Cafeteria & Afins

Úrbici – Fortaleza (CE)

Cafeteria Urbici

Uma cafeteria instalada em uma antiga banca de jornal, sob uma mangueira, e próximo a duas importantes avenidas com ciclofaixas no centro da cidade. Essa localização inspirou o nome e o modelo do café de Diego Hermys, Úrbici – mistura de urbanidade (urbe) e ciclismo (bici) –, que oferece estacionamento adequado para bicicletas e água filtrada com gelo grátis.

Cafeteria Urbici

Em apenas 8 metros quadrados, o dono da Úrbici serve Bike Café na forma de espresso (extraído de uma Futurete Oberon) e filtrado na Hario V60, Aeropress, Clever e prensa francesa, acompanhados de pão de queijo, biscoito de polvilho, o típico cuscuz nordestino (com manteiga ou queijo), brownie com castanhas-de-caju e bolo do dia, tudo sempre fresco.

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De acordo com Diego, o bolo de leite Ninho e o “sem preço” – o cliente paga pela fatia quanto acha que vale seguindo o modelo dos cafés solidários –, além da cajuína (refrigerante feito de caju, tradicional na Região Nordeste), estão entre os itens de maior sucesso. Há outras bebidas para acompanhar o cardápio, como o café com o nome da casa, que leva água com gás aromatizada com limão, gelo e espresso, refrescante para o calor de Fortaleza.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da revista Espresso, referente aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro de 2016. Sugerimos consultar o lugar para horários de funcionamento e mais informações)

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Avenida Antônio Sales, 1.357
Bairro Joaquim Távora
Cidade Fortaleza
Estado Ceará
País Brasil
Website http://www.urbici.com
Telefone (85) 98824-5462
Horário de Atendimento De segunda a quarta, das 7h às 20h; de quinta a sexta, das 7h às 22h
TEXTO Janice Kiss • FOTO Divulgação

Receitas

Cambones

drinque de Thiago Nego

Ingredientes
• 30 ml da calda de picles de tangerina*
• 60 ml de cold brew (Sugestão de café: True Coffee Brasil)
• 25 ml de calda de cereja
• 2 cerejas

Preparo
Bata todos os ingredientes em uma coqueteleira com oito pedras de gelo. Sirva em um copo e complete com gelo, se precisar.

*Picles de tangerina
• 450 ml de água
• 800 ml de vinagre de maçã
• 20 g de açúcar
• 20 g de sal
• 3 g de cravo
• 5 g de anis-estrelado
• 6 tangerinas inteiras, cortadas em rodelas

Preparo
Em um pote esterilizado e com tampa, distribua as rodelas de tangerina e reserve. Separadamente, em uma panela, junte a água e o vinagre e leve ao fogo. Acrescente o sal e o açúcar e mexa até diluir. A seguir, coloque as especiarias. Antes de começar a ferver, retire do fogo e despeje o líquido em cima das rodelas de tangerina, deixando o pote aberto até que esfrie. Quando estiver em temperatura ambiente, tampe e aguarde por cinco dias antes de servir.

Rende 1 porção

(Receita originalmente publicada na edição impressa da Revista Espresso, referente aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro de 2016).

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz/Café Editora • RECEITA Thiago Nego, barista e responsável pela cachaça Samba Nego

Café & Preparos

Denise Fraga

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“Faço o meu café sempre como manda a tradição: sem pressa e no coador.”

A atriz não torce o nariz quando lhe oferecem um café. Fora de casa geralmente pede um “carioca”. Mas confessa que, para ela, café bom mesmo é o que ela faz. Preparado sempre como manda a tradição: sem pressa e no coador. “O meu segredo é nunca colocar a água fervente e sempre esperar uns segundinhos para ela não entrar muito quente e queimar o café.” Além dos cuidados com a água, dica que recebeu de um fazendeiro produtor de café, também gosta de acrescentar um gostinho de limão à bebida, costume que lembra a tradição dos romanos, que não dispensam umas raspinhas do limão-siciliano ao lado do espresso.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Maria Eugênia de Menezes • FOTO Guilherme Gomes

Cafezal

Terra fértil para o café

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O empreendedorismo de Arthur Moscofian Jr. transformou o solo degradado da Fazenda Santa Mônica, em Machado, no Sul de Minas, em terreno produtivo para os grãos de qualidade

Arthur Moscofian Jr. poderia não ter se tornado cafeicultor se tivesse se deixado abalar pelo que viu há exatos quarenta anos: a geada que dizimou os cafeeiros de seu pai, no Paraná, e diminuiu as extensões dessa lavoura no estado que encontrou ao longo do tempo outras vocações agrícolas. Na época, Arthur filho, como é chamado pela família, tinha apenas 15 anos de idade e acompanhar o pai de São Paulo ao Paraná era a grande viagem de sua vida. Não poderia supor que um dia rodaria o mundo.

Por teima, devoção a São Jorge (o santo protetor de toda a sua família, de origem armênia) ou espírito empreendedor, o produtor de cafés especiais alcançou altos índices de produtividade (80 sacas por hectare) e abre a porteira da Fazenda Santa Mônica, em Machado, no Sul de Minas, com o propósito de contar em detalhes como chegou a colher 5 mil sacas por safra de uma bebida que atinge em média 82 pontos – a Brazil Specialty Coffee Association (BSCA) classifica o café com pontuação acima de 80 na categoria especial. “Trabalho agora para alcançar os 90 pontos”, revela.

Os resultados que Arthur colhe agora são fruto de uma observação sagaz do passado, do emprego de tecnologia e de nenhum receio de ousadia. Há vinte anos, o produtor, que era dono de vários restaurantes em São Paulo, escutava sempre a mesma resposta quando perguntava aos clientes se haviam gostado do cardápio. “A comida é ótima, mas o café…”, diziam.

De tanto ouvir a mesma frase, Arthur decidiu ele próprio cuidar do café, do plantio à bebida que iria oferecer em seus restaurantes. “Embora estivesse em outro ramo, a família nunca abriu mão de se dedicar à agricultura, com plantações que iam do café à folha de uva para charutos”, comenta.

Para conseguir o café desejado, o produtor começou sua tarefa do zero. Adquiriu a propriedade em Machado – rebatizada de Fazenda Santa Mônica – sob olhares desconfiados. Afinal, o que queria ele com aquela terra de solo pobre e degradado, voltado para a pecuária leiteira e com poucos pés de cafés, velhos e malcuidados? “Eu queria o ‘terroir’ da região, que proporciona à bebida aroma intenso, açúcares e óleos essenciais”, explica.

Quanto ao intenso trabalho para pôr tudo no jeito, como desejava, a propriedade foi uma boa escolha, segundo ele. “Comecei do zero, mas com o projeto que imaginei”, conta o produtor que não teme grandes obras. No seu currículo de engenheiro civil (profissão que tocava paralelamente aos restaurantes) constam 620 construções entre pontes, escolas, hospitais e postos de saúde.

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Dividir para entender
Como havia planejado, o cafeicultor fez da Santa Mônica sua fazenda modelo ao começar a corrigir o solo em busca de fertilidade. Depois dividiu a propriedade em sete setores (a fim de ter um diagnóstico mais preciso do desempenho das áreas de lavoura) e escolheu as variedades mundo novo, catuaí amarelo e vermelho. Os pés são plantados no sistema semiadensado, com uma distância de 70 centímetros entre eles e espaçamento de 3,8 metros entre as ruas. Análises de solo e foliar são feitas duas vezes por ano para que o cafezal não seja surpreendido por um desequilíbrio nutricional.

Para que os cafeeiros se desenvolvessem e de certa maneira se blindassem contra a seca que castigou as regiões produtoras dessa cultura nos dois últimos anos, o produtor já havia implantado a fertirrigação – irrigação por gotejamento acompanhada de uma mistura de adubo e agroquímica.

O produtor adotou também o sistema safra zero, difundido nos dias de hoje, mas que na época não era bem-visto entre os cafeicultores tradicionais. Trata-se de uma técnica de poda da ponteira e das laterais dos cafezais após a colheita do ano da safra alta. Como se sabe, o café é marcado por sua bianualidade – um ano farto e outro mais fraco. Com o safra zero, implantado de forma alternada, os pés ficam um ano sem produzir, mas rendem o dobro no período seguinte, segundo ele. A intenção do produtor é aumentar a produtividade sem expandir a área. “Meta mesmo é continuar plantando cem frutíferas por ano para repovoar a área com pássaros, bugios e gatos-do-mato”, conta.

Para o ano que vem, ele planeja suspender a lavagem e separação de grãos da fazenda feita pelo lavador e usar apenas o seletor óptico, equipamento que separa os grãos cereja, verde e boia por meio do reconhecimento da cor deles. Conforme o produtor, a vantagem está na economia de água, na diminuição do tempo de secagem e na seleção perfeita dos grãos, o que influenciará na qualidade da bebida.

No entanto, todo esse modelo para alcançar cafezais produtivos e chegar à bebida desejada desembocou em outra vocação de Arthur Moscofian Jr. – o empreendedorismo. “Se eu precisava de um café especial para atender aos meus restaurantes, outros haviam de passar pelo mesmo”, comenta. Ao focar esse nicho de mercado, o produtor-empresário investiu em uma torrefação e hoje fornece para mais de 2 mil pontos de vendas entre restaurantes, cafés e padarias.

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Arthur quer tornar mais visível a produção de queijos da região

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Doce combina com café e é impossível resistir a parada na Reserva de Minas

Perto do cafezal
Arthur faz questão de aproximar seus clientes do campo. Com muita frequência, ele promove visitas à propriedade, quando não abre mão de mostrar os plantios, falar das técnicas de um jeito simples para a fácil compreensão de todos e reforçar que a fazenda só trabalha com o café ao natural, cujo grão seca com a casca, o que permite que os açúcares da polpa migrem para a semente. “Depois de seco e beneficiado, o café descansa até seguir para a torrefação ou exportação”, diz.

Cerca de 70% do café produzido pela fazenda tem o comércio internacional como destino (ele pretende dar início à venda de uma pequena parcela de café torrado em 2016) e os outros 30% ficam no mercado interno que, desde julho, passou a receber cápsulas do café Santa Mônica.

Os grãos da fazenda ficam guardados em big bags na Cooperativa Agrária de Machado (Coopama), na qual o produtor integra a lista de 1.800 cooperados, e aonde suas visitas também são levadas para um tour. “É importante que o cliente se dê conta de que existe uma rede até o café chegar ao estabelecimento dele. Ninguém faz nada nesta vida sozinho”, diz.

Arthur podia estar com o “burro amarrado na sombra” – ditado antigo para quem já alcançou uma vida confortável –, mas não consegue ter sossego. Ele procura disseminar suas ideias empreendedoras por potenciais negócios na cidade e que não necessariamente estão relacionados ao ramo da cafeicultura.

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Colheita mecanizada na propriedade, que tem área plantada de 96 hectares

Café com queijo
A amiga Albany Salles Dias não se arrepende do dia em que ela e o marido convidaram o cafeicultor e o pai dele (o Arthur pai) para almoçarem em sua casa. Na hora da sobremesa, ela serviu um doce de nata que costumava fazer com a sobra do leite da fazenda. Na mesma hora, pai e filho perguntaram por que ela não começava a vender aquela iguaria. “Fazia apenas para os de casa e não sabia reconhecer o potencial de receitas tradicionais”, conta.

Mas Albany prestou bem atenção no conselho dos amigos e aos poucos passou a comercializar os seus doces caseiros. Foi dessa forma que nasceu há dezoito anos a Reserva de Minas, que hoje conta com 4 mil pontos de venda em todo o País. O campeão continua sendo o doce de nata, mas tem também o de leite, o de frutas, a cocada, etc.

Hoje, quase toda a família está envolvida no negócio e a “pequena portinha” que montaram no Km 445 da BR 267 se tornou um empreendimento que conta agora com 108 funcionários, fábrica em processo de ampliação e posto de parada para os viajantes. “Passamos nossos dias aqui, neste pedaço doce”, diz Albany.

Agora, Arthur quer motivar os amigos da Cooperativa Regional de Produtores de Leite de Serrania (Corples), município vizinho a Machado, a tornar mais visível a produção de queijos, incluindo tipo parmesão, frescal, requeijão, manteiga e o próprio leite, para além das cercanias da cidade. “Os produtos são de excelente qualidade e não têm por que ficar conhecidos apenas por aqui”, comenta.

Segundo o diretor da cooperativa, João Batista de Figueiredo, os 350 produtores associados entregam, em média, 100 mil litros de leite por dia – 60% são direcionados para grandes laticínios e o restante é industrializado pela Corples. “Acho boa a ideia de nos mostrar mais ao mercado, pois estamos no ramo há 38 anos”, diz Figueiredo.

Para Arthur, basta que a cooperativa comece a participar de algumas exposições e até mesmo do próprio setor da cafeicultura. “É só juntar o café com o queijo, a mais deliciosa das combinações mineiras”, aconselha o cafeicultor, que às 5 da manhã já se encontra pronto para a lida.

Ficha técnica

FAZENDA Santa Mônica
LOCALIZAÇÃO Machado (MG)
REGIÃO Sul de Minas
ALTITUDE MÉDIA 1.000 metros
PRODUÇÃO ANUAL 5 mil sacas
ÁREA TOTAL 150 hectares
ÁREA PLANTADA 96 hectares
NÚMERO DE CAFEEIROS 432 mil
COLHEITA mecanizada
PROCESSAMENTO natural
SECAGEM terreiro (pátios de secagem) e secador mecânico
VARIEDADES mundo novo, catuaí vermelho e amarelo
CERTIFICAÇÕES UTZ Certified, Certifica Minas Café e Ascafea

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Janice Kiss • FOTO Alexia Santi, Agência Ophelia

Mercado

A aeropress ficou mais fácil

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Esse produto chama atenção logo de cara, pelo formato e pela proposta.

Uma espécie de “abridor de garrafas” criado para facilitar o uso da aeropress. Muitas pessoas dizem que o método criado por Alan Adler exige força. Realmente. A Spressa criou então a Mezzo, que reduz de 30% a 40% a pressão necessária para que a “seringa” vá até o final. O projeto alcançou êxito também no Kickstarter e a empresa de Seattle começou a comercializar no fim de 2014. Fizemos o teste e funciona bem. www.spressa.us

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café.
Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

Café & Preparos

Soft Brew George Sowden

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Um método que prepara café mantendo separados o café moído e a água, mesmo que por pequeníssimos poros, é, no mínimo, inovador.

Sem utilizar filtros de papel, nesse tipo de preparo, a água entra em contato com o café e absorve o sabor sem uma filtração muito profunda, o que resulta em uma bebida encorpada. O funcionamento é simples: basta colocar o filtro, de aço inoxidável, dentro da jarra, adicionar o café ao filtro e despejar a água quente. Mas fique atento: por ser você quem está no controle, cuide para que a temperatura e a extração estejam na medida certa para não amargar o café. (Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Da Redação • ILUSTRAÇÃO Luciano Veronezi

Café & Preparos

Dia Nacional do Café

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Eventos no Dia Nacional do Café

Florianópolis (SC) e outras cidades
24/5
Café Cultura distribuirá 3.000 espressos
O que: As seis lojas da rede, localizadas em Florianópolis, na Lagoa da Conceição, Shopping Iguatemi e Primavera Garden Center, em São José (Continente Park Shopping), em Balneário Camboriú (Balneário Shopping) e em Criciúma (Nações Shopping) entregarão vouchers nas cancelas de entrada dos empreendimentos. Na loja do Primavera Garden haverá ainda apresentação e degustação de vários métodos de preparo da bebida (Brew Bar), a partir das 17h.
Mais informações

Kaffa Cafeteria

Vitória (ES)
24/5, das 8h30 às 10h20
Quero Café! DNA Capixaba
O que: Cupping com perfis de torra, promovido em parceria com a microtorrefação Trentino Cafés Especiais, para escolha do novo selo da marca. Os participantes terão o nome na embalagem do café que vencer a votação feita no dia. Gratuito.
Onde: Kaffa Cafeteria. Rua Darcy Grijó, 50 – lojas 03 e 04
Mais informações

Recife (PE)
24/5, a partir das 16h
TNT + Café Na Rua
O que: Evento gratuito organizado pelos baristas Jonathas Souza, George Gepp e Jonathan Silva com competição de latte art, onde os organizadores vão auxiliar os apreciadores a preparar os cappuccinos e ensinarão técnicas de grafismo para a modalidade da competição destinada aos não profissionais. Também será realizado o Café na Rua para estimular o clima de interatividade e troca de informações entre os consumidores e os profissionais.
Onde: Orla de Boa Viagem. Ponto do Açaí – Av. Boa Viagem 727
Mais informações: Jonathan Silva (e-mail: jjln90@hotmail.com)

Recife (PE)
24/5
Recife Coffee
O que: As 15 cafeterias participantes farão a arrecadação de material de higiene infantil para ser doado à Creche Nossa Senhora da Boa Viagem, na comunidade Entra Apulso, que atende a 110 crianças menores de cinco anos. O cliente que fizer a doação ganha um espresso na cafeteria em que o produto for entregue.
Mais informações

Belo Horizonte (MG)
24/5
Workshops Academia do Café (esgotados)
Mais informações
25/5, a partir das 19h
WNT – Wednesday Throwdown – Academia do Café
O que: Campeonato informal de latte art, onde os baristas se reunem e apostam para ver quem faz o desenho mais bonito com o leite sob uma xícara de espresso, com o público como jurado. Ao som do blues de Jimmy Duchowny, Gustavo Andrade e Pablo Souza.
Mais informações

CAFETERIA DO MUSEU divulgacao

Santos (SP)
24/5, das 9h às 14h
Oficina de Fotografia com Marcos Piffer
Inscrições: inscricao@museudocafe.org.br
24/5, a partir das 12h
Apresentação – Métodos de Preparo de Café na Cafeteria do Museu
Música no Museu – Tirolli Jazz Trio
Mais informações: (13) 3213-1751

São Paulo (SP)
24/5
Lançamento microlote no Suplicy
O que: Lançamento do microlote da Fazenda das Flores. Produtor Fábio Coletti Barbosa, de Albertina, Sul de Minas. Café vencedor do 2º Leilão Eletrônico de Cafés Especiais do Sistema COCCAMIG, na categoria cereja descascado.
Mais informações: Suplicy Cafés Especiais. Alameda Lorena, 1.430, Jardins

São Paulo (SP)
24/5, das 8h às 23h
Lançamento de drinques de café Lavazza no Eataly
O que: Três novos drinques serão lançados no Gran Café Lavazza, cafeteria do Eataly São Paulo. O Bavareisa Torinese (R$ 8,80) tem café, chocolate e creme de leite. O Caffè Padovano (R$ 8,80) leva espresso com calda de menta, espuma de leite e cacau polvilhado. O Iced Cappuccino (R$ 13,50) traz o autêntico cappuccino italiano na versão gelada.
Onde: Gran Bar Lavazza – Eataly São Paulo. Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1.489

São Paulo (SP)
24/5, a partir das 17h30
Degustação no Octavio Café
O que: Degustação gratuita das variedades bourbon amarelo, catuaí vermelho, mundo novo, obatã, icatu amarelo, catucai vermelho, catucai amarelo e acaiá, nos processos natural, descascado e despolpado. O Octavio Café presenteará todos os clientes com uma muda de café.
Onde: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.996 – Jardim Paulista

Espresso Degustacao FAF

Vitória (ES)
24/5, das 22h às 3h
Korujão
O que: Evento de 22 às 3h da manhã, com duelo de métodos de café (baristas convidados preparando o mesmo grão em métodos diferentes e apresentando a diferença aos clientes), flash tattoo temática com Brunella Simões, música, chopp e comida na calçada. Cafés gratuitos e demais com valores dos parceiros convidados.
Onde: Kaffa Cafeteria. Rua Darcy Grijó, 50 – lojas 03 e 04
Mais informações

Cerrado Mineiro
24/5, a partir das 8h30
Abertura da Colheita na Região do Cerrado Mineiro
O que: A Acarpa e a Expocaccer se unem para celebrar o início da colheita do café na Região do Cerrado Mineiro. Será um dia de atividades direcionadas a cafeicultores e colaboradores de fazendas. A programação do evento prevê a realização do Fórum de Mercado e Política de Café coordenado pela Acarpa. No período da tarde serão desenvolvidos workshops do Programa de Qualidade Contínua da Expocaccer. Paralelo às atividades, haverá o Balcão de Negócios, onde empresas parcerias oferecerão aos cafeicultores condições especiais para aquisição de máquinas, implementos e insumos. Onde: Unidade 2 de Armazenagem da Expocaccer, próximo à BR 365, sentido Uberlândia.
Mais informações

Porto Alegre (RS)
24/5, das 14h às 18h
Torrefação de Portas Abertas na Baden
O que: Oportunidade de conhecer a torrefação e tomar um café de microlote do produtor Valdeir Tomazini, de Castelo (ES).
Onde: Baden Torrefação de Cafés Especiais. Rua Azevedo Sodré, 74 – Passo d’Areia

24/5
Café do Ponto oferece cupons de 50% de desconto
O que: Café do Ponto e Cuponeria oferecem agradável surpresa com cupons de 50% desconto para diferentes cafés e combos. As opções disponíveis são: Café Brigadeiro ou Café Avelã, Croque Francês + Coca-Cola + Café Espresso Regional e Macchiato + Coxinha. Mais de 30 cafeterias da rede Café do Ponto participam da promoção, porém é necessário consultar previamente a lista de lojas participantes.
Mais informações

Uberlândia (MG)
24/5
Campanha do Agasalho na Mundo Café
O que: Quem doar uma roupa de frio receberá 250 gramas de café para levar para casa ou um espresso ou um cappuccino.
Onde: Rua Coronel Manoel Alves, 67 – Fundinho
Mais informações

24/5
Frete grátis na Café Store
O que: A loja de venda de café, máquinas e utensílios pela internet oferece frete grátis para as regiões Sul, Sudeste e Distrito Federal por 24 horas.
Mais informações

24/5
Starbucks oferece degustação
O que: Todas as lojas da marca irão oferecer degustações de hora em hora do café Brasil Blend preparado na french press.
Mais informações

São Paulo (SP)
25/5, às 10h
Sabor da Colheita 2016 – 11ª edição
O que: Celebração do Dia Nacional do Café com a colheita no único cafezal situado no coração da cidade de São Paulo. Gratuito.
Onde: Instituto Biológico. Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1.252 – Vila Mariana
Mais informações: (11) 3125-3160

São Paulo (SP)
25 a 29/5
Curso na Fazenda da Octavio Café
O que: Curso completo da Semente à Xícara na fazenda da marca, em Pedregulho (SP)
Mais informações

TEXTO Mariana Proença • FOTO Felipe Gombossy/Café Editora • ILUSTRAÇÃO Gustavo Lorenzini

Cafeteria & Afins

The Coffee is on the Table – Santo André (SP)

Cafeteria The Coffee is on the table

Ambientada em um prédio cinquentenário e que lembra uma fábrica antiga, a cafeteria utiliza grãos da Octavio Café para preparar espresso, em uma La Cimbali, e coado na Hario V60, Aeropress, prensa francesa e coador de pano.

Cafeteria The coffee is on the table

Pães de queijo, bolos, quiches, empadas e esfihas podem ser degustados com essas bebidas ou com macchiato com Nutella, cappuccino com raspas de chocolate belga e affogato. Toda sexta-feira, a casa tem jazz e blues ao vivo.

Cafeteria The coffee is on the table

(Texto originalmente publicado na edição impressa da revista Espresso, referente aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro de 2016. Sugerimos consultar o lugar para horários de funcionamento e mais informações)

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Adolfo Bastos, 68
Bairro Vila Bastos
Cidade Santo André
Estado São Paulo
País Brasil
Telefone (11) 2774-6731
Horário de Atendimento De segunda a quinta, das 9h às 20h; sexta, das 9h às 22h; sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h30
TEXTO Janice Kiss • FOTO Divulgação

Café & Preparos

Um olhar sobre Caco Ciocler

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“O café tem a ver com a manhã, com ler jornal e começar o dia.”

Frequentador assíduo de padarias, o ator prefere o café coado nesses estabelecimentos. Contudo, não dispensa uma xícara de espresso quando preparado nas máquinas caseiras. Tudo isso, claro, sem açúcar. “Quando eu era criança, o café era um simples complemento. Eu o tomava com leite, no café da manhã, acompanhado de pão com manteiga. Até que um dia o leite saiu da minha vida e o café foi junto. Continuei bebendo o café após o almoço, mas achava uma coisa melada. Foi quando eu retirei o açúcar e descobri, realmente, qual era a do café”, relembra.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Leonardo Valle • FOTO Alexia Santi

Cafezal

Cerrado em cores

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Em Presidente Olegário (MG), a família Campos investe na produção de qualidade e se destaca no cenário do café

Enquanto a madeira estala no fogão a lenha, o cheiro de pão de queijo e café que preenche a casa na fazenda Dona Nenem, localizada em Presidente Olegário (MG), levanta até o mais preguiçoso da cama. Quem convida para uma xícara doce, de acidez cítrica, característica do grão do Cerrado, e um dedo de prosa é Renato Souza, degustador e coordenador administrativo na propriedade. Quando o assunto é cafeicultura, ele é o braço-direito de Eduardo Pinheiro Campos, engenheiro civil e dono da Dona Nenem e da fazenda vizinha, São João Grande, que, juntas, somam 622 hectares de área plantada com o grão.
Renato nos guia pelo cafezal e nos conta que Eduardo não poderá estar conosco desta vez. A falta sentida logo dá lugar a uma grande satisfação e orgulho. O empresário viajara para Trieste, na Itália, como parte da premiação que ganhou como Fornecedor do Ano, da illy. O reconhecimento é natural. O trabalho dedicado desempenhado nas duas propriedades não deixa dúvida de que o prêmio foi merecido. Eduardo herdou a terra e a paixão pelo café da família, que sempre trabalhou no campo. Em 1976, foi um dos pioneiros a investir na cafeicultura na fértil região do Cerrado, conseguindo aliar a produção ao cuidado com a natureza. Atualmente, o agronegócio café das fazendas é exemplo para o setor.

Caminho sustentável
“Houve uma mudança muito grande no modo de produzir desde aquela época até os dias de hoje. Em termos de sustentabilidade, temos reciclagem em tudo o que é possível. Os resíduos são vendidos e no fim até ganhamos com isso”, explica Renato. Algumas adequações caminharam juntas à chegada das certificações Rainforest Alliance e UTZ Certified, como a proteção de capim cercando os cafeeiros para evitar que a poeira da estrada prejudicasse as plantas. Modelo ambiental, as Áreas de Preservação Permanente (APPs) são respeitadas e todas as regras estipuladas pelo novo Código Florestal já foram cumpridas.
Além disso, paralelo à produção de café, a família Campos também cria cerca de 800 cabeças de gado nelore e tem tradição no trabalho com cavalos manga-larga marchador, com mais de 100 animais. Toda a palha do café, desde o lavador até a casca do beneficiamento, é misturada ao esterco dos bovinos para fazer a adubação orgânica do cafeeiro, o que diminui o custo e o uso de adubo nitrogenado, que, segundo o engenheiro agrônomo Alino Pereira Duarte, há vinte anos na Dona Nenem, prejudica a camada de ozônio.
O conceito de preservação segue por toda a produção e quem agradece é a seriema, o tatu, a jaguatirica e até o tamanduá, animais que circulam pelas fazendas, fazendo-se notar na plantação.

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Eduardo Campos Filho, cada vez mais interessado pelo café, conta que o pai não mede esforços para melhorar a produção

Eduardo Campos Filho, cada vez mais interessado pelo café, conta que o pai não mede esforços para melhorar a produção

Tecnologia
Ponto primordial para a produção de cafés de qualidade e o trabalho de conservação do ecossistema é o investimento em tecnologia. De acordo com o degustador Renato Souza, tudo é controlado. “Pensamos na eficiência tecnológica a favor da produção. Temos uma estação meteorológica que faz o controle da irrigação medindo os dados climáticos, e, em função disso, define-se a lâmina que será aplicada no cafezal. Desde 1976, o senhor Eduardo pensa em irrigação. Aqui no Cerrado isso é necessário. Para ter um bom café, é preciso irrigar”, diz ele. As tecnologias de irrigação para o café chegaram às propriedades de Presidente Olegário há quinze anos. Por lá, o processo é feito por pivô e gotejamento, mas mudanças estão sendo pensadas em busca de melhorias nos sistemas. “Nós estamos planejando uma mudança para a substituição de pivô por gotejo. Em oito ou dez anos você não vai mais ver pivô aqui”, detalha o engenheiro agrônomo Lázaro Seixas, há quinze anos nas fazendas. A substituição vem sendo pensada com cuidado, pois o investimento é alto, cerca de R$ 6 mil a R$ 7 mil por hectare. Ao mesmo tempo, com pivô a perda de água é maior, entre 70% e 80% em relação ao gotejo, processo que trará maior eficiência à produção. “Vale a pena! Fazendo com qualidade você consegue agregar no mínimo 10% mais valor ao café”, completa Renato.
Segundo o degustador, normalmente chove 100 milímetros em 24 de dezembro. “É certeiro”, ele conta. Neste ano choveu apenas 12 milímetros. A seca deste ano, que prejudicou várias regiões cafeeiras no País, não afetou tanto a Dona Nenem e a São João Grande, por causa da irrigação. Estima-se uma queda pequena de 10%.

Experimentos e resultados
Renato, que já passou pela Daterra Coffee, trouxe para as propriedades do senhor Eduardo a ideia de provar os cafés ao longo de todo o processo de produção. “Isso faz com que você direcione o processamento, indicando qual será o trabalho feito na hora, entre lavado, descascado, desmucilado ou natural, evitando perda”, explica. Entre as variedades cultivadas, estão mundo novo, catuaí vermelho, catucaí, bourbon amarelo e IBC 12. Por safra, são colhidas 35 mil sacas. Três colheitadeiras fazem o serviço, dividido com 100 funcionários fixos e 250 temporários. A produtividade por hectare é de 55 sacas, número considerado alto na região. “A porcentagem do nosso café colhido é de 98% de cereja”, comenta o engenheiro Alino, falando com orgulho do trabalho realizado pela equipe.
As inovações, o foco na qualidade e a busca por cafés excepcionais dentro de cada talhão, segundo Renato, têm resultado em reconhecimento. Prêmios e valores melhores por sacas de cafés especiais chegam a cada safra, como a primeira colocação no 10º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, na categoria Cerrado Mineiro. As premiações e, claro, o sabor dos cafés produzidos ali, vêm despertando mais atenção internacional e também nacional. O trabalho sempre foi desenvolvido pensando na exportação. Japão, Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Itália, África do Sul e França estão entre os principais compradores. A illy, parceira da Dona Nenem há doze anos, leva cerca de 25% da produção.
Os resultados positivos e a confiança de Eduardo no trabalho de Renato dão tranquilidade para o degustador experimentar e ousar na produção de cafés diferentes. Para esta safra, foram negociadas 320 sacas (1 contêiner) com um cliente da Austrália, de um trabalho distinto e deliciosamente interessante. Renato colocou o café da variedade bourbon amarelo, de 83 pontos na tabela da Specialty Coffee Association of America (SCAA), no tanque de fermentação em contato com capim-cidreira. “Eu gosto muito de capim-cidreira e resolvi fazer alguns testes. Acabou dando certo. A cidreira adiciona certo cítrico ao café. Os australianos vieram para uma visita e mostrei para eles. Eles ficaram loucos com o sabor, adoraram e acabaram comprando a ideia. Fiquei muito feliz”, conta, mostrando o tanque coberto pela erva. “Não tem problema mostrar isso, porque para copiar tem que fazer o trabalho que a gente faz aqui antes e depois desse momento”, completa.
De lá, seguimos para o beneficiamento, onde todo o processo é monitorado por câmeras. As imagens podem ser acessadas via internet pelo senhor Eduardo, que acompanha tudo mesmo distante. Os clientes internacionais também podem observar o trabalho via web. Eles veem o que está sendo feito no café que estão comprando e se sentem mais próximos dentro dessa cadeia.
Tendo alcançado um ponto de equilíbrio nas fazendas e a qualidade do café, o próximo passo é entrar no mercado de torra, como explica o filho de Eduardo, o engenheiro e empresário Eduardo Pinheiro Campos Filho. Apaixonado pelo gado e pelos cavalos, agora toma gosto também pelo café. “Estamos estudando bastante, estruturando a ideia de torra e também pensamos em expandir a área de lavoura para chegar a um melhor resultado econômico. O foco é sempre a qualidade”, diz. O investimento inicial, para começar a torrefação de 2% da produção, é de R$ 250 mil. Os primeiros resultados nesse sentido já poderão ser vistos na safra de 2014. “Tudo bem-feito na vida dá resultado e é isso que a gente espera. O meu pai é um grande exemplo. Se você fizer as coisas com vontade, vai longe”, diz Eduardo Filho.

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Ficha técnica

FAZENDAS Dona Nenem e São João Grande
LOCALIZAÇÃO Presidente Olegário (MG)
REGIÃO Cerrado Mineiro
ALTITUDE MÉDIA 1.020 a 1.080 metros
PRODUÇÃO ANUAL 35 mil sacas/safra
ÁREA TOTAL 1.098 mil hectares, somando as duas propriedades
ÁREA PLANTADA DE CAFÉ 622 hectares, somando as duas propriedades
NÚMERO DE CAFEEIROS 3.113 milhões, somando as duas propriedades
COLHEITA manual e mecanizada, final de maio a julho
PROCESSAMENTO lavado, descascado, desmucilado e natural
SECAGEM terreiro e secador mecânico
VARIEDADES mundo novo, catuaí vermelho, catucaí, bourbon amarelo, IBC 12 CERTIFICAÇÃO Rainforest Alliance e UTZ Certified

MAIS INFORMAÇÕES www.donanenem.com.br e www.facebook.com/cafedonanenem

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Hanny Guimarães • FOTO Alexia Santi / Agência Ophelia
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