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O mercado continua o mesmo?
Para falar da evolução do mercado de café no Brasil nos últimos quinze anos, é necessário separar o mercado de café comercial do mercado de café especial. Os cafés comerciais são vendidos nos supermercados e os únicos critérios para sua aquisição por parte do público são, em geral, o preço e a marca. Não é de estranhar portanto, que sejam cafés de qualidade inferior e resultado de processos produtivos deficientes e de resíduos da exportação. Há quinze anos essa era a única opção para o consumidor brasileiro.
Os cafés especiais, por sua vez, são fruto de processos mais criteriosos, como designação de origem e rastreabilidade, o que resulta em melhor qualidade e, consequentemente, preços mais altos. Os especiais eram inacessíveis, ninguém conhecia a palavra barista, espresso era escrito com “x”, e, embora já se soubesse que os bons cafés eram mandados para fora do País, ninguém se importava muito com isso. O surgimento dos “coffee lovers” foi, sem dúvida, a principal conquista desse período. As pessoas passaram a se interessar por métodos de preparo, nuances de acidez, amargor, doçura, leia mais…