Cafezal

Mandaguari conquista selo de origem para seu café especial

Com a Denominação de Origem concedida pelo INPI, região no Noroeste do Paraná torna-se o 18º território reconhecido pela qualidade do café e aposta no turismo rural para fortalecer sua identidade

O Café de Mandaguari, no Noroeste do Paraná, recebeu nesta terça (1) o selo de Indicação Geográfica (IG) na categoria Denominação de Origem (DO), concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O reconhecimento consolida a reputação da região como produtora de cafés especiais e valoriza o trabalho de cerca de 200 propriedades familiares distribuídas nos municípios de Mandaguari, Marialva, Jandaia do Sul, Apucarana, Cambira e Arapongas.

Com mais este selo, o Brasil chega a 137 IGs registradas – 18 delas dedicadas ao café, o produto com mais indicações geográficas. 

O selo é resultado de um trabalho iniciado em 2022, com apoio do Sebrae/PR, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), da Secretaria da Agricultura (Seab), da UTFPR e da recém-formada Associação dos Produtores de Café de Mandaguari (Cafeman). As Indicações Geográficas (IGs) são instrumentos coletivos que valorizam produtos tradicionais intimamente ligados a um território. No caso de uma denominação de origem, as qualidades ou características do produto são essencialmente atribuídas ao ambiente natural e humano da região — como solo, clima, altitude e saber-fazer local.

A Indicação Geográfica (IG) traz diversas vantagens às regiões produtoras, como o resgate e a valorização da cultura local, estimulando o envolvimento dos agricultores com a atividade e incentivando que as novas gerações permaneçam no campo, garantindo renda e sustentabilidade dentro das propriedades. Além disso, a IG fortalece a articulação entre lideranças locais, produtores e associações na preservação do patrimônio regional, ao mesmo tempo em que amplia o acesso a mercados nacionais e internacionais, promovendo o desenvolvimento econômico e social do território.

Quanto a Mandaguari, a região aposta no turismo rural como forma de consolidar sua imagem no setor cafeeiro, com iniciativas como a Rota do Café, que permite ao visitante conhecer todo o ciclo produtivo do grão.

TEXTO Redação

Deixe seu comentário