CafezalMercado

A relação entre cafés brasileiros e compradores mundiais é tema de 13º episódio da websérie da BSCA

Na quarta-feira (18) acontece o lançamento do 13º episódio da websérie “A História do Café Especial – O olhar da BSCA em 30 anos”, realizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Café Editora.

O vídeo da vez traz informações sobre a relação entre a produção nacional e os compradores do café brasileiro pelo mundo. Para falar sobre o assunto, foram convidados: Vanusia Nogueira, diretora-executiva da BSCA; Stephen Hurst, da Mercanta The Coffee Hunters, do Reino Unido; Natalia Li, da Ingenuity Coffee, da China; Shinji Sekine, da Wataru & Co, do Japão; Jannie Jian, da Shanghai Cape Coffee, da China; John Thompson, da Coffee Nexus, do Reino Unido; Hidetaka Hayashi, da Hayashi Coffee Institute, do Japão; Susie Spindler, da Alliance for Coffee Excellence, dos Estados Unidos; e Yunson Lee, da Terarosa Coffee, da Coreia do Sul.

Movimento da xícara ao grão

Com novos episódios lançados todas as quartas-feiras no YouTube da BSCA e no Instagram da Revista Espresso, o projeto busca levar informações relevantes sobre a cadeia do café especial ao consumidor final e a todas as pessoas que não possuem conhecimento deste universo, rebobinando o trajeto da bebida da xícara ao produtor e sua lavoura.

Com o intuito de aproximar as pontas do setor, a websérie conta com linguagem acessível e tradução em inglês. Deste modo, mais pessoas ao redor do mundo também podem conhecer de perto a história do café especial no Brasil e ficar por dentro de toda a qualidade da produção nacional!

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Cafezal

Inscrições abertas para 31º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café

O 31º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso abriu inscrições e recebe amostras até 10 de setembro de 2021. Serão selecionados 40 produtores finalistas, que concorrerão aos seis primeiros lugares. Desses seis, os três primeiros se classificarão para participar do 7º Prêmio Ernesto Illy Internacional, em 2022, além de ganhar prêmios em dinheiro e diplomas.

O Prêmio Ernesto Illy – Regional terá até dois cafeicultores premiados em cada um dos 10 Estados/Regiões, sendo: Minas Gerais (subdividido em Cerrado Mineiro, Chapada de Minas, Matas de Minas e Sul de Minas), São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e as regiões Centro-Oeste, Sul e Norte/Nordeste. Todos os vencedores e finalistas receberão prêmios em dinheiro e diplomas.

O regulamento e a ficha de inscrição para o 31º Prêmio estão disponíveis no site do Clube illy do Café. O cafeicultor deverá inscrever apenas uma amostra de café arábica. Se a propriedade rural possuir mais de um sócio, as amostras deverão ser inscritas em nome do sócio responsável na receita estadual.

Os melhores cafés serão selecionados por uma comissão julgadora, com especialistas da Experimental Agrícola do Brasil/illycaffè. As análises serão feitas pela classificação do café quanto ao aspecto, seca, cor, tipo, peneiras, teor de umidade, torração e pela qualidade da bebida, inclusive com degustação para espresso.

Durante o período de inscrição, o produtor poderá vender o lote inscrito e aprovado para a Experimental Agrícola do Brasil/illycaffè desde que a mesma demonstre interesse, conforme suas normas de compra, também informadas no site do Clube illy.

Serviço
31° Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso
Inscrições: até 10 de setembro
Divulgação dos 40 finalistas: novembro de 2021
Revelação dos vencedores e entrega dos prêmios aos finalistas: abril de 2022
Informações: https://clubeilly.com.br/premiacoes/premio-ernesto-illy/sobre-o-premio/
Regulamento: https://clubeilly.com.br/premiacoes/premio-ernesto-illy/regulamento-30o-premio/

TEXTO Redação

Personagens

Daniel Coli: “Nos envolvemos cada vez mais com a cadeia de uma forma geral, do pé à xícara”

Me envolvi com este universo apaixonante quando comecei a trabalhar com aquele que hoje é meu sócio na Oficina do Espresso, o Nirjano. Abandonei o Direito para mexer com máquinas de café. No início éramos apenas uma empresa prestadora de serviços de manutenção. Posteriormente iniciamos a venda de equipamentos e não demorou muito para comercializarmos os primeiros pacotes de café.

Com o passar dos anos nos envolvemos cada vez mais com a cadeia de uma forma geral, do pé à xícara. Nos aprofundamos incessantemente na questão técnica que envolve as máquinas e nos especializamos na bebida. Me tornei colunista do jornal Estado de Minas, na coluna sobre cafés especiais. Viramos a empresa oficial dos Campeonatos Brasileiros de Barismo.

Hoje habitamos um Hub de experiências com café em Belo Horizonte chamado Achega, onde temos uma microtorrefação de grãos especialíssimos; uma instrutora SCA ministrando cursos e realizando a curadoria de experiências e eventos, a Helga Andrade; uma loja de máquinas e acessórios em geral para o universo do café; cafeteria para solenidades e acontecimentos; além de, claro, um laboratório referência em manutenções.

Atualmente sou instrutor titular do Sindicafé SP para o módulo avançado de barismo sobre as máquinas e tenho experimentado, incansavelmente, uma honrosa participação neste mercado que, para mim, é o melhor que tem para se trabalhar. Cultivo intensa paixão pelas pessoas e histórias do café, e fiquei lisonjeado em contar essa trajetória para este veículo de comunicação cafeeira que é a Revista Espresso. Faço parte, orgulhosamente, da comunidade do café e aproveito para agradecer à Espresso pelo trabalho primoroso que vem realizando há 18 anos (!!) em prol do nosso seguimento.

Daniel Coli, manutenção de máquinas na Oficina do Espresso e microtorrefação no Achega Café – Belo Horizonte (MG) @danielcoli82

Receitas

Torta banoffee

Ingredientes

Torta
– 150 g de bolachas integrais de aveia
– 75 g de manteiga sem sal

Recheio
– 2 ou 3 bananas cortadas em rodelas
– 300 g de creme de leite fresco
– 400 g de doce de leite
– 10 g de açúcar refinado
– 5 g de cacau em pó 

Preparo 

Primeiro, faça a massa da torta triturando as bolachas em um processador ou liquidificador até se formar uma farofa, e a transfira para uma tigela. Derreta a manteiga e misture aos poucos no farelo de bolacha, mexendo com as mãos até dar liga aos ingredientes. Distribua essa farofa numa forma e leve-a ao freezer. Enquanto isso, prepare o recheio: bata o creme de leite com o açúcar até o ponto de chantili. Retire a forma da geladeira e, na sequência, passe o doce de leite sobre a massa da torta, procurando formar uma camada homogênea. Disponha as rodelas de banana sobre o doce e cubra com o chantili. Polvilhe um pouco de cacau para finalizar. Obs: caso prefira, exclua o açúcar do chantili, batendo somente o creme de leite até que ele fique firme.

Rende 1 torta média

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz • RECEITA Fernanda Ribeiro

Café & Preparos

Nestlé Professional lança no Brasil projeto com torra fresca de diferentes origens do mundo

A Revista Espresso realizou, na última quinta-feira (12/08), uma live no Instagram de lançamento da Roastelier By Nescafé. A ideia da Roastelier é tornar a torra nas cafeterias de forma acessível e personalizada. A tecnologia, com um software intuitivo, possibilita que a máquina finalize a torra no local em 10 minutos, com perfis de temperaturas variados e a cafeteria pode oferecer, ainda, um café de assinatura com marca própria.

Para o especialista em café, Ensei Neto, o processo da Roastelier permite condições de armazenamento, características sensoriais e durabilidade. “O processo chamado de Prime Roast (torra parcial) preserva o grão de café, garantindo a qualidade e com isso, os consumidores podem provar cafés de diferentes países”.

O processo é bem simples, basta colocar 250 gramas de grãos pré-torrados por vez na máquina e o sistema irá calcular o tempo da torra, com isso, quem estiver na cafeteria pode acompanhar o processo e consumir ou levar o pacotinho de café para casa. Os grãos são torrados por um fluxo de ar quente dentro de um jarro transparente, que permite que sejam vistas as transformações de cor e sua expansão em tempo real.

As máquinas Roastelier possuem calibragens de torrefação pré-definidas para cada café, assim, é possível variar entre torras clara, média ou intensa, conforme o seu gosto e dos clientes, ou seja, é possível oferecer diferentes perfis sensoriais para um mesmo café!

“O objetivo é trazer simplicidade e a democratização da torra, uma experiência para o mercado brasileiro e com três origens de café. São cafés que, muitas vezes, o consumidor não teria oportunidade de conhecer e com a Roastelier poderá”, aponta Manuel Aleman, head of coffee and beverages Nestlé Professional Brasil.

Os grãos oferecidos, até o momento, pela marca são do Brasil, Colômbia e Etiópia.  “Isso tudo é permitido graças à tecnologia prime roast uma forma exclusiva de torrar o grão que que garante a nós, baristas, frescor e consistência na torrefação final, direto no ponto de venda, seja para degustar na hora ou para levar para consumir em casa”, explica Renan Dantas, barista da Nestlé e parceiro do A Ventana Bar & Café. “Além disso, os torradores e filtros da máquina são patenteados com a tecnologia INTELLIRoast™, que combina os benefícios da torra a um software único e intuitivo, com gerenciamento de emissões, garantindo alta padronização e qualidade”, completa. leia mais…

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Giulianna Iannaco

Barista

Divulgada a lista de competidores do Campeonato Brasileiro de Aeropress 2021!

As inscrições para o Campeonato Brasileiro de Aeropress 2021 foram abertas na última quarta-feira (11), às 20h, e esgotaram-se em 20 segundos! Os 27 primeiros inscritos serão os competidores da edição deste ano. Confira os nomes:

Amanda Lobo – Goiás
André Luis – Minas Gerais
Ariela Lopes – Goiás
Bebel Hamu – Distrito Federal
Camila Silva – São Paulo
Carlos Araújo – Goiás
Carlos Eduardo Quintanilha – Distrito Federal
Daniel Alvarez – Rio de Janeiro
Daniel Pires Reinhardt – Paraná
Edson Maisonnette Junior – São Paulo
Gabriel Conninck Reinhold – Santa Catarina
Giovana Serrano – Paraná
Igor Dutra – Paraná
Isair Becker – Santa Catarina
João Luiz Andrade – Goiás
Júlia Henriques da Silva – Minas Gerais
Leonardo Gonçalves – Rio de Janeiro
Maíra Teixeira – São Paulo
Maria Gabriella Araújo – Santa Catarina
Matheus Cappellato – São Paulo
Matheus Luís Filagrana – Santa Catarina
Pam França – Santa Catarina
Pedro Anjos – Distrito Federal
Rafael Mendes – São Paulo
Robinson Kimura – São Paulo
Thiago de Souza – Goiás
Vinicius Lima – Bahia

Lista de espera

Henrique Neves – Minas Gerais
Paschoal Lorenzeto – Rio de Janeiro

A primeira etapa da competição, realizada de maneira virtual com apenas seis baristas representantes no laboratório da Atilla, em Belo Horizonte (MG), está marcada para acontecer no dia 28 de agosto, às 12h. Já a semifinal e a final, programadas para acontecerem presencialmente na Fazenda Cachoeira, em Santo Antônio do Amparo (MG), serão realizadas em 25 de setembro, às 15h. Saiba mais sobre a edição clicando aqui.

A 6ª edição do Campeonato Brasileiro de Aeropress é organizada pela Terceira Onda Consultoria em Café, OOP Café, Fazenda Cachoeira e portal COFFEA, com apoio de Apará Cafés Especiais e COFFEA Trips. Patrocínio Master por Atilla. Patrocínio Ouro por Grãos em Mãos. Patrocínio Prata por Semana Internacional do Café e Cropster. Patrocínio Bronze por Café Store, La Marzocco, Mahlkonig e Pressca. A Revista Espresso é a mídia oficial do evento. Acompanhe nas nossas redes sociais

Mercado

ABIC aponta aumento de até 40% no preço do café nas gôndolas em setembro

A crise na cafeicultura, até o momento vivenciada pelo setor produtivo e industrial, também vai chegar ao bolso do consumidor final. Com a seca prolongada e as geadas do mês de julho, o aumento nas gôndolas dos supermercados será inevitável nas próximas semanas, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC).

Segundo Celírio Inácio, diretor executivo da ABIC, o aumento nos custos dos insumos, volume da safra, condições climáticas e a continuidade da pandemia de Covid-19 devem provocar um aumento de 35% a 40% nos preços do café até o final de setembro. “O aumento é o maior registrado há pelo menos 25 anos no País”, comenta.

Assim como as demais cadeias do mercado de café, a ABIC também destaca a incerteza com a produção de 2022, que na teoria seria de ciclo alto para o Brasil, mas as condições climáticas diminuem cada vez mais as expectativas de uma safra para o café da espécie arábica. 

“A safra de 2022 ainda depende da chuva na hora da florada das plantas, que deve ocorrer daqui a dois meses. Se houver a florada no café, o mercado tende a acalmar um pouco. Mas isso depende de uma chuva e estamos em um período de seca”, acrescenta o diretor. 

Desde maio, depois do registro de dois veranicos intensos e a continuidade do baixo volume de chuva, a indústria relata certa dificuldade em adquirir matéria-prima, sobretudo pela expressiva valorização do café, principalmente no mercado interno. A preocupação do setor é justamente com o abastecimento do mercado interno, já que as exportações do Brasil seguem firmes – apesar do recuo dos embarques, de 12,8% referente ao mês de julho, divulgado nesta semana pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Em relação ao abastecimento interno, Inácio destaca que essa não é uma preocupação no curto prazo, mas sim quando se fala na safra do ano que vem. “Esse ano, pelos contratos firmados e pelo o que temos acompanhado, tem café suficiente para atender as demandas externa e interna”, comenta.

Para o ano que vem, o diretor afirma que com certeza o mercado sentirá a pressão dos preços mais altos e do café mais disputado para exportação. “Não vejo desabastecimento no mercado interno, mas é claro que teremos essa disputa. Há sim bastante dificuldade, mas ainda há bastante café para negociação”, explica. 

Já quando o assunto é demanda, Inácio destaca que o café, apesar da pandemia, quase não teve o repasse final ao consumidor final, mas reconhece que com o poder aquisitivo mais baixo, é natural que o consumidor busque por novas marcas e faça trocas que se enquadre no seu orçamento. “A alta no preço não é favorável para ninguém. A boa notícia é que nós temos, cada vez mais, um café de qualidade no mercado”, finaliza. 

TEXTO As informações são do Notícias Agrícolas • FOTO Café Editora

Café & PreparosCafezal

Inscreva sua amostra no concurso Coffee of The Year 2021!

Estão abertas oficialmente as inscrições para o Coffee of The Year 2021, concurso que tem como objetivo reunir os melhores cafés do Brasil e eleger os grandes destaques do ano, com incentivo ao desenvolvimento e ao aprimoramento da produção nacional e à divulgação de novas origens do café.

Assim como no ano passado, a edição também contará com quatro categorias: as tradicionais (arábica e canéfora) e as menções honrosas para fermentação induzida arábica e para fermentação induzida canéfora.

A novidade de 2021 é que, com o anúncio divulgado na última segunda-feira (9) pela Semana Internacional do Café, de que o evento acontecerá de forma presencial e digital entre os dias 10 e 12 de novembro, em Belo Horizonte (MG), os participantes da feira terão a oportunidade de votar em seu café favorito dentre as amostras finalistas (10 arábicas, 10 canéforas, 3 fermentação arábica e 3 fermentação canéfora).

“Em 2021 temos um novo desafio que é retomar a etapa do público provando os cafés no Expominas, em Belo Horizonte. Acreditamos que essa troca entre os visitantes da SIC e também essa referência de sabores da safra é extremamente importante como aprendizado para os produtores”, comenta Mariana Proença, diretora de conteúdo da Café Editora, uma das realizadoras do evento.

Como participar?

As inscrições para o Coffee of The Year 2021 ficarão abertas até o dia 1º de outubro. Para participar, é necessário se registrar no Sympla e pagar uma taxa de R$ 150. O comprovante será encaminhado para o e-mail inscrito. Na sequência, deve-se preencher uma ficha on-line da amostra, que será recebida através do e-mail, imprimi-la e anexá-la à amostra de 5 kg de café.

As torras e provas das amostras serão realizadas pelo IFSULDEMINAS, sob a coordenação do Professor Leandro Paiva. A Cropster, ferramenta de gestão de provas, é apoiadora do concurso. Diferentemente de 2020, não haverá núcleos parceiros de degustação espalhados pelo País.

Os cafés inscritos

Serão aceitos cafés que no pós-colheita são levados aos processos:

– via seca (fruto seco com todas as suas partes constituintes, resultando nos cafés em coco/café natural);
– via úmida (cafés secos após a retirada da casca do fruto, podendo ainda, haver ou não, a retirada da mucilagem por fermentação natural ou com uso de desmuciladores mecânicos);
 fermentações induzidas ou controladas, onde os frutos – na sua forma natural ou descascados ou desmucilados ou despolpados – são induzidos de forma deliberada no intuito de promover fermentações (igual ou superiores a 10 horas contínuas ou intermitentes) aeróbicas ou anaeróbicas, com ou sem adição de componentes exógenos.

Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br/coffee-of-the-year

TEXTO Redação • FOTO Marcus Desimoni / NITRO

Mercado

Relatório do Cecafé aponta queda nas exportações totais brasileiras de café em julho de 2021

O Conselho dos Exportadores do Café do Brasil (Cecafé) divulgou seu relatório mensal em que aponta que as exportações totais brasileiras de café somaram 2,826 milhões de sacas de 60 kg em julho deste ano, primeiro mês do ano safra 2021/2022. O volume representou queda de 12,8% na comparação com os embarques realizados no mesmo período de 2020. Com o desempenho, as remessas do produto ao exterior chegaram a 23,737 milhões de sacas no acumulado de 2021, crescendo 2,2% em relação aos sete primeiros meses do ano passado.

Segundo o Cecafé, o resultado do mês de julho ocorreu por conta da continuidade dos entraves logísticos no transporte marítimo mundial, que passa por grave crise operacional, com disparada no valor dos fretes, cancelamentos de bookings, dificuldade para novos agendamentos e disputa por contêineres e espaço nos navios em função do aquecimento da demanda por produtos alimentícios e eletrônicos, em especial nos Estados Unidos e Ásia.

“O café brasileiro segue em disputa para conquistar espaço nos navios e ser embarcado no momento correto. Os atrasos que têm ocorrido geram desgaste operacional sem precedentes aos exportadores e, principalmente, uma sobrecarga financeira por não haver fluxo de caixa planejado para esse cenário inimaginável. É válido recordar que isso ocorre simultaneamente a uma realidade de mercado na qual os preços chegam aos mais altos patamares registrados nos últimos anos e a colheita da safra brasileira gira em torno de 80%”, destaca o presidente do Cecafé, Nicolas Rueda.

Em relação à performance no acumulado de 2021, o presidente do Cecafé enaltece as eficiências logística e comercial dos exportadores brasileiros, que, aliadas à safra recorde colhida no ano passado, permitem a evolução na comparação com as remessas realizadas de janeiro a julho de 2020.

“Os exportadores de café do Brasil têm realizado um trabalho ímpar e exemplar para tentar honrar seus compromissos diante dos gargalos logísticos na pandemia da Covid-19, que foram potencializados pela reabertura das principais economias a partir de maio deste ano. Esses esforços, somados à safra exemplar em volume, qualidade e sustentabilidade que os produtores nacionais colheram no ano passado, ainda possibilitam que o Brasil registre crescimento nos embarques frente aos sete primeiros meses de 2020”, explica Nicolas.

Receita

As exportações de café do Brasil, em julho, renderam US$ 402,7 milhões ao País, implicando alta de 5,6% frente aos US$ 381,2 milhões registrados no mesmo mês de 2020. No acumulado de 2021, a receita cambial com os embarques brasileiros do produto chegou a US$ 3,203 bilhões, volume 7,0% superior ao rendimento registrado nos sete primeiros meses do ano antecedente.

Principais países compradores

Os Estados Unidos seguem como os maiores importadores dos cafés brasileiros, com a aquisição de 4,512 milhões de sacas, crescimento de 4,5% na comparação com igual período em 2020. Na sequência vêm Alemanha, com 4,178 milhões de sacas (+5,5%); Bélgica, com 1,694 milhão (+1,1%); Itália, com 1,681 milhão (-9,5%); e o leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Rinson Chory

Cafezal

Modernização da cafeicultura: BSCA aborda o tema em 12º episódio de websérie

Na quarta-feira (11) acontece o lançamento do 12º episódio da websérie “A História do Café Especial – O olhar da BSCA em 30 anos”, realizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Café Editora.

O vídeo da vez aborda a aplicação de novas tecnologias no campo. Para falar sobre o assunto, foram convidados: Luiz Saldanha Rodrigues, da Capricornio Coffees; José Francisco Pereira, da Cia Agropecuária Monte Alegre; e Reymar Coutinho, da Pinhalense.

Movimento da xícara ao grão

Com novos episódios lançados todas as quartas-feiras no YouTube da BSCA e no Instagram da Revista Espresso, o projeto busca levar informações relevantes sobre a cadeia do café especial ao consumidor final e a todas as pessoas que não possuem conhecimento deste universo, rebobinando o trajeto da bebida da xícara ao produtor e sua lavoura.

Com o intuito de aproximar as pontas do setor, a websérie conta com linguagem acessível e tradução em inglês. Deste modo, mais pessoas ao redor do mundo também podem conhecer de perto a história do café especial no Brasil e ficar por dentro de toda a qualidade da produção nacional!

TEXTO Redação • FOTO Café Editora
Popup Plugin