Um brasileiro na Bolívia

Minha experiência na Bolívia começou em meados de 2015. Eu não tinha a mínima ideia do que ia encontrar, mesmo depois de diferentes vivências cafeeiras em diversas partes do Brasil e da Argentina. Tive um rico aprendizado em Buenos Aires, que começava a entrar de fato na onda dos cafés especiais. Minha passagem por lá foi muito rica, principalmente na pioneira Coffee Town, que contava com cafés de vinte países.
Quando a Coffee Town resolveu iniciar o projeto de abrir a primeira franquia de grãos especiais, em Santa Cruz de La Sierra, surgiu a oportunidade de uma nova fase: começar uma cafeteria do zero em uma cidade que ainda não estava preparada para tal. Na Bolívia existe o hábito do consumo de café destilado, torrado com açúcar e preparado em um filtro de metal com uma concentração muito alta. O resultado é uma bebida bem escura e densa diluída em água quente. É bem comum ver pessoas de todas as idades tomando essa bebida no fim da noite, sentadas na praça principal da cidade.
Quando apresentamos o menu com opções de diferentes métodos e diferentes origens, como Etiópia, Quênia e Papua Nova Guiné, alcançamos um público curioso que passou a propagar e alavancar as vendas na cafeteria; e isso despertou também o mercado da região.
Nesse período, tive o privilégio de conhecer uma família produtora e exportadora de café, a Agricafe Bolívia, que também conta com uma torrefação, Cafe Buena Vista, a maior do país em café gourmet. Fui convidado a trabalhar com eles no controle de qualidade. leia mais…
















