Cafeteria & Afins

Yami Café – Porto Alegre (RS)

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O cozinheiro Geremias Viott nunca foi muito fã de café até ter sua primeira experiência com grãos especiais, há cerca de três anos. Encantado pela bebida, Geremias conseguiu, em 2015, reunir a profissão e a nova paixão no espaço que abriu na capital gaúcha, o Yami Café. A decoração moderna, com banquinhos amarelos e mesas de madeira espalhadas pelo ambiente, além dos pôsteres de campeonatos de Aeropress ilustrando as paredes, é convidativa.

Bons cafés
Inaugurada no final de 2015, a casa trabalha com grãos da microtorrefação 4 Beans Coffee Co., de Curitiba. O espresso é preparado com um café da fazenda Jatobá, de Patrocínio (MG). Já para os cafés extraídos em diferentes métodos, pode-se escolher entre três grãos distintos, também torrados pela 4 Beans. A cafeteria disponibiliza, ainda, cafés de torrefações internacionais. Já passaram por lá as marcas Heart Roasters, de Portland, nos Estados Unidos, e Supreme Roastworks, de Oslo, na Noruega.

Extraídos de uma máquina Nuova Simonelli, clássicos como o ristretto, o doppio, o americano, o cappuccino, o latte e o cortado são servidos. Quanto aos métodos de extração, o cliente pode escolher entre Aeropress, Kalita e Chemex e, se o dia quente pedir um refresco, o coldbrew, elaborado com grãos de Piatã, o café tônica, que leva gelo e espresso, ou o afogatto dão conta do recado.

Para acompanhar
Todas as comidinhas são preparadas na cafeteria. O cardápio traz sanduíches, tostex, brioche da casa, doces, quiches, tarteletes, bolos e empanadas. O bolo de fubá, aliás, é o mais pedido da casa e a sugestão do proprietário para acompanhar os cafés. A quiche e a torta de chocolate também não ficam para trás e fazem sucesso entre os frequentadores da Yami.

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(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Francisco Ferrer, 478
Bairro Rio Branco
Cidade Porto Alegre
Estado RS
País Brasil
Website http://www.facebook.com/yamicafepoa
Telefone (51) 3024-1250
Horário de Atendimento De segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 11h às 19h
TEXTO Hanny Guimarães • FOTO Divulgação

Receitas

Tricolore

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Ingredientes
• 40 ml de café espresso
• 1 colher (café) de flocos de chocolate
• 1 colher (sobremesa) de leite condensado
• 1/2 colher (sopa) de chantili
• 1 pitada de chocolate granulado

Preparo
Coloque os flocos de chocolate no fundo de uma taça de martíni e acrescente o leite condensado. Sobre ele, despeje o café espresso com cuidado para não manchar a taça. Finalize com o chantili e com um pouco de chocolate granulado para decorar.

Sugestão: os flocos de chocolate utilizados na receita foram os Splits Callebaut

Rende 1 porção

FOTO Daniel Ozana/ Studio Oz • RECEITA Julice Vaz, da Julice Boulangère

Café & Preparos

Laerte Coutinho

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“Se estou fora de casa, eu gosto de tomar um café enquanto espero.”

“Gosto de acordar e tomar o meu café. Não consigo substituí-lo por outra coisa”, explica a cartunista, que prefere a bebida suave e misturada ao leite de soja. “Eu gostava de café forte quando era mais jovem, mas, conforme fui amadurecendo, meu gosto mudou”, revela. Laerte também tem o costume de adoçar seu café com açúcar, mas vem tentando se adaptar à ideia de tomá-lo puro. “Minha sobrinha me disse uma vez que, se você conseguir tomar uma sequência de oito cafés sem açúcar, seu paladar já se acostuma. Eu nunca consegui passar de cinco”, brinca.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui)

TEXTO Leonardo Valle • FOTO Guilherme Gomes

Cafezal

Piatã, na Bahia, é grande destaque nos finalistas do Cup of Excellence 2016

Fazenda São Judas Tadeu . divulgação

O concurso Cup of Excellence é realizado desde 1999 no Brasil, quando o País, de forma pioneira, criou o certame. A metodologia do concurso foi introduzida no Brasil pelo norte-americano George Howell, então consultor do projeto, ao lado da especialista Susie Spindler e com a colaboração dos membros da BSCA Marcelo Vieira e Silvio Leite, que desenvolveram o conceito do prêmio.

Desde então muitos foram os premiados no concurso: 14 vezes a região do Sul de Minas/Mantiqueira de Minas, 2 vezes as Matas de Minas, 2 vezes a Mogiana e 3 vezes a Chapada Diamantina.

Todo o ano o resultado dos finalistas é aguardado com muita ansiedade. A primeira fase é julgada por provadores nacionais pré-selecionados. O concurso é desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE).

Atualmente o Cup of Excellence possui duas categorias: naturals e pulped naturals, para cafés naturais e cerejas descascados. Os 80 melhores cafés de 2016 foram anunciados nesta sexta-feira (14/10) e o grande destaque está na cidade de Piatã, na Bahia, que emplacou 27 cafés dos 80 selecionados. Somente na categoria cereja descascado foram 25 cafés, dos 40 classificados.

Fazenda Ouro Verde

Já na categoria natural a disputa está mais diversificada, com 30% dos cafés vindo da Indicação de Procedência da Mantiqueira de Minas. Na sequência, vieram o Sul de Minas, com 20%; a Denominação de Origem do Cerrado Mineiro, com 17,5%; as Matas de Minas, com 12,5%; a Indicação de Procedência da Alta Mogiana com 10%; a Chapada Diamantina, com 7,5%; e as Montanhas do Espírito Santo com 2,5%.

Na categoria cereja descascado 62,5% são da Chapada Diamantina, seguida pelas Matas de Minas, com 20%; Montanhas do Espírito Santo, com 10%; Indicação de Procedência da Mantiqueira de Minas com 5%; e Sul de Minas, com 2,5%.

Dentre os classificados há produtores já premiados como Afonso Lacerda (atual campeão do Coffee of the Year 2016), Fabio Protazio de Abreu (terceiro lugar no Coffee of the Year 2016), Antonio Rigno de Oliveira e Cândido Rosa (campeões do Cup of Excellence em 2015 e 2014), Simone Dias Sampaio Silva (campeã no prêmio illy em 2014) e Juliana Armelin (campeã no prêmio illy em 2015).

Essas 80 amostras passarão pelo júri internacional de 23 a 29 de outubro. O concurso avaliará os cafés e os que voltarem a obter nota igual ou superior a 86 serão eleitos “Cup of Excellence Winners” das categorias “Pulped Naturals” e “Naturals” do certame, ganhando o direito de serem comercializados em disputado leilão via internet. O preço mínimo de abertura será de US$ 5,50 por libra peso, ou US$ 727,50 por saca de 60 kg.

 

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Cup of Excellence 2016

Mais informações: www.bsca.com.br

TEXTO Mariana Proença • FOTO Fazenda São Judas Tadeu e Ouro Verde, Piatã (BA)/Divulgação

Cafezal

Josiane Cotrim

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“Há mulheres na cafeicultura brasileira e elas trabalham muito”

Josiane Cotrim Macieira cresceu em uma fazenda de café na mineira Manhumirim e, há seis anos, dedica-se à causa da International Women’s Coffee Alliance (IWCA), a Aliança Internacional das Mulheres do Café, em português. Jornalista, mãe de duas meninas, Malu e Bebel, ela trabalhou por muitos anos na área de Comunicação até juntar-se a um grupo de mulheres do setor agroindustrial do café para criar o capítulo da IWCA Brasil, em 2011. Aos 56 anos, Josiane é casada com um embaixador brasileiro e já morou em seis países: Iraque, França, Irlanda, Suíça, Nicarágua e, agora, Noruega. “Eu brinco com meu marido que vou com ele para qualquer país, produtor ou consumidor de café.”

Apesar de voar muito por este mundo, Josiane é daquelas mulheres que estão enraizadas em seus valores e sabem muito bem conectar as pessoas para a construção daquilo em que acreditam. Nesta entrevista para a Espresso, ela fala a que se dedica em todos esses anos: “O empoderamento feminino contribui para a melhoria de vida da família e da comunidade. Vamos continuar perseguindo o nosso sonho de um mundo de oportunidades iguais para homens e mulheres para que as famílias que vivem do café tenham vida sustentável. Afinal, onde tem café, tem sapato no pé!” Leia os melhores momentos desta entrevista.

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Em 2012, durante a feira Espaço Café Brasil; as mulheres da IWCA fizeram história durante o encontro

Qual é a sua lembrança de infância com café em Manhumirim? São muitas lembranças. Cresci numa fazenda onde a principal atividade era o café. Uma imagem muito viva na minha memória são as apanhadeiras de café na estrada, voltando do trabalho na época da colheita com feixes de lenha na cabeça. Ficava imaginando que elas chegariam em casa, ainda teriam de acender o fogo, cozinhar e começar tudo de novo no dia seguinte. Acho que essa imagem me motiva e inspira neste trabalho com as mulheres, porque sei que é um trabalho duro a produção de café.

Desde que geração sua família é de cafeicultores? Sou descendente, por um lado, dos imigrantes que chegaram ao Brasil no início do século XIX, gente muito simples, do meio rural da Suíça e da Alemanha, agricultores que aqui passaram a se dedicar ao cultivo de café. No início se instalaram em Nova Friburgo e as gerações seguintes adentraram o interior em busca de mais oportunidades. Minha mãe nasceu em Luisburgo, uma região montanhosa, terra de excelentes cafés.

Quando e como você começou a participar do movimento de mulheres? Sempre gostei de trabalhar em grupo. Em 1994, fui morar na França e participei de um grupo de mulheres que era mais voltado para a cultura e a literatura. Foi um aprendizado muito grande conviver com mulheres do mundo todo, de cultura e língua diferentes. Foi ali que perdi o preconceito que tinha com associações e grupos de mulheres.

Quando foi seu primeiro contato com a IWCA internacional? Foi em 2009, em Manágua. Eu tinha acabado de chegar à Nicarágua acompanhando meu marido no seu primeiro posto como embaixador. Meu primo, agrônomo e produtor em Manhumirim, o Sérgio Cotrim D’Alessandro, me falou de um simpósio, o Ramacafé. Fui até lá participar e fui muito bem recebida.
Era a primeira vez que morava em outro país produtor depois do Brasil e estava muito curiosa para conhecer o modo de produção dos cafés de lá, tão diferente daquilo a que eu estava acostumada. Gabriela Hueck, que organizava o evento com o marido, estava com um broche com a logo da IWCA, aquela figura feminina com o grão de café acima da cabeça. Achei muito bonito e significativo. Fiquei interessada, pois já vinha tentando fazer alguma coisa pelas mulheres da minha região. Quando minha mãe ficou viúva, eu me lembro de como foi difícil para ela manter a propriedade. Ela e sua melhor amiga, também viúva, eram sozinhas tentando levar o negócio em frente, sem muito apoio. Os cursos oferecidos eram de culinária, o que ela tinha feito por quarenta anos. Ela precisava aprender gestão, poda, prova. Para ter uma ideia, nas áreas rurais quando uma propriedade está muito descuidada, costuma-se dizer que “parece lavoura de viúva”. Nada respeitoso para com as mulheres.

Como surgiu a ideia de ter uma aliança de mulheres do café no Brasil? A IWCA nasceu na Nicarágua e foi muita sorte poder conhecer de perto como tudo começou; como um encontro de mulheres da indústria com produtoras, em 2003, deu origem a uma organização que hoje conecta mulheres de vinte países com o objetivo de criar oportunidades de aprendizado, contatos e negócios para que elas prosperem com suas famílias.

No início de 2010, fui com minhas amigas nicaraguenses à Guatemala para a Conferência Internacional do Café, evento que a Organização Internacional do Café (OIC) realiza a cada cinco anos. A IWCA teve um painel moderado por Sunalini Menon, pessoa que conhece café como poucas, além de um ser humano incrível. Nessa conferência, conheci várias líderes, inclusive a Mery Santos, hoje presidente da IWCA, que me disse que havia tempos elas tentavam incluir o Brasil. Margaret Swallow, que também conheci na ocasião, me disse que era impossível falar em café e mulheres sem ter o Brasil.

O Sérgio Parreiras me ajudou a identificar lideranças com a sua rede de contatos do setor e me pôs em contato com líderes de diferentes regiões, como a Brígida Salgado, de Piatã, a atual presidente da IWCA Brasil, a Maria Helena e as filhas Ilana e Amanda, do Café Helena, de Dourados, e Débora Fortini, da Academia do Café. O Aymbiré Ferreira e a Maria Amélia Ferrão me instruíram com as estatísticas e a realidade da nossa cafeicultura. Eu conhecia a realidade da minha região, mas não tinha noção do resto do País. Então aceitei o desafio de criar a IWCA no Brasil.

E como foram os primeiros encontros? Meses depois da conferência da Guatemala, visitei minha família em Manhumirim. Meu primo Sérgio me convidou para o lançamento de um projeto, o Foco Competitivo, embrião do Matas de Minas. Ali conheci a Priscilla Lins, do Sebrae MG, que entendeu logo o que eu dizia. Guiado pelo profissionalismo dela e da equipe do agronegócio do Sebrae, esse projeto foi tomando forma para ser um sucesso no 6º Espaço Café Brasil, em outubro de 2011. Antes, em abril, o Brasil foi o país homenageado no evento da SCAA em Houston. Fui convidada para o café da manhã anual da IWCA e lá conheci a Jackeline Uliana do Espírito Santo, além de produtoras da Bahia. E não foi difícil concluir que precisávamos envolver o Brasil inteiro e não apenas o Estado de Minas. O desafio ficou ainda maior.

Por indicação do Marcos Reis, na época no Sebrae, entrei em contato com a Café Editora. Fui a São Paulo e lembro-me perfeitamente desse encontro no Suplicy Cafés, na Alameda Lorena. Caio Fontes, Mariana Proença
e eu tomamos um espresso preparado pela Daniela Capuano. A sinergia foi rápida e mal acabamos o espresso, já estava tudo “alinhado”. E o seminário foi um sucesso. Foram dois dias intensos de muito aprendizado e trabalho conjunto. Linda Smithers (ex-presidente da SCAA), que, junto com Mery Santos, coordenou o seminário, disse à época que em dois dias fizemos o que muitas tinham levado dois anos.

A prova de cafés, o cupping, foi uma experiência única. Mulheres que trabalhavam com café a vida toda e nunca tinham provado. É incrível como o aprendizado contribui para a autoestima; saímos do encontro com muita energia. Mais de sessenta mulheres de diferentes regiões se conhecendo, trocando ideias, muito emocionante. Um ano depois, em 2012, no 7º Espaço Café Brasil, assinamos o Memorando de Entendimento com a vice-presidente da IWCA, Johanna Bot, que viajou especialmente de Houston para isso. Estava criada a IWCA Brasil.

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Em 2012, durante a feira Espaço Café Brasil; as mulheres da IWCA fizeram história durante o encontro

Como avalia a atuação das mulheres depois da IWCA Brasil? Acredito que a visibilidade lhes deu espaço para demonstrar a força que possuem. O fato de pertencerem a uma entidade de cunho internacional, que respeita e reconhece a todas como parte importantíssima da indústria do café, contribui muito para que as mulheres sejam mais pró-ativas, com autoestima e confiança nelas mesmas. Elas sabem que não estão sozinhas. As mulheres estão indo atrás dos recursos que existem e que podem ser acessados, formaram a demanda necessária para que os treinamentos certos cheguem às pessoas certas. Isso porque atuamos em rede e as experiências positivas vão sendo divulgadas e influenciando outras regiões.

A comunicação e a troca de informações vão inspirando a todas. Hoje todas estão conectadas pelas redes sociais não só com o Brasil, mas também com o mundo. E não apenas virtualmente. Participam dos eventos de café de outras regiões e recebem visitas de membros da IWCA internacional.

E, claro, a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, é o principal ponto de encontro. É a nossa SCAA, onde realizamos o café da manhã, como no evento norte-americano, o que permite maior integração, e faz com que todas possam apresentar o trabalho que desenvolvem na sua região.

O que considera essencial para o empoderamento feminino no café? É a geração de negócios, sem dúvida. Sempre achei que produzir café era difícil. Na verdade o mais difícil é comercializar. Estamos chegando lá. Já temos casos de empoderamento feminino graças a treinamentos com impactos consideráveis nas comunidades dessas mulheres.

É preciso acessar o mercado, vender bem o produto para aumentar a renda, para que as condições de vida melhorem e que se possa investir mais no negócio. Isso é um processo. Primeiro vem o conhecimento, o aprendizado, a informação, os treinamentos, os contatos, a mudança de comportamento.

Qual sonho já realizou e qual ainda gostaria de ver realizado? Quando começamos o trabalho de mobilização das mulheres no Brasil, meu sonho era mostrar ao mundo que, sim, há mulheres na cafeicultura brasileira e elas trabalham muito na colheita, na pós-colheita, no barismo, nas cooperativas. Enfim, tornar nossas mulheres visíveis, pois a ideia é que no Brasil a cafeicultura é toda mecanizada e que as mulheres trabalham pouco na lavoura e na colheita. Hoje não há dúvidas de que não é bem assim. Demonstramos isso e posso dizer que realizei meu sonho.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui)

TEXTO Mariana Proença • FOTO Semana Internacional do Café/Divulgação

Mercado

Para Tomar de Caneca

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A Nadir Figueiredo também se rendeu ao café e lançou diferentes modelos do copo americano, que agora ganhou alça e tem versões em caneca e xícara, com 270 ml e 90 ml, respectivamente. A marca vai trabalhar a mensagem “I love copo americano” nas suas comunicações, embalagens e pontos de venda e está realizando parcerias com cafeterias e padarias de São Paulo e Rio de Janeiro. O novo posicionamento da Nadir, líder de utensílios domésticos de vidro no Brasil, tem o intuito de promover o copo americano em outros usos, além do que é feito com o tradicional pingado.

MAIS INFORMAÇÕES www.nadirfigueiredo.com.br
(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui)

Café & Preparos

Coador de Madeira

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O Moka Clube, em parceria com os também curitibanos da WoodSkull, desenvolveu um coador de madeira para o preparo em filtro de papel. Segundo os criadores, ele é produzido em madeira itaúba, com alta resistência e durabilidade. A superfície é totalmente lisa, sem os sulcos existentes nos outros métodos coados, e o orifício para a queda da água é 0,50 cm menor que o da Hario V60. O cheiro da madeira é bem presente, mas, segundo a marca, desaparece com o tempo de uso.

Preço R$ 154,90.
MAIS INFORMAÇÕES www.mokaclube.com.br
(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui)

A Força do Interior

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No interior do nosso Brasil há muito que aprender. Como tenho rodinhas nos pés, viajo sempre que possível para conhecer as histórias de café do nosso País. E quero confessar que adoro! Sem clichê, aprende-se demais com tudo. Desde os momentos de dificuldade para chegar a algum lugar mais distante até algumas surpresas que sempre encontramos pelo caminho. Que viagem não tem algum imprevisto? O que mais me encanta são as pessoas com que cruzamos em cada entrevista, cada parada. Tudo muito corrido, pois jornalista sempre tem pouco tempo. As idas e vindas me fazem relembrar aquele lugar por vários dias depois. Fico absorvendo o que ouvi, relendo o que anotei e pensando em como transformar aquilo em palavras que repercutam aquela vivência em mais gente.

O mais gratificante é encontrar algum leitor meses ou anos depois que te confidencia: “Tomei uma decisão na minha vida depois que li essa matéria”. Ou um apaixonado por café que conheceu o método Aeropress lendo a revista e ficou tão entretido com o tema que participou até do campeonato do preparo.

Enfim, são tantas histórias bacanas, tantos momentos retratados que tudo isso me inspirou a resgatar qual foi o olhar da Espresso para o mercado nesses últimos dez anos. O olhar que é da revista, mas que tem o poder de carregar cada palavra dos jornalistas e cada olhar dos designers e fotógrafos que sobre ela se debruçaram para deixar as páginas repletas de histórias.

Foi tão gostoso rever e reler muitas matérias e perceber que o tempo é curto, mas é muito para mudar bastante coisa. É possível perceber que a linguagem de um novo mercado passa por várias fases e se altera todo o tempo. Termos que usávamos há dez anos hoje não representam a mesma ideia, principalmente na referência ao café de qualidade. Antes falávamos muito em blend e nada em origem única, que era somente estate coffee; também se falava muito em café de terroir. Microlotes surgiram citados na revista em 2010. Os novos preparos de café chegaram em mais volume ao Brasil também neste mesmo ano e a febre da Hario v60, Chemex e Aeropress instalava-se nas cafeterias das grandes metrópoles pouco depois.

Vivemos esses últimos anos de forma muito intensa, conhecemos mais gente, vimos mais pessoas entrar nesse mercado e, o mais curioso, percebemos que a onda do café está adentrando o interior do Brasil. São novos negócios que surgem ano a ano, como microtorrefações, cafeterias e coffee bikes e trucks.

Por isso, a cada ano eu me sinto mais animada em viajar pelo Brasil e estar em eventos como a Semana do Café de Lorena, que reúne, na região do Vale do Paraíba, há cinco anos, apaixonados por café e profissionais da área. O idealizador, Marcelo Malerba, enxergou em uma loja de conveniência da cidade que havia espaço para uma cafeteria de qualidade, a Malerba Café. Há dez anos ele apostou na ideia e hoje a casa é referência em toda a região. Iniciativas como a dele são exemplos de como podemos começar a mudar alguns hábitos de consumo, sem imposições e sem chatice, mas com informação, educação e muito café bom servido durante os encontros.

Independentemente de onde estejamos, podemos abrir novos espaços e haverá sempre pessoas dispostas a abraçar a ideia conosco. Que mais iniciativas surjam no nosso interior e que possamos viajar pelo Brasil para contar essas novas histórias.

*Mariana Proença é jornalista. Em 2006, assumiu a direção de conteúdo da Espresso e, meses depois, o café já tinha virado uma paixão, que dura até hoje. Nesta coluna ela aborda diversos assuntos e experiências sobre o tema.
Fale com a colunista: mariana.proenca@cafeeditora.com.br

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Mariana Proença • ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes

Cafeteria & Afins

Soul Café – São Paulo (SP)

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O nome Soul Café diz muito sobre esta cafeteria inaugurada em novembro do ano passado, em São Paulo. Liderada pelo casal Carlos e Talita dos Reis e pelo irmão de Carlos, Davi Dias dos Reis, o espaço não estaria de pé não fosse pela determinação do trio, que pôs a alma no novo negócio. Em contato com o grão desde pequenos – o avô de Carlos tem uma pequena produção de café em um sítio no Sul de Minas –, a turma apostou na vontade de trabalhar com a bebida e foi atrás de mais informações para valorizar o cafezal da família. Os três fizeram cursos de barista, degustação e torra, descobriram o universo dos cafés especiais e decidiram, finalmente, investir em uma cafeteria.

Foram dezenas de planilhas, meses de procura por um lugar, ajuda de todos os lados, muitos gastos, até que eles pudessem abrir o tão sonhado café. Com o conceito de “menos é mais” em mente, optaram por um perfil de baixo custo, sem frescura, com preço justo e focaram o essencial: os equipamentos para o preparo da bebida e os grãos servidos na casa, que vêm das microtorrefações Pereira Villela e Wolff Café.

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Na xícara
Espressos, lattes, cappuccinos, extraídos de uma máquina La Marzocco, e métodos (Aeropress, Hario V60 e prensa francesa) são preparados à base de cafés das variedades catuaí vermelho, da Fazenda Portal da Serra, de Ibiraci (MG), e bourbon amarelo, da Fazenda Santa Inês, de Carmo de Minas (MG). Já o microlote mundo novo, da fazenda Sant’Ana, de Olímpio Noronha (MG), é servido apenas nos coados. Os clientes, que acabam virando amigos e aprendendo um pouco mais sobre café, acompanham as bebidas com tortas, sanduíches, empanadas e cookies, que fazem bastante sucesso por lá. As indicações da casa também são ótimas pedidas. Os baristas sugerem o espresso ou cappuccino, por exemplo, com o bolo de fubá e erva-doce e o café coado, para fazer par com o pão de queijo Canastra.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Augusta, 1524 loja 6
Bairro Bela Vista
Cidade São Paulo
Estado SP
País Brasil
Website http://www.facebook.com/soulcafesp
Telefone (11) 3262-3171
Horário de Atendimento De segunda a sexta, das 9h às 19h; sábados, das 11h às 17h. Domingo fecha.
TEXTO Hanny Guimarães • FOTO Divulgação

Receitas

Tiramisù

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Ingredientes
• 200 ml de café espresso
• 50 ml de licor Amaretto
• 3 gemas
• 150 g de açúcar
• 500 g de mascarpone
• 450 g de biscoito champanhe Cacau em pó para polvilhar

Preparo
Faça o café de sua preferência. Acrescente o licor Amaretto ao café e reserve. Em um recipiente, bata as gemas com o açúcar e reserve. Em outra tigela, bata o mascarpone gelado até obter consistência de chantili e, a seguir, acrescente delicadamente o creme à mistura de gema e açúcar.

Montagem
Em uma travessa, intercale uma camada de creme mascarpone, uma de biscoito champanhe embebido em café e finalize com mais uma camada de creme mascarpone. Leve ao congelador por 3 horas. Para servir, polvilhe cacau em pó.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

FOTO Daniel Ozana/ Studio Oz • RECEITA Rodolfo de Santis, restaurante Nino Cucina
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