Café & Preparos

Quero iogurte! Conheça a história e saiba como fazer em casa

Há milhares de anos surgiu a primeira versão do alimento, que depois se espalhou pelo mundo para ser consumido de manhã, à tarde e de variadas maneiras

O iogurte é um alimento tão antigo quanto o próprio mundo. O produto consumido na maioria das vezes no café da manhã ou no lanche da tarde tem atrás de si uma milenar história, quando o leite armazenado em vasilhas de barro pelos pastores fermentava ao entrar em contato com as altas temperaturas do deserto. Há também uma outra versão atribuída aos turcos, que guardavam o leite fresco em sacos feitos de pele de cabra. Ao serem transportados por camelos, o calor do animal em contato com a “embalagem” favorecia a produção de bactérias que transformavam o leite em iogurte.

Consumido no mundo todo e de diferentes maneiras – na culinária do Oriente ele é base de muitos molhos e entra em receitas salgadas – o iogurte é reconhecido por ser rico em cálcio, micronutrientes e proteínas, e um poderoso aliado no combate à osteoporose, à hipertensão e estimula o bom funcionamento do intestino.

Porém, existe o sabor para além das propriedades benéficas. E cada povo tem suas preferências. “Brasileiro gosta de iogurte mais adocicado e líquido, o europeu prefere o produto mais ácido e espesso”, compara Edna Arcuri, pesquisadora da Embrapa Gado de Leite (MG).

Foi por vontade de produzir aqui o produto que só encontrava lá fora que Gabriela Borges inaugurou, em 2011, a Delicari, em São Paulo, empresa que produz dez sabores de iogurtes (além de sorvetes) do tipo europeu – espessos, ricos em gordura e saborosos. “Queria fazer laticínios à moda antiga, elaborados apenas com ingredientes naturais, sem corantes, aromatizantes ou qualquer outro componente artificial”, diz Gabriela.

O seu sócio, o neozelandês Craig Bell, é um dos donos da fazenda Leitíssimo, situada no oeste da Bahia. O leite extraído do rebanho Jersey (raça europeia que produz leite com maiores índices de levedura, gordura e caseína, a principal proteína do leite) é a matéria-prima para os produtos da Delicari. leia mais…

TEXTO Janice Kiss • FOTO Daniel Ozana/Studio Oz

Café & Preparos

Museu do Café realiza aula on-line sobre reciclagem de cápsulas

Entre 17 e 23 de maio, o Museu do Café, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, integrará a Semana Nacional de Museus, iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), que este ano chega a sua 19ª edição. A programação gratuita apresenta atividades on-line, com início no Dia Internacional da Reciclagem (17).

Ação colaborativa O que preservar para o amanhã?
17 a 23 de maio

O Museu do Café quer saber a opinião do público: o que é essencial cuidar, manter e conservar para o futuro? Nesta atividade virtual, os usuários poderão responder à esta pergunta e ver a contribuição dos demais participantes. O Museu do Café irá divulgando o link nas redes sociais a partir do dia 17.

Aula online Recicle! É tudo de bom!
17 de maio, às 17h

Neste dia voltado ao cuidado com o meio ambiente e à responsabilidade de cada um na sua preservação, o Museu do Café propõe uma conversa dedicada ao tema da reciclagem, mais especificamente o reaproveitamento das cápsulas de café. A atração é uma parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Inscrições: inscricao@museudocafe.org.br.

A fim de proporcionar uma opção prática aos interessados, o edifício da antiga Bolsa Oficial de Café também se tornará um ponto de coleta desse material no dia 17. O que for recolhido será encaminhado para a Cooperativa de Materiais Recicláveis Santista (Comares).

Baú da memória O que queremos preservar para o hoje?
18 de maio, às 10h30 e às 15h30

Para encerrar a agenda, o setor educativo realizará um processo de escuta das experiências vividas durante a pandemia do Covid-19. O objetivo é, a partir das falas, desenvolver a preservação das memórias constituídas nesse período tão difícil. Inscrições: clique aqui.

Serviço
Museu do Café
Onde:
Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos (SP)
Telefone: (13) 3213-1750
Funcionamento: de quarta a domingo, das 11h às 17h
Mais informações: museudocafe.org.br

TEXTO Redação • FOTO Kous9

Café & Preparos

The Coffee Sensorium cria kit para treinamento de avaliação sensorial de cafés

No final do mês de abril, a The Coffee Sensorium iniciou a pré-venda do Kit de Sabores [café], uma ferramenta de treinamento sensorial que visa a padronização de referências para notas de aroma e sabor da bebida.

Desenvolvido em colaboração com o Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o kit permite a identificação e nomeação correta das notas que estejam associadas com características de qualidade ou defeitos do café.

“A nossa ideia foi criar um produto brasileiro que funcionasse como uma ferramenta de padronização de referências e descritores para sabor, ou seja, a referência será adicionada no café para identificação retronasal”, escreveu a The Coffee Sensorial.

O Kit de Sabores contém 21 referências, sendo elas: banana, maçã, cravo da índia, floral (doce), ervilha fresca, pepino, pão mofado, avelã tostada, borracha, medicinal (riado), cereal, pêssego, cereja, “verdolengo”, pera, laranja, chocolate, baunilha, açúcar caramelizado, queijo maturado e floral (herbal). Cada referência contém 25 doses (25 utilizações).

Para utilizá-lo, prepare o café filtrado e separe-o em amostras de 30 g. Adicione 4 gotas de uma determinada referência em uma amostra, misture e faça o cupping. Identifique as amostras de café com os mesmos números das respectivas referências. Deixe uma amostra sem referência, apenas com o café, para fazer alguma comparação.

O Kit de Sabores custa R$ 830 (pré-venda) e as entregas serão feitas a partir de 14 de junho. Em contribuição à pesquisa brasileira, 30% do lucro das vendas será destinado à compra de materiais de laboratório para a UFMG. O design do Kit foi feito pela artista Júlia Bertú.

Mais informações: www.instagram.com/thecoffeesensorium

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Cafezal

Espírito Santo conquista registro de Indicação de Procedência para cafés canéfora

Na última terça-feira (11), o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu o registro de Indicação Geográfica (IG), na modalidade Indicação de Procedência (IP), para os cafés canéfora (conilon) produzidos no Espírito Santo. O pedido havia sido feito pela Federação dos Cafés do Estado do Espírito Santo (Fecafés).

O estado, que é o maior produtor de canéfora do Brasil, é o primeiro a receber uma Indicação de Procedência para os cafés da espécie. “No país, o Espírito Santo é referência nacional e mundial no desenvolvimento da cafeicultura do café conilon, que foi iniciada no estado ainda em 1912, com a introdução das primeiras mudas e sementes do produto”, destacou a Revista da Propriedade Industrial (RPI), onde foi divulgada a conquista.

Com o registro, o estado capixaba chega a marca de três Indicações Geográficas conquistadas este ano. Em fevereiro, a região do Caparaó obteve o selo de IG na modalidade Denominação de Origem (DO) para cafés arábica, assim como a região das Montanhas do Espírito Santo, que conseguiu o título no começo do mês de maio.

Ainda de acordo com a RPI, o café conilon é o principal produto agrícola do Espírito Santo, sendo responsável pela geração da maior parte da renda e dos empregos no meio rural na maioria deles. Atualmente o estado possui uma área de aproximadamente 300 mil ha ocupada com a produção de café conilon e uma produção de 10 milhões sacas/ano.

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Mercado

illy Art Collection apresenta obra de artista chinês Ai Weiwei

A illycaffè apresenta a nova illy Art Collection por Ai Weiwei, uma interpretação pessoal das renomadas séries de xícaras artísticas pelo artista chinês que é uma das pessoas mais influentes do século 21.

A novidade foi inspirada pelo famoso trabalho “Coloured Vases” de Ai Weiwei, criado em 2006, pegando vasos neolíticos antigos e mergulhando-os em latas de tinta industrial para remodelar sua aparência e função. Usando um processo de apropriação e destruição, Ai Weiwei retira objetos comuns de seu contexto diário e os transforma em obras de arte.

Em sua illy Art Collection, o artista ecoa as experiências e perspectivas em um objeto familiar e, com um de seus atos tipicamente inquietantes, nos convida a explorar nossa “posição” e a perspectiva a partir da qual olhamos o mundo em um determinado ponto do espaço e do tempo, mesmo que seja apenas para o tempo que leva para desfrutar de um café. “Estou muito feliz por fazer parte da illy Art Collection. Acho muito importante dar força à arte e ao design enquanto se bebe um bom café, porque isso afeta a vida de todos. Devemos nos divertir”, declarou Ai Weiwei.

“O projeto com Ai Weiwei é um evento excepcional e nós o celebramos com uma illy Art Collection especialmente valiosa e refinada. De uma grande personalidade, que teve um grande impacto na cultura nos últimos anos, falando sobre a complexidade da sociedade contemporânea, muitas vezes ironicamente, obtemos uma ilusão de ótica, uma beleza oculta que se torna manifesta se aprendermos a ver sem o equívoco de utilizar uma única perspectiva. Para nós, isso é o que o projeto illy Art Collection é: arte fornecendo uma visão através da beleza, e a arte de Ai Weiwei é uma nova e brilhante evidência disso”, disse Massimiliano Pogliani, CEO da illycaffè.

A coleção estará disponível no Brasil a partir de 19 de maio, tanto no e-commerce da illy quanto na loja física, nos seguintes formatos:

– 2 xícaras de espresso (decoradas nas cores dourada, preta, laranja e verde): R$ 298,00
– 2 xícaras de cappuccino (decoradas nas cores dourada e preta): R$ 359,00
– 4 xícaras de espresso (decoradas nas cores dourada, preta, laranja e verde): R$ 546,00
– 4 xícaras de cappuccino (decoradas nas cores dourada, preta, laranja e verde): R$ 669,00

A loja física da illy fica na Rua Haddock Lobo, 1497 – Jardins – São Paulo (SP).

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Nescafé Dolce Gusto lança duas opções de cápsulas à base de bebida vegetal

A Nescafé Dolce Gusto anunciou a chegada das primeiras cápsulas de bebida vegetal com café ao mercado. São duas opções de sabores desenvolvidas para aqueles que adotam a alimentação vegana, vegetariana e flexitarianos, que são quem seguem uma mudança de comportamento para reduzir o consumo de origem animal.

O Macchiato Amêndoas é um produto marcado pela combinação das notas de amêndoas com o sabor do café levemente torrado. Já o Macchiato Coco traz uma mistura de grãos de café do sudeste asiático com a cremosidade do coco. Ambas as opções têm torra média, intensidade 5 e são zero lactose.

“Como marca, temos a preocupação de criar soluções inovadoras que satisfaçam a busca de nossos consumidores por produtos de origem vegetal, seja pela adoção de uma dieta diferenciada ou até mesmo pela busca de opções mais saudáveis”, comenta Tiago Buischi, Gerente Executivo de Marketing de Nescafé Dolce Gusto.

As novidades já estão disponíveis para o consumidor através do e-commerce da marca. A caixa com 12 cápsulas custa R$ 25,70.

Mais informações: www.nescafe-dolcegusto.com.br

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Personagens

Ingrid Macieira: “Celebração da força e união feminina”

Para celebrar as mulheres do café que trabalham todos os dias nos diversos segmentos deste mundo mágico, eu e Josiane Cotrim, criamos a marca de lenços de seda com estampas inspiradas em café. A união entre a paixão pelo café e a moda deu certo! Cada estampa é inspirada na história de uma dessas mulheres e os lenços ganharam seus nomes.

A JCM Scarves é uma grande celebração da força e união feminina. Das produtoras, agrônomas, baristas, jornalistas, mestres de torra, empresárias e tantas mulheres que, desde a lavoura até a xícara, trabalham com este fruto! Desenho com muita alegria, com a missão de traduzir esta paixão em estampas.

Ingrid Mello Helmold Macieira, sócia na JCM Scarves – Niterói (RJ) @jcmscarves

Receitas

Para qualquer hora: 3 combinações com iogurte para você se deliciar

Iogurte é um ingrediente versátil que combina com muitos acompanhamentos: frutas, granola, sucrilhos, geleias… Separamos 3 ideias deliciosas e saudáveis para você curtir!

Iogurte com granola

Ingredientes
– 1 ½ xícara (chá) de aveia
– 2/3 xícaras (chá) de nozes picadas
– 1/4 xícara (chá) de sementes de girassol
– 1/4 xícara (chá) de cranberry seco
– 1/3 xícara (chá) de coco em flocos
– 1 colher (chá) de canela
– 1 colher (sopa) de óleo de girassol
– 3 colheres (sopa) de mel
– 1 pitada de sal marinho

Preparo
Coloque em uma tigela os ingredientes secos (aveia, nozes, girassol, cranberry, coco, canela e o sal), depois junte os molhados (óleo de girassol e mel) e misture bem. Espalhe essa mistura sobre uma assadeira grande untada com óleo ou forrada com papel-manteiga. Preaqueça o forno a 180ºC (a gás) ou 160ºC (elétrico) e deixe assar em torno de 40 minutos até a granola ficar dourada, mexendo, às vezes, para ficar assada por igual. Deixe esfriar, guarde em um pote e prepare seu café da manhã ou lanche da tarde misturando uma porção generosa de granola com iogurte.

Rende 500 g

Iogurte com frutas

Ingredientes
– 1 ou 2 bananas-nanicas
– Colheradas (a gosto) de iogurte grego (preferencialmente)
– Amêndoas laminadas torradas (a gosto)

Preparo
Primeiro, coloque as amêndoas laminadas em um frigideira (sem manteiga ou outra gordura) e leve ao fogo para tostar. Cuidado para não queimar, pois as lascas ficam douradas rapidamente. Depois, corte as bananas em rodelas, coloque-as em uma tigelinha e cubra com o iogurte e as amêndoas. Se preferir, intercale esses ingredientes em camadas. Finalize com um pouco de mel. A receita é um curinga para as manhãs ou lanche saudável da tarde.

Rende 2 porções

Iogurte com geleia

Ingredientes
– 1 kg de morango (lavado, sem o cabinho verde e cortado em pedaços)
– 300 g de açúcar*
– 1 fava de baunilha**
– Suco de um limão-siciliano
– Raspas de um limão-siciliano
– Iogurte

Preparo
Junte em uma panela de fundo grosso os morangos, o açúcar, o suco e as raspas de limão, e deixe descansar por uma hora. Leve a panela ao fogo baixo, coloque a fava de baunilha (abra a vagem, raspe as sementes e acrescente à mistura, além da própria vagem aberta) e cozinhe até a geleia atingir uma consistência espessa. Faça o teste do ponto: coloque um prato no congelador, espere gelar e derrame uma colher de geleia sobre ele. O ideal é que ela esteja mais firme do que líquida. Quando estiver no ponto desejado, retire a fava de baunilha e coloque a geleia em um pote***. Sirva com iogurte natural.

Rende 300 g

*Aumente ou diminua a quantidade de açúcar a gosto

** Fava de baunilha é um ingrediente caro. Por isso, reaproveite ao máximo. Lave-a assim que retirar da panela e deixe secar em lugar arejado da cozinha. Depois de seca, ela é ideal para aromatizar açúcar que, por sinal, pode ser usado na receita das panquecas.

***Depois de cheio com geleia, o pote precisa passar por uma pasteurização para o produto não estragar. Forre o fundo de uma panela com um pano, coloque o pote bem fechado e cubra com 3/4 de água. A água tem que estar na mesma temperatura dos potes: se a geleia estiver quente, a água também precisará estar aquecida.  Abaixe o fogo da água depois que ela ferver e deixe entre 20 e 30 minutos. Retire o pote da panela, vire-o de ponta cabeça em uma tábua e deixe esfriar.

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz

Personagens

Silvia Oigman: “Como neurocientista, mergulhei no mundo lúdico do café”

Sou pesquisadora da Unidade Café e Cérebro no Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR). Minha história profissional e afetiva com café começou durante o pós-doutorado, que teve como objetivo avaliar os efeitos do aroma do café no cérebro humano. Além de construir com a equipe o olfatômetro, dispositivo usado para levar os aromas até os voluntários dentro da ressonância magnética, e desenvolver o protocolo da pesquisa, fiquei responsável por escolher o café que seria usado nos experimentos. 

Nesse período mergulhei no mundo lúdico do café, fazendo visitas às fazendas, ganhando experiência na seleção dos grãos, em torra e métodos de preparo, aliando a ciência, a prática e meu cromatógrafo gasoso (olfato), que me ajuda muito no meu dia a dia do trabalho.

Desde 2015 me tornei a primeira empreendedora científica do IDOR, onde faço pesquisas aplicadas que buscam encontrar soluções inovadoras na área de saúde, contribuindo diretamente na qualidade de vida das pessoas, o que para mim é extremamente gratificante.

Silvia Oigman, neurociência no Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) – Rio de Janeiro (RJ) @silvia_oigman

Personagens

Iandra Vilela: “Esse grão mudou radicalmente a minha vida profissional e faz eu me sentir plenamente realizada”

Sou natural de Ilicinea, no Sul de Minas, e sou formada em nutrição, área que atuei durante 10 anos. O meu envolvimento com o café foi através do meu esposo André. Depois que nos casamos, percebi que precisava de mais sentido na minha profissão. Parecia que estava estagnada. Foi quando meu esposo me fez a proposta de nos mudarmos para Três Pontas, sua terra natal, e ajudá-lo a gerenciar a pequena propriedade da família.

Me senti extremamente confusa, pensando em carreira já consolidada na nutrição e um novo desafio, mas quis arriscar para ver o que dava. Inicialmente, a ideia seria para atuar na parte administrativa, já que a propriedade estava um pouco abandonada, pois ele viajava muito a trabalho e sua irmã mora no exterior. Porém, antes de iniciar esse processo, fui atrás de informações sobre o café, afinal de contas, era um mundo totalmente novo pra mim.

Não sou de família de cafeicultores, mas tenho na lembrança que odiava tomar café na casa da minha tia. Então fui atrás de conhecimento. Fiz muitos cursos de classificação e degustação de café, mas quando fiz o curso de pós colheita, eu me encontrei. Comecei a observar os processos de pós colheita das fazendas e não entendia muito bem quando o café era descarregado no terreiro, as pessoas pisavam em cima dos grãos, tinha cachorro andando em cima dos lotes, etc. Estranhava aquilo tudo, pois o meu olhar era de nutricionista, eu sempre enxerguei o café como um alimento. Todo alimento deve ser processado dentro das normas básicas de higiene e segurança alimentar.

Foi então que tive a certeza que meu lugar era no terreiro. Precisava mudar algumas coisas para mudar a qualidade daquele café. Continuei a minha busca por mais informações e conhecimentos na área. Em 2017, tive a oportunidade de começar a trabalhar no departamento de cafés especiais e exportação da Cocatrel, onde, desde então, atuo no suporte de pós colheita e qualidade para os cooperados. Já em 2018, fiz o curso de Q-processing do CQI, onde tive uma visão ampliada dos processos de pós colheita.

Além do trabalho na cooperativa, continuo responsável pelo pós-colheita na nossa propriedade e em tudo que envolve o café. Sou extremamente apaixonada por esse mundo! Esse grão que mudou radicalmente a minha vida profissional e faz eu me sentir plenamente realizada. O café me trouxe muitos benefícios, mas sem dúvidas as experiências e as novas amizades que me proporcionou e me proporciona a cada dia é imensurável.

Iandra Mendes Vilela, pós colheita e qualidade na Cocatrel – Três Pontas (MG) @iandracoffee

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