Cafezal

Cafeicultor da Bahia tem lote negociado a R$ 173.478 em leilão do Cup of Excellence

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O cafeicultor Antonio Rigno em sua lavoura, em Piatã, Bahia

O lote com 18 sacas da Chácara São Judas Tadeu, do município de Piatã, na microrregião da Chapada Diamantina, foi negociado a *R$ 173.478,47 (US$ 45.000,90). O café do produtor Antonio Rigno de Oliveira rendeu, portanto, *R$ 9.717,86 (US$ 18,90/lb-peso) por saca, no leilão on-line do Cup of Excellence – Pulped Naturals 2015. O lote campeão atingiu 91,22 pontos na escala de 0 (zero) a 100 do concurso e foi arrematado pela empresa UCC Ueshima Coffee Co., Ltd.

O segundo colocado, Cândido Vladimir Ladeia Rosa, genro de Antonio Rigno, também do município de Piatã (BA), receberá um total de *R$122.077. O produto da fazenda Ouro Verde foi adquirido pela empresa Maruyama Coffee e continha também 18 sacas. Já o terceiro lugar, de Luiz Mauro Araujo Miranda, que produz no Sitio Monte Sinai, foi arrematado pelas empresas Time’s Club, TOA Coffee, Coffee Libre, Single Origin Roasters. O lote receberá *R$119.350.

Os lances foram dados via internet na tarde desta terça-feira (1/12), com todos os 22 produtos ofertados tendo sido arrematados. A arrecadação total dos lotes vencedores do concurso foi de *R$ 1.401.248,44 (US$ 363.488,57), superando a máxima anterior de 2010, quando foram movimentados R$ 1,239 milhão, e a cotação média ficou em *R$ 4.257,99 (US$ 8,35 por libra-peso) por saca de 60 kg, acima dos R$ 3.863,44 registrados em 2014.

O maior valor pago por saca, no entanto, não conseguiu superar o recorde registrado no ano passado. Em 2014, o café de Cândido Vladimir Ladeia Rosa, genro de Antônio Rigno e vice-campeão da edição 2015 do Cup, foi arrematado por R$ 16.646,48 por saca de 60 kg (US$ 50,20 por libra-peso). O cafeicultor de Piatã (BA) recebeu o maior lance no leilão on-line da competição e o café alcançou, em 2014, nota 94,05 na competição. (Leia mais)

Vencedores de diversas regiões
Neste ano, o certame teve vencedores de sete origens produtoras do País: Indicação de Procedência da Mantiqueira de Minas; Chapada Diamantina, no Planalto da Bahia; Indicação de Procedência do Norte Pioneiro do Paraná; Montanhas do Espírito Santo; Sul de Minas Gerais; Matas de Minas; e Média Mogiana, em São Paulo. “O leilão cumpriu com sua função principal, que é mostrar e valorizar as origens produtoras dos cafés especiais brasileiros, incentivando os produtores a buscarem cada vez mais qualidade”, comenta o novo presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA – Brazil Specialty Coffee Association), Adolfo Henrique Vieira Ferreira.

O resultado completo do leilão dos cafés vencedores do Cup of Excellence – Pulped Naturals 2015, incluindo o nome das empresas compradoras de cada lote, pode ser conferido no site da ACE.

* Dólar cotado a R$ 3,855, conforme fechamento de 1º/12/2015.

TEXTO Da redação • FOTO Arquivo pessoal

BaristaCafeteria & Afins

Cristina Cafés e Jameson lançam carta exclusiva de drinques alcoólicos com café

Irish Coffee

Irish Coffee

Brasília vai começar a agitar o fim de ano com muito café no happy hour. A proposta é da cafeteria Cristina e do uísque Jameson que lançam, amanhã, 1/12 (terça), o cartão Clube Irish. Quem adquirir terá direito a quatro drinques do cardápio.

Segundo Pedro Lisboa, diretor do Cristina Cafés: “Serão oito combinações, entre drinques quentes e frios, de harmonia perfeita entre o café especial e diversas bebidas alcoólicas, como uísque, vodca, espumante e licor”. A partir de 2016, diariamente, a cafeteria Cristina receberá o público para happy hour a partir das 16h servindo os novos drinques.

O cartão fidelidade, ao custo de R$ 80,00, terá 100 unidades limitadas. A apresentação ao público será feita em festa aberta amanhã na cafeteria. O evento de lançamento terá a apresentação de um pocket show com a banda Tanaman Dul, especializada em música irlandesa.

Uma das tradições, o Irish Coffee, é conhecido mundialmente como drinque clássico de café e a principal referência no Campeonato Mundial de Coffee in Good Spirits, torneio mundial especializado em cafés especiais com bebidas alcoólicas.

Serviço
Lançamento do Clube Irish
Data: 1/12 (terça), a partir das 19h
Local: Café Cristina – CLN 202 Norte, bloco A, loja 45, Asa Norte
Tel.: (61) 3328-4881
Horário: Segunda à sexta, das 8h às 21h; sábado, das 9h às 19h
Entrada e mais informações: www.cafecristina.com.br

TEXTO Da redação • FOTO Daniel Ozana/Café Editora

Mercado

Isso é Café promove encontro com Blue Bottle Coffee, Mocha Mill e FAF

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Na próxima terça-feira (1/12), a cafeteria Isso é Café, em São Paulo, recebe dois grandes nomes do cenário mundial de café, além de cinco produtores do grupo da Fazenda Ambiental Fortaleza (FAF).

O comprador de cafés da empresa americana Blue Bottle Coffee, Stephen Vick, é um dos convidados. A marca possui lojas em São Francisco, Nova York, Los Angeles e Tóquio e, atualmente, investe na estratégia de expansão nos Estados Unidos.

Mokhtar Alkanshali, exportador da Mocha Mill, responsável pelo envio de cafés do Iêmen para os Estados Unidos, para a França e agora para o Brasil, também participa da conversa. Ele irá contar sua história no setor e mostrará fotos de sua jornada por terras iemenitas, na qual precisou organizar uma escolta armada para que um grupo de produtores levasse os grãos até o porto em Mocha. Sua visita faz parte de uma parceria com a FAF, com o objetivo de criar uma conexão entre o Brasil e o Iêmen.

Os produtores do grupo FAF vão destacar as mudanças implementadas em suas produções nos últimos 10 anos, desde que firmaram parceria com a empresa. O investimento em qualidade e o crescimento do pequeno e do médio agricultor serão temas discutidos.

O bate-papo marca o lançamento do café Al Haymah, uma das regiões com colheita mais tardia do Iêmen devido a altitudes elevadas. O longo período de maturação deste café, segundo informações da Isso é Café, “produz açúcares complexos e sabores que se mostram excepcionais na xícara”.

Serviço
Data: 1/12 (terça-feira)
Horário: 17h
Local: Isso é Café – Rua Carlos Comenale, s/nº (no Mirante 9 de Julho, próximo à estação Trianon/MASP do metrô)
Entrada: gratuita
Mais informações: www.facebook.com/issoecafe

TEXTO Da redação • FOTO Mariana Proença

Mercado

ES e MG estão na final do Concurso Colheita Premiada

Nescafé Dolce Gusto anuncia os classificados para a próxima fase do Concurso Colheita Premiada, iniciativa que vai eleger o melhor café produzido no Brasil. Após análise das amostras inscritas, que vieram de várias regiões produtoras do País, a organização selecionou 16 lotes para a etapa classificatória. Entre os finalistas estão representantes dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Clique e veja a lista completa. A partir de agora, para a escolha do melhor café, as amostras serão degustadas utilizando a metodologia de avaliação de qualidade da Nestlé, com acompanhamento da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e auditoria da Safe Trace Café. Uma comissão julgadora vai avaliar o café e selecionar os finalistas para as categorias Arábica Via Seca, Arábica Via Úmida e Conilon. O lote vencedor do Concurso Colheita Premiada será anunciado no dia 27 de novembro. O produtor ou grupo de produtores do lote campeão terá 850 sacas adquiridas pela Nestlé para a produção de uma edição especial de cápsula 100% brasileira de Nescafé Dolce Gusto. O novo produto será produzido no Brasil, na fábrica de Montes Claros (MG), e comercializado a partir de julho de 2016 em todos os países em que a marca está presente. O concurso desenvolvido pela Nestlé tem parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e é organizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais. A produção certificada por um padrão independente de sustentabilidade foi um dos requisitados para participação. Fábrica no Brasil A edição limitada 100% brasileira de Nescafé Dolce Gusto será produzida na nova fábrica de cápsulas que será inaugurada em dezembro deste ano, na cidade de Montes Claros (MG). Esta é a primeira fábrica de marca fora da Europa e está recebendo um investimento de aproximadamente R$ 200 milhões em sua construção.

TEXTO Da Redação • FOTO Daniel Ozana

Banco de Germoplasma do IAC está em perigo

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Produtores e torrefadores ao redor do mundo estão familiarizados com as variedades de café mundo novo e catuaí. E quanto a icatu, obatã, tupi, caturra vermelho, caturra amarelo e bourbon amarelo? Todas são brasileiras e cada uma deve sua existência ao Instituto Agronômico de Campinas. O IAC foi fundado há 128 anos pelo imperador português D. Pedro II, em 1887. E, entre seus maiores tesouros, está um banco de germoplasma de café datado de 1929.

“Inicialmente, diferentes variedades de arábica foram coletadas de diversas regiões do Brasil. Naquela época, elas eram: típica, amarelo de botucatu, bourbon vermelho, sumatra, maragogipe e caturra. A partir dessas plantas, muitas variações/mutações foram encontradas nos campos e trazidas para Campinas”, explica o pesquisador do IAC, Gerson Giomo.

Um programa de melhoramento genético foi iniciado em 1932, quando centenas de pés de café de outros países chegaram para estudo. Os resultados de 80 anos de pesquisa representam um enorme legado científico, útil no Brasil e em outros lugares.

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“Catuaí vermelho e caturra vermelho, por exemplo, são variedades muito cultivadas na América Central. E obatã está em processo de implementação na Costa Rica”, explica Giomo. “Estima-se que 90% dos 4,3 bilhões de pés de café brasileiros são derivados de cultivares desenvolvidas pelo IAC”, disse.

No século passado, o Instituto desenvolveu 66 cultivares comerciais de café arábica e uma cultivar de robusta. O IAC supervisiona o maior e mais ativo banco de germoplasma do Brasil, com 16 espécies, uma diversidade de formas botânicas, mutações, e variedades exóticas originadas pela diversificação de Coffea arabica e Coffea canephora. Um total de 5.451 acessos e 30.000 plantas estão sob os cuidados do Estado de São Paulo.

“É importante ressaltar que todas as pesquisas de melhoramento genético foram financiadas pelo governos Federal e Estadual. A nossa instituição não lucra com o conhecimento produzido”, explica Giomo. Por esta razão, a maioria de sua tecnologia é livre para outros usarem.

Infelizmente, a atual crise econômica e política coloca o banco de germoplasma em perigo. Um déficit financeiro nos últimos cinco anos limitou a manutenção, culminando na atual situação precária para essa coleção insubstituível.

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Pesquisadores já fizeram o seu melhor para cuidar das plantas, mas aposentadorias e a pouca mão de obra forçaram o conselho administrativo do IAC a procurar fundos financeiros para evitar erosão e o fim dessa base genética, que é essencial para a pesquisa científica e tecnológica. “Estamos procurando uma parceria público-privada em diversos setores que, direta e indiretamente, se beneficiaram com a tecnologia produzida pelo IAC”, explica Giomo.

*Kelly Stein é jornalista e correspondente da revista STIR Tea&Coffee. Fale com a colunista pelo e-mail colunacafe@cafeeditora.com.br ou kellyrstein@gmail.com

(Artigo originalmente publicado na revista tailandesa STIR Tea&Coffee)

TEXTO Kelly Stein • FOTO Paula Rúpolo/Café Editora

Receitas

Drinque de café

Ed 49_Receita Drinque de Café

Ingredientes
• 30 g de açúcar
• 60 ml de cachaça envelhecida
• 120 ml de café espresso
• 120 ml de creme de leite fresco batido

Preparo 
Em uma taça, junte os três primeiros ingredientes. Finalize com uma camada de creme de leite batido e sirva.

Rende 1 porção

(Receita originalmente publicada na edição impressa da Revista Espresso, referente aos meses de setembro, outubro e novembro de 2015).

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz/Café Editora • RECEITA Murilo Meireles, bar Aé Sagarana

Receitas

Lascas de biscoito de polvilho

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Ingredientes
• 200 ml de leite
• 200 ml de óleo de girassol
• 50 g de purê de batata
• 3 ovos
• Polvilho azedo
• Sal

Preparo
A massa versátil do biscoitão mineiro é a base desta receita. Bata no liquidificador o leite, o óleo, o purê de batata, os ovos e o sal a gosto. Transfira essa mistura para um recipiente e adicione aos poucos o polvilho até a massa adquirir a consistência de um purê. Forre uma assadeira com papel-manteiga levemente untado, ou folha de silicone, e espalhe a massa com uma espátula. Asse em forno preaquecido (200 °C) por 6 minutos. Quebre em pedaços de tamanhos irregulares e sirva de entrada, acompanhado de antepasto. Se quiser transformar as lascas em sobremesa, coloque-as na mesa ao lado de um doce cremoso, como goiabada ou doce de leite.

Rende 2 porções

(Receita originalmente publicada na edição impressa da Revista Espresso, referente aos meses de setembro, outubro e novembro de 2015).

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz/Café Editora • RECEITA Fábio Vieira, chef de cozinha e sócio-proprietário do Restaurante Micaela

Café com afeto

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O café é casado com o açúcar há dezenas de anos. Já completaram umas quatro bodas de ouro e, sem festa, mas com grande fidelidade, mantêm essa relação duradoura. Eles são daquele tipo “casal chiclete”, que não desgruda por comodidade e tradição. Onde está o café, lá vem o açúcar. Trata-se, muitas vezes, de um casal moderno, que se adapta a qualquer realidade vigente no País. Falta água, mas não falta afeto, quer dizer, açúcar.

Além da relação íntima entre eles, esse é o perfil de um casal que tem torcida. Todos querem que eles fiquem juntos, ou a maioria deseja isso. Se o café aparece sem o açúcar, a confusão está formada. É um falatório sem igual. Cochichos para todos os lados. Imagina o café puro saindo por aí? O casal tem árduos defensores e não adianta querer separar os dois. Pior ainda é insinuar que o café, então, é melhor que o açúcar. Nossa, há revolta e até protesto:

“O quê? Esse café é especial?”. “Mas o que ele tem de tão diferente assim para o açúcar ser posto em segundo plano?”. “Nossa, que absurdo!”, bradam alguns. Daí vêm as críticas ao café: “Nossa, mas que café fraco!”, “Cadê o açúcar?”, “Que amargo”, “Cadê o açúcar?”. O café passa de chafé a muito forte em questão de segundos, tudo porque não está acompanhado do açúcar.

Conclusão: o açúcar nunca se sentirá sozinho. É daquele casal que, mesmo terminando o relacionamento, terá sempre alguém tentando criar uma situação de reencontro. Coisa boa de amor. De mãos dadas eles saem pelas ruas alegrando os apreciadores e tornando a vida cheia de energia e mais doce.

Às vezes o leite chega para fazer companhia, mas só em alguns momentos do dia ele pode entrar na conversa. Para agradar, o tal do leite às vezes faz até um desenho bonito, que deixa tudo em harmonia. Tenta também versões desnatadas, com soja, integral e direto da fazenda. Mas nada supera a presença do açúcar nessa relação.

Eis que, em tempos modernos e de grãos bem cuidados, surge um café independente, completo, que não precisa do açúcar para sobreviver. O café ganha uma liberdade nunca vista na relação e passa a circular sozinho por aí. Mas há quem sempre pergunte: “E o açúcar, como está?”. E o café: “Ah, nós terminamos”.

E assim o café repete essa frase inúmeras vezes ao dia. Tem algumas recaídas, claro, encontrando-se com o açúcar em dias mais amargos, em que precisamos de afeto. Mas isso sem que ninguém veja. Ele, o café, pensa: “Eu sei que o certo é não estar perto de você”. Talvez porque ele altere o temperamento, ou mascare o real jeito de ser do café, ou mesmo sobressaia ao grão, sempre o centro das atenções, mas nem sempre do sabor. Porém a relação deles é tão longa, estão tão acostumados um ao outro que sem o açúcar a vida vira um grande martírio para o pobre café.

Então o café continua sendo um grande companheiro, mas sem a obrigação de estar junto. E o açúcar, ah, esse é pau pra toda obra e topa qualquer convite. Está presente em todos os lugares, bares, e sempre indo ao encontro do café.

Esse relacionamento vai e vem, volta ou não volta, separa definitivo ou se vê de vez em quando é a grande graça da vida. Eles descobrem que é difícil viver totalmente separados, mas que há momentos em que é bom experimentar sair sozinho por aí e ter sua liberdade, seus outros complementos, conversas. As regras, ah, essas deixamos de lado, queremos que seja sempre com muito afeto e uma boa companhia.

*MARIANA PROENÇA é jornalista. Em 2006 assumiu a direção de conteúdo da Espresso e, meses depois, o café já tinha virado uma paixão, que dura até hoje. Nesta coluna ela aborda diversos temas e experiências sobre a profissão barista. Fale com a colunista: mariana.proenca@cafeeditora.com.br

TEXTO Mariana Proença • ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes

Cafeteria & Afins

Café Loustic – Paris (França)

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Aberto em 2013, o Café Loustic nasceu da vontade de Channa Galhenage de apresentar ao público francês cafés de melhor qualidade. Em um passado não muito distante, Paris, famosa por suas casas de café, não costumava ser conhecida por servir boas xícaras da bebida. Channa, então, farto da escolha dos grãos, dos equipamentos deficientes, da falta de treinamento dos baristas e da baixa educação das pessoas sobre café, resolveu abrir o próprio negócio e hoje faz parte de uma geração que inspira a cena de cafeterias na cidade. “Nós queríamos mostrar uma boa torra, preparar os cafés em diferentes métodos e educar o público, especialmente, sobre o fato de o grão ter diferentes sabores, como o vinho, e não apenas ter ‘gosto de café’”, explica.

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No ambiente confortável, idealizado pela designer Dorothée Meilichzon, são servidos apenas microlotes de origem única, selecionados e torrados pela torrefação Caffenation, da Antuérpia, na Bélgica. O Café Loustic é o único cliente da marca na França, o que garante, segundo Channa, cafés exclusivos de lugares como Etiópia, Quênia, Burundi, Ruanda, Panamá, Colômbia, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica.

Convite ao bom café

A cada três meses, os frequentadores da cafeteria também têm a oportunidade de provar um grão diferente de uma torrefação convidada, ao longo de uma semana. O último convidado do Loustic foi o especialista Tim Wendelboe.

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Por lá são preparados espressos, elaborados em uma La Marzocco Linea, e também cafés filtrados na Hario V60, na Chemex e na aeropress. Além dos clássicos ristretto e cappuccino, a casa serve bebidas como o café crème (um ristretto duplo em 220 ml de leite), o piccolo lattè, o cold brew, e o famoso caffè latte glacé (um café com leite gelado que leva maple syrup, gelo, leite e ristretto duplo). Quiches, bagels, saladas, além de cookies, croissants, gâteaux basque e muffins completam as opções do menu.

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(Texto originalmente publicado na edição impressa da revista Espresso, referente aos meses de setembro, outubro e novembro de 2015. Sugerimos consultar o lugar para horários de funcionamento e mais informações)

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rue Chapon, 40
Cidade Paris
País França
Website http://www.cafeloustic.com
Telefone (+33) 9 80 31 07 06
Horário de Atendimento De segunda a sexta, das 8h às 18h; sábado, das 9h às 18h; domingo, das 10h às 18h
TEXTO Hanny Guimarães • FOTO Jesse Morgan

Cafeteria & Afins

Cum Panio – Belo Horizonte (MG)

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A dupla pão e café não poderia estar mais bem representada nessa padaria mineira, aberta ao público há doze anos pelos proprietários Camilo Gazzinelli e Luciana Martins. A Cum Panio, do latim “com quem se come o pão”, busca na simplicidade do alimento essencial uma maneira de falar sobre a tradição da panificação. “Mais do que receitas, é a cultura do pão que nos interessa e tudo o que o envolve, desde os produtos de base até as técnicas de produção, as formas, as inúmeras possibilidades desse alimento básico, simbólico, atemporal e completo por si só”, diz Luciana.

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Foi da experiência de várias viagens que o casal fez ao exterior e do intercâmbio com profissionais estrangeiros que nasceu a ideia de montar uma casa de pães em Belo Horizonte. O trabalho é focado em pães de diversas partes do mundo, na qualidade de cada produto e na fabricação de fermentação lenta e natural. Os resultados são vistos na prateleira, que evidencia a beleza de cada massa. Crostas crocantes, bem assadas, e miolos formados, alveolados ou não, dependendo do desejo dos padeiros.

Sabor de Minas

O foco sempre foi a venda dos pães para consumo em casa ou em restaurantes, mas como o cheirinho de pão fresco pairava na loja, era quase impossível não associá-lo a uma pequena fome. Assim, Camilo e Luciana começaram a trabalhar com café espresso, extraído de uma máquina Jura F50 superautomática para atender os clientes. Os grãos vêm hoje do Cerrado Mineiro e são fornecidos pela microtorrefação Taste Cafés Especiais.

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A bebida combina com os croissants recém-saídos do forno, o pain au chocolat, as broinhas de fubá, os brioches folhados, os brownies e os pães de chocolate. Além disso, é possível provar os pães acompanhados de queijos, azeite ou manteiga, no serviço extremamente informal, como destaca Luciana, mas com muito cuidado e atenção aos detalhes. Cervejas artesanais e vinhos também podem ser consumidos na padaria ou levados para casa.

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(Texto originalmente publicado na edição impressa da revista Espresso, referente aos meses de setembro, outubro e novembro de 2015. Sugerimos consultar o lugar para horários de funcionamento e mais informações)

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua do Ouro, 292
Bairro Serra
Cidade Belo Horizonte
Estado Minas Gerais
País Brasil
Website http://cumpanio.co
Telefone (31) 3225-5246
Horário de Atendimento De terça a sexta, das 11h às 19h30; sábado, das 11h às 14h.
TEXTO Hanny Guimarães • FOTO Divulgação
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