Cafezal

Região da Canastra (MG) ganha nova Denominação de Origem para cafés

Na última terça-feira (19), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) divulgou o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG), na espécie Denominação de Origem (DO), para o café em grãos crus, beneficiados, torrados e torrados e moídos da Região da Canastra (MG).

O reconhecimento, publicado na Revista da Propriedade Industrial (RPI) nº 2.750, beneficia produtores de dez municípios mineiros: Medeiros, Bambuí, Doresópolis, Pimenta, Piumhi, Capitólio, São João Batista do Glória, Vargem Bonita, São Roque de Minas e Delfinópolis.

“Com esse reconhecimento, poderemos ampliar nossos negócios e agregar mais valor aos produtos. Vamos seguir os protocolos definidos e buscar um maior equilíbrio dos processos de manejo, cumprindo os requisitos ambientais, sociais e trabalhistas. Como resultado, os consumidores continuarão desfrutando da qualidade dos nossos produtos e os cafeicultores poderão aprimorar seus modelos de produção”, afirma José Carlos Bacili, engenheiro agrônomo, produtor e presidente da Associação dos Cafeicultores da Canastra (Acanastra).

Com esse registro, o INPI chega a 117 Indicações Geográficas, sendo 83 Indicações de Procedência (todas nacionais) e 34 Denominações de Origem (25 nacionais e 9 estrangeiras).

A região

De acordo com as informações apresentadas ao INPI pela Associação dos Cafeicultores da Canastra, a maioria das lavouras de café da região está em relevo plano e suave ondulado, com declividades que variam entre 0 e 8%. A região delimitada possui grande variação de altitude, com plantios feitos na altitude mínima de 602 m e máxima de 1.052 m. As áreas de relevo suavizado são abruptamente interrompidas pelo paredão da Canastra e, após essa elevação, novamente se distribuem em superfícies planas.

A temperatura média na região é de 20,8°C, com mínima e máxima anuais de 14,1°C e 27,5°C, respectivamente. A precipitação total média é de 1.461 mm. A Canastra possui tipos climáticos úmidos, em que o índice de umidade varia entre 20 e 80.

O plantio na região ocorre predominantemente entre outubro e dezembro, sendo a colheita possível entre maio e setembro. O café deve ser cultivado em sistema de sequeiro, ou seja, lavouras submetidas à irrigação, de qualquer modelo, não são permitidas.

O desenvolvimento da cafeicultura na região é fruto do trabalho intenso da Acanastra, em parceria com o Sebrae Minas, que viabiliza diversas ações para promover a identidade do território e implementar práticas para a melhoria contínua da qualidade do produto e para a disseminação de práticas sustentáveis na atividade.

O produto

As condições climáticas da região conferem aos cafés da D.O. Canastra os atributos de aroma e sabor predominantes de mel, frutas amarelas, frutas tropicais, chocolate ao leite, frutas cítricas com nuances de castanhas, limão, cravo e laranja. A doçura é alta, com notas de açúcar mascavo e cana de açúcar em equilíbrio, com acidez elevada e predominantemente cítrica. Já o corpo da bebida é denso, cremoso e sedoso, com finalização longa e doce.

Devido a essas características únicas, em 2022, a Acanastra, com apoio do Sebrae Minas, deu entrada ao pedido de registro de IG no INPI. A documentação demonstrou, na análise sensorial pelo método Specialty Coffee Association (SCA), que, nos cafés naturais acima de 84 pontos, tal resultado dependia da altitude, especialmente entre 800 e 900 m. Diante disso, foi determinado, no Caderno de Especificações Técnicas (CET), que o uso da D.O. Canastra é exclusivamente para cafés da espécie arábica produzidos na área delimitada que alcancem o mínimo de 84 pontos ao serem julgados pelo método SCA.

Comprovou-se, ainda, que o fator humano estava associado às tecnologias de produção, colheita e, especialmente, ao método de processamento natural, tendo em vista que a distribuição espacial da qualidade sensorial dependeu da tecnologia usada no processamento. E o café natural foi o que demonstrou ser fortemente dependente do meio geográfico.

Além disso, o café com a D.O. Canastra deve ser produzido de acordo com as normas e práticas de preservação dos recursos hídricos naturais da região, respeitando áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente.

Café da Canastra

  • 10 municípios
  • 1,1 mil produtores
  • 750 mil sacas produzidas por ano
  • 33.223 ha de área plantada – Piumhi (16.228 ha) e São Roque de Minas (5.888 há) somam, juntas, mais de 60% da área de café
  • 21.500 empregos diretos e indiretos
  • A Serra da Canastra fica localizada entre o Oeste e o Sul de Minas Gerais
  • Conheça mais @regiaocafedacanastra

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Barista

Projeto forma na profissão barista jovens em situação de vulnerabilidade social

Com o objetivo de apoiar a formação profissional de jovens em situação de vulnerabilidade social, a Da Vinci Gourmet, marca da multinacional de nutrição sustentável Kerry, realiza o projeto Gerando Baristas. A proposta é oferecer formação básica de barista para jovens, em sua maioria negros e moradores de favelas, e permitir que tenham experiências com todos os elos da cadeia, da colheita à xícara.

O curso oferece aulas teóricas e práticas diárias com especialistas renomados do setor, como Thiago dos Santos (Nêgo), mixologista da Kerry. A última edição foi realizada em parceria com a ONG Gerando Falcões. Na próxima, que já está sendo preparada, a ideia é que o número de vagas seja ampliado e conte com mais parceiros com foco na empregabilidade.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, realizada em 2022 e divulgada neste ano, mostram que o acesso a vagas ainda é desigual entre diferentes grupos da população. Das 49 milhões de pessoas de 15 a 29 anos, 20% estavam na situação “nem-nem” — nem estudavam, nem trabalhavam, em 2022. O Brasil ocupa o 2º lugar no ranking da “geração nem-nem” e há alta desistência dos estudos entre mulheres que são mães, mais jovens e com baixa escolaridade.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

CafezalMercado

SIC 2023: CNA realiza 2º Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados

A segunda edição do Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados, realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), acontecerá presencialmente nos dias 8 a 10 de novembro, durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG).

O projeto tem como objetivo promover parcerias comerciais e marketing para os produtores de cafés de qualidade através do desenvolvimento de ações que deem visibilidade às diversas características que agregam valor do produto.

As diversas sessões de cupping viabilizam a venda direta entre produtores rurais e agentes compradores que atuam no mercado nacional e internacional. Para garantir o engajamento desses compradores, a CNA conta a expertise da Helga Especialista em Café, empresa com densa trajetória em curadoria e experiências em cafés especiais.

A inscrição para o Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados é gratuita, tanto para produtores, quanto para compradores. Acesse aqui o regulamento. Para participar da Semana Internacional do Café é necessário realizar o credenciamento no site!

Serviço
Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados da CNA
Quando: 8 a 10 de novembro
Onde: Semana Internacional do Café – Belo Horizonte (MG)
Mais informações: c.agricola@cna.org.br

TEXTO Redação • FOTO Marcus Desimoni / NITRO

Café & Preparos

20 cafeterias de PE oferecem combos especiais em 3º festival “Eu Amo Café”

Aos amantes de cafés especiais de Pernambuco, o festival “Eu Amo Café” confirmou a sua terceira edição para os dias 2 de outubro a 5 de novembro. Realizado pela Associação de Cafeterias de Especialidade de Pernambuco (Ascape), o evento este ano contará com a participação de 20 cafeterias espalhadas pelas cidades de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Taquaritinga do Norte.

Cada um dos estabelecimentos oferecerá uma “Dupla dos Sonhos”, uma harmonização composta por um doce + um cappuccino (receita tradicional de café + leite), por R$ 29,90. Confira abaixo as casas da edição:

Aurora Café – Recife Antigo
A Vida é Bela – Várzea, Recife
Café com Dengo – Rosarinho, Recife
Café do Brejo – Santo Amaro, Recife
Castigliani Cafés – Parnamirim, Recife
Celeste Café – Boa Vista, Recife
Contém Café – Encruzilhada, Recife
Emê Café e Bistrô – Pina, Recife
Ernest Café Bistrô – Espinheiro, Recife
Fridda Café – Candeias, Jaboatão dos Guararapes
Furdunço Café + Cultura – Tamarineira, Recife
La Fuent – Boa Viagem, Recife
O Melhor Cantinho da Cidade – Várzea, Recife
Palatsi Convenience Coffee Shop – Ilha do Leite, Recife
Pingo Arte Café – Boa Viagem, Recife
Por Enquanto Café – Boa Viagem, Recife
Santa Clara – Graças, Recife
Santa Clara – Parnamirim, Recife
Takwary Cafeteria – Taquaritinga do Norte
Zoco Café – Casa Caiada, Olinda

Mais informações: www.instagram.com/euamocafefestival

TEXTO Redação • FOTO Filipe Ramos

Mercado

5ª edição do concurso Espresso Design premia melhores embalagens de café

Com o objetivo de julgar a criatividade, a originalidade e a eficiência das embalagens de café disponíveis atualmente no mercado, além de fortalecer o setor e direcionar a atenção para a importância do design na promoção da marca e do produto final, o concurso Espresso Design, organizado pela Espresso em parceria com a Semana Internacional do Café, chega em sua 5ª edição. Dessa vez, a novidade é a premiação durante o último dia de SIC, com direito a troféu! 

Para participar, a embalagem precisa existir como um produto, não sendo válido protótipos ou futuros projetos a serem lançados. Podem concorrer embalagens vigentes que estejam disponíveis no mercado. Embalagens e/ou coleções limitadas que foram produzidas em 2023 e não circulam mais no mercado também podem participar, desde que comprovem a circulação em 2023. As embalagens vencedoras ou que foram expostas nos anos anteriores não podem participar. Já as embalagens enviadas nas últimas edições, mas que não foram classificadas, podem se inscrever novamente.

Após a inscrição e o envio do pacote, o concurso é dividido em duas etapas. A primeira consiste na avaliação pela comissão julgadora, composta pela equipe da Espresso e convidados. Os critérios levados em consideração nesta fase são: visual/identidade, eficiência, conceito, originalidade e criatividade.

As 20 embalagens/coleções mais bem pontuadas serão expostas durante a Semana Internacional do Café 2023, que acontecerá entre os dias 8 e 10 de novembro, em Belo Horizonte (MG). Nesta segunda etapa, o público presente terá os dois primeiros dias de evento para escolher e votar em sua embalagem favorita. A votação ocorrerá no próprio local. As três embalagens mais votadas serão anunciadas no dia 10 de novembro e serão premiadas com o troféu da edição e o selo referente à colocação! 

Bora participar? Clique aqui para inscrever gratuitamente a sua embalagem/coleção! O prazo para inscrição e recebimento das embalagens é dia 13 de outubro. Confira aqui o regulamento completo.

TEXTO Redação

Cafezal

Inscrições abertas para o Cup of Excellence – Brazil 2023

Estão abertas, até as 17h do dia 6 de setembro, as inscrições para o concurso de qualidade Cup of Excellence – Brazil 2023. Podem participar do certame os produtores* de café arábica que fazem parte do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), entidades que realizam a competição no país em parceria com a Alliance for Coffee Excellence (ACE).

A edição deste ano traz como novidade a inclusão de uma nova categoria na disputa, a “Experimental”, destinada aos cafés que passaram por um processo de fermentação induzida, com ou sem adição de leveduras comerciais. Também estão mantidas as tradicionais “Via Seca”, voltada aos cafés colhidos e secos com casca, e “Via Úmida”, que envolve os cafés cereja descascado, despolpado ou desmucilado.

“Dado o pioneirismo, o número de regiões produtoras e suas nuances e a diversidade de formas de cultivo dos cafés no Brasil, somos o primeiro país a criar uma categoria específica para os grãos fermentados, projeto-piloto que será observado internacionalmente e provavelmente adotado no Cup of Excellence das outras 14 nações que realizam a competição no mundo”, revela Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA.

Os lotes recebidos serão analisados quanto a tipo, cor, aspecto, umidade, atividade de água, defeitos e qualidade da bebida. Os cafés selecionados serão aqueles que obtiverem nota média de 86 pontos ou mais (escala de zero a 100 do concurso), que seguirão para a Fase Nacional, respeitando o limite máximo de 150 amostras.

Esses cafés serão reavaliados pela Comissão Julgadora composta por profissionais do Brasil e os que voltarem a receber nota igual ou superior a 86 pontos serão classificados à fase final da competição, quando o Júri Internacional, composto por 20 juízes de todo o mundo, definirá os 10 vencedores de cada uma das três categorias, que serão as amostras que alcançarem 87 pontos acima.

Os 30 lotes vencedores do Cup of Excellence serão comercializados em disputado leilão mundial, via internet, ao preço de abertura de US$ 6,50 por libra-peso cada lote, o que equivale a cerca de R$ 4.200** por saca de 60 kg.

A competição também terá os cafés eleitos como “vencedores nacionais”, que serão as amostras classificadas para a Fase Internacional que voltaram a receber nota igual ou maior que 86 pontos, mas ficaram abaixo dos 30 primeiros colocados. Esses lotes também ficarão disponíveis para compra em plataforma on-line, pela cotação inicial de US$ 5,00 por libra-peso, ou aproximadamente R$ 3.225** por saca.

*Os produtores que não integram o “Brazil. The Coffee Nation” podem acionar a BSCA através dos contatos acima, preencher o termo de adesão ao projeto, realizar o pagamento da taxa de adesão correspondente e se inscrever no Cup of Excellence – Brazil 2023.

**Dólar comercial cotado a R$ 4,876, conforme fechamento de 25 de agosto de 2023.

Anfitriã

O Cup of Excellence – Brazil 2023 terá como anfitriã da Fase Internacional e da cerimônia de premiação, entre 24 e 28 de outubro, a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), que possui mais de 8 mil cooperados, emprega cerca de 600 colaboradores e fomenta a economia nos municípios onde está inserida com mais de 30 lojas e armazéns. A sede da entidade fica no Sul de Minas Gerais, maior região produtora de café no país, respondendo por aproximadamente 25% da safra nacional.

Etapas da competição

Até 17h de 06/09/2023 – Entrega de amostras
11 a 19/09/2023 – Pré-seleção
20/09/2023 – Resultado da pré-seleção
16 a 20/10/2023 – Fase Nacional
21/10/2023 – Resultado da Fase Nacional
24/10 a 27/10/2023 – Fase Internacional
28/10/2022 – Resultado da Fase Internacional e cerimônia de premiação
04/12 a 14/12/2023 – Leilão dos Vencedores Nacionais
06/12/2023 – Leilão dos campeões do Cup of Excellence
06/02/2024 – Pagamento aos campeões do Cup of Excellence
14/02/2024 – Pagamento aos produtores Vencedores Nacionais

Brazil. The Coffee Nation

O projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation” é realizado pela BSCA e pela ApexBrasil com foco na promoção comercial do café especial brasileiro no mercado internacional, reforçando os pilares de qualidade, diversidade e sustentabilidade. A iniciativa tem como objetivo apresentar o Brasil como uma nação dotada dos recursos naturais essenciais para o cultivo dos melhores cafés e que ativamente investe ativamente para atingir os mais altos requisitos de qualidade, de forma sustentável e em observância a rígidas normas de direito social e ambiental.

Com vigência até agosto de 2025, uma das prioridades do projeto será investir em ações de qualificação e diversificação, com foco no apoio aos produtores de café canéfora (robusta e conilon) do país, nas certificações de qualidade e de sustentabilidade e nos cafés produzidos por mulheres, fomentando a equidade de gênero na cafeicultura brasileira e a capacitação de provadoras profissionais de café. O projeto atual tem como mercados-alvo: i) África do Sul, Austrália, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Malásia, Polônia, Rússia e Taiwan para os cafés crus especiais; e ii) Canadá, Chile, China e Estados Unidos para os produtos da indústria de torrefação e moagem.

As empresas que ainda não fazem parte podem obter mais informações diretamente com a BSCA, através dos telefones (35) 3212-4705 / 99824-9845 / 99879-8943 ou do e-mail info@bsca.com.br.

TEXTO Redação • FOTO Igor do Vale

Mercado

Chantilly à base de aveia é novidade na linha culinária da Naveia

A Naveia, marca de produtos veganos, incluiu um novo item à sua linha culinária: o Chantilly Vegetal. A novidade estreia como o primeiro produto desta categoria à base de aveia no mercado vegano brasileiro a chegar à mesa do consumidor, às cafeterias e à prateleira de supermercados.

Além do chantilly, a linha culinária da marca conta com Deleite Condensado, Creme Deleite, Manteiga Naveia (que passa por um processo de fermentação, resultando em um produto muito semelhante à manteiga de origem animal, porém à base vegetal) e o Navelã, creme de avelã com chocolate feito com cacau, avelã e açúcar orgânicos e que tem dado origem a combinações cada vez mais saborosas pensadas pelos próprios consumidores.

“Desenvolver produtos de origem vegetal em uma categoria tão consagrada e conhecida pelo consumidor brasileiro é um grande desafio. Porém o nosso desejo de estarmos cada vez mais presentes no dia a dia do consumidor, em diversos momentos de consumo, supera qualquer desafio que possamos enfrentar. Com esta linha culinária conseguimos materializar para o consumidor que ele pode fazer escolhas mais conscientes de alimentos sem precisar deixar de consumir a categoria de produto que está acostumado. Além do sabor, pilar super importante na entrega dos nossos produtos, essa categoria exige que os produtos performem da mesma maneira, ou seja, o Chantilly Vegetal performa em sifão para as cafeterias e confeitarias”, afirma Juliana Bürger Rodrigues, Head de Pesquisa e Desenvolvimento da Naveia.

Com uma demanda crescente por produtos vegetarianos e veganos em cafeterias, esse fator se torna cada vez mais importante. No Brasil, um levantamento contratado pelo EscolhaVeg e realizado em 2021 pela empresa de pesquisa de consumo Cint, em todas as regiões do país, revela que uma mudança de hábitos alimentares está em curso e indica a saúde como o principal motivo dessa transformação – 97% das pessoas entrevistadas citaram a saúde como uma das principais razões para o consumo de alimentos vegetais. 

Além disso, é possível elencar algumas outras razões que levaram as cafeterias brasileiras a investir na oferta de mais produtos plant-based em seus portfólios: sustentabilidade, inovação e diversidade. Com base nisso, as casas de café têm explorado a criação de bebidas e pratos feitos com ingredientes vegetais, altamente nutritivos.

O Chantilly Vegetal já está disponível para compra nos diversos pontos de venda da Naveia pelo país e através do site da marca, por R$ 29 (1 litro).

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Trajetória do café brasileiro é contada pelo Museu do Café durante evento no Chile

O Museu do Café, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, aterrissa em Santiago com uma nova exposição itinerante intitulada Cafés do Brasil: Patrimônio Mundial, resultado de uma parceria com a Embaixada do Brasil no Chile. 

A abertura da mostra durante a Expo Chile Agrícola, que acontece nos dias 22 e 23 de agosto, juntamente com a palestra sobre as atividades realizadas pela instituição ministrada pela diretora executiva, Alessandra Almeida, marcam o início dos projetos relacionados à internacionalização do Museu do Café em 2023.  

A mostra estará dividida em sete temas e estará localizada ao lado do estande da Embaixada. O primeiro trará um pouco da história do Museu do Café e de seu edifício-sede, a antiga Bolsa Oficial de Café, localizado em Santos (SP) e construído em 1922, por ocasião das comemorações do Centenário da Independência do Brasil. O prédio é considerado patrimônio histórico desde 2009 por sua representativa arquitetura no âmbito cultural nacional. 

Os dois próximos temas abordados pela exposição são relacionados à trajetória do café no mundo e no Brasil. O público poderá descobrir a origem da planta, o histórico da propagação e comercialização da bebida pelos continentes, de que forma o fruto começou a ser produzido no Brasil e como se deu a expansão de seu cultivo, tornando-se o pilar da economia nacional com impacto nos aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais do País.

Produção, exportação e consumo são as temáticas atuais que serão abordadas na exposição. O Brasil produz uma a cada três xícaras de café consumidas no planeta. Em 2020, o País produziu a safra recorde de 63,1 milhões de sacas, sendo Minas Gerais o maior estado produtor. A exportação recorde foi registrada em 2020, com o volume de 44,7 milhões de sacas de café, pouco mais de 5 milhões da registrada em 2022, quando o volume exportado foi de 39,4 milhões de sacas, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Já em relação ao consumo, serão apresentados também dados per capita, hábitos e tendências de métodos de preparo.

A exposição finaliza trazendo um debate atual e de relevância sobre o papel das mulheres na cadeia produtiva, ontem e hoje. Depois de muitos anos vivenciando apenas os “bastidores” atualmente, cada vez mais as mulheres do café vêm conquistando reconhecimento dentro do setor. Mais do que nunca, elas estão à frente das fazendas, integrando todo o processo: do campo à xícara.

Os visitantes que forem ao espaço do Museu do Café encontrarão, ainda, um vídeo que trata das relações sociais e do lado humano por trás da produção do grão e um espaço interativo, no qual será possível deixar uma mensagem respondendo ao questionamento: O que o café te faz lembrar?

A exposição ficará em cartaz durante os dois dias de Expo Chile Agrícola, com a possibilidade de itinerância para outros destinos no Chile. A mostra conta com o patrocínio do Cecafé, da Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé) e da Unicafé.

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Mercado

Espresso Design: Concurso que premia embalagens de café está com inscrições abertas!

Que tal ter a embalagem do seu café divulgada por nós da Espresso e pela Semana Internacional do Café? Então inscreva-se para a Espresso Design! Em sua 5ª edição, a competição tem como objetivo julgar a criatividade, a originalidade e a eficiência das embalagens de café disponíveis atualmente no mercado, fortalecendo o setor e direcionando a atenção para a importância do design para a promoção da marca e do produto final. 

Após a inscrição e o envio do pacote, o concurso é dividido em duas etapas. A primeira consiste na avaliação pela comissão julgadora, composta pela equipe da Espresso e convidados. Os critérios levados em consideração nesta fase são: visual/identidade, eficiência, conceito, originalidade e criatividade.

As 20 mais bem pontuadas serão expostas durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG). Nesta segunda etapa, o público presente terá os dois primeiros dias de SIC (8 e 9 de novembro) para escolher e votar em sua embalagem favorita. A votação ocorrerá no próprio local. As três embalagens mais votadas serão anunciadas no dia 10 de novembro, último dia de evento, e serão premiadas com o troféu da edição.

Quem pode se inscrever?

A embalagem precisa existir como um produto, não sendo válido protótipos ou futuros projetos a serem lançados. Podem participar qualquer embalagem vigente que esteja disponível no mercado. Embalagens e/ou coleções limitadas que foram produzidas em 2023 e não circulam mais no mercado também podem participar, desde que comprovem a circulação em 2023.

As embalagens vencedoras ou que foram expostas nos anos anteriores não podem participar novamente. Já as embalagens enviadas nas últimas edições, e que não foram classificadas, podem participar novamente.

Bora participar? Clique aqui para inscrever gratuitamente a sua embalagem/coleção! O prazo para inscrição e recebimento das embalagens é dia 13 de outubro. Confira aqui o regulamento completo.

Serviço
Semana Internacional do Café 2023
Quando: 8 a 10 de novembro
Onde: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br 

TEXTO Redação

Mercado

Dia Mundial do Leite Vegetal: Dicas de como a sua cafeteria pode impulsionar o consumo da bebida à base de plantas

Você sabia que em 22 de agosto é comemorado o Dia Mundial do Leite Vegetal? Queridinho de muita gente, o produto vem ganhando cada vez mais espaço no mercado de bebidas, tanto em cafeterias, quanto em preparos diversos em casa. 

Prova disso é o relatório “Plant-Based Foods Poised for Explosive Growth”, da Bloomberg, que aponta que o setor cresceu praticamente a duplo dígito no varejo nos últimos anos. O documento mostra que o segmento de lácteos alternativos deve atingir quase US$ 67 bilhões globalmente até 2031. 

Para Henrique Pin, barista da NotCo no Brasil, esses estabelecimentos cada vez mais precisam adaptar os seus cardápios à nova demanda, de forma que os cafés não percam sua essência, tanto na qualidade como no sabor. “O consumidor que opta por tomar leite vegetal em casa, seja por intolerância ou estilo de vida, também quer poder ter essa opção de escolha fora dela. Portanto, a oferta desse produto se torna um verdadeiro diferencial para o cliente, que passa a priorizar aquela cafeteria na sua rotina”, diz.

O especialista em café também reforça que há alguns desafios nessa transição, o que pede por alternativas que não prejudiquem o gosto, a aparência e a textura da bebida, como o próprio NotMilk, linha de leites vegetais da foodtech. “É um exemplo que atende tanto os clientes que possuem uma restrição alimentar, quanto aqueles que querem seguir uma dieta flexitariana ou plant-based por escolha. O principal motivo disso é a sua semelhança com o leite de origem animal em sabor, performance e atributos nutricionais. Isso ajuda no seu armazenamento e na sua utilização em si, seja para os clássicos, ou para novidades do menu”, ressalta.

Levando esses fatores em consideração, Henrique separou 5 dicas para as cafeterias impulsionarem o consumo do leite à base de plantas e atualizarem seus cardápios de acordo com essa forte tendência:

Tenha bons fornecedores

Uma cafeteria não precisa ficar presa a um único fornecedor de leite vegetal, mas sim escolher aqueles que fazem sentido para o negócio. Atualmente, é comum ver estabelecimentos que oferecem mais de uma opção de leite vegetal, seja para preparo de bebidas à base de café, ou até mesmo na cozinha e confeitaria. 

Para o barista, essa diversificação é importante para oferecer opções ao cliente e, até mesmo, para  trazer uma transição gradual à alimentação plant-based. “Gosto de pensar que ainda é tudo muito novo e, por termos novas gerações que já nascem nessa popularização dos leites à base de plantas, isso significa que os estabelecimentos precisam se adaptar às suas maneiras, independente de grandes decisões. Olhar para o mercado com amplitude e de forma criteriosa é uma escolha que acelera essa adequação própria sem muitos empecilhos”, destaca.

Harmonize sabores da forma certa

A harmonização de sabores é fundamental para combinar o leite vegetal com o cardápio da cafeteria, sempre dentro de uma proposta que faça sentido para o dono. Uma entrada mais natural e facilitada do produto pode ajudar os funcionários em bebidas onde o café é protagonista, como um cappuccino ou um latte. 

Além disso, no momento de testar a alternativa plant-based em possíveis combinações mais inusitadas, não se corre o risco de mascarar o sabor do grão caso ele também seja o elemento principal, algo que acontece com opções que possuem um sabor muito predominante da base ou aromatizantes fortes de baunilha.

Controle a temperatura 

Com certeza uma das primeiras barreiras no preparo de bebidas com café e leites vegetais é a vaporização na máquina de espresso. Os leites de vaca já têm suas peculiaridades, mas quando falamos dos substitutos à base de plantas, as diferenças são ainda mais notáveis, podendo exigir uma temperatura ou uma introdução de ar diferente, e muitas vezes os dois. 

“Nesse sentido, exemplos como o NotMilk são ótimos por promoverem uma vaporização tranquila e crescimento rápido. E, controlando a temperatura para ele não ferver – cuidado comum para qualquer processo desse tipo -, essa parte da produção não terá problemas”, explica.

Preste atenção nos outros ingredientes

O leite vegetal precisa entrar no cardápio de qualquer cafeteria com a mesma importância que outros insumos. O produto não é só um simples substituto de leite animal, mas uma porta de entrada para tornar o menu mais conciso, agradável e saboroso aos clientes que o consomem. Dessa forma, se ele não estiver em sintonia e combinar com outros ingredientes de qualidade, a pessoa pode culpar a sua performance de uma maneira injusta e simplista.

Faça bebidas diferenciadas 

Adotar o leite vegetal no cardápio é uma oportunidade para testar proporções e bebidas novas que combinam com aquele produto, como matchá, chai, frapê, bubble tea. Para Henrique, há todo um universo de opções que podem ser exploradas, inclusive alcoólicas. “O café é um mundo à parte e podemos encontrar certas combinações inusitadas todos os dias. Atualmente, tenho explorado bastante cafés de torra média ou escura, com perfis de sabor puxando para um frutado ou caramelo e doçura alta, assim como aqueles que têm menos acidez para gerar melhores harmonizações. Dentro dessa lógica, o NotMilk também traz uma grande vantagem pelo seu sabor mais neutro e cor branca, fazendo com que a construção de bebidas autorais seja um processo menos complicado”, conclui.

TEXTO Redação • FOTO Chevanon Photography
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