Mercado

Nestlé, Lavazza e Starbucks deixam de enviar café para Rússia

A Nestlé interrompeu o envio de produtos Nespresso para a Rússia, provocando filas de horas na loja Nespresso de Moscou, enquanto os consumidores correm para garantir a oferta limitada no país.

A medida significa que a Nestlé se juntou com Lavazza e Starbucks na pausa no fornecimento de cafés para o país, já que o conflito Rússia-Ucrânia entra em sua terceira semana sem sinais de resolução.

A Reuters relata que os comerciantes de café na Europa e no Sudeste Asiático estão se esforçando para redirecionar os embarques já com destino à Rússia e à Ucrânia, à medida que o fechamento dos portos continua e as sanções são apertadas.

As três maiores linhas de contêineres, MSC, Maersk e CMA CGM, suspenderam todos os embarques de e para a Rússia, deixando o futuro dos contratos comerciais existentes em dúvida.

A Rússia é o quarto maior importador de café do mundo e responde por quase 4% do consumo mundial de café. Um relatório sobre o mercado cafeeiro de fevereiro de 2022, publicado pela Organização Internacional do Café (OIC), destaca que os preços médios do café nos mercados futuros de Nova York e Londres caíram 3,1%. 

TEXTO As informações são do Global Coffee Report. Tradução Juliana Santin • FOTO Divulgação

Mercado

Indústria do café se preocupa com a alta do petróleo

As cadeias de fornecimento de café, que já estão sofrendo com a pandemia, e o clima adverso provavelmente irão piorar com a atual alta nos custos do petróleo, sinalizando preços ainda mais altos para uma das bebidas favoritas do mundo.

Essa é a opinião de executivos de café e transporte, incluindo Thomas Hartley, presidente e proprietário da Hartley Transportation, que destaca que o aumento nas despesas com combustível está atingindo o pico à medida que o setor  enfrenta uma série de problemas logísticos. Isso inclui custos elevados de transporte, falta de contêineres e de caminhoneiros e outros trabalhadores.

“Vai ficar mais doloroso com o aumento dos custos de energia”, disse Hartley durante um evento virtual organizado pela National Coffee Association.

Embora os problemas nas cadeias de suprimentos tenham poupado poucas indústrias em todo o mundo, o café e algumas outras culturas foram especialmente atingidos. Isso porque o aumento das despesas de transporte agrava o impacto sobre os preços. Os contratos futuros de café arábica subiram 76% no ano passado e ficaram entre os melhores desempenhos no Bloomberg Commodity Index.

Janet Colley Morse, vice-presidente do Dupuy Group, uma empresa de armazenamento, diz que sua empresa está tendo problemas para contratar carregadores e pessoal administrativo, e os desafios podem variar de porto para porto. A falta de caminhões para entrar nos portos para pegar contêineres resultou em atrasos de até quatro semanas, o que afeta toda a cadeia de suprimentos, explicou John DeMuria, trader da Volcafe, durante uma sessão de perguntas e respostas no evento. leia mais…

TEXTO As informações são do The Economic Times. Tradução Juliana Santin • FOTO Ravena Maia/ Café Editora

Mercado

Entrevista exclusiva: Edgard Bressani comenta sobre novos projetos e o mercado de café em 2022

Edgard Bressani é empresário, cafeólogo, com grande experiência no setor cafeeiro, autor do livro Guia do Barista e fundador da exportadora Latitudes Grand Cru Coffees. Nesta quarta-feira (16/03) inicia um novo projeto na sua trajetória ao assumir a presidência da Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC). O mandato terá vigência de dois anos, até março de 2024, com possibilidade de reeleição por igual período.

A votação ocorreu durante Assembleia Geral da Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana, sendo eleito como Diretor Presidente: Edgard Bressani; Diretor Vice-Presidente: Andre Luis da Cunha; Diretor Tesoureiro: Guilherme Dias de Souza Alves e Diretor Secretario: Julio Aparecido da Silva Ferreira.

Confira a entrevista exclusiva com Edgard:

– Como surgiu a oportunidade de se tornar presidente da Associação?

Há vários anos estou no Conselho da entidade, como convidado e sigo como conselheiro. Isso desde a época que estava em Pedregulho. Sempre apoie e tive muito carinho pela região, sendo daqui. E mesmo quando fui para Piraju, coloquei no projeto os cafés da Alta Mogiana. Com a Latitudes Grand Cru Coffees permaneço com o mesmo foco. Embora trabalhe as 33 diferentes regiões, a filial, no estado de São Paulo, tem o objetivo de trabalhar os cafés da Alta Mogiana. Mas o convite para a presidência surgiu há alguns meses, quando uma chapa foi criada. Marcio Palma já tinha dois mandatos e precisava passar o bastão. Julio e Guilherme, do DOCA, me ligaram para fazer o convite. Ao ouvir, disse que não precisava ser presidente, mas que apoiaria, sim, na diretoria. Entretanto, já havia consenso neste sentido e aceitei. E assim fomos finalizando a composição da chapa, com pessoas super engajadas com os trabalhos na região. Um grupo com diferentes experiências que se complementam. leia mais…

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Divulgação

Barista

Campeão brasileio de Aeropress conta como foi sua participação no Mundial

Assim como o nacional, o campeonato mundial de Aeropress foi diferente, por conta da pandemia de covid-19 e ocorreu de forma virtual, entre os dias 04 e 05 de março. Foram 48 competidores, espalhados pelo mundo, que enviaram suas receitas para a equipe de baristas, que as executaram no Bureaux Coffee, em Melbourne, na Austrália.

O primeiro lugar ficou com Tuomas Merikanto (Instagram @drinkswiththomas), da Finlândia.

leia mais…

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Divulgação Aeropress

Mercado

Diversidade da cafeicultura brasileira é debatida na Itália

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) iniciou uma parceria com Embaixada do Brasil em Roma e o Museu do Café de Santos, para uma série de ações promocionais da imagem da cafeicultura brasileira, com foco em sustentabilidade, qualidade e diversidade, na Itália, quarto principal comprador do produto nacional no primeiro bimestre de 2022.

 Milão

No dia 11 de março, o Diretor Geral do Cecafé, Marcos Matos, participou, em Milão, de uma mesa redonda organizada pela “Associazione Italia Brasile” em conjunto com a Embaixada, o Consulado Geral do Brasil em Milão e a Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira de São Paulo (ITACALM).

 Marcos destacou o papel do Cecafé na manutenção dos elevados níveis de embarques brasileiros mesmo em tempos de pandemia e crise logística global. “A aceitação dos italianos pelas informações do nosso setor e dos cafés brasileiros como um todo é muito grande, assim como o conhecimento que possuem. Expusemos nossas ações de respeito aos critérios ESG e isso contribuiu para melhorar, ainda mais, a imagem do produto na Itália”, comenta. 

 A Diretora Executiva do Museu do Café de Santos, Alessandra Almeida, também participou do evento e expôs que a instituição recebe cerca de 350 mil visitantes anualmente, além de mais de 100 mil visitas virtuais e de contar com aproximadamente 150 mil seguidores nas redes sociais.

 Ela pontuou que, por meio de pesquisas, exposições, mostras temporárias, atividades culturais e educativas, o Museu do Café preserva e divulga a história e as tradições da cafeicultura brasileira, que são muito vinculadas à Itália graças ao intenso processo de imigração ocorrido nos séculos XIX e XX.

 Alessandra destacou, também, o reposicionamento ao qual a instituição está se dedicando, que prevê a aproximação com todos os segmentos da cadeia produtiva do café na contemporaneidade e na internacionalização de suas ações. leia mais…

TEXTO Redação/ Cecafé • FOTO Divulgação Cecafé

Mercado

Exportação de café brasileiro atinge 3,4 milhões de sacas em fevereiro

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, Cecafé, divulgou seu relatório mensal no qual as exportações brasileiras de café totalizaram 3,441 milhões de sacas de 60 kg de café em fevereiro de 2022, o que implica queda de 13,6% na comparação com as 3,983 milhões aferidas no mesmo mês do ano passado. Apesar do recuo na comparação anual, o volume apresenta avanço de 1,6% frente a janeiro, sinalizando uma leve melhora no cenário logístico do comércio marítimo global.

Segundo o presidente da entidade, Nicolas Rueda, por estarmos na entressafra de um ciclo menor na produção cafeeira do Brasil, o resultado do mês passado é positivo, não ficou distante do desempenho de fevereiro de 2021, que foi bastante significativo.

“Houve melhora no cenário logístico, o que contribuiu para a performance do mês passado. Contudo, estamos longe da normalidade, com bastante instabilidade, alternando semanas boas com outras ruins, pois a disponibilidade de contêineres e espaços nos navios continuam insuficientes para escoar o que estava represado no porto e embarcar as cargas que estão chegando para exportação, exigindo que os departamentos logísticos dos exportadores antecipem a confirmação de seus bookings para a consolidação de seus volumes”, comenta.

Nicolas Rueda informa, ainda, que a disparada nos preços do café, destacadamente da variedade arábica, ocasionou um rearranjo nos blends da indústria nacional. “Observa-se que o segmento industrial do país está com forte demanda pelos cafés conilons (robusta), o que, consequentemente, tem reduzido a participação dos canéforas nas exportações brasileiras”, completa.

Em receita cambial, os embarques nacionais do mês passado renderam US$ 782,6 milhões, apresentando substancial crescimento de 50% na comparação com os US$ 521,9 milhões em fevereiro de 2021. Dessa forma, o preço médio das exportações brasileiras de café chega a US$ 227,44 por saca, 73,6% superior na mesma comparação. leia mais…

TEXTO Redação/Cecafé • FOTO Agência Ophelia

Mercado

Café colombiano chega ao mercado canadense

A rede multinacional de cafés colombiana Juan Valdez lançou-se no mercado de varejo e comércio eletrônico de café do Canadá, consolidando sua expansão na América do Norte. “Através do nosso distribuidor, poderemos estar presentes em diversos canais de consumo local”, afirma Sebastián Mejía, Vice-Presidente Internacional de Juan Valdez.

O anúncio traz acordos de distribuição com 170 clientes canadenses incluindo: restaurantes, hotéis, redes de supermercados e mercados de varejo. Os compradores canadenses terão acesso a produtos de café em grão e moído, café liofilizado (regular, descafeinado e aromatizado) e cápsulas.

A medida segue a expansão de Juan Valdez nos mercados dos EUA em 2021, fechando acordos de distribuição com redes de supermercados Whole Foods e redes de farmácias CVS na Flórida.

A marca Juan Valdez foi lançada em 2002 pela Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia, uma organização sem fins lucrativos que representa 540.000 famílias cafeicultoras. Estabelecer presença nos mercados norte-americanos representa uma expansão significativa para Juan Valdez, que iniciou suas operações internacionais em 2005.

TEXTO Global Coffee Report. Tradução Juliana Santin • FOTO Acervo Revista Espresso

Café & Preparos

A ovelha cafeicultora da família

 

Há nove anos, a advogada Cristiane Zancanaro descobriu que estava grávida – do terceiro filho e do sonho de trabalhar com café especial. O pequeno Felipe foi concebido durante uma viagem ao Chile, quando ela e o marido, Daniel, conheceram as famosas vinícolas do país. Ao ver o cuidado no processamento das uvas viníferas, ela teve um estalo: aquilo também deveria ser feito com os grãos de café colhidos na propriedade da família, a Fazenda Nossa Senhora de Fátima, em Cristalina (GO).

À época, Cristiane comandava o departamento de recursos humanos do negócio dos Zancanaro. “Queria ser advogada e atuei por alguns anos, mas logo percebi que a advocacia é dos homens, que a justiça não é de Deus. Muitas vezes uma pessoa ganhava causas sem prova ou perdia porque o empregador era mais esperto. Isso me desestimulou demais. Por isso vim para a empresa familiar, para deixar as coisas certas. Fomos a primeira empresa rural do Brasil a ter ponto eletrônico”, lembra. Com o embrião do café na cabeça, no entanto, foi difícil pensar em voltar para o escritório.

Durante a licença-maternidade, Cristiane mergulhou de cabeça no café especial: entre visitas à fazenda com os três meninos e cursos no Coffee Lab, em São Paulo (SP), ela estava decidida a mudar de carreira. “A maternidade faz você ficar com os sentidos mais aguçados, mas eu acho que, mesmo se não tivesse ido ao Chile, teria encontrado o caminho do café. A gravidez me trouxe a sensibilidade de encarar um projeto como esse”, afirma. leia mais…

TEXTO Clara Campoli • FOTO Rafaela Felicciano e Beto Barata

Mercado

Traders de café buscam adiantamento em negócios com a Rússia

Traders de café estão buscando pagamento antecipado em qualquer novo acordo para vender grãos para a Rússia, já que as sanções ocidentais atingem o sistema financeiro do sexto maior importador do mundo.

O Brasil, maior exportador mundial, é fornecedor número 1 da Rússia e traders disseram que adicionaram o país a uma lista de destinos arriscados e sancionados que exigem pagamento antecipado, incluindo Síria, Líbano e Irã.

Três traders de café com sede na Europa disseram que não aceitariam novos pedidos de fornecimento de torrefadoras russas, acrescentando que os negócios diminuíram de qualquer forma com a queda do rublo russo.

A invasão russa na Ucrânia – o maior ataque a um Estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial – desencadeou uma resposta política, estratégica, econômica e corporativa do Ocidente sem precedentes em sua extensão e coordenação. leia mais…

TEXTO Reuters. Tradução Juliana Santin • FOTO Redação

Cafezal

Pesquisa da Universidade do Café Brasil e illycaffè traz discussão sobre gênero na cafeicultura

A Universidade do Café Brasil, alinhada ao posicionamento da illycaffè, realiza há mais de duas décadas pesquisas de excelência, com definição de temas que sejam relevantes e agreguem valor para os participantes do agronegócio do café. Essa é a 16ª edição.

A inclusão de gênero, é um tema, que despertou a atenção da UDC Brasil e da illycaffè para a realização de uma pesquisa com enfoque na abordagem da questão do desequilíbrio de gênero na cafeicultura. A pesquisa realizada pela UDC apresenta um tema desafiante para o setor: Desequilíbrio de gênero no agronegócio café.

“Nos últimos anos, houve um expressivo aumento da mobilização e sensibilização de mulheres ligadas à cafeicultura no país, o que possibilitou maior acesso a informações, capacitação profissional e, inclusive, melhoria na qualidade do café.”, revela a Profa. Dra. Christiane Leles Rezende De Vita, da Universidade do Café Brasil e PENSA-Centro de Conhecimento em Agronegócios.

De acordo com a pesquisa, apesar dos avanços, a diferença de gênero ainda predomina nas regiões agrícolas do país, na qual os homens têm mais acesso à informação, à assistência técnica, linhas de créditos e, consequentemente, maior produtividade. leia mais…

TEXTO illycafé/ Redação • FOTO Divulgação
Popup Plugin