Entre Minas Gerais e São Paulo, existe uma região que consolida-se em solo vulcânico e une gerações em torno da produção de cafés especiais
A Região Vulcânica está em uma área conhecida como caldeira vulcânica – resultado de um vulcão extinto há aproximadamente 80 milhões de anos e que definiu um território de solo vulcânico entre o sul de Minas Gerais e o nordeste de São Paulo. Formada por doze municípios, como Andradas, Botelhos e Poços de Caldas, no estado de Minas Gerais, e Águas da Prata e São Sebastião da Grama, em São Paulo, suas condições de clima e relevo delimitam um “terroir” singular onde são produzidos cafés.
A vegetação é predominantemente formada por florestas tropicais do tipo Mata Atlântica. As altitudes das lavouras variam entre 700 e 1.300 metros (com uma média de 1.075 metros) e a temperatura anual média na região fica entre 17 e 20ºC.
“Vimos a importância de a região ter uma associação para agregar valor ao produto e ao local”, explica Leandro Paiva, diretor do Polo Inovação Agroindústria do Café no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, um dos primeiros a incentivar a criação da Associação dos Produtores do Café da Região Vulcânica, que conta com cerca de 800 produtores de café – 70% deles praticam agricultura familiar. “As pessoas já comercializavam o café com o nome de Poços de Caldas, Andradas, por exemplo, citando a presença, no local, de vulcões”, comenta.
Com um histórico de produtos diferenciados por conta do terroir, a marca Cafés da Região Vulcânica foi lançada oficialmente em 2020, durante a Semana Internacional do Café (SIC). “No começo foi difícil, levou tempo, principalmente para o produtor entender que todas as ações tinham como propósito mostrar notoriedade, valorizar a terra e, assim, gerar valor para a produção”, destaca Paiva.
“Nosso intuito é fomentar, mostrar o potencial de cada produtor local. Muitos já mudaram a vida através do nosso trabalho, e é isso que vale, o crescimento e ascensão dos cafés’’, diz Marco Antônio Lobo Sanches, presidente da Região Vulcânica e proprietário da Fazenda Curitiba.
Marco Antônio Lobo Sanches, presidente da Associação dos Cafés da Região Vulcânica
Primeira parada
Com o objetivo de plantar e comercializar cafés de referência, o grupo AgroFonte Alta surgiu em 2009. Hoje em dia, os grãos nascem em três fazendas, duas na cidade de Campestre e uma em Machado, no Sul de Minas. “Começamos a pesquisar sobre variedades, processos e cuidados no pós-colheita”, conta Leonardo Custódio, supervisor de qualidade no grupo há mais de dez anos.
Para fortalecer a marca Mantissa, a primeira ideia foi enviar os cafés para concurso. Deu certo. Além de finalistas por diversas vezes do Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso, em março de 2023 o grupo alcançou a quinta colocação, e, em 2022, o primeiro lugar no concurso da Região Vulcânica com o café cereja descascado.
Atualmente, eles comercializam doze variedades, mas têm um banco com mais de quarenta delas para teste. Segundo Custódio, os testes examinam tecnologia, o modo como o café se comporta, resistência a pragas e doenças e produtividade. “Aqui também ajudamos outros produtores, auxiliando com dicas para melhorar na qualidade e, até, a chegar à final de concursos. Ajudamos nesse avanço para crescermos juntos. Somos uma região privilegiada”, acredita ele.
Leonardo Custódio é supervisor de qualidade há mais de dez anos
Montanhas, picos e morros tornam a colheita manual a única opção viável. O calor durante o dia e o frio à noite geram cafés mais ácidos e com mais açúcar, segundo Custódio. “Cafés plantados de um lado da montanha não entregam a mesma bebida na xícara que o café plantado do outro lado”, explica.
Foco nos estudos
Ilma Rosa Corrêa Franco, do Sítio Terra Nova, em Campestre, é uma das maiores promotoras da Região Vulcânica. “Precisamos de divulgação e ajuda. Aceitar que a troca de informações só vai melhorar os cafés da região”, comenta Ilma, cuja dedicação diária aos cafés rendeu a ela o primeiro lugar no concurso organizado pela Prefeitura de Campestre, em 2022. “Eu mesma trabalho no terreiro, no secador, coloco a lona depois que o sol vai embora e faço a torra”, detalha.
Ilma, da segunda geração de cafeicultores, destaca a importância de cursos para melhorar cada vez mais o café que produz. “Acho que nasci num pé de café”, diz. “Somos sete irmãos e a maioria trabalha com café, cada um em seu espaço”, relata ela, que tem 800 pés de café herdados do pai. Além deles, hoje em dia, ela possui catuaí amarelo, catuaí vermelho, bourbon e mundo novo, totalizando 50 mil pés.
Dona Ilma e sua dedicação ao café especial
Da produção de commodities, Ilma e o marido, João Antunes, migraram para os especiais. “Fui uma das campeãs do concurso Florada, da 3corações, e a premiação foi em Campestre. Já batizei o talhão enviado para esse prêmio de ‘premiado’”, emociona-se. Em 2022, Ilma participou da Semana Internacional do Café e conseguiu compradores para seus grãos. “Criei a marca Rosa Franco. Rosa é meu sobrenome e Franco, o do meu marido, daí descobri na minha árvore genealógica que havia Franco nos meus antepassados, e assim decidimos a marca”, conta.
A união pelo especial
Cabo Verde tem altitude (785 e 1.255 metros) e clima (úmido) favoráveis para a produção de cafés especiais. Mas tem também um grupo de produtores dedicados, que faz parte da Associação dos Produtores de Cafés Especiais de Cabo Verde (Assprocafé), fundada em 2014. Atualmente, são trinta cafeicultores cujo objetivo é encontrar melhorias e soluções para valorizar o trabalho no campo e a produção de cafés especiais.
A Assprocafé, em parceria com o Sebrae, quer colocar, ainda, os grãos como referência nacional nesse segmento. Em 2022, cinco cafeicultores da associação estiveram na SIC.
Henrique Palma Neto, dos sítios São Bartolomeu e dos Palma, conta que sua produção é antiga. Seus antepassados chegaram da Alemanha em 1882, em Santos, foram para São Paulo e, depois, para Cabo Verde. “Aqui compraram o primeiro pedaço de terra. Crescemos no café”, explica ele, que cultiva catuaí e arara. “Queremos desenvolver um projeto de turismo rural, para que as pessoas possam conhecer nossa região”, completa ele, que também produz o destilado de café João Fortes.
O destilado homenageia João Batista Fortes, um homem bem-humorado e muito profissional no trabalho da fazenda. Sempre bem trajado, com chapéu, bota e facão na cintura, ele e seu cavalo Gaúcho cortavam diariamente as lavouras de café das serras de Cabo Verde. No fim de cada dia de trabalho, havia parada garantida em pelo menos um dos bares na rota para casa. Nessas paradas, João Fortes, que apreciava a cachaça, era solidário com o Gaúcho, que também tinha direito a uma dose servida no chapéu do cavaleiro. O café que compõem o destilado é extraído das cerejas, colhidas seletivamente nas lavouras e fermentadas. “Então, extraímos o mosto, secamos e seguimos com o processo de preparo da cachaça”, explica Neto.
Leandro Rodrigues dos Reis, do Sítio Córrego Fundo, da quinta geração de produtores, tem café sombreado em clima ameno, características que proporcionam uma maturação lenta e de qualidade. “Sabia que os nossos grãos tinham qualidade, mas meu pai preferia colher mais café do que ter atenção aos detalhes, então passei a cuidar do especial e seguimos ajudando um ao outro”, lembra. “Ainda temos o café do jacu, do qual produzimos uma leva pequena”, conta ele, que produz caturra, catuaí vermelho e catuaí amarelo, faz colheita seletiva e seca em terreiro suspenso.
O café alimentou três gerações da família de Laís Podestá, da Fazenda do Córrego. Ela conta que foi para São Paulo estudar e especializou-se em fotografia. Com a pandemia, voltou para a fazenda e passou a se envolver com as divulgações da associação e apresentar seu café.
Já Marcos Antonio Oliveira Carvalho, da Fazenda Fazendinha e atual presidente da Assprocafé, tem na sua propriedade, a mil metros de altitude, as variedades mundo novo, catuaís amarelo e vermelho, bourbons amarelo e vermelho e catucaí 2SL vermelho.
A história com o café de Ivan Santana, da Fazenda Jangada, começou aos 11 anos, quando passou a ajudar a mãe, Zilda Goulart, na lavoura. “Aos 13 anos, minha mãe disse que eu precisava estudar e me formei técnico em cafeicultura”, recorda Santana. “Comecei a trabalhar em qualidade e anos depois comprei uma parte da fazenda em que minha mãe trabalhava”, completa. Os primeiros anos foram difíceis, a produção era commodity e eles tiveram que aperfeiçoar cada etapa. Até que, em 2019, ele conseguiu incluir seu café em uma compra coletiva e logo fez parceria com a cafeteria Dude Coffee.
Santana fez outras parcerias e atualmente torra os cafés e os envia para todo o Brasil. A fazenda cultiva catuaí amarelo, catuaí vermelho, bourbon vermelho, mundo novo, arara e catuaí amarelo.
Companheirismo
A história de Dulce Vieira Franco de Souza e Ablandino Saturnino de Souza começa com o bisavô e o avô de Dulce no Sítio Belém, em Campestre, quando, em 1878, foram plantados os primeiros pés de café. Seu pai, Otoniel, não tinha tanto interesse nas produções como os outros irmãos.
“Meu pai tinha paixão por tecnologia. Quando meu avô dividiu as terras, deixou as melhores partes para os outros filhos, pois acreditava que meu pai seria o primeiro a vendê-las. Ele só não contou com o fato de que minha mãe [Orminda] não concordaria com a venda”, conta Dulce.
Dona Dulce e Ablandino
Mesmo insistindo, o pai de Dulce não conseguiu vender as terras, e esforçou-se para que os filhos estudassem para não depender da roça. “Mesmo assim, ninguém saiu da roça”. Dulce tornou-se dentista e mudou-se para Botelhos. “Trabalhei por 35 anos. Meu marido é pastor e no final de semana viajávamos muito com a igreja para realizar visitas missionárias, mas onde eu estivesse os pacientes me encontravam”, brinca.
Ablandino, seu marido, passou a cuidar da propriedade e aprender ainda mais sobre o café. “Comecei a dividir meu tempo e quebrar a cabeça para melhorar a produção”, explica ele, que contou com um funcionário que cuidava de tudo até que o casal assumisse a gerência dos cafés.
“Dei trabalho para a cooperativa, pois queria aprender cada detalhe, questionava cada valor e desconto, virei uma encrenca”, diverte-se Dulce.
Com a ajuda de um agrônomo da Educampo, entenderam como dar qualidade ao café. “O profissional nos desafiou a pensar em soluções e começamos a fazer cerejas descascados. Temos um microclima que nos favorece, faltava só alinhar detalhes da produção. Hoje temos em 22 hectares as variedades arara, catiguá, paraíso e plantamos um pouco de geisha”, detalha ela.
Eles já venceram dois anos seguidos o concurso de Campestre e foram finalistas do Florada Premiada, da 3corações. “Concurso de café é como vestibular, alguém vai passar e pode ser eu, então é sempre bom tentar”, completa a produtora.
Pioneirismo
João Batista de Abreu, avô de Daniela Abreu da Silveira, da Fazenda Santo Antônio, é famoso em Botelhos por ter iniciado a comercialização de café e expandido a cultura na região.
Daniela Abreu contou com o incentivo de seu avô para seguir no café
Daniela cresceu na fazenda, sob os ensinamentos do avô. “Em 1970 ele já produzia cafés com qualidade, mas ele era comerciante, casou novinho com a minha avó e tinha tino para o comércio”, conta ela. Desde novo o avô trabalhava numa farmácia da qual virou dono e onde começou a comprar e revender cafés. Até que propôs ao pai de Daniela, quando ainda era noivo de sua mãe, a produzir café de verdade. Compraram uma fazenda pequena. “Meu pai era caminhoneiro e andava pelo Brasil todo. Meu avô quis entender cada detalhe da produção, então eles foram para Santos estudar a Bolsa de Valores, o comércio e todo o universo dos grãos”, detalha ela.
Daniela vivia na fazenda ajudando o pai, formou-se e fez mestrado em agronomia. “Mas eles não me ouviam, qualquer palpite meu era ignorado. Então, fui fazer outras coisas”, lembra. Ao lado da jornalista Vânia Marques, Daniela fundou o jornal Folha Agrosul. “Isso abriu o meu leque sobre mercado”.
Em 2009, após a morte de João Batista, a família dividiu a propriedade. A família de Daniela assumiu uma parte, que, além do café, tinha gado. “Fui aprender na prática. Buscamos novas tecnologias e construímos um gado de corte e um de leite. Do café só fui cuidar com meu pai em 2020.”
Em 2021, a família ganhou o concurso de Botelhos. No ano seguinte, vieram mais prêmios – o primeiro lugar da Região Vulcânica e entre os finalistas do Florada Premiada. Resultados da mudança no pós-colheita, como cuidado na secagem, feita em lotes. “Escolhi o terreiro, sequei com todo o cuidado e assim conquistamos o prêmio”. As variedades plantadas são catucaí, mundo novo, catuaí vermelho, catuaí 62 e arara.
Fazendo história
Em São Paulo, na divisa dos municípios de Caconde e Divinolândia, há um lugar colorido. É o Sítio Boa Vista do Engano, de Roberta Bazilli, cheio de ilustrações e que produz o café Dinocoffee.
Roberta faz parte da quinta geração de cafeicultores e, desde 2005, está à frente da marca. A família se dedica à produção desde 1916 e todo o processo é feito artesanalmente, no interior da propriedade. Em 2007, o café de Roberta foi servido ao Papa Bento XVI em sua visita ao Brasil, e, em 2013, ao Papa Francisco, em sua passagem por Aparecida. “Devagar e sempre, vamos fazendo história”, orgulha-se ela.
Quando se formou em hotelaria, em 2002, Roberta decidiu voltar para Caconde, terra dos avós. Pós-graduada em Planejamento e Marketing de Produtos e Destinos Turísticos, técnica em cafeicultura e com cursos na área de barismo, classificação e degustação de cafés, ela decidiu reestruturar a plantação de café commodity da família. “Meu pai foi, aos poucos, adquirindo partes da fazenda. Assim, estruturamos o casarão”, explica.
Roberta Bazilli e seu filho Theo
Entre 2002 e 2005, trocaram maquinários, mudaram o tipo de colheita, montaram a torrefação e, atualmente, Roberta e a família moram no sítio e enviam seus cafés a cafeterias e supermercados. Em média, são 400 sacas beneficiadas de mundo novo, catuaís amarelo e vermelho, bourbon amarelo e arara, ao lado de alguns pés de gesha. Embora pequeno, o sítio abriga uma cafeteria no mirante, a 11 Café Bar, um verdadeiro cartão-postal.
Mudanças
Divinolândia nasceu plantando café, mas o empresário Silvio José Ferreira, proprietário das marcas Café Caldense e Pão de Queijo Xodó de Minas, não cultiva o fruto. Ele tem um espaço destinado a cursos, visitas, rebeneficiamento e torra dos grãos. “Aqui, ensinamos prova e torra de cafés”, explica Ferreira. O espaço chama a atenção pela tecnologia que oferece. Exemplos disso são o equipamento Full Collor, que faz a separação de até 100 sacas de café verde por hora, retirando até 99% dos defeitos do cafés, e a máquina de seleção de cafés torrados, com capacidade para mil quilos por hora.
Antes dessa tecnologia, a seleção de cafés era manual, dificultando a produção de quantidade com qualidade. Boa parte dessa mudança é creditada a Ulisses Ferreira, diretor-executivo da Associação dos Produtores do Café da Região Vulcânica. “O trabalho do Ferreira com a região é muito importante, uma forma de unir e apresentar soluções e oportunidades aos produtores’’, elogia.
Leonardo Custódio e Ulisses Ferreira, diretor-executivo da Associação dos Produtores do Café da Região Vulcânica
Ferreira ajudou a alavancar, ainda mais, a região e unir os produtores. Técnico agrícola, Ferreira cursou administração e tem pós-graduação em cafeicultura. Sua família não tem ligação com o café, mas ele sempre se interessou por tudo que envolve a bebida. “Sempre gostei de trabalhar com associações e nossa região tem muitos produtores com potencial”, comenta. “Somos um grupo de pequenos produtores, e temos um trabalho dedicado a trazer a informação e a ajudar no desenvolvimento de cada etapa”, completa Ferreira.
Fundada em 2005, a Associação dos Cafeicultores de Montanha de Divinolândia (Aprod) também faz suas conexões – entre pequenos produtores e o mercado consumidor através da Fairtrade, um movimento global em busca de mudanças para um comércio justo. O objetivo do movimento é incentivar o pagamento justo e sustentável para o produtor. “O comprador de fairtrade respeita o preço mínimo na hora de adquirir o café. E os produtores são engajados”, explica Francisco Sérgio Lange, conselheiro, consultor do meio ambiente e um dos fundadores da associação.
Em 2012, a Aprod conquistou a certificação Fairtrade, que conta hoje com 69 associados. Só pode fazer parte quem é do município de Divinolândia e possui, no máximo, 30 hectares. O espaço da Associação foi inaugurado em 2015 e, ali, os produtores podem ter o controle do próprio café, rebeneficiá-los e armazená-los. “É um dos poucos armazéns que trabalham com microlotes”, conta Lange.
Carmen Silvia de Avila da Costa, presidente da Aprod, ressalta como os produtores aprenderam a entender seus cafés, tanto na produção quanto na xícara. “Nossos produtores estão com a situação financeira equilibrada”, comemora ela. Alguns cafeicultores já estão trabalhando com agricultura regenerativa. Lange alerta para o fato de que eles precisam atentar para as mudanças climáticas, estudar mais sobre isso e como o fenômeno afeta a produção. “Temos um grupo engajado, que sabe que o trabalho não é da noite para o dia, é lento, mas que haverá mudanças. Tudo isso fez e faz a diferença”, explica Carmen.
A Bourbon Specialty Coffees, exportadora de café verde que envia os grãos para o mundo todo, também ajudou a modificar a Região Vulcânica. Igor Ignacio, supervisor de qualidade, destaca o trabalho de anos até a consolidação da região. “Acompanhei a luta dos presidentes das associações para orientar produtores e refletir sobre as mudanças”, conta Ignacio. “Hoje, temos um trabalho consolidado, uma verdadeira mudança cultural. Os produtores estão sabendo o que estão plantando e não teria como a Bourbon ficar de fora.’’
Roberto Pereira, também do setor de supervisão de qualidade da Bourbon, afirma que todas essas ações agregaram conhecimento e incentivaram cafeicultores a produzir qualidade. “Sentimos a mudança na hora de provar os cafés, e o produtor também sabe identificar sua bebida na xícara.’’
Em fevereiro de 2023, houve a primeira exportação dos cafés pela Bourbon com o selo da Região Vulcânica. É uma conquista importante para os cafeicultores da região, que estão há mais de dez anos trabalhando para o reconhecimento dessa origem. O primeiro lote foi para o Japão, país que já busca a origem e reconhece a qualidade dos cafés desse terroir. Para compor os lotes, entraram cafés premiados das Fazendas Santo Antônio, em Botelhos, e da Fazenda Recreio, em São Sebastião da Grama.
Texto originalmente publicado na edição #79 (março, abril e maio de 2023) da Revista Espresso. Para saber como assinar, clique aqui.
TEXTO Natália Camoleze • FOTO Agência Ophelia