Mercado

Ações realizadas pela Associação Brasileira da Indústria de Café buscam fortalecer indústria nacional

Pensando em fortalecer a indústria cafeeira nacional, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) realizou duas ações, sendo uma delas com o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), responsável por aprovar o plano safra do setor cafeeiro.

Do montante total disponibilizado pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), no valor de R$ 6,375 bilhões, a entidade assegurou, junto ao CDPC, a aprovação de um crédito adicional de R$ 70 milhões destinado à linha de capital de giro para indústrias. Essa conquista resultou no maior incremento percentual entre todas as linhas do Funcafé, totalizando R$ 883,7 milhões de crédito para impulsionar a atividade industrial.

Além do crédito disponibilizado para a linha de capital de giro, o segmento também terá acesso a R$ 1,48 bilhão de crédito na linha de Financiamento para Aquisição de Café (FAC), promovendo o fortalecimento de toda a cadeia produtiva do café brasileiro.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu manter, para a safra 2023/2024, a taxa máxima de juros do Funcafé em até 11% ao ano. Essa medida garante a estabilidade financeira e impulsiona o desenvolvimento da cadeia produtiva do café. Os próximos passos para liberação dos financiamentos do Funcafé incluem a assinatura dos contratos com os agentes financeiros e o início do desembolso dos recursos para o setor.

Representantes da Abic e do Sindicafé-MG se reuniram, na quarta-feira (12), com o promotor de Justiça, Glauber Sérgio Tatagiba do Carmo, coordenador do Procon-MG, órgão do Ministério Público do Estado de Minas Gerais responsável pelo planejamento, elaboração e coordenação do Sistema Estadual de Defesa do Consumidor.

Além dele, estiveram presentes o Coordenador da Divisão de Fiscalização das Relações de Consumo, Luiz Otávio Teixeira; o Diretor Executivo da Abic, Celírio Inácio; o advogado para Relações Institucionais e Governamentais da Abic, Felipe Moreira; e o Coordenador do Sindicafé-MG, Cláudio Câmpara.

O encontro promovido pela Abic teve como foco a instituição de mecanismos eficientes para o combate às indústrias de café clandestinas e ao comércio de produtos impróprios para o consumo humano. “O diálogo com o órgão coordenador da política mineira de defesa do consumidor é fundamental para assegurar o cumprimento da legislação e aumentar a eficácia das ações de monitoramento do mercado conduzidas pela Abic”, afirma Celírio Inácio.         

De acordo com os representantes do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, o encaminhamento dos laudos dos produtos considerados impróprios para o consumo, oriundos do monitoramento da Abic, são de suma importância para a atuação do Procon-MG, visto que, a partir dessa informação técnica, a Promotoria pode instaurar investigação em desfavor dos infratores.

Um dos pontos tratados na reunião foi a entrada em vigor da Portaria nº 570/22 do Ministério da Agricultura. A norma reforçou juridicamente a atuação da Abic e do Procon-MG no combate à fraude, além de ter permitido o credenciamento da Abic, de indústrias e de laboratórios.

Foram definidas uma série de ações que serão adotadas pela Abic, pelo Sindicafé-MG e pelo Procon-MG que irão contribuir para o aprimoramento do sistema de combate à concorrência desleal e violação dos direitos dos consumidores de café.

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Mercado

O incrível mundo novo do café

O mundo do café mudou muito nestes últimos 35 anos, desde a semente até a xícara, desde o processamento até o mercado. Tive o privilégio de ser testemunha da maioria destas mudanças e de ter participado de muitas delas. Hoje múltiplos tipos de café podem ser obtidos usando diferentes sistemas de processamento, industrialização e preparo mesmo que sejam provenientes de uma mesma origem ou da mesma fazenda.

Após séculos em que existiam apenas cafés naturais e lavados, os anos 90 presenciaram a inclusão do sistema cereja descascado, desenvolvido no Brasil, cujo produto final é chamado de CD (Cereja Descascado) e também de “honey”. Mais tarde, novamente no Brasil e aos poucos em outros países, o cereja descascado feito a partir de cerejas sobremaduras e verdes passou a melhorar as características na xícara de matérias-primas cuja qualidade não é ideal.

Um outro fenômeno foi a quebra do paradigma ou mito de que países produzem somente café lavado ou natural. Depois do despolpamento crescente de arábicas no Brasil e na Etiópia e de canéforas (robustas) na Índia, os arábicas naturais começaram a ser produzidos mais recentemente em muitas origens conhecidas por seus cafés lavados, e os robustas passaram a ser despolpados em países como Uganda e Brasil.

O desenvolvimento mais recente em processamento a nível de fazenda tem sido a fermentação, não aquela do processamento tradicional utilizado no sistema lavado, mas a fermentação do café recém-colhido ou em outras etapas do processo usando diferentes técnicas, por exemplo a adição de leveduras ou a maceração carbônica. Estes novos tipos de fermentação podem mudar o perfil na xícara e atrair consumidores específicos.

Essa grande variedade de cafés verdes agora disponíveis pode chegar à xícara do consumidor usando tanto sistemas de preparo tradicionais quanto novos. Ao mesmo tempo, tanto os canéforas como os cafés solúveis estão passando por um processo de reposicionamento no mercado.

O mercado de renda mais alta está sendo invadido por novos sistemas de preparação enquanto as monodoses, por exemplo as cápsulas, estão atraindo um público mais amplo. As bebidas e cafés gelados podem ter um impacto interessante no consumo, que geralmente diminui nos meses quentes do verão na maioria dos países consumidores.

Os canéforas estão sendo reposicionados no mercado através do esforço conduzido principalmente pelo Instituto de Qualidade do Café (CQI), cujo evento de prova no “World of Coffee” em Milão, no ano passado, atraiu um número surpreendente de pessoas. Os Cursos de Processamento de Robustas do CQI já estão disponíveis e o de nível dois, com uma semana de duração, já foi realizado nas Filipinas e na Índia este ano.

A Associação Brasileira da Indústria do Café Solúvel (ABICS) está inovando no posicionamento do solúvel no mercado. Seu “White Paper” propõe avaliar a qualidade do café solúvel usando três categorias – Clássico, Premium e de Excelência – ao invés de pontuação. A ABICS, que está atualmente treinando provadores para implementar o sistema no mercado brasileiro, está disposta a compartilhar as descobertas da sua metodologia com outros países produtores e consumidores para melhorar a percepção do consumidor sobre o café solúvel e promover seu consumo.

Se, por um lado, os esforços para aumentar o interesse do consumidor pelo café tem muitas vezes focado nos café especiais e no mercado de renda média à alta, por outro lado, o reposicionamento tanto do Robusta como do café solúvel atrai um segmento muito maior de consumidores, que correspondem à maioria do consumo de café em qualquer mercado. Esse mundo novo do café é realmente fascinante pois está levando a inovação, do café verde ao produto final, além do universo do café especial e tornando a bebida mais acessível aos consumidores de todos os segmentos de renda.

TEXTO Carlos Henrique Jorge Brando

Barista

Campeonato Brasileiro de Aeropress 2023 divulga lista de competidores

Já preparou a sua torcida? No último sábado (15), a organização do Campeonato Brasileiro de Aeropress divulgou a lista dos competidores de 2023! Ao todo são 48 baristas de diferentes regiões do País que disputarão o título de melhor preparo no método nos dias 28 e 29 de outubro, em Campinas (SP). Confira os nomes:

Aline Pereira Soares – São Paulo (SP)
Amanda Lôbo – Goiânia (GO)
Athos Filemon Barbosa De Carvalho – Cana Verde (MG)
Bebel Hamu – Brasília (DF)
Brenda Matos – Salvador (BA)
Bruno Campos – Rio de Janeiro (RJ)
Bruno Silveira – Brasília (DF)
Camilla Pompermayer Sant anna – Campinas (SP)
Cristiane Blamire Accioly – Rio de Janeiro (RJ)
Daniel Alvarez – Rio de Janeiro (RJ)
Danilo Conceição Bananeira – São Paulo (SP)
Danilo Favero – Socorro (SP)
Diego Ferreira Ney – Rio de Janeiro (RJ)
Elis Bambil – São Paulo (SP)
Emanoel Nascimento – São Paulo (SP)
Enrique Araujo Till – São Paulo (SP)
Etel Kameda – Rio de Janeiro (RJ)
Felipe Bonato – Rio de Janeiro (RJ)
Felipe Medeiros – Curitiba (PR)
Gabriel Moreira Diniz – Niterói (RJ)
Gabriel Rios – Campinas (SP)
Gleiton Nascimento – Jaboatão dos Guararapes (PE)
Heitor Sampaio – Tubarão (SC)
Hugo Rocco – Curitiba (PR)
Itamar Maschio – Vila Lângaro (RS)
Joabe Dutra de Oliveira – Macaé (RJ)
João Michalski – Cascavel (PR)
João Marcus de Lima Brito Alves – Ribeirão Preto (SP)
José Torres – Trancoso (BA)
Juliana Ferreira de Melo – Rio de Janeiro (RJ)
Lucas Flóro e Silva – Ribeirão Preto (SP)
Lucas Mourão – Belo Horizonte (MG)
Marcelo Silva – Brasília (DF)
Maurício Maciel – Patrocínio (MG)
Mayonn Del sant – Curitiba (PR)
Miriam Carneiro – Vila Velha (ES)
Monique Adriana Gomes – São Paulo (SP)
Nathan Biasotto – Santos (SP)
Otavio Augusto – São Paulo (SP)
Paulo Pinto – Rio de Janeiro (RJ)
Pedro Marcondes Andrade Pereira Santa Clara Kalil – Lorena (SP)
Renan Dantas São Paulo (SP)
Samuel Alves Faria – Sumaré (SP)
Saulo Damasceno – Gonçalves (MG)
Stefanie Soejima Soejima – São Paulo (SP)
Thais Marcondes de Andrade Pereira Santa Clara Kalil – Guaratinguetá (SP)
Thais Oliveira – Franca (SP)
Vinícius Lima – Vitória da Conquista (BA)

Mais informações: www.instagram.com/campeonatodeaeropress_br/ 

TEXTO Redação • FOTO James Kenny

Cafezal

Exposição temporária retrata quase 100 anos do “Porto do Café” em Santos (SP)

Embarque de café em Santos. Marc Ferrez, 1901

A exposição temporária Porto do Café está em cartaz no Museu do Café (MC), instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. A mostra poderá ser visitada até 22 de outubro. 

Com obras de diferentes fotógrafos, como Militão Augusto de Azevedo, Marc Ferrez e José Dias Herrera, que produziram imagens transitando entre o artístico e o registro, a curadoria, desenvolvida pela equipe técnica da instituição, retrata um período de quase 100 anos em que o grão era o coração do Porto de Santos. 

Peça fundamental para a formação da cidade, o Porto ganhou relevância mundial na época em que a economia cafeeira movia o Brasil. Assim, as fotos escolhidas para compor a produção trazem diferentes óticas, sob as lentes de profissionais que captaram a transformação do local e, consequentemente, do município, ao longo de, praticamente, um século. 

O público que visitar a exposição poderá conferir, por exemplo, cenas do cais em obra, fileiras de navios atracados, embarques de café e vistas panorâmicas que integravam álbuns fotográficos e eram até mesmo comercializadas em cartões-postais. Nesse sentido, o conteúdo expositivo coloca em evidência a formação da identidade santista a partir da economia cafeeira e portuária. 

Por fim, também podem ser observados registros do cotidiano, traduzindo modos e costumes impactados pela circulação de produtos, ideias e pessoas, de diferentes partes do mundo, que chegavam pelo porto. 

Serviço
Exposição temporária Porto do Café
Quando: até 22 de outubro
Horário: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (bilheteria até as 17h)
Onde: Museu do Café – Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos (SP)
Mais informações: www.museudocafe.org.br
R$ 10 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos. Grátis aos sábados e, todos os dias, para as crianças até 7 anos 

TEXTO Redação

Cafeteria & Afins

Siriema Coffee Roasters – São Paulo (SP)

Nascidos e criados em um ambiente que cheira a café, os irmãos Laura e André Mello se inspiraram nos cafezais da família, localizados na cidade de Batatais, no interior do estado, para planejar uma torrefação na capital paulista. “A fazenda de nossa família foi a principal inspiração ao idealizar a comunidade Siriema Coffee Roasters, oferecendo cafés especiais que possuem mais do que apenas uma longa história: possuem uma alma”.

O espaço foi inaugurado em março de 2020 e é dedicado à torra dos grãos, etapa comandada pelas mestres de torra Angélica Luiz e Nayra Caldas. “Sonhamos com um mundo onde todos possam tomar um café de verdade, humanizando essa relação e enxergando a fruta e as histórias que estão por trás de cada xícara”. Às quartas, quintas e sextas, é possível passar no local para tomar espresso, cappuccino, macchiato, latte, espresso tônica, latte vegetal, espresso laranja e o cold Siriema, acompanhado do pé de moleque ou do cajuzinho, feitos em Piranguinho (MG).

Além do laço e do vínculo sólido com a região da Alta Mogiana, a Siriema Coffee Roasters seleciona cafés de pequenos produtores de outras regiões, como Sul de Minas, Mantiqueira de Minas, Cerrado Mineiro, Matas de Minas e Caparaó. “Mantemos contato ativo diretamente com os produtores parceiros e, sempre que possível, realizamos visitas às fazendas. Outra prática que adotamos é realizar cuppings com mestres de torra de outras torrefações”, dizem os proprietários.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Artur de Azevedo, 747
Bairro Pinheiros
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://instagram.com/siriemacoffee
Horário de Atendimento Quarta, quinta e sexta, das 11h às 17h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Fabiano Battaglin

Barista

Inscrições abertas para bolsas de estudos do International Masters in Coffee Economics and Science Ernesto Illy

Até 15 de julho é possível candidatar-se a uma das bolsas de estudos oferecidas pelas Fundação Ernesto Illy para cobrir os custos totais ou parciais para frequentar o programa de mestrado em 2024.

O International Masters in Coffee Economics and Science Ernesto Illy é voltado para jovens com diploma de bacharel ou equivalente nas áreas científico-tecnológica e humanística-social e oferece treinamento abrangente sobre a cultura do café, da planta à xícara, sobre o valor social do consumo de café, e sobre a cultura de países produtores de café, como o Brasil.

Os cursos serão realizados de janeiro a dezembro de 2024, no formato misto (parte on-line e parte presencial). Na fase on-line, as aulas acontecem ao longo da semana e se desenvolvem em sessões de duração variável para os participantes de todos os continentes. Na fase presencial, que acontece em Trieste (Itália), as aulas contam com atividades curriculares, como: workshops, projetos e seminários.

Como tem acontecido anualmente desde o primeiro Mestrado em 2010, a Fondazione Friuli financia bolsas de estudos, uma forma significativa de incentivar os jovens locais das províncias de Udine e Pordenone, enquanto a Fondazione Ernesto Illy oferece ajuda financeira total e parcial para jovens merecedores graduados vindos de países produtores de café. Além da Fondazione Ernesto Illy, os parceiros apoiadores do Mestrado incluem a Universidade de Trieste, a Universidade de Udine, a Escola Internacional de Estudos Avançados (SISSA) em Trieste, o Trieste Area Science Park e a illycaffè.

O Mestrado em Ciência e Economia do Café Ernesto Illy, confirma a posição de Trieste como um centro global da cultura do café. Os 59 membros do corpo docente do programa vêm da Universidade de Trieste, Universidade de Udine, illycaffè e Università del Caffè, Organização Internacional do Café, Universidade de Copenhague, Cirad, Unipd, Universidade Northen Colorado, Coffeelab Índia, Demus, Universidade Drexel, RD2 Vision, Centro Euro-Mediterraneo sui Cambiamenti Climatici, VUNA Origin Consulting, MIB Trieste School of Management, Quin, e Kedge Business School.

Para informações adicionais sobre o curso, clique aquiOs interessados ​​podem enviar currículo vitae (formato Europass – com foto) e carta de motivação em Inglês para: master@fondazioneilly.org.

TEXTO Redação

Mercado

São Paulo Coffee Festival recebe mais de 13 mil pessoas e anuncia data para 2024

Nos dias 23, 24 e 25 de junho aconteceu o 2º São Paulo Coffee Festival, que trouxe para o pavilhão da Bienal mais de 13 mil pessoas e serviu em torno de 80 mil cafés. Com o sucesso desta edição, a iniciativa –  realizada há mais de 10 anos em outras capitais do mundo – cumpriu com o objetivo de celebrar e apresentar a comunidade dos cafés especiais para ainda mais consumidores. 

A presença das cafeterias, microtorrefações e as as principais marcas do segmento, foi complementada essa edição com a participação de pequenos produtores e fazendas que fazem o processo completo do grão à xícara, aumentando a conexão com o público apaixonado. Entre as mais de 110 marcas presentes, estavam as que assinavam também equipamentos, como máquinas de espresso e acessórios para preparar café.

A edição de 2023 também contou com a realização de oficinas, masterclasses e apresentações ao vivo de Latte Art. Os visitantes puderam aprender sobre diversos aspectos do café com mais de 50 palestrantes e diversas experiências. O sucesso da programação se confirma com o fato do público ter permanecido por mais tempo no evento ao longo dos três dias em comparação ao ano anterior.

A iniciativa também produziu a 7° edição da competição Copa Barista, que reconheceu o carioca Daniel Vaz como o melhor profissional da categoria. Primeiramente, o barista preparou um café bourbon, da Fazenda Lagoinha e, depois, com a combinação de dois cafés colombianos, foi o primeiro colocado na competição.

Da esquerda para direita: Renan Dantas, terceiro colocado; Daniel Vaz, campeão; e Emerson Nascimento, vice-campeão

Outro destaque do festival foi a área “A Cozinha”. O espaço trouxe diversos chefs que apresentaram receitas especiais e harmonizações com café,  as quais estão disponíveis no site do evento para quem quiser reproduzir em casa. O evento também trouxe a exposição em parceria com o Projeto Portinari, o ‘Num Pé de Café Nasci’, que apresentou a relação artística e biográfica entre Cândido Portinari e o café.

A música e a gastronomia ganharam mais foco nesta edição. Localizada no centro do festival, o espaço “Café e Música”, inspirado no projeto de Londres, permitiu que as pessoas desfrutassem de seu café enquanto ouviam música ao vivo com apresentações de artistas da cena paulistana, com a curadoria de Lúcio Ribeiro. Já a área externa do pavilhão contou com uma praça gastronômica repleta de opções que variavam de pizza e hambúrguer, até comida vegana.

Olhando também para sustentabilidade, o São Paulo Coffee Festival firmou parcerias com marcas voltadas a preservação ambiental, como a Eccaplan, empresa pioneira na redução, quantificação e compensação de carbono para eventos, e a Kablin, líder no mercado brasileiro de embalagens e referência do setor em sustentabilidade. O Festival recebeu o Selo Evento Neutro, por compensar as suas emissões de carbono apoiando projeto de agricultura regenerativa na própria cadeia do café.

A notícia boa para os apaixonados por café é que o São Paulo Coffee Festival já tem data marcada para o próximo ano. A terceira edição do maior festival do país será nos dias  21, 22 e 23 de junho de 2024. 

O São Paulo Coffee Festival teve patrocínio master de 3corações, Café Orfeu, Melitta e Nescafé; apoio de Nespresso, Café Store, A Tal da Castanha e Prefeitura de São Paulo por meio da Secretaria Municipal de Turismo, com realização da Allegra Events e Revista Espresso/Café Editora.

Sobre o São Paulo Coffee Festival

O São Paulo Coffee Festival é um evento organizado pela Revista Espresso/Café Editora em parceria com Allegra Eventos e que celebra a cultura do café especial na maior cidade da América Latina. Festival nascido em Londres, com mais de dez anos, marca presença em algumas cidades ao redor do mundo: Amsterdã, Cidade do Cabo, Los Angeles, Milão, Nova Iorque e Paris. Nos dias 21, 22 e 23 de junho de 2024 acontecerá a terceira edição do evento em São Paulo.

Mais informações: saopaulocoffeefestival.com.br

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Receitas

Bolo de milho vegano

Ingredientes

  • 120 g ou ¾ de xícara de milho cozido ou enlatado (drenado)
  • 90 g ou ½ xícara de óleo vegetal
  • 130 ml de água
  • 200 g ou 1 xícara de açúcar demerara
  • 15 g ou 2 colheres de sopa de farinha de linhaça dourada
  • 65 g ou ½ xícara de fubá mimoso
  • 70 g ou ½ xícara de farinha de arroz integral
  • 40 g ou ⅓ de xícara de fécula de batata ou amido de milho
  • 1,5 g ou ½ colher de chá de goma xantana
  • 13 g ou 1 colher de sopa de fermento químico

Preparo

Prepare uma forma (preferencialmente de alumínio) untando com óleo. Pré-aqueça o forno a 180ºC. Em um liquidificador, coloque o milho, o óleo, a água e o açúcar demerara. Bata por cerca de 5 minutos. Transfira a mistura de milho para uma tigela. Adicione o fubá e a farinha de linhaça e misture bem com um fouet. Comece a adicionar o mix de farinhas sem glúten aos poucos, acompanhando a textura da massa crua. Pare de adicionar farinhas quando a textura da massa ficar cremosa, um pouco mais consistente do que uma massa de bolo comum. Se a massa ficar muito firme, o bolo não cresce bem, e se a massa estiver “oleosa” é porque passou da quantidade necessária de farinhas, então adicione mais água para corrigir. Por fim, adicione o fermento químico e misture. Leve ao forno por pelo menos 35 minutos (pode chegar até 50 minutos de assamento dependendo do forno, verifique antes de desligar se o bolo está completamente assado). Conserve em temperatura ambiente por até 5 dias, em geladeira por até 10 dias ou congele por até 2 meses.

RECEITA Carolina Yamamoto, chef confeiteira e mentora da Formação Plantlife

Café & Preparos

Marca curitibana lança medidor de pressão para cafeteiras Aram

A Aram Soulcraft apresentou recentemente um novo acessório para o mercado brasileiro de cafés: o Focus. Antes, o usuário já preparava manualmente o café espresso com a Aram. Agora, poderá aprimorar essa experiência através do controle da pressão durante o processo.

A velocidade aplicada na manivela controla a pressão da água, sendo possível adquirir uma maior cremosidade e um realce da bebida na xícara. “Nosso acessório vem para tornar visível a pressão da água dentro da cafeteira, assim você pode escolher quanto de pressão você quer para chegar no seu café ideal e, ainda, poder repetir ele toda vez”, destacou a marca curitibana. 

De acordo com os criadores, o Focus também ajuda a identificar a moagem correta: se está muito fina, as peças vão subir rapidamente até o ponto vermelho, indicando pressão excessiva; se estiver muito grossa, nenhuma peça vai subir, pois não haverá pressão e o café terá um sabor super ácido. 

O novo equipamento pode ser usado em todos os modelos já feitos da cafeteira Aram e está disponível no site da Aram Soulcraft, por R$ 550.

Mais informações: https://arambrasil.coffee/ 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Café & Preparos

Tem café na Casa da Boia

Estabelecimento histórico de São Paulo preserva a própria história e a da cidade e tem lugar especial para o produto que fez a metrópole crescer

Olhando de fora, o prédio antigo e bem cuidado, vizinho ao Mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo, chama atenção. Mas, para quem olha da calçada, os canos e peças de hidráulica da Casa da Boia não dizem que lá dentro tem café, embora existam pistas: o cobre, que para além dos canos, está nos tachos e panelas, e o antigo fogão de ferro na entrada da loja indica que a cultura alimentar da cidade também passa por ali.

É no fundo da loja que um cantinho bem especial conta um pouco da história do café e da cidade, em painéis e textos que montam uma miniexposição e acompanham produtos como canecas e bules esmaltados e leiteiras de cobre. Um pequeno achado sobre o café e a cafeicultura que fica ali, disponível para quem tiver curiosidade e puder dispor de alguns minutos para conhecer e admirar o local. 

O café é só uma das riquezas valorizadas no espaço. Dica: olhe cada cantinho, olhe pra cima, para as vitrines, aponte o celular para os QR codes das imagens dos painéis, cada vista guarda uma surpresa. A Casa da Boia é uma loja de metais e hidráulica, fundada por Rizkallah Jorge Tahan, em 1898. Ele era um imigrante sírio e foi bastante atuante no comércio, entre sua comunidade e para a história da cidade. Com 125 anos completados em maio de 2023, a Casa da Boia é um raro caso de empresa que segue na mesma família (hoje é dirigida por seu neto, Mario Rizkallah), no mesmo ramo de atuação e no mesmo endereço desde sua abertura.


De tão importante para a cidade, a Casa da Boia foi tombada como patrimônio histórico municipal. O prédio, que também foi residência da família Rizkallah por muitos anos, foi restaurando e é muito bem conservado, fazendo parte do braço cultural da empresa, que, além das exposições na própria loja (com fotos, mapas, objetos de época e materiais complementares no site), mantém um museu no piso superior e realiza diversos eventos, palestras, passeios e cursos.

Para acessar o museu não se paga nada, mas é preciso agendar a visita monitorada, que ocorre toda última quinta-feira do mês, sempre às 14h, coordenadas pelos historiadores Renata Geraissati e Diógenes Sousa. E, se bater a vontade de tomar um café depois de conhecer todas as riquezas guardadas nesse espaço, dá pra aproveitar e visitar algumas das emblemáticas cafeterias do centro histórico de São Paulo:

Caffà Latte – Rua do Comércio, 58 – Centro
Café Girondino – Rua Boa Vista, 365 – Centro
IL Barista na B3 – Rua João Brícola, 59 – Centro
Café do Farol Mag Café no Farol Santander – Rua João Brícola, 24 – Centro

Visite a Casa da Boia! Rua Florêncio de Abreu, 123 – Centro – São Paulo (SP)

TEXTO Cintia Marcucci • FOTO Cintia Marcucci
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