Mercado

illycaffè adiciona grão da Costa Rica à sua seleção de arábicas

Apresentada pela primeira vez em 2018, a linha illy Arabica Selection, da illycaffè, contém produtos que são dedicados às origens dos aromas individuais que compõem a mistura illy. Agora, a marca italiana anunciou o lançamento do Arabica Selection Costa Rica, sexto café de origem única pertencente ao Arabica Selection.

Os especialistas da illy, em conjunto com os laboratórios de pesquisa internos AromaLab, SensoryLab e Food ScienceLab, desenvolveram um perfil de torra para cada café da linha, refinando a expressão de cada terroir individual.

Como resultado, suas melhores safras na Etiópia, Colômbia, Brasil, Guatemala, Índia e agora na Costa Rica visam oferecer o sabor e o aroma singulares de cada origem e celebrar suas características únicas.

Organizada em uma escala de intensidade, do mais delicado ao mais robusto, as embalagens da linha Arabica Selection são dimensionadas em tons de terra para distinguir seu perfil leia mais…

TEXTO As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin

Cafeteria & Afins

Abigail Coffee Co. – Campinas (SP)

Com vontade de expandir o consumo de cafés especiais em Campinas, o publicitário Diego Suzuki, o comprador de insumos Leandro Vital, o gerente de marketing Gabriel Agrelli e a coordenadora comercial Fernanda Pizol decidiram criar um lugar que propiciasse conversas regadas a bons cafés. O universo dos grãos era algo próximo da realidade dos quatro. Gabriel e Fernanda, por exemplo, fazem parte da equipe da Fazenda Daterra Coffee, conhecida por seu trabalho baseado em sustentabilidade e inovação.

A partir dessas pecinhas soltas, o quebra-cabeça da Abigail Coffee Co. foi montado, e, em dezembro de 2018, a cafeteria foi inaugurada. “Todo o cardápio, a decoração e o conceito foram decididos para destacar o café”, explica Diego. O ambiente é amplo, e os espaços internos e externos contam com mesas e sofás para quem quer aproveitar o momento enquanto toma uma xícara de café.

Sete grãos à disposição

Os grãos e blends são produzidos pela Daterra, localizada na cidade de Patrocínio (MG), torrados pela própria fazenda ou pelo pessoal da Nossa Casa Café, que fica em Amparo (SP). Segundo Diego, a cafeteria trabalha periodicamente com cafés de torrefações internacionais, como a dinamarquesa La Cabra.

Quem frequenta a Abigail pode escolher entre os métodos hario v60, clever, aeropress, chemex, gina (equipamento moderno de café coado produzido na Dinamarca) e espresso, tirado de uma La Spaziale. “Também somos a única cafeteria na cidade a ter o Fredo, bebida grega preparada por uma máquina específica que transforma o espresso em cremoso com gelo”, ressalta Diego. A casa também dispõe de chá de cáscara, preparado com a casca do café.

Em relação às comidinhas, grande parte dos doces é produzida na própria cozinha, e os demais vêm de fornecedores artesanais locais. Algumas das alternativas são brownies, cookies, tortas, bolos, brigadeiros e pães de mel. Entre os salgados há opções como toasts, quiches, empadas, pães de queijo e, às sextas-feiras, pães de fermentação natural, feitos pela Trighum.

*Horário sujeito a alteração devido às adaptações das atividades comerciais às circunstâncias da pandemia de Covid-19.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Avenida Coronel Silva Telles, 165
Bairro Cambuí
Cidade Campinas
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://www.instagram.com/abigailcoffeeco/
Horário de Atendimento De segunda a sexta, das 9h às 19h; sábado, das 9h às 17h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Anderson Kagawa

Mercado

Cafeteria do ES oferece desconto aos clientes que tomarem a 1ª dose da vacina contra Covid-19

Uma coisa é fato, a pandemia de coronavírus desestabilizou não só as nossas vidas pessoais, como o mercado num todo. E o setor cafeeiro não ficou de fora. De março de 2020 pra cá, muitas casas já abriram e fecharam, mudaram seus estilos de atendimento, dispensaram funcionários, aderiram às entregas e ao e-commerce. Todas as ideias são válidas para fazer com que o negócio sobreviva.

A luz no fim do túnel tem sido a vacina de Covid-19. Com ela em mente, o empresário Vagner Benezath, proprietário da Kaffa Cafeteria, de Vitória (ES), pensou em unir o útil ao agradável, incentivando as pessoas a tomarem as doses (assim que possível!) em troca de algo muito especial: desconto no café.

“Meu pai, mesmo com 71 anos, atende em UTI de Covid na minha cidade natal, Colatina. A vacinação dele foi motivo de grande alegria e alívio para mim”, explica Vagner. “Ao ter em mãos a carteirinha dele e vendo todo esse negacionismo com as vacinas, pensei que a promoção seria uma forma de celebrar essa luz no fim do túnel que temos agora”, completa.

O sistema é simples. Após receber a famosa picadinha, basta apresentar sua carteirinha de vacinação na Kaffa para ter direito aos 10% de desconto na compra dos pacotes de café. “Café é sempre uma celebração, em casa com a família ou na rua com amigos, e a vacina é essa liberdade para todos que teremos em um futuro próximo”, comenta o empresário.

Por enquanto, a promoção é válida até o dia 30 de junho, podendo ser estendida de acordo com o andamento da vacinação no País. No Instagram, rede social que Vagner usou para divulgar a ideia junto a uma foto da carteirinha carimbada de seu pai, o público foi positivo. “A vacina é o único caminho para o fim da pandemia”, escreveu no post.

“Comunicar o que você pensa hoje em dia é super importante. Em um mundo polarizado e em meio a pandemia, queremos estar com quem caminha junto, pela ciência e pela vida do próximo”, finaliza Vagner. Fica aí a dica de iniciativa para outras cafeterias espalhadas pelo Brasil!

TEXTO Gabriela Kaneto

Café & Preparos

A xícara do Museu: conheça as peças vencedoras do concurso realizado pelo Museu do Café

Na esquerda, a xícara vencedora da categoria utilitária, feita por Cristina Rocha. Na direita, a vencedora da categoria artística, produzida por Nadia Saad

Lançado em março para comemorar os 22 anos do Museu do Café, localizado em Santos (SP), o concurso “A xícara do Museu” recebeu 142 inscrições de artesãos, artistas e ceramistas de todo o Brasil.

As peças foram analisadas por uma comissão de avaliação presidida pela ceramista Hideko Honma e formada por representantes do grupo Cerâmica Contemporânea Brasileira (CCBRas), que selecionou as dez finalistas da competição.

A cerimônia de premiação aconteceu em outubro. Na categoria artística, Nadia Saad foi a grande vencedora, enquanto que na categoria utilitária o prêmio foi para Cristina Rocha.

Até o dia 31 de janeiro, os trabalhos de todos os aprovados para a segunda fase do concurso vão ficar expostos no Museu do Café e, em breve, as peças vencedoras serão comercializadas na loja do museu.

Mais informações: museudocafe.org.br

TEXTO Redação • FOTO Gino Pasquato

Café & Preparos

5 métodos práticos de fazer café para você ter em casa

Café vai bem a qualquer momento do dia, não é mesmo? Por isso, é importante que você tenha em mãos os utensílios certos para preparar aquela xícara boa sempre que bater a vontade. Para te auxiliar no momento da extração, separamos 5 equipamentos práticos para ter em casa que vão te proporcionar uma excelente bebida!

1- Clever

Foto: Gabriela Kaneto

Criada em 2010, em Taiwan, a Clever é uma mistura entre a extração da prensa francesa com a do filtro de papel. Seu sistema não goteja a bebida ao mesmo tempo em que a água é jogada sobre o pó, uma vez que seu porta-filtro é vedado embaixo através de uma trava, que só é liberada quando o método é colocado sobre um recipiente, como, por exemplo, uma jarra ou xícara.

Essa vedação permite com que o usuário brinque com o tempo de infusão, podendo deixar o café em contato com a água por mais ou menos tempo, obtendo diferentes características na bebida final. Para usar a Clever é necessário ter também o seu filtro de papel. O método é vendido em acrílico e pode ser encontrado em dois tamanhos (300 ml e 500 ml).

Moagem: média
Filtro: papel
Dica de preparo: 18 g de café + 220 ml de água + 3 a 4 minutos de infusão (sem pré-infusão)
Investimento: R$ 239 (300 ml) + R$ 41 (filtro 300 ml com 100 unidades)
Onde comprar: www.cafestore.com.br

2- Hario v60

Foto: Giulianna Iannaco

O método japonês criado em 2011 possui filtro cônico triangular com vértice de 60 graus (daí o nome). Internamente, conta com linhas verticais levemente espiraladas que permitem que a água passe pelo pó em um fluxo que acentua o movimento circular, além de afastar o papel do equipamento e permitir que o café respire. O orifício leia mais…

TEXTO Gabriela Kaneto

Cafezal

Produtora mineira faz releitura de obra de Candido Portinari

Cafeicultora e artista plástica há mais de quarenta anos, a mineira de Viçosa, Valéria Vidigal, busca retratar em suas obras a história e os personagens do café. Em 2018, expôs duas de suas criações no Museu Casa de Portinari, em São Paulo (SP), local que homenageia um dos maiores pintores brasileiros, Candido Portinari, conhecido por retratar em algumas de suas telas temas ligados à cafeicultura.

Em 2020, o Museu completou cinquenta anos! Para comemorar a data, a organização convidou 55 artistas brasileiros para compor a exposição virtual “45ª Semana de Portinari”, que aconteceu de 15 a 23 de agosto. Valéria foi uma das convidadas e, para a ocasião, escolheu fazer uma releitura da tela Café, de 1935, feita a óleo.

Releitura “Cafezal”, feita por Valéria Vidigal

“Eu escolhi essa obra porque, diante de todas as que Portinari pintou, essa está na mesma temática das minhas, que é o café”, conta a artista. Chamada de Cafezal, a releitura de Valéria possui as mesmas dimensões da pintura original, 1,30 m de altura por 1,95 m de largura, porém foi pintada com a técnica acrílica.

“Essa obra de Portinari eu considero completa, já que tem a sacaria, os trabalhadores, o administrador, o gerente. Tem vários pontos da tela que são muito importantes e a cafeicultura, por mais que hoje você tenha máquina colhendo o café nas lavouras, ainda é uma cultura muito artesanal, e eu vivo isso no dia a dia”, explica Valéria, que, depois da exposição, recebeu convites internacionais para 2021.

Mais informações: www.instagram.com/valeriavidigal

TEXTO Redação • FOTO Valéria Vidigal/Rafaela Vidigal

Café & Preparos

Café pode minimizar déficits de atenção causados pela falta de sono?

Pesquisas publicadas recentemente sugerem que consumir café com cafeína durante o dia ajuda a minimizar os déficits de atenção e funções cerebrais, causados ​​pela falta de sono. Os pesquisadores por trás do estudo disseram que  foi o primeiro do tipo, pois selecionou resultados das condições do “mundo real” dos consumidores da bebida durante os dias de trabalho.

Para o estudo, os participantes do Instituto de Medicina Aeroespacial em Colônia, na Alemanha, cada um carregando um receptor genético conhecido por responder à cafeína, foram limitados a cinco horas por sono ao longo de cinco noites de trabalho.

Os participantes receberam aleatoriamente uma dose diária de café cafeinado com 300 mg de cafeína ou café descafeinado para o período do estudo. Eles pediram, ao longo do estudo, para avaliar seu nível de sonolência enquanto eram testados em seus níveis de vigilância, estado de alerta, tempo de reação, memória e outras funções cognitivas. Os participantes que receberam o café com cafeína se saíram melhor, embora os benefícios durassem apenas entre três a quatro dias no período de estudo.

“Pesquisas anteriores sugerem que o consumo de café com cafeína pode reduzir o impacto da privação de sono nos déficits de atenção e função cognitiva em um ambiente de curto prazo”, disse Denise Lange, pesquisadora do sono no Instituto de Medicina Aeroespacial e co-autora do estudo. “Este estudo está entre os primeiros a examinar se esse efeito pode ser traduzido em uma situação do mundo real, onde bebidas com cafeína são comumente consumidas todos os dias por pessoas que sofrem de restrição crônica de sono. Nosso estudo indica que a ingestão moderada de café pode mitigar algumas repercussões da redução do sono ao longo de alguns dias, no entanto, isso não é um substituto para uma boa noite de sono a longo prazo”, completou.

Deve-se notar que este é o estudo mais recente em uma série de estudos científicos de três décadas que têm duas coisas em comum: 1) Eles mostraram principalmente o consumo de café sob uma luz positiva; e 2) foram financiados principalmente pelo Instituto de Informação Científica sobre Café (ISIC), sem fins lucrativos.

O ISIC, promovido sob o nome de Coffee & Health, foi criado e é financeiramente apoiado por um punhado das maiores torrefadoras de café europeias, atualmente incluindo illycaffè, Jacobs Douwe Egberts, Lavazza, Nestlé, Paulig e Tchibo.

O grupo foi listado como a principal fonte de financiamento para este estudo, embora diga que não controla a pesquisa e que incentiva a publicação das conclusões independentemente dos resultados.

TEXTO As informações são do Daily Coffee News / Tradução Juliana Santin • FOTO Wade Austin Ellis

Mercado

Organização Internacional do Café realiza live para anunciar Reino Unido como novo membro

Nesta quinta-feira (28), a Organização Internacional do Café (OIC) realizará um evento virtual para dar as boas-vindas ao Reino Unido como novo membro, além de comemorar o lançamento do Relatório de Desenvolvimento do Café 2020 (CDR2020). O evento será organizado em conjunto com o Governo do Reino Unido, marcando o 49º Membro a ingressar na OIC, e contará com a presença de Victoria Prentis, Membro do Parlamento e Subsecretária de Estado Parlamentar para Agricultura, Pesca e Alimentos.

“Aqui no Reino Unido bebemos aproximadamente 95 milhões de xícaras de café por dia e a indústria do café criou uma infinidade de empregos aqui. Tenho o prazer de assinalar o ingresso oficial do Reino Unido na OIC como um Membro importante. Este evento emocionante significa que poderemos continuar a trabalhar em conjunto com outros membros, para defender o setor cafeeiro global e garantir sua sustentabilidade”, relata Victoria.

A segunda edição do relatório principal da OIC será lançada neste evento virtual e compartilhada com os Membros da Organização e com a comunidade global do leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Tim Umphreys

Cafezal

Etiópia e Quênia: Diário das origens

A mestre de torra Daniela Capuano embarcou numa jornada inusitada para conhecer a produção de cafés nestes países

Era 3 de janeiro de 2020 quando eu e o fotógrafo Jean – trabalhamos juntos na mesma torrefação – embarcarmos para a Etiópia e aterrissamos no dia 24 Tahsas 2012, quatro dias antes do Natal, no calendário etíope. Eu estava desesperada porque, um dia antes da viagem, resolvera pintar o cabelo com a minha irmã, afinal, viajaria com um fotógrafo. O detalhe principal foi que erramos a cor, e meu cabelo ficou laranja! Sem chance de fazer nada nele, coloquei todos os bonés na mala e fui.

A viagem foi rápida, seis horas de avião de Paris a Addis Ababa. Fomos recebidos pelos parceiros da importadora. Eles já estavam nos esperando no estacionamento. Na Etiópia você só pode entrar no aeroporto se tiver passaporte e um bilhete para viajar. Entramos no jipe e fomos tomar café da manhã em uma coffee shop completamente europeia, no escritório/armazém de um exportador. Dali pegamos a estrada em direção à cidade de Awassa. Nosso programa para a semana incluía também Yirgacheffe, Kochere, Gedeb, Hambela e Guji, sendo duas fazendas e quatro estações de tratamento. Um dos meus objetivos era não criar expectativas e manter um olhar curioso e observador.

Saímos de Addis e pegamos a estrada. Awassa é longe? – perguntei. Uns 280 quilômetros (perto até) mas, quantas horas até chegar? “Umas cinco ou seis, depende”. A estrada era reta, uma linha infinita no meio de um deserto, uma imensa planície que se estendia ao infinito à direita e à esquerda.

Uma vez ou outra apareciam pequenos vilarejos ao longo da estrada. Mas todo o tempo havia pessoas andando na estrada, junto com os carros, caminhões, muitas carroças sendo puxadas por burrinhos, pastores com suas cabras e vacas e, de repente, um pastor com seus vinte dromedários; crianças correndo, atravessando de um lado para o outro, as cabras também, um pai ensinando o filho a andar de bicicleta, tantas cenas acontecendo e, ao mesmo tempo, a paisagem era monótona, continuávamos no mesmo deserto.

Eu estava angustiada de ver aquilo, mas nosso motorista e o guia estavam bem tranquilos, como os paulistanos com as motos na cidade. Seis ou sete horas mais tarde chegamos a Awassa, já era quase noite. No dia seguinte sairíamos em direção a Dilla. leia mais…

TEXTO Daniela Capuano • FOTO Nis&For/Cafés Rec

Alguma coisa acontece no meu coração

Alguma coisa acontece no meu coração… Certamente você já ouviu essa homenagem à São Paulo.

A música Sampa* fala de paulistanos. De muitos que aqui nasceram, como nós da Revista Espresso, mas muitos que aqui chegaram por diferentes razões e em busca de sonhos.

O parque e o trânsito, a dor e o amor, o calor e a garoa, os prédios embrenhados entre as casas, a árvore torta que luta no concreto, a padaria que não fecha, a cafeteria para quem quer conversa.

Em meio a muitas desigualdades, centenas de origens, vivemos correndo, aguardando o farol abrir, o busão passar, a chuva parar. Ao pisar na rua temos a certeza de que estamos vivos!

Às vezes até dá tempo de tomar um pingado, se tiver apressado, pede um espresso, se tiver com fome, manda um pão na chapa. Meu, que delícia!

Ah, São Paulo, como este janeiro está sendo um difícil começo, de quem vem de outros sonhos felizes dessa mesma cidade. Que aprendemos depressa de chamar de nossa realidade. Feliz 467 anos, São Paulo!

Ahhh, já ia me esquecendo, tome café na sua cafeteria paulistana preferida e conta pra gente o que é pra você a sua Ipiranga com a São João que aquece o seu coração!

*Música de Caetano Veloso, composta em 1978.

TEXTO Mariana Proença • FOTO Giulianna Iannaco
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