Mercado

Entrevista exclusiva: Edgard Bressani comenta sobre novos projetos e o mercado de café em 2022

Edgard Bressani é empresário, cafeólogo, com grande experiência no setor cafeeiro, autor do livro Guia do Barista e fundador da exportadora Latitudes Grand Cru Coffees. Nesta quarta-feira (16/03) inicia um novo projeto na sua trajetória ao assumir a presidência da Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC). O mandato terá vigência de dois anos, até março de 2024, com possibilidade de reeleição por igual período.

A votação ocorreu durante Assembleia Geral da Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana, sendo eleito como Diretor Presidente: Edgard Bressani; Diretor Vice-Presidente: Andre Luis da Cunha; Diretor Tesoureiro: Guilherme Dias de Souza Alves e Diretor Secretario: Julio Aparecido da Silva Ferreira.

Confira a entrevista exclusiva com Edgard:

– Como surgiu a oportunidade de se tornar presidente da Associação?

Há vários anos estou no Conselho da entidade, como convidado e sigo como conselheiro. Isso desde a época que estava em Pedregulho. Sempre apoie e tive muito carinho pela região, sendo daqui. E mesmo quando fui para Piraju, coloquei no projeto os cafés da Alta Mogiana. Com a Latitudes Grand Cru Coffees permaneço com o mesmo foco. Embora trabalhe as 33 diferentes regiões, a filial, no estado de São Paulo, tem o objetivo de trabalhar os cafés da Alta Mogiana. Mas o convite para a presidência surgiu há alguns meses, quando uma chapa foi criada. Marcio Palma já tinha dois mandatos e precisava passar o bastão. Julio e Guilherme, do DOCA, me ligaram para fazer o convite. Ao ouvir, disse que não precisava ser presidente, mas que apoiaria, sim, na diretoria. Entretanto, já havia consenso neste sentido e aceitei. E assim fomos finalizando a composição da chapa, com pessoas super engajadas com os trabalhos na região. Um grupo com diferentes experiências que se complementam. leia mais…

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Divulgação

Mercado

Diversidade da cafeicultura brasileira é debatida na Itália

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) iniciou uma parceria com Embaixada do Brasil em Roma e o Museu do Café de Santos, para uma série de ações promocionais da imagem da cafeicultura brasileira, com foco em sustentabilidade, qualidade e diversidade, na Itália, quarto principal comprador do produto nacional no primeiro bimestre de 2022.

 Milão

No dia 11 de março, o Diretor Geral do Cecafé, Marcos Matos, participou, em Milão, de uma mesa redonda organizada pela “Associazione Italia Brasile” em conjunto com a Embaixada, o Consulado Geral do Brasil em Milão e a Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira de São Paulo (ITACALM).

 Marcos destacou o papel do Cecafé na manutenção dos elevados níveis de embarques brasileiros mesmo em tempos de pandemia e crise logística global. “A aceitação dos italianos pelas informações do nosso setor e dos cafés brasileiros como um todo é muito grande, assim como o conhecimento que possuem. Expusemos nossas ações de respeito aos critérios ESG e isso contribuiu para melhorar, ainda mais, a imagem do produto na Itália”, comenta. 

 A Diretora Executiva do Museu do Café de Santos, Alessandra Almeida, também participou do evento e expôs que a instituição recebe cerca de 350 mil visitantes anualmente, além de mais de 100 mil visitas virtuais e de contar com aproximadamente 150 mil seguidores nas redes sociais.

 Ela pontuou que, por meio de pesquisas, exposições, mostras temporárias, atividades culturais e educativas, o Museu do Café preserva e divulga a história e as tradições da cafeicultura brasileira, que são muito vinculadas à Itália graças ao intenso processo de imigração ocorrido nos séculos XIX e XX.

 Alessandra destacou, também, o reposicionamento ao qual a instituição está se dedicando, que prevê a aproximação com todos os segmentos da cadeia produtiva do café na contemporaneidade e na internacionalização de suas ações. leia mais…

TEXTO Redação/ Cecafé • FOTO Divulgação Cecafé

Mercado

Exportação de café brasileiro atinge 3,4 milhões de sacas em fevereiro

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, Cecafé, divulgou seu relatório mensal no qual as exportações brasileiras de café totalizaram 3,441 milhões de sacas de 60 kg de café em fevereiro de 2022, o que implica queda de 13,6% na comparação com as 3,983 milhões aferidas no mesmo mês do ano passado. Apesar do recuo na comparação anual, o volume apresenta avanço de 1,6% frente a janeiro, sinalizando uma leve melhora no cenário logístico do comércio marítimo global.

Segundo o presidente da entidade, Nicolas Rueda, por estarmos na entressafra de um ciclo menor na produção cafeeira do Brasil, o resultado do mês passado é positivo, não ficou distante do desempenho de fevereiro de 2021, que foi bastante significativo.

“Houve melhora no cenário logístico, o que contribuiu para a performance do mês passado. Contudo, estamos longe da normalidade, com bastante instabilidade, alternando semanas boas com outras ruins, pois a disponibilidade de contêineres e espaços nos navios continuam insuficientes para escoar o que estava represado no porto e embarcar as cargas que estão chegando para exportação, exigindo que os departamentos logísticos dos exportadores antecipem a confirmação de seus bookings para a consolidação de seus volumes”, comenta.

Nicolas Rueda informa, ainda, que a disparada nos preços do café, destacadamente da variedade arábica, ocasionou um rearranjo nos blends da indústria nacional. “Observa-se que o segmento industrial do país está com forte demanda pelos cafés conilons (robusta), o que, consequentemente, tem reduzido a participação dos canéforas nas exportações brasileiras”, completa.

Em receita cambial, os embarques nacionais do mês passado renderam US$ 782,6 milhões, apresentando substancial crescimento de 50% na comparação com os US$ 521,9 milhões em fevereiro de 2021. Dessa forma, o preço médio das exportações brasileiras de café chega a US$ 227,44 por saca, 73,6% superior na mesma comparação. leia mais…

TEXTO Redação/Cecafé • FOTO Agência Ophelia

Mercado

Café colombiano chega ao mercado canadense

A rede multinacional de cafés colombiana Juan Valdez lançou-se no mercado de varejo e comércio eletrônico de café do Canadá, consolidando sua expansão na América do Norte. “Através do nosso distribuidor, poderemos estar presentes em diversos canais de consumo local”, afirma Sebastián Mejía, Vice-Presidente Internacional de Juan Valdez.

O anúncio traz acordos de distribuição com 170 clientes canadenses incluindo: restaurantes, hotéis, redes de supermercados e mercados de varejo. Os compradores canadenses terão acesso a produtos de café em grão e moído, café liofilizado (regular, descafeinado e aromatizado) e cápsulas.

A medida segue a expansão de Juan Valdez nos mercados dos EUA em 2021, fechando acordos de distribuição com redes de supermercados Whole Foods e redes de farmácias CVS na Flórida.

A marca Juan Valdez foi lançada em 2002 pela Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia, uma organização sem fins lucrativos que representa 540.000 famílias cafeicultoras. Estabelecer presença nos mercados norte-americanos representa uma expansão significativa para Juan Valdez, que iniciou suas operações internacionais em 2005.

TEXTO Global Coffee Report. Tradução Juliana Santin • FOTO Acervo Revista Espresso

Mercado

Traders de café buscam adiantamento em negócios com a Rússia

Traders de café estão buscando pagamento antecipado em qualquer novo acordo para vender grãos para a Rússia, já que as sanções ocidentais atingem o sistema financeiro do sexto maior importador do mundo.

O Brasil, maior exportador mundial, é fornecedor número 1 da Rússia e traders disseram que adicionaram o país a uma lista de destinos arriscados e sancionados que exigem pagamento antecipado, incluindo Síria, Líbano e Irã.

Três traders de café com sede na Europa disseram que não aceitariam novos pedidos de fornecimento de torrefadoras russas, acrescentando que os negócios diminuíram de qualquer forma com a queda do rublo russo.

A invasão russa na Ucrânia – o maior ataque a um Estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial – desencadeou uma resposta política, estratégica, econômica e corporativa do Ocidente sem precedentes em sua extensão e coordenação. leia mais…

TEXTO Reuters. Tradução Juliana Santin • FOTO Redação

Mercado

Em parceria com a Bienal de Arte de Veneza, illycaffè celebra 30 anos da illy Art Collection

Com apoio à Bienal de Veneza, a illycaffè será uma das principais patrocinadoras durante a 59ª Exposição Internacional de Arte, intitulada “The Milk of Dreams” (em português, “O leite dos sonhos”), que conta com a curadoria de Cecilia Alemani e será realizada de 23 de abril a 27 de novembro, em Veneza, na Itália.

De acordo com a marca, uma xícara de café illy representa a interconexão entre sabor, beleza e sustentabilidade. Essa beleza a empresa visa transmitir através de seus laços com a arte contemporânea, celebrando-a na Bienal de Arte 2022, com uma exposição nos Jardins Reais, na qual mostrará os principais momentos da história de 30 anos da illy Art Collection, as xícaras que transformaram um objeto cotidiano em uma tela branca com o trabalho de renomados artistas internacionais.

“Nossa colaboração com a Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza está agora em seu 11º ano, uma parceria que representa uma das principais colaborações da illycaffè em nossa busca pela beleza, abrangendo tudo o que consideramos que ajuda a cultura e a alma, e assim, como diria Platão, só pode ser bom”, conta Andrea Illy, presidente da illycaffè.

TEXTO Redação

Mercado

Cocatrel lança dois novos cafés premiados de cafeicultores cooperados

Na última semana, a Cocatrel lançou o café dos produtores premiados no programa Melhores Cafés Cocatrel 2021/2022. Os cafeicultores Vanildo Alves de Morais e Carlos Henrique Teodoro se reuniram na cafeteria Cocatrel, junto aos familiares e diretores da cooperativa, para comemorar esse lançamento.

O café de Vanildo é produzido na Fazenda Cachoeirinha, em Ilicínea (MG), a 1.100 metros de altitude. O resultado foi um café doce com notas de frutas amarelas e maduras, especialmente pêssego, além de um toque de avelã.

Já os grãos de Carlos Henrique são produzidos na Fazenda Serrano, também em Ilicínea (MG), a 1.150 metros de altitude. Ele conseguiu obter um café doce e frutado, com notas de chocolate, avelã e frutas cítricas, principalmente limão.

No mês de janeiro, os produtores Alexandre Pereira e Angélica França também lançaram seus cafés e, seguindo o cronograma de ações do programa Melhores Cafés Cocatrel, a cooperativa continua lançando mais dois cafés até que os doze premiados estejam disponíveis no mercado.

Assim como os outros produtores premiados, Vanildo e o Carlos Henrique terão seus cafés exportados com valor agregado e também receberão 25% do valor das vendas dos industrializados como uma forma de reconhecimento. Os produtos estão disponíveis para venda nas cafeterias Cocatrel e na loja on-line.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Café e corrida: Participe da ABIC Coffee Run em maio!

A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) anunciou a retomada do evento Coffee Run. Organizado pela Yescom, com patrocínio da ABIC, a iniciativa tem o objetivo de unir os amantes de café e de atividades físicas, sendo uma oportunidade para estimular a prática esportiva, o bem-estar e, também, divulgar os benefícios do consumo regular de café para a saúde humana, no desempenho esportivo e na prevenção de doenças.

A primeira etapa do ano será realizada no dia 22 de maio (domingo), no Centro Histórico de São Paulo, na Praça do Patriarca (Viaduto do Chá), e marcará o início da celebração do Dia Nacional do Café, comemorado em 24 de maio, e da colheita na maior parte das regiões produtoras do país.

“O Dia Nacional do Café homenageia uma das bebidas mais consumidas pelos brasileiros, e assim como existem as pessoas que não vivem sem o café, existem também os apaixonados pela corrida. Por isso, decidimos unir as duas paixões”, comenta Celírio Inácio da Silva, diretor executivo da ABIC.

A ABIC Coffee Run representa a oportunidade perfeita para informar aos coffee lovers, bem como aos run lovers, os benefícios do café para a saúde e a importância de escolher produtos certificados e com qualidade atestada.

No momento de retirada do kit, é necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19, no formato impresso ou digital, que deve conter, no mínimo, duas doses da vacina. Essa regra também se estende aos staffs e prestadores de serviços. O uso de máscara é obrigatório.

Serviço
Quando:
22 de maio (domingo)
Valor: R$ 90
Provas: Corridas de 8 km e 4 km e caminhada de 4 km
Retirada de kit e identificação: 21 de maio (sábado), das 10h30 às 18h30, no 3º andar do Shopping Light – Rua Cel. Xavier de Toledo, 23 – Centro – São Paulo (SP)
Inscrições: https://www.yescom.com.br/coffeerun/2021/sp/index.asp

TEXTO Redação • FOTO Miguel A. Amutio

Mercado

Grupo Utam lança novos blends e versão drip coffee para linha Café Fazenda Santa Alcina

O Grupo Utam apresentou novidades na linha do Café Fazenda Santa Alcina. Com visual reformulado, as cápsulas monodoses trazem dois novos blends de cafés produzidos no sul de Minas Gerais: o Fazenda Santa Alcina Frutado e o Fazenda Santa Alcina Intenso.

O Fazenda Santa Alcina Frutado apresenta acidez leve, alta doçura e um retrogosto suave e presente, com destaque para as notas de frutas vermelhas. Já o Fazenda Santa Alcina Intenso tem acidez leve, doçura média e retrogosto presente e marcante.

Procurando sempre apresentar inovações aos amantes do café, o Grupo Utam também investiu no drip coffee para a linha Santa Alcina. Para este modelo, foi escolhido um café com intensidade 6, marcado pela acidez média, retrogosto doce e toque de caramelo e amêndoas.

A nova tendência do drip coffee é analisada por especialistas de mercado, que garantem que ele veio para ficar. “A proposta deste novo produto é propiciar uma extração de café coado mais prática e funcional, com flexibilidade de transportá-lo, sem necessitar de utensílios para a extração e, mesmo assim, garantir todo o sabor de um café especial”, destaca a gerente de marketing.

O Café Fazenda Santa Alcina vem do grão 100% arábica, proveniente do sul de Minas Gerais, conta com certificações BSCA e Selo Verde, que garantem uma bebida extraída a partir de grãos especiais, rastreáveis e sustentáveis, além de validar produções agrícolas que atendam aos pré-requisitos de excelência em sustentabilidade ambiental, social e econômica.

Os novos produtos já estão nas gôndolas dos principais pontos de vendas da marca e na loja Utam On-line.

Mais informações: www.lojautam.com.br

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Brasil registra crescimento nas exportações de café solúvel em janeiro de 2022

O relatório da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) destaca que, no mês de janeiro, as exportações de café solúvel alcançaram o equivalente a 318 mil sacas de 60 kg, volume que representa alta de 4,5% na comparação com o primeiro mês do ano passado. Os embarques geraram uma receita cambial de US$ 52,580 milhões ao país, registrando substancial evolução de US$ 40,8% frente aos US$ 37,336 milhões de janeiro de 2021.

Os cafés solúveis foram exportados para 83 países, sendo os Estados Unidos o principal destino do produto. Os norte-americanos importaram 65.651 sacas em janeiro, o que representa 20,9% do total. Na sequência vêm Rússia, com 33.449 sacas (10,6%); Myanmar, com 29.140 sacas (9,3%); Japão, com 17.946 sacas (5,7%); e Argentina, com 14.251 sacas (4,5%).

Os principais tipos de café solúvel remetidos ao exterior em janeiro de 2022 foram spray dried, com 203.116 sacas (63,9% do total); freeze dried, com 108.147 sacas (34%); “extratos”, com 6.719 sacas (2,1%); e coffee preparation, com o equivalente a 18 sacas (0,01%).

De acordo com Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da Abics, o desempenho reflete uma leve melhora no cenário logístico e, principalmente, a resiliência das fábricas brasileiras.

“A capacidade de produção das indústrias nacionais de café solúvel se destaca e permite que o Brasil siga honrando seus compromissos e mantendo seu market share, mesmo diante de preços da matéria-prima substancialmente elevados e da persistência dos gargalos logísticos. Janeiro, ao menos, foi um pouco melhor em relação à disponibilidade de contêineres, mas o espaço nas embarcações segue desafiador”, comenta.

O consumo de café solúvel no Brasil, em janeiro, recuou 3,1%. Os brasileiros consumiram o equivalente a 56.380 sacas, levemente abaixo das 58.200 sacas registradas no primeiro mês do ano passado.

“Ainda assim, a expectativa é que haja evolução ao longo do ano devido às ações que a Abics realiza, como a campanha Descubra Café Solúvel, e aos investimentos feitos pelas indústrias, que constroem novas plantas fabris e ampliam seu leque de produtos aos consumidores, ofertando, cada vez mais, qualidade e diversidade de preparo, evidenciando a versatilidade do café solúvel”, conclui Lima.

O relatório completo está disponível no site da Abics.

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy