Barista

Renato Gutierres

O barista de 31* anos se destaca com o trabalho em uma das principais cafeterias do País e a dedicação por compartilhar o universo do café com profissionais e entusiastas da bebida

Desde pequeno apaixonado por café, o barista Renato Gutierres tem se destacado cada vez mais na profissão. Formado em Propaganda e Marketing, há quatro anos e meio* ele trilha o caminho do café. Atualmente*, é barista e ministra os cursos do Coffee Lab, em São Paulo. Seu método preferido de preparo, no momento, é o espresso, processo rico em detalhes e que exige muita técnica do profissional. Campeonatos de barista não estão entre seus planos agora, mas compartilhar conhecimento nas aulas do Lab o motiva ainda mais a se desenvolver no mundo do café. Confira a entrevista exclusiva com o barista.

Como começou sua história com o café?
Um dia estava tomando café no Coffee Lab, quando a Isabela Raposeiras passou e começamos a conversar. Ela comentou que eles estavam precisando de um barista e eu achei que seria uma ótima oportunidade. Cheguei aqui sem saber absolutamente nada, porque o que eu aprendi em um curso foram treinamentos que mostravam coisas que poderiam acontecer na cafeteria. Agora o dinamismo, o dia a dia, é muito interessante. Então, o primeiro dia foi o tempo que eu tive para desmistificar o café.

Como é trabalhar com uma das profissionais mais importantes do mercado de cafés?
A Isabela Raposeiras é uma pessoa muito acessível. Eu fico impressionado com a forma como ela nos passa as informações sobre o café. Para mim, é um exemplo de dedicação. Ela se envolve e sente verdadeiramente este mundo.

Em sua opinião, existe alguma dificuldade que os baristas enfrentam hoje para seguir com a profissão?
Nós temos oportunidades infinitas com café. Talvez a maior dificuldade do barista esteja na maneira como nós nos enxergamos. O consumidor e os próprios baristas deveriam ter mais conhecimento da importância do Brasil para o mundo com relação ao café. Nós temos grãos de altíssima qualidade. Muitas vezes, eu vejo pessoas indo buscar o produto fora daqui sem necessidade. Precisamos nos posicionar de maneira diferente diante do mundo.

Renato compartilha seu dia a dia com café no perfil do Instagram @cafecomrenato. Acompanhe!

Você sente falta de provar grãos de diferentes regiões produtoras do mundo ou acredita que ainda temos o que descobrir e desenvolver com o café brasileiro?
Acredito que é importante para o barista ter referências sensoriais de tudo. Quando você conhece cafés de outros lugares e aprende coisas novas, é algo fantástico. Porém, não podemos deixar de olhar para o nosso mercado. Temos cafés com notas de altíssima qualidade e complexidade. Ainda temos muita coisa para explorar e valorizar no nosso produto.

Há algum profissional no mercado que você admira e te influencia de alguma maneira?
Admiro muito a Isabela e também o torrefador norueguês Tim Wendelboe. Acho muito interessante o que ele entende sobre o consumo e o jeito como ele se posiciona em relação ao café. Ele conhece todo o processo pelo qual o grão passa e o leva para o lado da ciência, o que me interessa bastante.

Qual o seu próximo passo na profissão?
Hoje* eu estou muito focado em desenvolver conhecimento. Muitas bebidas estão aparecendo, preparos diferentes, métodos novos e, por isso, tenho
muita coisa para aprender. Ministrar cursos é algo que me chama muito a atenção. Estou na fase de curtir isso e entender sobre o consumo do café.

*(Texto originalmente publicado em 2015 na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Alexia Santi/Agência Ophelia

Barista

É do Japão

Primeiro barista de um país asiático a vencer o campeonato mundial, o japonês Hidenori Izaki fala com a Espresso sobre sua inspiradora jornada no café e o sonho de ser campeão

Neste ano eu tive a sorte de julgar a final do World Barista Championship (WBC – Campeonato Mundial de Barista, em português), ou seja, tive a oportunidade de provar cafés feitos pelos seis melhores baristas do mundo. Foi assim que conheci Hidenori Izaki, barista japonês que saiu de Rimini, na Itália, com o título de campeão da competição 2014. Foi a primeira vitória de um barista asiático. Ao longo de sua apresentação, ele nos levou a uma jornada que foi além das três bebidas servidas (espresso, cappuccino e drinque de assinatura), criando uma experiência sensorial memorável. Conversamos com Hide, como ele é conhecido nos bastidores do WBC, sobre a sua trajetória e a conquista do título mundial.

Como você começou a trabalhar com café?
Bem, eu abandonei a escola no ensino médio, aos 17 anos, por causa do meu comportamento. Não tinha nada para fazer nem motivação para a minha vida. Tudo o que eu estava tentando fazer estava fora do meu controle naquela época. Nesse momento, meu pai, que trabalha na indústria como comprador de café verde, me disse que eu poderia trabalhar na cafeteria dele, chamada Honey Coffee, em Fukuoka, se eu realmente quisesse trabalhar nesse ramo. Esse foi o ponto de mudança para mim. Desde então, sou fascinado por café. Aos 19 anos, fui para a Universidade em Tóquio e trabalho na Maruyama Coffee desde então.

Você foi muito bem no campeonato do ano passado, em Melbourne, na Austrália, ficando em 13º lugar, perto das semifinais. O que você mudou na sua performance para alcançar o pódio neste ano?
É… Eu fiquei bem perto das semifinais. E outro ponto que queria mencionar é que eu fiquei, na verdade, com a mesma pontuação do 12º colocado, mas a minha pontuação de espresso foi inferior que a da 13ª posição. Foi por isso que eu perdi. Foi muito triste, mas eu passei por essa experiência e aprendi a importância de entender a definição de um bom espresso, o aspecto técnico, a seleção do grão verde, os níveis de torra, a apresentação, e assim por diante. Nós, basicamente, treinamos um ano para essa competição de apenas quinze minutos. Passa tão rápido, não? Mas nós não queremos fazer disso apenas quinze minutos. Nós queremos fazer disso os quinze minutos mais valiosos. Então, neste ano, eu treinei muito. Desde logo cedo pela manhã até a meia-noite, todos os dias, trabalhando na extração, na torra, no meu discurso, na minha pronúncia e no controle do tempo. Eu estava trabalhando muito, especialmente, para encontrar um tema forte para a minha apresentação, algo que eu realmente quisesse fazer em quinze minutos. Para mim, foi uma colaboração direta com o produtor e grande amigo Enrique Navarro, da Monte Copey Micro Mill, na Costa Rica, e o trabalho árduo com ele desde a origem.

Você teve a oportunidade de treinar com Pete Licata para essa competição. O que você aprendeu com ele e como o vencedor do campeonato de 2013 te inspirou como barista?
Eu conheço Pete há dois anos e treinei com ele por quase um ano, depois que ele ganhou o WBC do ano passado. Eu sempre o respeitei. Ele é humilde, apaixonado e um grande modelo de barista para a indústria. Ele é um mestre. Eu treinei muito porque tinha o sonho de receber o grande troféu no palco, das mãos dele, e queria provar que o que eu acreditava era a coisa certa a fazer nesse ramo. Eu aprendi muitas coisas importantes, então é difícil dizer especificamente, mas ele sempre me dizia: “Hide, o que você realmente quer alcançar em quinze minutos?”. Ele disse para mim: “Não faça o que você quer na sua apresentação, mas sim o que os juízes esperam de você. E compartilhe com eles sua felicidade em estar ali e a paixão que você tem pelo café”.

Durante o campeonato, o barista surpreendeu os juízes com as bebidas elaboradas e o cuidado na apresentação

Você pode nos contar um pouco mais sobre os cafés que utilizou na competição e como você trabalhou para explorar e destacar suas características?
Eu criei e usei dois cafés distintos com o produtor Enrique. O café focado em espresso é da fazenda La Mesa, localizada a 1.900 metros de altitude, da variedade typica, com processamento “red honey”, semelhante ao cereja descascado, com pequenas alterações no equipamento, mantendo uma quantidade maior de açúcar no grão, e secagem lenta. É doce como cana-de-açúcar, tem acidez cítrica como uma laranja doce, corpo macio e amargor de cacau. O café focado em cappuccino é da mesma fazenda, mesma altitude, mas da variedade caturra vermelho, com processamento natural e secagem lenta. É muito doce e tem um sabor único com leite. Eu acho que essa fazenda está localizada na mais elevada altitude da Costa Rica, pelo que eu sei, e especialmente neste ano as condições do cafeeiro e do solo foram muito boas. O açúcar da cereja do café teve um aumento e a densidade do fruto que afeta a intensidade do sabor na xícara também foi crescente por causa da drástica temperatura sofrida ao longo do dia até a noite.

Você trabalha para a Maruyama Coffee, uma das melhores empresas de café do mundo. Você sentiu a pressão de representar a companhia e também o seu país no campeonato? Eles te ajudaram a se preparar para a competição?
Honestamente, eu não senti pressão alguma, mas senti a obrigação de ganhar. No campeonato nacional, no Japão, tem sempre cerca de 160 baristas participando e tentando ganhar para representar o país. É sempre muito difícil ser um barista campeão japonês. Então, quando eu me tornei o campeão nacional, me senti representando todos os competidores que perderam. O WBC é nossa prioridade, então minha empresa sempre me apoiou bastante e me deixou focar o treinamento todos os dias. Meu sonho nunca seria alcançado sem a ajuda deles.

Foi a primeira vez que pessoas da Ásia conquistaram a primeira e a segunda colocações no campeonato. Como você se sente sendo o primeiro campeão asiático e japonês? O que você espera que mude nesses mercados com essa grande vitória?
Ser um barista campeão mundial nunca foi só um sonho meu, mas também de países asiáticos. Eu sempre sonhei em um dia ser o primeiro barista asiático campeão mundial. Então, quando eu ouvi meu nome, não pude acreditar… Eu estava ganhando o troféu das mãos do meu respeitado mestre, Pete Licata. Acho que consegui mostrar que eu tinha paixão pelo café e dedicação a ele; a língua, de maneira alguma, foi uma barreira. Eu penso que essa vitória vai motivar países asiáticos a aprender mais sobre café e vai dar a eles a fé de que, se você trabalhar muito, pode alcançar qualquer coisa que quiser na indústria do café.

Você tem algum conselho para os baristas que buscam participar do WBC?
Não esqueça a sua paixão pelo café e dedicação a ele. Pergunte a você mesmo: você ama café? E se sim, por que você ama café? Por que você quer compartilhar essa paixão? Na apresentação tudo se resume a lógica, paixão e algo que você realmente quer dizer. Na rotina de campeonato, você precisa estar consciente de que 0.5 ponto de diferença decide quem ganha. Tenha a certeza de que a coisa mais importante é a qualidade do café na xícara, porque simplesmente você é um barista. Você precisa extrair o melhor espresso que puder. Um espresso de qualidade é contar aos juízes a sua história diretamente no coração deles. Vá em frente! Se você realmente deseja, pode alcançar qualquer coisa.

CAMPEONATO MUNDIAL DE BARISTAS – 2014

Campeão: Hidenori Izaki, Japão
2º lugar: Kapo Chiu, Hong Kong
3º lugar: Christos Loukakis, Grécia
4º lugar: Craig Simon, Austrália
5º lugar: Maxwell Colonna-Dashwood, Reino Unido
6º lugar: William Hernandez, El Salvador

(Texto originalmente publicado em 2014 na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Danilo Lodi • FOTO Lucas Albin/Agência Ophelia

Barista

Will Coffee: na ponta do coração

Em Contagem, casal transformou a casa de família em referência de cafeteria, experiência e atendimento em Minas Gerais: “O café precisa do detalhe”

Um quarto e uma ideia na cabeça. Assim começou o sonho de um casal na região metropolitana de Belo Horizonte. Na própria residência em Contagem, enquanto conversava sobre café e como poderia ganhar a vida, o casal Marcos e Michele teve um impulso: transformar o próprio quarto em que eles dormiam em uma cafeteria. O que pareceu loucura em um primeiro momento se tornou a realidade deles dias depois. Aproveitando o estilo professor Pardal de Marcos, mais conhecido como Will, o espaço diminuto ganhou nova cara: balcão, mesinhas, alguns quadros e muita dedicação ao tema café, ações que deram vida à Cafeteria Will Coffee.

Marcos era técnico de manutenção industrial havia dezessete anos e um estudioso de café. “As pessoas me achavam chato, porque nas rodinhas de amigos, enquanto falavam de futebol, eu queria falar de café.” Como não tinha condições de abrir uma cafeteria nos moldes tradicionais, em ponto movimentado e com grandes investimentos, o casal resolveu: “Vamos abrir aqui mesmo, fora do eixo até da minha cidade”. Eles começaram, em 2012, com uma máquina de cápsulas em um ambiente que continuava com cara de casa e, segundo, Marcos, “não tinha nada de cafeteria”.

“Nos primeiros dias vendemos 115 cápsulas. Eu ia à rua e convidava as pessoas para entrar na minha cafeteria: ‘Você gosta de café?’. Saía com uma garrafa térmica e pão de queijo e oferecia às pessoas até no banco. Elas me viam como ridículo, eu sei. Eu não via, estava fazendo o que meu coração e minha intuição mandavam. Loucura cada um tem uma, a minha loucura conseguia ver lá na frente, mas as outras pessoas não.” Em seis meses a ação de Will deu resultado e as pessoas começaram a visitar a cafeteria, principalmente os jovens da região.

Depois de um ano de cafeteria, Will investiu em uma máquina de espresso superautomática, ao fazer um curso de barista com a profissional Alda Barroso. “Eu não tinha café bom no começo, depois fui evoluindo. Você tem que valorizar cada momento em que está. A minha empolgação é igual até hoje. É muita história que aconteceu aqui em pouco tempo.”

A energia do casal e o brilho nos olhos são percebidos logo ao entrar. Os clientes são conhecidos pelo nome, e ai deles se não forem recebê-los e cumprimentá-los ao entrar e sair da cafeteria. Ali todos querem se sentir parte da família. Aliás, Will é o apelido de Marcos desde pequeno, em homenagem a Will Robinson, da série Perdidos no Espaço, uma família que viajava a bordo de uma nave. Nada peculiar, assim como a história dele.

Experiência de servir
Depois de participar da Semana Internacional do Café, em 2013, Will e Michele começaram a conhecer outros produtos de qualidade e passaram a escolher com minúcia o que iam servir. Will fez cursos na Academia do Café, em Belo Horizonte, e começou a desenvolver os métodos de preparo. Até a cerimônia do café turco eles realizam, com hora marcada, com um utensílio ibrik de 230 anos que ganharam de uma amiga.

A cafeteria tem várias peculiaridades, uma delas é que a porta fica fechada e os clientes chegam por indicação. As mídias sociais ajudam a divulgar e os depoimentos dos consumidores que frequentam são o chamariz para os próximos clientes. Muitos estrangeiros, turistas e moradores da cidade chegam para conhecer o espaço. A experiência começa já ao subir as escadas estreitas que, nas laterais, têm livros sobre o tema. No primeiro salão tudo é feito por Marcos, desde a miniatura da própria cafeteria até quadros e copos customizados. No cômodo ao lado, uma ampliação do projeto original, várias mesas e sofás e fotos de diversos lugares pelo mundo dão um ar aconchegante ao lugar, que funciona das 2 da tarde às 10 da noite.

Os métodos ganham releituras e novos acessórios de madeira auxiliam no momento de preparar a bebida na mesa, uma das experiências de quem visita a casa. “O café, quanto mais você sabe, mais te dá uma sensação de ignorância. Estou sempre procurando novas informações e cursos”, diz Will. As ideias dele para montar as invenções “nascem do nada”, segundo o próprio barista. A aeroprensa foi uma delas: o utensílio é de madeira, onde se encaixa a aeropress e, por meio de uma manivela, o café recebe a pressão e é servido ao cliente.

Michele, esposa de Will há nove anos, está todo o tempo ao lado do barista-artista-inventor. É ela quem faz também o atendimento, drinques e frapês e, claro, controla as finanças do empreendimento. “A Will Coffee não é só uma cafeteria. Ela tem um lado humano muito forte.”

O próximo passo é começar a torrar o próprio café e intensificar os cursos para os apreciadores. Depois de quatro anos de funcionamento, hoje já contam com o primeiro funcionário, o barista Douglas Condé. Para Will, “tudo tinha que acontecer agora, que existe um cenário para o café especial no Brasil”. Ele acredita que talvez a ideia não tivesse vingado anos atrás. Já Michele explica que “o sonho é que a Will Coffee se torne um ponto de encontro”. Vamos avisá-los: esse sonho já foi alcançado, não é mesmo?

ONDE ENCONTRAR O BARISTA
Rua Rio Marabá, 146 – Contagem (MG)
cafeteriawillcoffeebrasil

(Texto originalmente publicado em 2015 na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Mariana Proença • FOTO Bruno Lavorato

Barista

Campeonato de Aeropress tem lista de espera e outras atrações

Em 27 de maio, o Sítio Santa Rita receberá 27 baristas para competirem no Campeonato Brasileiro de Aeropress, a terceira edição nacional. Além dos inscritos que já foram anunciados anteriormente, a organização tem 10 participantes que entraram na lista de espera. O evento é aberto ao público que quiser assistir a competição.

A lista segue o mesmo princípio: são os 10 primeiros inscritos após os 27 classificados. Esses irão participar caso algum dos 27 não possa, seguindo a ordem de inscrição. “A organização do campeonato entrará em contato por e-mail com os 10 participantes da lista de espera para informar como funcionará”, comunica Fred Ayres, anfitrião do concurso.

Lista de espera por ordem de inscrição:

Vagner Soares Benezath (Vitória-ES) Kaffa Cafeteria
Eraldo Pereira dos Santos (São Paulo-SP) Espresso Arte Café
Leonardo Correia Ribeiro (São Lourenço-MG) Unique Cafés Espéciais
Thomas Kossar (Curitiba-PR) Supernova Coffee Roasters
Daniely Gomes Soares (Fortaleza-CE) Amika Coffee House
Priscila Valero (Curitiba-PR) Verd&Co
Pedro Paulo Santos Santiago (Niterói-RJ) Amador
Thiago de Oliveira Sidney Viana Dias (Pedregulho-SP) Sol Panamby
Fernando Lopes da Silva (Santo André-SP) 1268 Café
10º Hélio Pedro do Nascimento (Macaé-RJ) Amador

O evento será aberto para todos. O público visitante do campeonato terá a oportunidade de, além de conhecer o sítio produtor de café, adquirir algumas lembranças desta edição. Acesse o link para saber mais sobre o local e como chegar.

O cartaz, com a arte criada pela Casa da Joana, está à venda no site ou durante o campeonato. Idealizado pela publicitária Roberta Calazans e o artista plástico Rogério Campos, o cartaz tem como objetivo levar toda a sofisticação do método de extração aeropress para a “roça”, como um reencontro às raízes. “No desenho do cartaz, deixamos de lado o cinza das grandes cidades e abrimos espaço para a explosão de cores do cafezal em produção. A xícara de ágata colorida, as montanhas, o verde, a hospitalidade e o café do Caparaó nos inspirou para a realização desse trabalho”, conta Rogério. O cartaz está a partir de R$ 62 e há ainda outros cartazes e artes sobre café no site da Casa da Joana.

Também estará à venda no local e por e-mail (campeonatodeaeropressbrasil@gmail.com) a caneca comemorativa do campeonato. O valor é de R$ 30 e a renda é destinada à realização do campeonato.

O evento tem o patrocínio máster da Atilla, patrocínios da Mahlkönig e Semana Internacional do Café e apoio de Na Casa da Joana, Holp&Cold, Flavors, Rangel, Inque Comunicação Visual, Quatá, Astarica Bazacas, Armazém Caparaó e mídia oficial Revista Espresso.

TEXTO Mariana Proença • FOTO Divulgação

Barista

Saiba quem são os baristas que participarão do Campeonato Brasileiro de Aeropress

Depois de mais de 100 e-mails, sendo 50 só no primeiro minuto, foram anunciados os 27 sortudos que irão participar do Campeonato Brasileiro de Aeropress 2017, no Sítio Santa Rita, localizado na Serra do Caparaó (MG).

Confira a lista em primeira mão!

ADRIENE PEREIRA COBRA COSTA SOUZA – OOP COFFEE – BELO HORIZONTE (MG)
ALEXANDRE FIDELIS FREITAS LEAL – ACADEMIA DO CAFÉ – BELO HORIZONTE (MG)
AMANDHA MACEDO LOCATELL – RAUSE CAFÉ – CURITIBA (PR)
ANA CAROLINA DOS SANTOS SALVADORI – CAFÉ DU COIN – CASCAVEL (PR)
ANTONIO LUIZ MATARAZZO LISBOA SANTOS – AMADOR – CACONDE (SP)
CAMILA FRANCO DE SOUZA – LUCCA CAFÉS ESPECIAIS – CURITIBA (PR)
DANILO AVELLANEDA PAJOR – MARIE MARIE BAKERY – SÃO PAULO (SP)
EDUARDO HENRIQUES GABRIEL DOS SANTOS – KAFFA TORREFAÇÃO CAFÉS ESPECIAIS – ESPERA FELIZ (MG)
ELIABE BASTOS BANCA – FULL BEARD COFFEE – CAMPOS DOS GOYTACAZES (RJ)
EMERSON DO NASCIMENTO BEZERRA – CURTO CAFÉ – RIO DE JANEIRO (RJ)
GUILHERME LOUREIRO MOREIRA – HAVE A COFFEE/COLETIVO CAFÉ – VENDA NOVA DO IMIGRANTE (ES)
HUGO SOUSA ROCCO – MOKA CLUBE – CURITIBA (PR)
JEFERSON SILVESTRE DEOCLÉCIO – ZAYIN CAFÉ – VITÓRIA (ES)
JOÃO MARCELO CASARINI VIEIRA – ISSO É CAFÉ – SÃO PAULO (SP)
JORGE AUGUSTO ICHASO – FJORDLAND – HEIMEN COFFEE – DOMINGOS MARTINS (ES)
LEONARDO DA SILVA GONÇALVES – SOUL BARISTA – RIO DE JANEIRO (RJ)
MARCELO RIBEIRO SILVA – OBJETO ENCONTRADO – BRASÍLIA (DF)
MARCOS WELINGTON GOMES – CAFÉ FAZENDA NINHO DA ÁGUIA – MANHUAÇU (MG)
MARIA ANTONIA MION DE FREITAS – SUPERNOVA COFFEE ROASTERS – CURITIBA (PR)
MARÍLIA RAMPINELLI BALZANI – AMADORA – BELO HORIZONTE (MG)
PEDRO MARCONDES ANDRADE P. S. C. KALIL – STELLA CAFÉS ESPECIAIS – GUARATINGUETÁ (SP)
RAFAEL AUGUSTO RODRIGUES DE ARAUJO – OKA NOSSA – RIO DE JANEIRO (RJ)
RAFAEL BOSCO – ISSO É CAFÉ – SÃO PAULO (SP)
RAPHAEL ANGELO SOARES DE SOUSA – FAF/ISSO É CAFÉ – SÃO PAULO (SP)
RENATA CEZAR DO AMARAL – ESTAÇÃO BARISTA – MATINHOS (PR)
ROBINSON TAKESHI KIMURA – NANO CAFÉS ESPECIAIS – SÃO PAULO (SP)
TATIANA DE MEDEIROS GIACOMEL – CLANDESTINO CAFÉ E MÚSICA – BRASÍLIA (DF)

O evento tem o patrocínio máster da Atilla, patrocínios da Mahlkönig e Semana Internacional do Café e apoio de Holp&Cold e Na Casa da Joana e mídia oficial Revista Espresso.

TEXTO Da Redação • FOTO Divulgação

Barista

Campeonato Brasileiro de Aeropress recebe inscrições hoje

Como nos anos anteriores, a organização recebe em horário marcado os formulários. Os primeiros 27 enviados que cumprirem com os requisitos do regulamento participam da competição.

Hoje, 27/3, o Campeonato Brasileiro de Aeropress recebe as inscrições, às 20h (em ponto), horário de Brasília. Para adiantar a sua inscrição, baixe o formulário, preencha, salve e aguarde a hora de envio. Em 2016 as inscrições fecharam automaticamente em três minutos.

Veja o formulário de inscrição

Pode participar da competição qualquer brasileiro que esteja apto a se descolar por conta própria ao evento, após a aprovação da pré-inscrição. As regras atualizadas estão neste link.

leia mais…

TEXTO Da redação • FOTO Olivia D'Agnoluzzo

Barista

Hugo Rocco – O Brasil é bronze

O País alcançou uma das melhores posições em um campeonato internacional de café. Hugo Rocco, do Moka Clube, de Curitiba, conquistou o terceiro lugar no Campeonato Mundial de Aeropress, realizado em junho, em Dublin, na Irlanda

Para entender como foi essa história, é preciso voltar alguns meses, quando Hugo foi o vencedor da segunda edição do Campeonato Brasileiro de Aeropress e ganhou o direito de representar o Brasil no mundial. Realizado em março, em Curitiba, o evento nacional e itinerante teve a participação de 27 competidores, de sete estados do Brasil, que disputaram a melhor receita para o café do produtor José Renato Alves, um grão cereja descascado
da variedade catuaí, colhido e beneficiado em 2015, na Fazenda Vista Alegri, em Piatã (BA). O evento foi organizado pela Terceira Onda Consultoria em Café e pela 4Beans Coffee Co.

O BRASIL EM DUBLIN
O Campeonato Mundial de Aeropress é bem descontraído e, na Irlanda, não seria diferente. O evento proporciona a troca de conhecimento entre baristas, além de reunir cinquenta competidores de países diferentes, que preparam receitas distintas para o mesmo café. Neste ano, o grão escolhido foi da Colômbia, região de Huila, variedade bourbon amarelo, torrado pela Workshop Coffee, de Londres.

O objetivo da competição é premiar o melhor preparo no método Aeropress. Para isso, quatro juízes votam às cegas nos melhores cafés de cada rodada. Eram quatro competidores e um apenas seguia para a próxima fase. Entrevistamos o barista Hugo, proprietário do clube de assinatura Moka Clube, fundado em 2012, que nos contou da sua experiência em terras irlandesas.

Como foi seu treinamento? Quais sabores do café você quis destaca com a receita escolhida?
O treinamento se misturou com a paixão que eu desenvolvi pela Aeropress. Assim que decidi participar do campeonato nacional, em fevereiro deste ano, fiquei fascinado pelos diferentes resultados que a Aeropress entrega, mudando as variáveis do preparo. A cada preparo eu imaginava como seria o próximo, para que o resultado ficasse ainda melhor. No caso do café do campeonato mundial, foi a primeira vez que eu tomei um café colombiano em que a acidez se destacava do corpo. Por isso, meu objetivo na receita foi a acidez em primeiro plano e a doçura em segundo.

Como foram as rodadas?
Foram três rodadas, com quatro participantes cada. A primeira foi contra Inglaterra, Irlanda e Romênia, e os quatro juízes votaram na minha xícara. Na segunda, eu estava tão focado que acabei não vendo contra quem estava disputando e o resultado foi unânime mais uma vez. A final foi entre Brasil, França, Holanda e Polônia.

Qual a emoção de conquistar o terceiro lugar no campeonato?
Por ser a primeira vez que eu entrei em uma competição, ganhar o campeonato nacional foi uma grande surpresa e a afirmação de que estou no caminho certo quando escolhi trabalhar com café. Trazer esse resultado para o Brasil foi uma forma de agradecimento a todos os que me ajudaram a estar lá, à minha família e em especial ao Eystein Veflingstad, da Terceira Onda Consultoria de Café, que fez um grande esforço para organizar o Campeonato Brasileiro de Aeropress.

Qual dica você daria para um barista que quer se preparar para uma competição?
Estudem sobre as variáveis principais da extração e foquem o que realmente faz a diferença.

Como você começou a se interessar por café?
O interesse surgiu em 2008, quando eu morava em Londres e percebi que os cafés brasileiros eram gostosos e bem diferentes do que costumávamos tomar por aqui. E a paixão surgiu quando voltei e fui conhecer uma fazenda produtora de café especial.

Quais são os seus projetos futuros e novos lançamentos?
Gostei muito de competir. Pretendo me preparar para manter o título de campeão brasileiro de Aeropress e alcançar o primeiro lugar no mundial em 2017. Para o Moka Clube, nossa próxima novidade é um espaço dedicado ao café, com torrefação, brew bar, salas de curso e parque de diversões para baristas.

Resultado do Campeonato Mundial de Aeropress 2016

1º lugar Filip Kucharczyk (Cafe Targowa), Wrocław, Polônia
2º lugar Jerome Dittmar, jornalista, Lyon, França
3º lugar Hugo Sousa Rocco (Moka Clube), Curitiba, Brasil

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

FOTO Cibele Rocha

Barista

Inédito! Campeonato Brasileiro de Aeropress 2017 será em fazenda de café

aeropress-cartaz

Após o primeiro World Barista Championship, lançado em 2000, em Monte Carlo, Mônaco, os cafés especiais ganharam mais visibilidade. Hoje, campeonatos paralelos e variados métodos de preparo alavancam a carreira de baristas.

No meio de tantos concursos que foram surgindo, como as competições de preparo, degustação, latte art, torra, café turco e até de drinques alcoólicos à base de café, apareceu uma modalidade competitiva que chamou muito a atenção dos apaixonados por esse universo.

Por se tratar de uma competição mais leve e livre de protocolos, o Campeonato Mundial de Aeropress destacou-se na nova geração de baristas. Com uma comunicação dinâmica que dispensa o julgamento de formalidades técnicas, o concurso tem como critério-chave o resultado final da bebida na xícara, tendo por objetivo a alta qualidade do café elaborado. Todos os competidores recebem o mesmo café e criam uma receita para ele. Três juízes votam, às cegas, no melhor da rodada e o barista escolhido passa de fase, até chegar ao campeão.

No Brasil, o primeiro Campeonato de Aeropress foi realizado em março de 2015, em São Paulo, no studio do Isso É Café, e teve como vencedor o barista Edgar Martins, da cafeteria Urbe Café Bar. Já o segundo aconteceu em Curitiba, no Nex Coworking, e o primeiro colocado foi Hugo Rocco, do Moka Clube. Todos são organizados pela Terceira Onda Consultoria em Café, de Eystein Veflingstad.

campeonato de aeropress

Esse ano, o 3º Campeonato Brasileiro de Aeropress acontecerá no dia 27 de maio, às 15h, no Sítio Santa Rita, localizado no município de Espera Feliz, divisa dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, na região de Serra do Caparaó. Será o primeiro campeonato dessa categoria no mundo a ser realizado em uma fazenda produtora de café.

Enquanto os baristas competem, os patrocinadores poderão exibir seus produtos em estandes e interagir com o público. Com grande procura nos anos anteriores, este ano as camisetas, canecas e cartazes do evento contam com a arte do escritório de design Na Casa da Joana. Além disso, acontecerão apresentações artísticas e comercialização de bebidas, comidas e souvenires.

Os primeiros 27 baristas inscritos irão competir e o grande vencedor representará o Brasil no World Aeropress Championship, também neste ano, com direito a passagem e estadia em Seul, na Coreia do Sul. Os juízes serão Bebel Silva Hamu, da torrefação AHA Coffee, Jhone Milanez B. Lacerda, do Sítio Santa Rita e Eystein Veflingstad, campeão da versão norueguesa do campeonato de 2014 e organizador do evento no Brasil.

Produzido em solo capixaba, a 1.250 metros de altitude, o grão utilizado na competição será o da variedade caparaó amarelo, do Sítio Santa Rita. Com secagem lenta e controlada pelo cafeicultor Jhone Lacerda, será torrado pelo barista Fred Ayres, d’A Cafeteria, especialmente para o evento.

campeonato de aeropress

As fichas de inscrição estarão disponibilizadas em breve pela organização e devem ser enviadas para o e-mail campeonatobaristadeaeropress@gmail.com, no dia 27 de março, a partir das 20h, horário de Brasília. Não serão aceitas as fichas enviadas antes deste horário.

Mais informações: facebook.com/aeropressbr e instagram.com/campeonatodeaeropress_br

TEXTO Redação • FOTO Olivia D'Agnoluzzo

BaristaMercado

Campeonato de Cup Tasters será realizado em Varginha (MG)

A Brazil Specialty Coffee Association, responsável pelas etapas nacionais de seleção para os campeonatos de barismo, está aceitando opiniões do público para definir os locais onde serão realizados os campeonatos de Coffee In Good Spirits, Latte Art e Brewers, que terão suas fases internacionais em Budapeste, na Hungria, no mês de junho.

A categoria Cup Tasters, após a parceria com o Via Café Garden Shopping, será realizada em Varginha (MG), onde será cedido o espaço para o evento, preços diferenciados de hotéis para os competidores e promoções de alimentação no shopping. A data não foi divulgada.

Para quem se interessar em participar das competições e quiser dar sua opinião sobre possíveis locais, ou que prefere que todos os eventos sejam em Varginha (MG), a BSCA está recebendo mensagens pelo inbox da página do facebook da BSCA até o dia 6 de março.

Cup Tasters 2017

TEXTO Da Redação • FOTO Érico Hiller/Café Editora

Barista

Belo Horizonte desponta com opções de cursos de café

Copa Barista / Vitor Macedo

São muitas as opções para apaixonados por café e também alguns cursos avançados. Veja qual se encaixa no seu perfil e aprenda com especialistas na capital mineira. Conheça algumas opções para os próximos dias:

Felipe Brazza - BrunoLavorato

Programação
Workshop de técnicas de Latte Art e Cappuccino
Data: 29/1
Baristas Mauricio Rodriguez Carrasco e Felipe Brazza
Conteúdo:
• Como preparar Cappuccino Italiano
• Vaporização correta e suas diferenças
• Tipos e diferenças de leite
• Pasteurização
• Técnicas de arte e desenhos no leite
Carga horária: das 9h às 14h
Local: Café das Amoras
Mais informações e inscrições: (31) 3566-8252 ou beba@cafedasamoras.com.br

Copa Barista -VitorMacedo-0366

Workshop – Métodos de Extração
Data: 4//2
Instrutores: Ivan Totti e Julia Fortini Souza
Um workshop que ensina sobre os métodos de extração do café. Você aprenderá mais sobre os métodos de preparo do café, podendo provar a diferença do mesmo grão extraído em métodos distintos.
Carga horária: das 10h às 12h
Local: Academia do Café
Mais informações e inscrições: www.academiadocafe.com.br

Copa Barista - VitorMacedo

Curso de Torra – Módulo I
Data: 7,8 e 9/2
A torra é uma arte, uma ciência. É necessário muita habilidade, atenção e conhecimento para se ter uma torra ideal. No curso de Torra módulo aprenda como torrar um café por perfil, aprendendo sobre a temperatura, o tempo e as etapas de uma torra ideal. Cada aluno terá oportunidade torrar e provar o café para desta forma avaliar para chegar ao ponto ideal da torra. O curso, através da teoria e da prática, oferece os preceitos básicos para o domínio da arte de torrar o café.
Carga horária: das 9h às 18h (dias 7 e 8/2) e das 9h às 13h (dia 9/2)
Local: Academia do Café
Mais informações e inscrições: www.academiadocafe.com.br

Veronica Belchior - VitorMacedo

Pós-graduação em cafés especiais
Data: a partir de março/2017
Verônica Belchior é louca por café e entrou para o mundo da pesquisa sobre tema há alguns anos. Com o certificado de Q-grader, barista, bióloga, mestre em Ecologia e doutoranda em Ciência de Alimentos, ela tem como tema de estudo a correlação entre a análise sensorial de cafés especiais e a composição química destes cafés. A profissional está a frente da coordenação da nova pós-graduação em Tecnologia da Produção de Cafés Especiais no UniBH, em Belo Horizonte (MG), que será lançada em março de 2017 e está com inscrições abertas.
Local: UniBH
Mais informações

Fique de olho também na agenda da Cafeteria Will Coffee.

TEXTO Da redação • FOTO Vitor Macedo/Café Editora