo ingressar no mercado, a Utam está com um serviço bem legal chamado “Seu café especial por quem sabe fazer”. Se você já tem seu próprio café mas falta a embalagem, eles disponibilizam formatos como stand pack, valvulada, almofadada e cartucho. Se você tem o conceito mas falta o grão torrado, o grupo possui profissionais e laboratórios, onde o mestre de torra e o provador avaliam desde a matéria prima até a finalização do processo. www.grupoutam.com.br

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

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Trish Rothgeb comenta sobre nova roda de aromas e sabores

No primeiro dia da Semana Internacional do Café, maior feira brasileira do setor cafeeiro, uma das atrações foi a americana Trish Rothgeb.

A CEO e mestre de torra da Wrecking Ball Coffee Roasters foi a protagonista da palestra “Mercado – O que se entende por café especial?”, que aconteceu no Grande Auditório e foi moderada por Fabrício Andrade, da SanCoffee.

Na conversa, Trish comentou sobre a nova roda de aromas. Segundo ela,  os termos utilizados foram atualizados para se tornarem mais específicos, porém, a ideia é que a roda possa ser sempre incrementada, já que as percepções são muito diferentes de acordo com cada pessoa e origem. A americana também falou sobre como são definidos os atributos de cafés especiais.

Além dela, a palestra contou com a presença da pesquisadora da Epamig, Margarete M. L. Volpato, que falou sobre a geografia dos cafés especiais de Minas Gerais.

A Semana Internacional do Café acontece até sexta-feira, dia 9, no Expominas, na cidade mineira de Belo Horizonte. Credencie-se no site e não perca as novidades e tendências no mundo do café.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Gustavo Baxter / NITRO

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Quer abrir uma cafeteria? Participe de curso com Isabela Raposeiras

No dia 8 de novembro, durante a Semana Internacional do Café (SIC), acontece o “10° Business Experience – Especial: Workshop Gestão de Cafeterias” com Isabela Raposeiras, proprietária do Coffee Lab. A abertura será feita por Mariana Proença, diretora de conteúdo da Café Editora.

Realizado das 14h30 às 18h, o curso apresentará pontos críticos para o sucesso de uma cafeteria, abordando temas como importância do conceito, motivos para abrir, fornecedores, equipamentos, panorama nacional e internacional do café de qualidade, dicas de gestão, entre outros.

É uma ótima oportunidade para quem está pensando em abrir sua própria cafeteria, uma vez que o Coffee Lab foi escolhido entre as dez melhores casas do mundo pelo especialista norueguês Tim Wendelboe e pelo The New York Times.

Com vagas limitadas e certificado emitido ao final, o custo do workshop é de R$ 400. É necessário fazer o credenciamento no site da SIC.

Serviço
10° Business Experience – Especial: Workshop Gestão de Cafeterias
Quando: 8/11
Horário: 14h30 às 18h
Onde: SIC – Expominas – Avenida Amazonas, 6.030 – Belo Horizonte (MG)
Mais informações: http://semanainternacionaldocafe.com.br/br/?page_id=1001

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

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Reutilização do pó

A Recoffee Design, em parceria com a Grassy Spazio Caffè, elaborou um vaso artesanal. Com design único, o Cafedim é feito utilizando-se o resíduo do café da própria cafeteria. A partir de um material totalmente atóxico, não agride o meio ambiente em sua decomposição. O vaso está à venda através do site da Recoffee e custa R$ 125.

Mais informações: www.recoffeedesign.com.br/vaso-cafedim

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso referente aos meses junho, julho e agosto de 2017 – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Já pensou em imprimir sua foto no cappuccino?

A rede de cafeterias Sterna Café está com uma novidade para os apaixonados por café e modernidade: agora você pode ter sua foto estampada no seu cappuccino. O serviço vale para qualquer tipo de foto.

Aos que tem dúvida sobre como que a foto é feita na bebida, nós respondemos: através de uma tinta comestível. Basta encaminhar a foto desejada via e-mail, bluetooth ou WhatsApp na hora de realizar o pedido e a impressão fica pronta em menos de trinta segundos.

Chamado de “Sterna Print”, o serviço custa R$ 19,90 (cappuccino de 200 ml) e está disponível apenas na unidade Sterna Vila Mariana. Ótima dica para quem adora postar o café do dia nas redes sociais!

Serviço
Sterna Print
Onde: Rua Áurea, 409 – Vila Mariana – São Paulo (SP)
Horário de atendimento: de segunda a sábado, das 8h às 19h30

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Quer tomar um microlote premiado? Em São Paulo tem!

Na cidade de São Paulo, o Grupo 3corações lançou uma parceria com a cafeteria Catarina Coffee & Love para vender seu mais novo café da linha Rituais Cafés Especiais. A casa comercializará o microlote premiado no concurso Aroma, da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Os grãos ganhadores são da variedade bourbon amarelo, cultivados em Carmo de Minas (MG) pelo produtor Otaviano Ceglia, da Fazenda Granja São Francisco. O café foi processado pelo método CD (cereja descascado), no qual os frutos são descascados e despolpados antes da secagem.

Segundo a 3corações, o microlote apresenta aroma floral e sabor de frutas amarelas e caramelo, com alta doçura, corpo leve e acidez cítrica. Os clientes poderão degustá-lo na hario v60 (R$ 10) ou em pacotes de 150 g em grãos ou moído na hora (R$ 35). Edição limitada, a novidade está disponível enquanto durarem os estoques de apenas 5 kg.

“O lançamento deste microlote é uma grande oportunidade para que os consumidores possam viver a experiência de conhecer os cafés de alta qualidade que o Brasil produz”, comenta Aline Germano, gerente de marketing e operações no canal Foodservice da 3corações.

Serviço
Edição limitada do microlote premiado no Catarina Coffee & Love
Onde: Rua Oscar Freire, 990 – Jardins – São Paulo (SP)
Valor: R$ 10 (feito na hario v60) e R$ 35 (pacote em grãos ou moído com 150g)

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Em nova edição, Nespresso investe em grãos de microlotes

Diferente dos blends que costuma fazer, a Nespresso acaba de investir em cafés de microlotes de origens únicas. Os países escolhidos foram Nicarágua, República Dominicana, Índia e Galápagos, que compõem a terceira edição da Linha Explorations.

Os grãos arábica foram cultivados em propriedades que possuem solos diferenciados, com características que influenciam diretamente nos frutos. Os cafés da Índia e da Nicarágua, por exemplo, são de pequenas fazendas, já os da República Dominicana e Galápagos, de regiões específicas das ilhas.

Segundo a marca, os cafés passaram por um processo de torra chamado Split Roasting, que significa torra separada. “Um mesmo café pode ter aromas florais e frutados resultantes de uma torra clara ou notas tostadas e intensas se submetido a uma torra mais escura”, explica Claudia Leite, gerente de cafés e sustentabilidade da Nespresso no Brasil.

A novidade é limitada e será comercializada em uma caixa exclusiva com as quatro variedades e um par de taças Reveal, desenvolvidas em coparceria com a marca austríaca Riedel. Com um preço de R$ 290, o kit estará disponível até o dia 15 de novembro nas boutiques e site da marca.

Mais informações: https://www.nespresso.com/br/pt/explorations-2018-cafes-do-ano#/

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Concorrência abala gigantes do mercado do café

O mercado do café passa por movimentações, transações e acordos o tempo todo e marcas italianas, como Lavazza e illycaffè, têm buscado alternativas para reagir aos seus concorrentes no setor.

As duas seguem caminhos distintos nessa empreitada. A Lavazza tem buscado negócios na França, Dinamarca, Canadá e Austrália, a fim de se consolidar como a maior produtora de café italiana. Já a illy, que possui cerca de 250 estabelecimentos em 43 países, busca acordos de distribuição mais segmentados no mercado de cápsulas e na abertura de cafeterias.

No mês passado, a Starbucks abriu sua primeira loja na Itália e máquinas da Nespresso ameaçam a terra do café espresso. O mercado mundial de cafés está a todo o vapor e teve crescimento de 25% nos últimos cinco anos, com potencial enorme de ascensão e maiores investimentos.

Segundo a Euromonitor, a Nestlé tem participação de quase 25% no mercado global de cafés torrado, moído e instantâneo. Os dados não incluem café vendido em cafeterias. Em segundo lugar está a JAB, com 10%, e em seguida estão Lavazza e Starbucks, ambas com 2,5%.

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

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Conhece a moda do drip coffee?

O consumo de café cresce apressadamente no mundo todo. De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), só no ano passado, nosso País consumiu 21,5 milhões de sacas do grão, o equivalente a 1,07 milhão de toneladas. Bastante, né?

O Brasil é o maior exportador de café do mundo e o segundo que mais consome, perdendo apenas para os Estados Unidos. Este crescimento pode ser explicado por alguns fatores, como a melhoria das condições de trabalho e do processo nas lavouras, a modernização dos estabelecimentos e a imersão de grandes marcas, como a Coca-Cola, no mercado cafeeiro.

Além disso, outro ponto interessante é a inovação nas formas de servir a bebida. Além do espresso e dos métodos coados e filtrados que já conhecemos, surgiram ideias como o cold brew, café extraído a frio normalmente produzido artesanalmente; e o drip coffee, café filtrado individual.

Conhecido como “café de bolso”, o drip coffee consiste basicamente em um sachê com hastes flexíveis, que são encaixadas nas bordas da xícara, deixando o pacotinho com o pó posicionado bem no centro. Assim, através da passagem da água, o café sai quentinho e fresquinho direto no recipiente onde será consumido. Aos amantes de café com leite, é possível coar com leite quente ao invés de água. Bem prático!

Algumas marcas já aderiram a novidade ao catálogo de produtos, como a Santa Mônica Café Gourmet, a Orfeu Cafés Especiais e a Mistuo Nakao. O drip coffee costuma vir em embalagens que contém 10 sachês, com uma média de preço de R$ 24.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação