Cafezal

Conheça os finalistas do Coffee of the Year 2023!

A lista dos finalistas do Coffee of the Year 2023 acaba de ser definida. Os 180 concorrentes do concurso da Semana Internacional do Café, que reconhece os melhores produtores brasileiros do grão (150 deles de arábica e 30 de canéfora). Confira os nomes aqui.

Estas 180 melhores amostras classificadas participam de rodadas de negócios e de cuppings durante os três dias do evento. Esta fase do concurso é uma oportunidade para produtores e compradores se conectarem.

O público da Semana Internacional do Café (SIC) também poderá provar os 10 cafés finalistas da arábica e os 5 de canéfora, e escolher o que mais gosta em cada uma das categorias (as provas são às cegas, ou seja, sem que se tenha qualquer informação sobre os cafés). As garrafas térmicas com as bebidas, preparadas no método filtrado, ficam disponíveis no espaço Coffee of the Year nos dias 8 e 9 de novembro. Essa etapa irá definir os campeões deste ano (somando-se às notas prévias dos Q-Graders e R- Graders), que serão conhecidos às 15h do dia 10 de novembro.

“O COY é uma ferramenta poderosa de promoção e valorização dos melhores cafés e produtores brasileiros”, explica Caio Alonso Fontes, diretor da Espresso&CO e um dos realizadores da SIC. Para ele, o prêmio, além de reconhecer o trabalho do produtor, ajuda a divulgar novas origens cafeicultoras. “Por meio do concurso, conhecemos novos cafés e suas histórias”, reforça.

O que é o Coffee of the Year Brazil 2023 (COY)

O objetivo da premiação, criada em 2012, é promover e valorizar o trabalho dos melhores produtores de cafés de qualidade do país, ao mesmo tempo em que divulga, em escala global, o produto de
excelência e suas diversas origens brasileiras. A competição reúne os melhores grãos nas categorias arábica e canéfora, e elege os grandes destaques do ano em duas etapas. Na primeira, as amostras enviadas por produtores de todo o Brasil são torradas e provadas por profissionais licenciados (Q-Graders e R-Graders) pelo Coffee Quality Institute (CQI). Na segunda, as 180 melhores amostras participam da SIC e são provadas por compradores nacionais e internacionais. Depois de provados, os dez melhores cafés são degustados pelos visitantes, que votam em seus favoritos. Os vencedores são anunciados no último dia do evento.

Serviço
Onde: Expominas – Av. Amazonas, 6.200, Gameleira, Belo Horizonte (MG)
Quando: 8 a 10 de novembro, das 10h às 19h
Quanto: R$ 60 (pessoa física, para os três dias). Grátis para pessoas jurídicas, produtores e visitantes internacionais
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br
#conectadospelocafé

TEXTO Redação • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

Barista

Rubens Vuolo, de Cuiabá (MT), leva a melhor no campeonato nacional de café filtrado

Pódio do Campeonato Brasileiro de Brewers, da esquerda para a direita: Tiago de Mello (3º colocado), Rubens Vuolo (campeão) e Daniel Vaz (vice-campeão) – Foto: Gabriela Kaneto

A cidade de Curitiba ficou pequena para o time de peso que disputou o Campeonato Brasileiro de Brewers Cup deste ano. A competição, que elege o melhor café preparado em um método filtrado, foi realizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), de 12 a 14 de outubro, na Supernova Factory, e contou com a participação de 20 baristas de diferentes estados brasileiros.

Na fase classificatória, realizada nos dois primeiros dias, cada competidor teve dez minutos para se apresentar aos juízes e entregar três xícaras preparadas no mesmo equipamento. Além do sensorial, os avaliadores julgam a apresentação e a técnica de cada barista. Destes, dez foram classificados para a próxima etapa, chamada de compulsório, que foi novidade nesta edição da competição brasileira, mas que já acontece no Mundial da categoria.

O compulsório consiste em avaliar individualmente a técnica de cada barista. Aqui, a organização entrega o café oficial do campeonato, a torre de água e o mesmo moedor para cada classificado, que, a partir disso, elabora a melhor receita no método escolhido para apresentar aos juízes. O café utilizado foi o da Fazenda Califórnia, do Norte Pioneiro do Paraná, e a torre de água e o moedor foram da empresa Bunn. Renan Dantas, Tiago de Mello, Rubens Vuolo, Daniel Vaz, Edson Maisonnette e Leo Moço levaram a melhor e passaram para a final, que aconteceu no sábado (14). 

Na última fase, Rubens Vuolo, sócio da Amado Grão, de Cuiabá (MT), conquistou o lugar mais alto do pódio! O barista apresentou aos juízes um blend das variedades bourbon rosa e laurina. Cultivado no Sul de Minas pela Fazenda Um, o bourbon rosa foi fermentado por 48 horas, o que evidenciou notas de ameixa seca. Já o laurina, produzido pela Fazenda Daterra no Cerrado Mineiro, possui um baixo teor de cafeína e foi fermentado por 96 horas, ressaltando notas florais e acidez málica. 

Apresentação de Rubens Vuolo na final do Campeonato Brasileiro de Brewers – Foto: Gabriela Kaneto

No preparo, Rubens utilizou o MK Dripper, um método de porcelana e fundo plano, que permite uma distribuição mais homogênea da água no café. Com uma extração dividida em três ataques, totalizando 2 minutos e 20 segundos, a bebida foi composta por 15 gramas de café (sendo 9 g de bourbon rosa e 6 g de laurina) para 240 ml de água.

O segundo lugar ficou com Daniel Vaz, do Rio de Janeiro (RJ), que escolheu um catuaí amarelo natural do Espírito Santo para entregar aos juízes uma xícara com mais corpo e complexidade sensorial. Já a terceira posição foi para Tiago de Mello, de São Paulo (SP), que preparou o seu café a partir do blend de dois geishas: um cultivado no Cerrado Mineiro e outro produzido na Mantiqueira de Minas. 

Confira a ordem final:

Rubens Vuolo – Amado Grão – Cuiabá (MT)
Daniel Vaz –  Five Roasters – Rio de Janeiro (RJ)
Tiago de Mello – Pato Rei – São Paulo (SP)
Leo Moço – Fazenda O Cafezal – Curitiba (PR)
Edson Maisonnette – Niterói (RJ)
Renan Dantas – Oficina do Barista – São Paulo (SP)

O Campeonato Brasileiro de Brewers Cup deste ano teve patrocínio prata da empresa Nude e café oficial da Fazenda Califórnia. Os equipamentos da competição foram fornecidos pela Bunn. O brew bar contou com o patrocínio de marcas como Lucca Cafés Especiais, Pressca, Rituá Café, Pasquali Máquinas e Moka Clube. O apoio técnico foi da Achega Café e o anfitrião da etapa foi a Supernova Coffee. A Espresso foi a mídia oficial.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Gabriela Kaneto

Barista

Curitiba (PR) sedia pela primeira vez o Campeonato Brasileiro de Brewers

Entre os dias 12 e 14 de outubro, a cidade de Curitiba (PR) sediará o Campeonato Brasileiro de Brewers Cup, realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), como ação do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”.

Na competição, 20 baristas colocarão em prática suas técnicas e habilidades para saber quem extrai o melhor café pelo método filtrado e manual (coado). Cada competidor terá 10 minutos para apresentar a bebida, o método filtrado escolhido e entregar três xícaras, que serão avaliadas pelos juízes. 

Confira os competidores:

  • Aline Camila Paes de Farias (PR)
  • Anderson Corrêa (SP)
  • Andréia Braga Inácio Sarmento (MG)
  • Daniel Souza Vaz (RJ)
  • Edson Maisonnette Junior (SP)
  • Gabriel Agrelli Moreira (SP)
  • Gleiziele Ferreira Oliveira Santos (BA)
  • Jarlam Silva de Oliveira Kepe (SP)
  • Laís Matos de Queiroz (DF)
  • Leonardo Moço Ribeiro (PR)
  • Leonardo Pires Araújo (PR)
  • Mauricio Henrique Maciel (MG)
  • Renan Dantas de Brito (SP)
  • Renato Cipriani da Rosa (SP)
  • Rubens Vuolo Neto (MT)
  • Thais Borsa Das Graças (PR)
  • Thiago Aparecido Sabino (SP)
  • Tiago de Mello Felipe (SP)
  • Túlio Fernando De Souza (PB)
  • Walter Salgueiro Júnior (SP)

As disputas começam às 14h nos dias 12 e 13. A final, com os seis melhores classificados, ocorrerá no sábado (14), a partir das 15h30. O anúncio do novo campeão brasileiro, que representará o país no mundial da categoria em abril de 2024, na Specialty Coffee Expo, em Chicago (EUA), será às 19h.

“A realização do campeonato em Curitiba é um reconhecimento da maturidade do mercado local para os cafés especiais. A expectativa é que tenhamos excelentes apresentações e baristas competindo em um dos palcos mais importantes para o cenário brasileiro”, comenta Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA.

O evento é gratuito ao público e ocorrerá na Supernova Factory, no Batel. O espaço será aberto a partir das 10h para que os presentes possam conhecer e acompanhar as novidades das marcas presentes no espaço Coffee Factory, que trará degustações e experiências para os apreciadores de café e palestras sobre hospitalidade, cafés e suas combinações na gastronomia, além da presença de baristas campeões nos anos anteriores, que compartilharão suas experiências.

Esta edição do Campeonato Brasileiro de Brewers Cup conta com patrocínio prata da empresa Nude. Os equipamentos oficiais da competição serão fornecidos pela Bunn. Já o brew bar tem o Lucca Cafés Especiais, Pressca, Rituá Café e Pasquali Máquinas como patrocinadores. O apoio técnico será da Achega Café e o anfitrião da etapa é a Supernova Coffee. A Espresso é a mídia oficial.

Serviço
Campeonato Brasileiro de Brewers Cup
Quando: 12 a 14 de outubro de 2023
Horário: abertura do espaço e palestras às 10h. Competições começam a partir das 14h
Onde: Supernova Factory – Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 695 – Batel – Curitiba (PR)
Ingressos gratuitos: clique aqui

TEXTO Redação • FOTO Gustavo Baxter / NITRO

Opinião: Café fermentado, concursos de qualidade e preferência do consumidor

À medida que a produção de cafés fermentados aumenta, cresce também o debate sobre tê-los ou não em uma categoria diferente nos concursos de qualidade. O mesmo tipo de debate já aconteceu anteriormente, primeiro quando o Cereja Descascado (CD) foi introduzido no Brasil, nos anos 90, e posteriormente quando chegou aos outros países, onde é conhecido como “honey”.  

Atualmente, existem concursos que tratam os cafés processados por métodos diferentes – Natural, Cereja Descascado (CD)/Honey e Lavado – juntos ou separadamente. Como tratar os cafés fermentados? 

Apesar do que eu chamo de “um novo mundo do processamento”, com naturais sendo  produzidos em países tradicionalmente produtores de café lavado e vice-versa, e cafés  fermentados produzidos em todo lugar, há, ainda, em muitos países, um entendimento de que seus concursos de qualidade devem envolver principalmente cafés naturais ou lavados. Essa  imagem foi primeiro ameaçada com a chegada dos Cerejas Descascados (CDs)/Honeys, que hoje são tratados como uma categoria diferente em muitos concursos de qualidade no Brasil. 

A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) anunciou que o concurso brasileiro Cup of  Excellence 2023 terá três categorias: via seca, via úmida e experimental, esta última referindo-se a cafés fermentados. No entanto, este ainda é um assunto debatido em outros concursos brasileiros de qualidade, com uma divisão significativa que posiciona organizadores e provadores de café de ambos os lados. 

Com base na minha experiência de observar sessões de prova de café no exterior e no Brasil, e  de conversar com provadores e organizadores nesses lugares, estou mais alinhado com a ideia de ter cafés fermentados como uma categoria própria. Justifico essa opinião baseado na polarização entre “amantes” e “inimigos” dos cafés fermentados que tenho presenciado nesses eventos. Temo que esta polarização possa causar parcialidade na avaliação dos cafés por parte destes provadores em concursos que tenham vários tipos de processos juntos a ponto de suas avaliações serem consideradas “outliers” em casos extremos. 

Os concursos de qualidade são geralmente relacionados ao negócio de cafés especiais e os lotes ganhadores são vendidos principalmente como de origem única aos consumidores que são, antes de tudo, sensíveis às características da xícara, mas podem conhecer os métodos de processamento. Se as características da xícara vêm primeiro, e eu entendo, “de ouvir falar”, que os cafés fermentados têm aromas e sabores próprios, eles deveriam ser identificados como tal e tratados separadamente em concursos de qualidade. Se pode ser mais fácil para um consumidor “inexperiente” identificar um café fermentado que diferenciar entre naturais,  Cerejas Descascados (CDs)/Honeys e cafés lavados, há ainda uma razão mais forte para tratar  os cafés fermentados separadamente em um concurso de qualidade para evitar que a  fermentação oculte as características típicas de outros métodos e confundam o processo de  avaliação… e o consumidor de café especial! 

Extrapolando, hoje existe uma tendência de não esperar que robustas tenham o mesmo sabor que arábicas, ou que o café solúvel tenha o mesmo sabor que o café torrado e moído. Em outras palavras, eles deveriam ser tratados como produtos diferentes com suas próprias características específicas. Não deveriam os cafés fermentados serem tratados da mesma maneira?  

Finalmente, como leigo no assunto, minha pergunta que não quer calar é se alguns tipos de fermentação podem deixar arábicas e robustas parecidos na xícara. Esta pergunta é para os especialistas responderem… embora eu tenha presenciado isto em pelo menos uma sessão de prova de café com alguns deles. Se a resposta for sim, pelo menos em alguns casos, esta é, ainda, outra razão para considerar cafés fermentados uma categoria própria, tanto em concursos de qualidade, como na comunicação aos consumidores. 

TEXTO Carlos Brando

Receitas

Vanilla Latte vegano

Ingredientes

  • 30 ml de café espresso curto
  • 170 ml de NotMilk Original
  • 20 ml de xarope de baunilha
  • 80 g de gelo
  • Canela em pó para polvilhar

Preparo

Separe um copo longo de aproximadamente 300 ml e adicione o gelo, o xarope de baunilha e o NotMilk. Mexa com uma colher para aromatizar o leite e misturar bem. Prepare um espresso curto e despeje-o delicadamente por cima do gelo, com a finalidade de criar duas camadas na bebida. Finalize com canela em pó por cima.

Rende 300 ml

FOTO Divulgação • RECEITA Henrique Pin e NotCo

Barista

8ª edição do Campeonato Brasileiro de Aeropress acontece em Campinas (SP)

O Campeonato Brasileiro de Aeropress (CBA) deste ano está marcado para acontecer entre os dias 28 e 29 de outubro, a partir das 9h, na cidade de Campinas (SP). Com conteúdo e espaço para troca de experiências com pequenos produtores, torrefações e cafeterias, é um programa ideal para quem quer aprender mais sobre a bebida e fazer conexões com o mercado.

O evento aberto ao público (gratuito) será realizado no CIS Guanabara e contará com convidados internacionais e também com a primeira barista indígenas do Brasil, Celesty Suruí. Além disso, temas como “plantar água”, agricultura regenerativa e Amazônia estão na programação.

“Celebrar o café e fazer festa é ótimo, mas aprender e ajudar a comunidade cafeeira crescer é melhor ainda. O principal objetivo é ir além da competição, e, com certeza, fortalecer a comunidade do café no Brasil.”, afirma Kelly Stein, jornalista e empreendedora responsável pelo CBA Brasil. 

Como funciona o Campeonato de Aeropress?

Os competidores não precisam ser profissionais do café para participar, basta gostar da bebida e ousar em receitas usando o mesmo método de extração: a Aeropress. Uma parte curiosa é o fato de que todos os competidores recebem o mesmo café e vão usar a mesma água.

O vencedor de cada rodada precisa agradar o paladar da comissão julgadora, sem discursos ou apresentações elaboradas, como é comum em competições do mundo do café. O objetivo é apenas surpreender no perfil sensorial da bebida servida. Ao todo serão 10 juízes e, entre eles, estão importantes nomes, como: Marco de la Roche, Maria Mion, Karina Barreto, o norte-americano Joel Eastlick, etc. 

No estilo “mata-mata”, o competidor passa para a próxima rodada quando convencer o paladar dos juízes. “Além de desafiar as habilidades técnicas dos competidores, queremos trazer diversão e leveza na competição. Então, todo o público em geral – mesmo quem não entende de café – está convidado para animar nossa competição”, convida Kelly.

Premiação

O campeão ou campeã representará o Brasil no World AeroPress Championship, em 2023, em Melbourne, na Austrália, com passagem aérea e hotel com café da manhã pago por 3 dias. Além disso, leva uma viagem para Colômbia com patrocínio de Know Where Coffee e COFFEA Trips, uma chaleira Bonavita e um moedor Comandante.

Já o segundo e o terceiro lugares ganham uma experiência COFFEA Trips na cidade de Campinas ou São Paulo, uma chaleira Bonavita e um moedor Comandante.

Serviço
Campeonato Brasileiro de Aeropress
Onde: CIS Guanabara – Rua Mário Siqueira, 829 – Botafogo – Campinas (SP)
Quando: 28 e 29 de outubro (sábado e domingo)
Horário: a partir das 9h
Mais informações: https://www.campeonatodeaeropress.com/
Entrada gratuita

TEXTO Redação

BaristaCafezal

Dionatan Almeida leva a melhor no Campeonato Brasileiro de Cup Tasters

O último domingo foi de emoção com a descoberta do atual Campeão Brasileiro de Cup Tasters! Entre muitas provas e rodadas, a competição contou com 43 participantes e aconteceu de 22 a 24 de setembro, na sede da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em Varginha (MG). 

O objetivo principal da disputa é identificar, através do sensorial, as amostras diferenciadas em um menor tempo possível. Cada competidor recebe oito trios de café, sendo que, em cada um, há uma amostra diferente das demais. O tempo limite das provas é de 8 minutos.

As rodadas classificatórias aconteceram durante toda a sexta-feira (22) e continuaram pela manhã do sábado (23). Desta etapa passaram, para a próxima fase, os 16 competidores que identificaram corretamente a maior quantidade de amostras em menos tempo. Ainda no sábado, foram realizadas as quartas de final, onde continuaram na disputa os 8 melhores:

José Augusto Naves – 7 acertos em 5:43
Dionatan Almeida – 7 acertos em 7:23
Marcos Dominguito – 6 acertos em 4:06
Alessandro Hervaz – 6 acertos em 5:04
Fernando Silva – 6 acertos em 5:59
Carolina Pereira – 6 acertos em 7:32
Edimilson Generoso – 6 acertos em 7:52
Ruhan Corrêa – 5 acertos em 4:21

No domingo, último dia de competição, foram realizadas a semifinal e a final. Dividida em duas rodadas, a semifinal classificou Dionatan Almeida (8 acertos em 4:45), Edimilson Generoso (8 acertos em 5:51), Marcos Dominguito (6 acertos em 3:44) e José Augusto Naves (6 acertos em 3:45), que disputaram a final logo na sequência. Com 7 acertos em um tempo incrível de 3:47, Dionatan Almeida, das Fazendas Caxambu e Aracaçu, levou a melhor e consagrou-se Campeão Brasileiro de Cup Tasters! Confira o pódio:

1º Dionatan Almeida – 7 acertos em 3:47
2º José Augusto Naves – 6 acertos em 5:00
3º Edimilson Generoso – 6 acertos em 5:37
4º Marcos Dominguito – 4 acertos em 3:38

“Foi uma honra ser campeão disputando com tantos campeões. O nível dos profissionais e dos cafés estava muito alto. Quero agradecer demais a BSCA e a ApexBrasil por todo apoio, por toda estrutura que montaram aqui. Estou muito feliz e muito grato. Agora é focar e me preparar para o Mundial, pegando algumas dicas com nossos campeões para tentar trazer esse título para o Brasil”, celebrou o campeão. Dionatan representará o Brasil no Campeonato Mundial de Cup Tasters, marcado para abril de 2024, em Chicago, nos Estados Unidos. A Equipe Espresso deseja boa sorte e está na torcida! 

O Campeonato Brasileiro de Cup Tasters foi realizado pela BSCA e pela ApexBrasil como ação do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”. A edição de 2023 contou com o patrocínio do Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG) e apoio da BUNN e da Associação Brasileira de Classificadores e Degustadores de Café (ABCD). A Revista Espresso foi a mídia oficial.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Gabriela Kaneto

Cafezal

Cup of Excellence divulga lista dos 150 produtores classificados para fase nacional

O Cup of Excellence – Brazil 2023 divulgou a lista dos 150 produtores que tiveram suas amostras classificadas para a fase nacional. Realizado no país pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE), o concurso conta com três categorias: “via seca”, “via úmida” e a inédita “experimental”. Cada uma delas conta com 50 cafés para a segunda etapa. Confira a lista com os nomes aqui.

“Como verdadeira vitrine internacional, o concurso traz os principais provadores e compradores globais para conhecerem nossos cafés e permite um intercâmbio entre eles e os produtores brasileiros, que passam a conhecer o que cada mercado consumidor valoriza no mundo. Assim, passamos a qualificar nossa produção e, com a diversidade de regiões produtoras, conseguimos diferentes tipos de café, que nos capacitam para abastecer toda a diversidade de sabores internacionais, o que transformou o Brasil no principal provedor de cafés especiais do mundo”, analisa Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA.

As amostras de cafés classificadas para a Fase Nacional voltarão a ser avaliadas entre os dias 16 e 20 de outubro. Os cafés selecionados serão aqueles que obtiverem nota média de 86 pontos ou mais, que seguirão para a fase final do concurso, quando o Júri Internacional (composto por 20 juízes de todo o mundo) definirá os 10 vencedores de cada uma das três categorias, que serão as amostras que alcançarem 87 pontos acima.

“Uma importante característica do Cup of Excellence, além da valorização de tradicionais origens produtoras, é o descobrimento de novas, o que vem sendo uma constante ao longo dos anos, como podemos observar com o resultado atual. Produtores de regiões que antes eram ‘normais’, passavam despercebidas, hoje são reconhecidas por seus potenciais cafés, seus perfis exclusivos, abrindo uma janela de oportunidades a seus cafeicultores, que passam a viver novos elos de amizade, comerciais e de valorização de seus produtos. Na próxima fase, temos cafés de 13 diferentes regiões, por exemplo”, revela.

O diretor executivo da BSCA reforça que a edição deste ano traz como novidade a inclusão da categoria “experimental”, destinada aos cafés que passaram por um processo de fermentação induzida, com ou sem adição de leveduras comerciais. Além disso, também estão mantidas as tradicionais “via seca”, voltada aos cafés colhidos e secos com casca, e “via úmida”, que envolve os cafés cereja descascados, despolpados ou desmucilados.

“Somos o primeiro país a criar uma categoria específica para os grãos fermentados, projeto-piloto que será observado mundialmente e posteriormente adotado no Cup of Excellence das outras 14 nações que realizam a competição no mundo. Essa iniciativa se deu graças ao pioneirismo do Brasil, que possui grande número de regiões produtoras, dotadas de muitas nuances e de diversidades nas formas de cultivo dos cafés no país”, destaca.

Os 30 lotes vencedores do Cup of Excellence serão comercializados em disputado leilão mundial, via internet, ao preço de abertura de US$ 6,50 por libra-peso cada lote, o que equivale a cerca de *R$ 4.200 por saca de 60 kg. A competição também terá os cafés eleitos como “vencedores nacionais”, que serão as amostras classificadas para a Fase Internacional que voltarem a receber nota igual ou maior que 86 pontos, mas que ficarem abaixo dos 30 primeiros colocados. Esses lotes também ficarão disponíveis para compra em plataforma on-line, pela cotação inicial de US$ 5,00 por libra-peso, ou aproximadamente *R$ 3.230 por saca.

*Dólar comercial cotado a R$ 4,880, conforme fechamento de 20 de setembro de 2023.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Cafezal

Região da Canastra (MG) ganha nova Denominação de Origem para cafés

Na última terça-feira (19), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) divulgou o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG), na espécie Denominação de Origem (DO), para o café em grãos crus, beneficiados, torrados e torrados e moídos da Região da Canastra (MG).

O reconhecimento, publicado na Revista da Propriedade Industrial (RPI) nº 2.750, beneficia produtores de dez municípios mineiros: Medeiros, Bambuí, Doresópolis, Pimenta, Piumhi, Capitólio, São João Batista do Glória, Vargem Bonita, São Roque de Minas e Delfinópolis.

“Com esse reconhecimento, poderemos ampliar nossos negócios e agregar mais valor aos produtos. Vamos seguir os protocolos definidos e buscar um maior equilíbrio dos processos de manejo, cumprindo os requisitos ambientais, sociais e trabalhistas. Como resultado, os consumidores continuarão desfrutando da qualidade dos nossos produtos e os cafeicultores poderão aprimorar seus modelos de produção”, afirma José Carlos Bacili, engenheiro agrônomo, produtor e presidente da Associação dos Cafeicultores da Canastra (Acanastra).

Com esse registro, o INPI chega a 117 Indicações Geográficas, sendo 83 Indicações de Procedência (todas nacionais) e 34 Denominações de Origem (25 nacionais e 9 estrangeiras).

A região

De acordo com as informações apresentadas ao INPI pela Associação dos Cafeicultores da Canastra, a maioria das lavouras de café da região está em relevo plano e suave ondulado, com declividades que variam entre 0 e 8%. A região delimitada possui grande variação de altitude, com plantios feitos na altitude mínima de 602 m e máxima de 1.052 m. As áreas de relevo suavizado são abruptamente interrompidas pelo paredão da Canastra e, após essa elevação, novamente se distribuem em superfícies planas.

A temperatura média na região é de 20,8°C, com mínima e máxima anuais de 14,1°C e 27,5°C, respectivamente. A precipitação total média é de 1.461 mm. A Canastra possui tipos climáticos úmidos, em que o índice de umidade varia entre 20 e 80.

O plantio na região ocorre predominantemente entre outubro e dezembro, sendo a colheita possível entre maio e setembro. O café deve ser cultivado em sistema de sequeiro, ou seja, lavouras submetidas à irrigação, de qualquer modelo, não são permitidas.

O desenvolvimento da cafeicultura na região é fruto do trabalho intenso da Acanastra, em parceria com o Sebrae Minas, que viabiliza diversas ações para promover a identidade do território e implementar práticas para a melhoria contínua da qualidade do produto e para a disseminação de práticas sustentáveis na atividade.

O produto

As condições climáticas da região conferem aos cafés da D.O. Canastra os atributos de aroma e sabor predominantes de mel, frutas amarelas, frutas tropicais, chocolate ao leite, frutas cítricas com nuances de castanhas, limão, cravo e laranja. A doçura é alta, com notas de açúcar mascavo e cana de açúcar em equilíbrio, com acidez elevada e predominantemente cítrica. Já o corpo da bebida é denso, cremoso e sedoso, com finalização longa e doce.

Devido a essas características únicas, em 2022, a Acanastra, com apoio do Sebrae Minas, deu entrada ao pedido de registro de IG no INPI. A documentação demonstrou, na análise sensorial pelo método Specialty Coffee Association (SCA), que, nos cafés naturais acima de 84 pontos, tal resultado dependia da altitude, especialmente entre 800 e 900 m. Diante disso, foi determinado, no Caderno de Especificações Técnicas (CET), que o uso da D.O. Canastra é exclusivamente para cafés da espécie arábica produzidos na área delimitada que alcancem o mínimo de 84 pontos ao serem julgados pelo método SCA.

Comprovou-se, ainda, que o fator humano estava associado às tecnologias de produção, colheita e, especialmente, ao método de processamento natural, tendo em vista que a distribuição espacial da qualidade sensorial dependeu da tecnologia usada no processamento. E o café natural foi o que demonstrou ser fortemente dependente do meio geográfico.

Além disso, o café com a D.O. Canastra deve ser produzido de acordo com as normas e práticas de preservação dos recursos hídricos naturais da região, respeitando áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente.

Café da Canastra

  • 10 municípios
  • 1,1 mil produtores
  • 750 mil sacas produzidas por ano
  • 33.223 ha de área plantada – Piumhi (16.228 ha) e São Roque de Minas (5.888 há) somam, juntas, mais de 60% da área de café
  • 21.500 empregos diretos e indiretos
  • A Serra da Canastra fica localizada entre o Oeste e o Sul de Minas Gerais
  • Conheça mais @regiaocafedacanastra

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Barista

Projeto forma na profissão barista jovens em situação de vulnerabilidade social

Com o objetivo de apoiar a formação profissional de jovens em situação de vulnerabilidade social, a Da Vinci Gourmet, marca da multinacional de nutrição sustentável Kerry, realiza o projeto Gerando Baristas. A proposta é oferecer formação básica de barista para jovens, em sua maioria negros e moradores de favelas, e permitir que tenham experiências com todos os elos da cadeia, da colheita à xícara.

O curso oferece aulas teóricas e práticas diárias com especialistas renomados do setor, como Thiago dos Santos (Nêgo), mixologista da Kerry. A última edição foi realizada em parceria com a ONG Gerando Falcões. Na próxima, que já está sendo preparada, a ideia é que o número de vagas seja ampliado e conte com mais parceiros com foco na empregabilidade.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, realizada em 2022 e divulgada neste ano, mostram que o acesso a vagas ainda é desigual entre diferentes grupos da população. Das 49 milhões de pessoas de 15 a 29 anos, 20% estavam na situação “nem-nem” — nem estudavam, nem trabalhavam, em 2022. O Brasil ocupa o 2º lugar no ranking da “geração nem-nem” e há alta desistência dos estudos entre mulheres que são mães, mais jovens e com baixa escolaridade.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação