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Para além da xícara: 5 projetos que transformam vidas através do café

Em 24 de maio é celebrado o Dia Nacional do Café, data escolhida para oficializar o início da colheita do fruto nas lavouras brasileiras. É neste dia que as redes sociais ficam cheias de fotos de xícaras com a bebida, mas para nós (e para muitas outras pessoas) o café é mais do que isso, é capaz de mudar vidas!

A Espresso te convida a navegar mais afundo neste universo e ter a chance de conhecer histórias de pessoas que tiveram suas trajetórias modificadas por este grão. Aqui, listamos 5 projetos sociais para você seguir, conhecer e acompanhar. Vem com a gente!

Jovens Baristas

Com as irmãs e baristas Kivian e Vitória no comando, o projeto busca profissionalizar pessoas em situação de exclusão social e contribuir para o crescimento do setor. Para isso, os jovens aprendem sobre diversos temas ligados ao café, como extração da bebida, latte art, torra, degustação e classificação, empreendedorismo e até recursos humanos. As aulas acontecem em Belo Horizonte (MG) e são totalmente gratuitas!

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Selo Amor Espresso

A própria bio do Instagram já diz: Possibilitar autonomia emocional e independência financeira para mulheres em situação vulnerável. Bacana, né? O projeto atua na Zona Norte de São Paulo (SP) e ajuda a introduzir mulheres no mercado de trabalho por meio de treinamento profissional de barista, acompanhamento psicológico e oportunidades de trabalho através de parcerias privadas.

“Muitas mulheres que participam do projeto vêm de uma situação extremamente vulnerável. Nós decidimos, então, criar uma iniciativa que vai além do assistencialismo, capacitamos mulheres a se tornarem autônomas através de treinamento técnico na área de barista. Notamos que mulheres, no geral, reinvestem a maior parte de seu salário na saúde e educação da família. Sendo assim, quando investimos na vida dessas mulheres, estamos ajudando a quebrar o ciclo de pobreza na próxima geração, ajudando a sociedade como um todo”, conta Fernanda Sabará, fundadora do Selo Amor Espresso.

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Fazedores de Café

A iniciativa da rede de cafeterias Sofá Café tem como objetivo não apenas disseminar a cultura dos cafés especiais na capital paulista, mas também abraçar a causa social e dar a oportunidade a jovens carentes através do barismo.

“O objetivo é dar a possibilidade para jovens que não tem condições de pagar um curso técnico, de entrar numa faculdade, que precisam de uma segunda chance, ou até mesmo para refugiados. É fazer do café e do nosso conhecimento como cafeteria instrumentos de mudança social!”, conta Diego Gonzales, fundador da rede e idealizador do Fazedores.

Criado em 2014, o projeto gratuito ensina a extração da bebida, harmonização, receitas, gestão do ambiente e até normas de vigilância sanitária. Após o período de aulas, os alunos estagiam em outras cafeterias e ganham prática no ramo!

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Legado Cafés

A ideia é transformar a vida de refugiados por meio da paixão por café! O projeto teve início em 2019, dentro da Fazenda Santo André, que cultiva café orgânico no município de Divisa Nova (MG). Com o auxílio da ONG Fraternidade Sem Fronteiras, os estrangeiros têm a chance de recomeçar no novo país, trabalhando na propriedade (e, para aqueles que se interessam, com direito à moradia).

“A intenção não é necessariamente de que eles se fixem aqui, mas que sirva como porta de entrada para que criem suas próprias asas”, conta Rafael Jacob, idealizador do projeto. Inclusive, no ano passado, a iniciativa foi premiada pela Pesquisa Empresas Humanizadas em categorias como liderança, estratégia de valor compartilhado, colaboradores e adaptabilidade evolutiva.

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Chefs Especiais Café

Mais do que uma cafeteria, é também inclusão e representatividade. A Chefs Especiais Café, localizada no bairro do Jardins, na cidade de São Paulo (SP), dá oportunidade para pessoas com Síndrome de Down. As comidinhas servidas são feitas por eles, que são capacitados no Instituto Chefs Especiais, assim como todo o atendimento da casa, que conta com um visual Rock N Roll!

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TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Café & Preparos

Trajetória do café especial no Brasil é contada em websérie que celebra os 30 anos da BSCA

A produção “A História do Café Especial – O olhar da BSCA em 30 anos” trará 30 vídeos que exploram a história da BSCA e a trajetória inversa do café, da xícara às lavouras brasileiras

Este ano temos uma comemoração especial no setor cafeeiro brasileiro: a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) chega aos seus 30 anos! Para celebrar, foi produzida uma websérie que contará a trajetória da entidade nessas três décadas e a importância das etapas por qual o grão passa antes de chegar ao consumidor.

Com o título “A História do Café Especial – O olhar da BSCA em 30 anos”, a série de vídeos lançada hoje, 24 de maio, explora o olhar sobre o movimento da xícara ao grão. A data foi escolhida a dedo por representar o Dia Nacional do Café, que marca oficialmente o início da colheita do grão nas lavouras Brasil afora.

“Falar dos 30 anos da BSCA é falar da história do reconhecimento da qualidade dos produtos brasileiros, trabalhada a muitas mãos em um verdadeiro trabalho coletivo. Nos 30 anos celebramos as Bodas de Pérola, e nesse seriado buscaremos contar as histórias de muitas pérolas nessas três décadas e o que vislumbramos para o futuro”, celebra Vanusia Nogueira, diretora executiva da BSCA.

A Café Editora realiza a produção da websérie, que conta, ao todo, com 30 episódios lançados individualmente a cada semana. “Estamos muito felizes em fazer parte desta história, porque, com essa websérie, marcamos um momento importante. Com entrevistas e imagens, resgatamos toda a história da BSCA e do café especial no Brasil através das vozes das pessoas que fazem parte disso”, conta Mariana Proença, diretora de conteúdo da Café Editora.

O projeto tem o intuito de apresentar ao consumidor final e para todas as pessoas que não possuem conhecimento da cadeia do café especial, como funciona o processo do grão. A ideia da BSCA é lançar o movimento inverso, que rebobina o trajeto da bebida na xícara até o produtor e sua lavoura.

Os vídeos serão lançados no YouTube da BSCA e no Instagram da Revista Espresso.

TEXTO Redação • FOTO Gustavo Baxter/NITRO

Café & Preparos

As artes de Carmo Dalla Vecchia

Com mais de 25 anos de televisão, o renomado ator também cede o seu corpo e a sua voz para discutir questões importantes no teatro e na fotografia

Pai da interpretação no Ocidente, o russo Constantin Stanislavski já dizia: “Um ator precisa de algo mais do que apenas seu talento artístico. Deve ser, também, um ser humano ideal”. A frase se aplica bem à trajetória de Carmo Dalla Vecchia, ator que já deu vida a tantos personagens “tortos” – como ele mesmo gosta de chamá-los –, mas que transborda uma personalidade doce e gentil. 

“Tenho sorte de ter uma profissão bonita, que tem o mérito de transmitir ideias e ajudar as pessoas a questionar conceitos. Mas não a acho melhor do que qualquer outra. Assim como um padeiro, um motorista, tenho uma função a cumprir”, analisa. 

Nascido em Carazinho, cidade de aproximadamente 60 mil habitantes no Rio Grande do Sul (RS), Carmo é filho de um bancário com uma dona de casa. Quando pequeno, a profissão do pai fez com que a família se mudasse para diversas cidades do interior do estado gaúcho. 

“Acho que tem uma coisa que já nasce com a gente. Eu fui um garoto que não tinha histórico de pessoas na família que gostassem de ler. Mas eu tinha afeto pelos filmes e livros. Uma coisa inexplicável”, relembra. 

Neto de alemães e italianos, Carmo ganhou pinta de galã já na adolescência, e, aos 19 anos, foi mandado a São Paulo para participar do renomado concurso de modelos The Look of the Year – que mais tarde revelaria beldades femininas como Gisele Bündchen e Isabeli Fontana. Era 1990 e ele venceu a etapa internacional. 

“O concurso contou com a presença de Cindy Crawford e da cantora Grace Jones. Para um garoto do interior era algo muito impactante”, emociona-se. O sonho de ser modelo não se realizou. Batalhando novos trabalhos na capital paulista, Carmo se viu trabalhando como vendedor de loja. “Brinco que virei ator por ser um modelo frustrado, já que esse era meu real objetivo. Toda a dificuldade que tive na carreira de modelo não tive na de ator.”

O som do sim

Depois de voltar para o Rio Grande do Sul, Carmo foi estudar Teatro no Rio de Janeiro. Com um ano na cidade maravilhosa, já era chamado para trabalhos. Mas foi um convite para ajudar a revelar a protagonista da minissérie Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados“, em 1995, que mudou a sua vida.

“Fui para o teste como apoio, ele não era para mim. A diretora acabou me escolhendo para o filho da Engraçadinha. Foi um início de carreira feliz, carinhoso. Era uma obra de Nelson Rodrigues, adaptada com todo o cuidado”, relembra.

Durval, o filho de Engraçadinha, vivia um complexo de Édipo, e inauguraria uma lista de personagens “tortos” na televisão. “Daí por diante tive a sorte de interpretar personagens estranhos, cheios de traumas e com histórias complicadas”, diverte-se. leia mais…

TEXTO Leonardo Valle • FOTO Marcus Steinmeyer

Café & Preparos

Estudo mostra que pandemia afetou hábito de conhecer pessoas novas em cafeterias na Europa

Uma pesquisa criada pelo torrefador de café vienense Julius Meinl, em parceria com o OnePoll, descobriu que mais de dois terços dos 4 mil participantes perderam o simples hábito de se encontrar em uma cafeteria para conversar e tomar a bebida. O estudo foi realizado com adultos no Reino Unido, em Viena (Áustria), Milão (Itália) e Bucareste (Romênia).

De acordo com Meinl, 13 bilhões desses encontros deixaram de acontecer entre março de 2020 e março de 2021, com 81% dos participantes relatando que conversar com um amigo ou um estranho impactou positivamente em seu bem-estar.

A pesquisa relatou que os londrinos perderam 6,3 milhões de oportunidades de conhecer alguém novo, enquanto que os participantes de Viena perderam 2,5 milhões de oportunidades e os de Milão, 2,1 milhões.

Com o estudo foi descoberto que a Covid-19 impactou a abertura dos participantes, com 36% relatando que agora são “muito mais” propensos a dizer “olá” a um estranho em relação ao momento pré-Covid. Apenas 20% disseram que são menos propensos a falar com estranhos por falta de confiança, nervosismo e medo da propagação do vírus.

Os londrinos foram considerados os mais sociáveis, com 48% dizendo que são “mais” propensos a interação com um estranho e 20% dizendo que são “muito mais” propensos. Apenas 12% dos londrinos disseram que teriam menos probabilidade de interagir. Na pesquisa, um em cada cinco disse que o lugar mais provável para iniciar uma nova conversa seria em uma cafeteria.

Com essas descobertas apontando para uma conexão especial encontrada nos cafés, Julius Meinl deu início à sua campanha “Diga Olá”, que se iniciará em 1 de junho de 2021 e busca apoiar cafés, hotéis e restaurantes neste ressurgimento após a Covid-19.

Nos estabelecimentos participantes, cada cliente que comprar um café ganhará um voucher de cortesia para presentear alguém, dando abertura para “dizer olá” e compartilhar o momento.

TEXTO As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin • FOTO Joshua Rodriguez

Café & Preparos

Café sem filtro! Conheça os coadores de trama de aço

De xícara em xícara: você já parou para pensar em quantos filtros de papel são descartados por dia no Brasil e no mundo?

Sustentabilidade é um tema que ganha cada vez mais destaque em diversos setores da nossa sociedade. No mercado de cafés, por exemplo, os copos descartáveis usados no to go, o conhecido “levar para viagem”, já foram substituídos por opções retornáveis em várias cafeterias no mundo. Mas há outro item fundamental no processo de preparo da bebida que muitas vezes passa despercebido: o filtro de papel.

Novas formas de fazer café

O uso do papel ainda pode ser aperfeiçoado, resultando em menos resíduos descartados no meio ambiente. Sobre o assunto, já há algumas opções no mercado, como os equipamentos de trama de aço. Alguns exemplos são o Cafeor, utensílio com estrutura de plástico e filtro de metal criado em 2013, pela japonesa Hario, e o Pour Over, método feito de aço inox lançado pela italiana Bialetti, em 2018.  

Da esquerda para a direita: Hario Inox, Pour Over e Cafeor

Como funcionam?

A barista Mari Mesquita, do Bike Brew e da cafeteria brasiliense Café Clandestino, explica que esses métodos possuem uma permeabilidade maior que a dos filtros de papel, ou seja, permitem passar mais resíduos pelos pequenos furos da trama. Por isso, além de prestar atenção na moagem, a uniformidade da granulometria e, se possível, eliminar os fines, partículas muito finas de café que destoam na moagem e podem apresentar características desagradáveis na bebida final, são importantes.

O meio ambiente agradece

Além dos utensílios com design cônico, há outras opções que entregam um bom café sem precisar do filtro de papel, como a moka italiana, french press, aeropress (se, em vez do coador de papel, for utilizado o filtro de metal “Able”), da brasileira Pressca e do tradicional coador de pano. 

Dica de preparo!

Mari Mesquita indica a mesma proporção usada na Hario V60, que pode ser de 1 grama de café para 15 ml de água. Mas ela dá uma dica exclusiva para o uso dos métodos de trama de aço: por conta da possível passagem dos fines, o café pode apresentar amargor e adstringência, além de uma sensação de bebida pesada. Como solução, ela indica a técnica bypass, que consiste em realizar a extração do café com aproximadamente 15 ml de água a menos. Depois que a bebida for extraída, acrescenta-se o restante da água diretamente na xícara ou na jarra, para diluir.

Onde comprar

Hario inox
Valor: R$ 453
Onde: https://bit.ly/3v3p9xb

Cafeor
Valor: R$ 238
Onde: https://bit.ly/3v1UQHe

Pour Over
Valor: R$ 244
Onde: https://bit.ly/3ouu6fO 

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Daniel Ozana/Studio Oz

Café & Preparos

Quero iogurte! Conheça a história e saiba como fazer em casa

Há milhares de anos surgiu a primeira versão do alimento, que depois se espalhou pelo mundo para ser consumido de manhã, à tarde e de variadas maneiras

O iogurte é um alimento tão antigo quanto o próprio mundo. O produto consumido na maioria das vezes no café da manhã ou no lanche da tarde tem atrás de si uma milenar história, quando o leite armazenado em vasilhas de barro pelos pastores fermentava ao entrar em contato com as altas temperaturas do deserto. Há também uma outra versão atribuída aos turcos, que guardavam o leite fresco em sacos feitos de pele de cabra. Ao serem transportados por camelos, o calor do animal em contato com a “embalagem” favorecia a produção de bactérias que transformavam o leite em iogurte.

Consumido no mundo todo e de diferentes maneiras – na culinária do Oriente ele é base de muitos molhos e entra em receitas salgadas – o iogurte é reconhecido por ser rico em cálcio, micronutrientes e proteínas, e um poderoso aliado no combate à osteoporose, à hipertensão e estimula o bom funcionamento do intestino.

Porém, existe o sabor para além das propriedades benéficas. E cada povo tem suas preferências. “Brasileiro gosta de iogurte mais adocicado e líquido, o europeu prefere o produto mais ácido e espesso”, compara Edna Arcuri, pesquisadora da Embrapa Gado de Leite (MG).

Foi por vontade de produzir aqui o produto que só encontrava lá fora que Gabriela Borges inaugurou, em 2011, a Delicari, em São Paulo, empresa que produz dez sabores de iogurtes (além de sorvetes) do tipo europeu – espessos, ricos em gordura e saborosos. “Queria fazer laticínios à moda antiga, elaborados apenas com ingredientes naturais, sem corantes, aromatizantes ou qualquer outro componente artificial”, diz Gabriela.

O seu sócio, o neozelandês Craig Bell, é um dos donos da fazenda Leitíssimo, situada no oeste da Bahia. O leite extraído do rebanho Jersey (raça europeia que produz leite com maiores índices de levedura, gordura e caseína, a principal proteína do leite) é a matéria-prima para os produtos da Delicari. leia mais…

TEXTO Janice Kiss • FOTO Daniel Ozana/Studio Oz

Café & Preparos

Museu do Café realiza aula on-line sobre reciclagem de cápsulas

Entre 17 e 23 de maio, o Museu do Café, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, integrará a Semana Nacional de Museus, iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), que este ano chega a sua 19ª edição. A programação gratuita apresenta atividades on-line, com início no Dia Internacional da Reciclagem (17).

Ação colaborativa O que preservar para o amanhã?
17 a 23 de maio

O Museu do Café quer saber a opinião do público: o que é essencial cuidar, manter e conservar para o futuro? Nesta atividade virtual, os usuários poderão responder à esta pergunta e ver a contribuição dos demais participantes. O Museu do Café irá divulgando o link nas redes sociais a partir do dia 17.

Aula online Recicle! É tudo de bom!
17 de maio, às 17h

Neste dia voltado ao cuidado com o meio ambiente e à responsabilidade de cada um na sua preservação, o Museu do Café propõe uma conversa dedicada ao tema da reciclagem, mais especificamente o reaproveitamento das cápsulas de café. A atração é uma parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Inscrições: inscricao@museudocafe.org.br.

A fim de proporcionar uma opção prática aos interessados, o edifício da antiga Bolsa Oficial de Café também se tornará um ponto de coleta desse material no dia 17. O que for recolhido será encaminhado para a Cooperativa de Materiais Recicláveis Santista (Comares).

Baú da memória O que queremos preservar para o hoje?
18 de maio, às 10h30 e às 15h30

Para encerrar a agenda, o setor educativo realizará um processo de escuta das experiências vividas durante a pandemia do Covid-19. O objetivo é, a partir das falas, desenvolver a preservação das memórias constituídas nesse período tão difícil. Inscrições: clique aqui.

Serviço
Museu do Café
Onde:
Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos (SP)
Telefone: (13) 3213-1750
Funcionamento: de quarta a domingo, das 11h às 17h
Mais informações: museudocafe.org.br

TEXTO Redação • FOTO Kous9

Café & Preparos

The Coffee Sensorium cria kit para treinamento de avaliação sensorial de cafés

No final do mês de abril, a The Coffee Sensorium iniciou a pré-venda do Kit de Sabores [café], uma ferramenta de treinamento sensorial que visa a padronização de referências para notas de aroma e sabor da bebida.

Desenvolvido em colaboração com o Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o kit permite a identificação e nomeação correta das notas que estejam associadas com características de qualidade ou defeitos do café.

“A nossa ideia foi criar um produto brasileiro que funcionasse como uma ferramenta de padronização de referências e descritores para sabor, ou seja, a referência será adicionada no café para identificação retronasal”, escreveu a The Coffee Sensorial.

O Kit de Sabores contém 21 referências, sendo elas: banana, maçã, cravo da índia, floral (doce), ervilha fresca, pepino, pão mofado, avelã tostada, borracha, medicinal (riado), cereal, pêssego, cereja, “verdolengo”, pera, laranja, chocolate, baunilha, açúcar caramelizado, queijo maturado e floral (herbal). Cada referência contém 25 doses (25 utilizações).

Para utilizá-lo, prepare o café filtrado e separe-o em amostras de 30 g. Adicione 4 gotas de uma determinada referência em uma amostra, misture e faça o cupping. Identifique as amostras de café com os mesmos números das respectivas referências. Deixe uma amostra sem referência, apenas com o café, para fazer alguma comparação.

O Kit de Sabores custa R$ 830 (pré-venda) e as entregas serão feitas a partir de 14 de junho. Em contribuição à pesquisa brasileira, 30% do lucro das vendas será destinado à compra de materiais de laboratório para a UFMG. O design do Kit foi feito pela artista Júlia Bertú.

Mais informações: www.instagram.com/thecoffeesensorium

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Café & Preparos

Resiliência e xícara na mão: Como a cena de cafés em São Paulo tem enfrentado os desafios da pandemia?

Foto: Giulianna Iannaco

Como está o setor das cafeterias na maior cidade da América Latina neste mais de um ano de pandemia de Covid-19? São Paulo já passou por diversas faixas neste período: amarela, laranja, vermelha, roxa. A cada mudança alteram-se as regras para os estabelecimentos, que oscilam entre os status “atendimento reduzido”, “apenas para viagem”, “só delivery” e “tudo aberto novamente”.

E neste vai e vem fecham-se comércios para sempre, como é o caso da Hey Coffee!. A cafeteria que disseminava (e democratizava) a cultura dos cafés especiais no centrão da cidade, mais precisamente na Rua Dom José de Barros, encerrou as atividades em janeiro de 2021. “Já tínhamos o sentimento de que as coisas não iriam melhorar no começo deste ano. E também tem todos os outros fatores, como negociar aluguel todo mês e trabalhar apenas com um funcionário na operação”, conta Tiago Munch, fundador da casa.

Hey Coffee!, cafeteria que disseminava os cafés especiais no Centro de São Paulo. Atividades encerradas em janeiro de 2021 – Fotos: Divulgação

Devido à sua localização, a Hey Coffee! dependia muito do fluxo de pessoas que trabalhavam ou passavam pelo centro da cidade. Com o isolamento, a cafeteria perdeu forças, e por não ter a estrutura adequada, não conseguiu depender apenas do delivery. “Tivemos uma queda de uns 70% no movimento logo quando reabrimos, em junho. Como os escritórios seguiram fechados, assim como o SESC e a Galeria do Rock, todo aquele entorno que a gente alimentava deixou de existir. Isso impactou muito. Foi muito difícil ter que lidar com o estresse de tudo isso e ter que montar a operação de uma forma que ela sobrevivesse com o pouco de dinheiro que estivesse entrando”, lamenta o empresário. A economia do País, o aluguel alto, as contas e a segunda onda de contaminações resultaram na decisão do fechamento da cafeteria.

Pontos tradicionais que funcionavam há anos na cidade da garoa também se despediram dos paulistanos neste último ano. Na famosa Alameda Lorena, a unidade do Suplicy Cafés Especiais deu adeus em agosto de 2020. A decisão teve grande repercussão nas redes sociais, uma vez que a cafeteria servia xícaras da bebida no ponto desde leia mais…

TEXTO Gabriela Kaneto

Café & Preparos

SCA confirma realização da Specialty Coffee Expo em 2021 nos Estados Unidos

Em anúncio divulgado nesta quarta-feira (5), a Specialty Coffee Association (SCA) confirmou a realização da Specialty Coffee Expo ainda este ano. Cancelada em 2020 devido à pandemia, a feira acontecerá entre os dias 30 de setembro a 3 de outubro de 2021, em Nova Orleans, nos Estados Unidos.

De acordo com a organização, o evento seguirá um novo protocolo de segurança contra a Covid-19. “Ao lado de expositores de longa data, os eventos da feira que retornarão incluem o Best New Product Awards, o Coffee Design Awards, o Roaster Village, o US Coffee Championship e mais”, escreveu Yannis Apostolopoulos, CEO da SCA.

As inscrições serão abertas em 1º de junho. “Queremos agradecer a todos que permaneceram comprometidos com a missão da SCA e da Specialty Coffee Expo no último ano. Estamos ansiosos para receber nossos expositores e participantes em Nova Orleans”, comemorou.

Mais informações: coffeeexpo.org

TEXTO Redação