Café & Preparos

“Café é uma coisa viva”: como desenvolver o perfil de torra ideal

Alguns mestres de torra costumam chamar café de ”coisa viva”. A expressão pode soar um tanto quanto esquisita e enigmática, mas significa que o café, em todos os seus aspectos, comporta-se de maneira diferente e não linear. 

Esse profissional, inclusive, é craque em sambar conforme a música quando o assunto é lidar com alterações durante o percurso da torra.

Nessa etapa, os grãos se comportam como crianças mimadas, tentam fazer o que querem, quando querem e exigem muito cuidado e atenção. Ao mestre de torra, cabe ficar atento a todas as variáveis que podem afetar o sabor da bebida. Isso inclui desde a temperatura do equipamento, quantidade de calor usado durante a torra, tempo de execução e vida útil do lote do grão cru, até considerar se o ar-condicionado está ligado e se o dia está quente ou frio, seco ou úmido. 

É necessário, ainda, ter conhecimento prévio do que esperar daquele lote que está prestes a entrar no torrador. Informações como tipo de processamento, altitude, região de cultivo e densidade do grão podem guiar esse profissional na hora de configurar o software de torra e o equipamento antes de iniciar o processo. 

Para saber mais sobre essa etapa tão importante da nossa bebida favorita, como desenvolvê-la corretamente e quais desafios enfrentados, conversamos com a Elis Bambil, mestre de torra, professora e consultora na Punga Cafés Especiais, escola de barista e microtorrefação de São Paulo. 

Elis Bambil, mestre de torra, professora e consultora

Como construir o perfil de torra ideal?

Conhecer a matéria-prima que você tem em mãos, testar e provar, testar e provar. Aqui na torrefação, a gente trabalha com perfis sensoriais de cafés achocolatados e frutados, então, quando chega uma amostra, já sabemos mais ou menos o que esperar sensorialmente desse grão, e usamos um perfil base (é uma referência que já foi testada em lotes com características parecidas, como sensorial, densidade, região e processamento) para fazer um teste inicial. 

Aos poucos, após as provas, decidimos como fazer ajustes para deixar o café mais próximo do que queremos ou esperamos dele, alterando a temperatura de entrada do café no torrador, o tempo de secagem do grão, a caramelização ou o desenvolvimento durante a torra.

Entender a densidade do grão com o qual trabalhamos também nos dá um norte sobre a quantidade de energia (calor) que vamos precisar colocar nesse café em determinados momentos da torra.

Quais são as dificuldades no desenvolvimento de um novo perfil?

A principal dificuldade é lidar com uma matéria-prima viva, que foge do meu controle e contraria as minhas expectativas. Há algum tempo, a gente estava com um café que, em teoria, deveria reagir de determinada maneira durante a torra mas que, provavelmente pela alta quantidade de açúcar, torrava de maneira mais rápida do que o esperado.

Já que café é uma coisa viva, como você identifica possíveis mudanças necessárias no perfil e, geralmente, quais são elas?

Não acredito em curvas de torra 100% replicáveis. Gosto de adotar mudanças. Isso envolve conhecer a fundo o café com o qual estou trabalhando e as informações técnicas sobre ele, como o rate of rise – quantos graus celsius o café cresce por minuto. Existe uma média saudável e variável para cada lote, portanto, busco manter essa régua estável enquanto faço modulações no torrador, como quantidade de calor, fluxo de ar, velocidade do cilindro. 

Me atento à temperatura de entrada do café no torrador, ao tempo de cada fase do processo, o que funciona para determinado café e o quanto de temperatura esse café costuma ganhar em cada uma das fases. A partir daí, faço alterações na quantidade de chama, no fluxo de ar e na rotação de tambor, para que esse café se mantenha na média que defini. Depois, faço uma prova para saber se funcionou, e se o perfil sensorial original se manteve.

Como garantir que a replicabilidade da torra aconteça de maneira uniforme em lotes de um mesmo café?

A xícara não mente. Na torrefação, quando percebemos que houve uma variação muito grande do perfil inicial determinado, a gente separa esse café e prova, para garantir que, mesmo com essas mudanças, o café seja entregue como esperado pelo cliente. Mas não é possível garantir replicabilidade total, nem continuar aplicando exatamente o mesmo processo por meses, dias e, até mesmo, horas. Ao longo dos meses, a matéria-prima envelhece lentamente, portanto, observar esse desenvolvimento é importante para fazer alterações no perfil para manter a qualidade do café.

Qual foi seu maior desafio quando começou a torrar café?

Encontrar material científico que validasse as experiências que acontecem durante a torra. 

Na época, existiam poucos artigos traduzidos ou publicados em português. Boa parte do material era estrangeiro. Se você não tem o básico de inglês, isso pode ser um grande entrave.

Ainda, os profissionais que eu conhecia pelo caminho tinham um conhecimento muito empírico e quase holístico sobre a torra. A vivência empírica é valiosa, mas o saber técnico e validado cientificamente é necessário na hora de ensinar o outro. Por sorte, nessa jornada, conheci uma grande amiga, que à época era minha chefe, e que seria minha sócia na torrefação. Com ela, aprendi e continuo a aprender os aspectos físicos e químicos que acontecem no processo de torra, de forma acessível e descomplicada. 

TEXTO Letícia Souza

Café & Preparos

Dicas de cursos e workshops de café na cidade de São Paulo

2024 começou pra valer, e agora é o momento de colocar em prática aquele curso de café que você sempre quis fazer. Aqui na capital paulista, estamos de olho nos workshops que estão pipocando nas principais cafeterias e torrefações. Tem conteúdo para todos os gostos. Selecionamos cinco opções para você escolher e colocar a mão na massa:

Conheça cafés africanos
A Punga Cafés Especiais, torrefação e escola comandada pelas baristas Keiko Sato e Elis Bambil, organizou um workshop para apresentar a diversidade dos grãos cultivados na África. A experiência conta com degustação de três cafés, dois deles produzidos na Etiópia e no Quênia e torrados pela The Barn, torrefação de Berlim (o terceiro café será revelado durante a prova), além de palestra sobre os países produtores. 

Onde: Avenida Pedroso de Morais, 794 – Pinheiros
Quando: 17 e 20 de janeiro, das 10h às 11h30
Quanto: R$ 200 (vagas limitadas)
Inscrições aqui.

Barista na prática
Oferecido pela cafeteria Santo Grão, o curso de barista introduz o mundo dos cafés especiais por meio de aulas práticas. A programação inclui análise de extrações de espresso, utilização de diferentes moedores e máquinas de espresso, técnicas de dosagem, limpeza de equipamentos, vaporização e texturização de leite e produção de bebidas à base de café, entre outros. 

Onde: Rua Oscar Freire, 413 – Jardim Paulista
Quando: 21 a 23 de fevereiro
Quanto: R$ 1.100
Inscrições aqui.

Novos resultados na xícara
A Um Coffee Academy abre vagas para o workshop de Paragon – técnica que utiliza uma esfera congelada na extração a fim de ressaltar compostos aromáticos voláteis – e da técnica de extract chilling (rápida redução na temperatura da extração). Com duração de 2h, a aula traz informações quanto os diferentes usos do Paragon nas extrações, detalhes sobre a extract chilling, cafés de alta qualidade x cafés de competição, como cuidar do seu café, e um comparativo entre método cônico x método flat bottom x espresso.

Onde: Rua Júlio Conceição, 553 – Bom Retiro
Quando: 3 de fevereiro, das 10h às 12h (próxima turma)
Quanto: R$ 350
Inscrições aqui.

Melhore seu café em casa
O curso híbrido, montado pelo Coffee Lab, soma 7h entre conteúdos teóricos (on-line, em aulas gravadas pela barista e proprietária Isabela Raposeiras) e práticos (presenciais). Nele, o aluno aprende a comprar um café de qualidade nas gôndolas, cafeterias e sites, identificar sensorialmente cafés de alta qualidade, preparar diferentes métodos em casa, além de conhecer bebidas da cafeteria internacional e aprender a fazer um bom espresso no contexto caseiro. 

Onde: Rua Fradique Coutinho, 1.340 – Vila Madalena
Quando: 27 de janeiro, das 9h às 13h (próxima turma presencial)
Quanto: R$ 395
Inscrições aqui.

Começar um novo negócio?
Para aqueles que estão na dúvida se apostam ou não em abrir uma cafeteria, a The Little Coffee Shop está com um workshop focado no tema. Não é um curso de barismo, mas, sim, uma imersão, como ressalta a escola, neste tipo de negócio. As aulas trazem informações sobre planejamento, finanças, gestão, cardápio e operação, entre outros aspectos fundamentais para tomadas de decisão em um empreendimento. 

Onde: On-line
Quanto: R$ 510
Quando: 30 e 31 de janeiro, das 19h às 21h30 (próxima turma)
Inscrições aqui.

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

BaristaCafé & Preparos

Nova roda sensorial busca identidade para grãos produzidos na Austrália

Recentemente, especialistas em café na Austrália propuseram mais uma roda sensorial para a avaliação de cafés especiais. A novidade foi divulgada por meio do paper “Coffee is more than flavor, the creation of a coffee character wheel”, publicado no periódico Journal of Sensory studies. Nele, os pesquisadores australianos buscam explorar a complexidade do café para além do sabor, introduzindo uma nova ferramenta denominada Roda de características do café (Coffee character wheel), para auxiliar a categorizar e descrever diferentes aspectos dos grãos de maneira mais precisa. A roda foi desenvolvida como parte do projeto Defining terroir of Australian coffee to increase demand and investment (Definindo o terroir do café australiano para aumentar demanda e investimento) desenvolvido pela organização AgriFuture Australia, uma colaboração entre a Southern Cross University, a empresa Processing Methods Bootcamp e a indústria de cafés do país.

O argumento dos investigadores é de que as outras características sensoriais do produto – textura, acidez e sabor residual – precisam também de uma ferramenta, assim como a Coffee taster’s flavor wheel, roda desenvolvida em 1995 pela antiga SCAA para padronizar a comunicação internacional do aroma e do sabor dos cafés especiais.

A nova roda de características do café tem 95 termos, selecionados a partir de 679 palavras utilizadas por provadores durante o desenvolvimento da pesquisa, dispostos em roda e em três níveis, que vão do geral ao específico. 

Projetada para ser uma ferramenta útil para profissionais e entusiastas na compreensão da complexidade dos grãos, a nova roda pode auxiliar a padronização das avaliações sensoriais do café para além dos sabores e aromas, incrementando a consistência para a indústria dos cafés de qualidade. 


De acordo com a AgriFuture Australia, os australianos consomem mais de seis milhões de xícaras por ano, e 99% dos grãos são importados pelo país. Mas a Austrália tem uma indústria cafeeira (embora pequena) estabelecida há muito tempo, que reúne cerca de 50 produtores de qualidade entre o norte e o sudeste de Queensland e o norte de New South Wales.

Diferentemente do vinho australiano, que já faz sucesso no mundo inteiro há décadas, seu café é pouco conhecido. A partir da nova roda e dos estudos em torno do território, a corporação australiana tem como objetivo ajudar os cafeicultores locais a definirem e comunicarem as características e sabores únicos dos seus grãos.

TEXTO Por Cristiana Couto • FOTO Agrifuture Australia

Café & Preparos

Nunca sai de moda: cafeteira italiana completa 90 anos

Modelo comemorativo 90 anos da Moka Express, com ilustração feita pelo artista Sam Cox – Foto: Izabela Dolabela – @izabeladolabela

Popular em diversas partes do mundo, a cafeteira italiana – ou Moka Express – é um clássico método de preparo que sempre está em alta. Com variedade de tamanhos, cores e modelos, ela ganha o coração de todo apaixonado por café, além de resultar em uma bebida encorpada e repleta de notas intensas, que remete ao espresso. Neste ano, o método completou 90 anos, e a empresa Bialetti (que o inventou) lançou uma edição especial de aniversário, ilustrada pelo artista britânico Sam Cox (veja mais detalhes ao fim da reportagem). 

“Uma cafeteira italiana é, provavelmente, a alternativa melhor e mais barata para você beber café espresso em casa sem investir em uma máquina superautomática e em um moedor profissional. As cafeterias italianas não fazem café espresso, mas uma xícara de café forte”, escreveu o barista norueguês Tim Wendelboe, em seu livro Coffee com Tim Wendelboe. 

Foto: Sten Ritterfeld/Unsplash

Apesar de estar presente no cotidiano de muitas pessoas até hoje, a história do equipamento começou em 1933, quando o italiano Alfonso Bialetti, ao ver sua esposa lavando roupas, teve uma ideia revolucionária.

Para lavar as roupas, a esposa de Bialetti fazia uso de uma “lessiveuse”, uma espécie de máquina de lavar da época, que consistia em uma grande panela de ferro com um tubo oco em seu interior, no centro. A água colocada juntamente com a roupa no recipiente entrava pelo tubo, na parte de baixo, e saía pela parte de cima, fazendo um bom uso dos produtos que eram colocados no processo para ajudar na limpeza das vestimentas. 

E porque não utilizar um sistema parecido no preparo de café? 

Assim nasceu a cafeteira italiana, um método com formato octogonal que utiliza o sistema de percolação para fazer a bebida. Basta adicionar a quantidade desejada de água na parte de baixo e o pó de café na peça com microfuros (filtro) localizada no meio do equipamento. Depois de rosqueada, é só levá-la direto ao fogo baixo. Por meio do aquecimento e da pressão do vapor, a água passa pelo pó e resulta no café na parte superior, pronto para ser servido.

Desenho do projeto da Moka Express – Foto: Acervo Bialetti

Por anos, a cafeteira italiana foi um item artesanal, até que, em 1946, Renato Bialetti, filho de Alfonso, assumiu os negócios do pai e, com uma visão industrial, resolveu mudar os rumos da empresa. Decidiu expor o item em uma feira em Milão, o que ajudou a alavancar as vendas da e a popularizar a Moka. 

De lá para cá, o projeto manteve-se praticamente inalterado…

“Os italianos têm o hábito de tomar café em cafeterias, mas, durante a pandemia de covid-19 e com as pessoas trabalhando em casa, houve um grande salto nas vendas de Moka no país”, escreve o especialista em café Edgard Bressani, na 6ª edição do livro Guia do Barista – Da origem ao café perfeito

Na obra, ele conta que o café utilizado no método costumava ter torra média-escura, podendo até ser um blend entre as espécies arábica e canéfora, o que contribuiu para a reputação do café feito na Moka originar uma bebida mais amarga. Mas, com o seu ressurgimento, as empresas passaram a oferecer cafés com torra média-clara, de origem única e 100% arábica. O resultado é que, hoje em dia, o método origina uma xícara mais doce e aromática, e com uma acidez suave. “Isso reacendeu as discussões entre os italianos sobre as melhores receitas para se preparar um bom café na Moka”, conclui Bressani.

Foto: Rabin Mukerjea/Unsplash

Em termos visuais, a cafeteira italiana é feita, tradicionalmente, de alumínio cunhado de alta resistência. Mas, hoje em dia, com a variedade de versões no mercado, é possível encontrar modelos produzidos com aço inox, por exemplo, em diferentes cores, formatos e tamanhos, que rendem de duas a 12 xícaras. Quanto ao funcionamento, uma das principais diferenças entre a original e as réplicas é a válvula de segurança patenteada pela Bialetti, que mantém o sistema interno de pressão estável na hora do preparo.

Por sua importância na história do design industrial, o método conta com exemplares expostos no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa). O modelo de aniversário da Bialetti, disponível na versão para três xícaras, foi inspirado na Doodle Art, uma vertente da Pop Art, baseada em desenhos de traços simples que se confundem com rabiscos ao estilo fun design. Sam Cox, citado no início deste texto, é um dos principais nomes deste movimento artístico, cujo conceito também estampa a bag que acompanha a nova Moka. A edição comemorativa de 90 anos pode ser encontrada no site da Café Store.

E de receita quem entende é o barista!

“Sabemos que, para fazer café, é necessário apenas água e café. Mas existem vários jeitos de extraí-lo. A Moka é por pressão. A água fervida gera pressão e passa pelo café moído, do qual são extraídos compostos diferentes do que em um método como a Melitta, por exemplo, em que você joga a água e, por gravidade, o café é extraído”, conta Renan Dantas, da Oficina do Barista.

Além da forma de extração, o barista paulistano também destaca que outro diferencial da cafeteira italiana é a concentração da receita final: “Em geral, usamos a mesma quantidade de café para uma quantidade menor de água. Geralmente, por extrair mais sabores (voláteis) do café, a bebida feita na Moka acaba dando uma sensação tátil mais cremosa e mais intensa, por conta da sua receita”. 

Na hora do preparo, Renan dá dicas que podem melhorar o resultado final. “Além de ter um café de qualidade, coloque um pouco de água em temperatura ambiente onde a bebida será extraída, ou seja, na parte de cima do equipamento. Essa técnica evita que o café sofra um ‘choque térmico’ na extração quando em contato com o material das paredes do método, o que pode levar a um leve amargor”, pontua.

TEXTO Gabriela Kaneto

Café & Preparos

20 cafeterias de PE oferecem combos especiais em 3º festival “Eu Amo Café”

Aos amantes de cafés especiais de Pernambuco, o festival “Eu Amo Café” confirmou a sua terceira edição para os dias 2 de outubro a 5 de novembro. Realizado pela Associação de Cafeterias de Especialidade de Pernambuco (Ascape), o evento este ano contará com a participação de 20 cafeterias espalhadas pelas cidades de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Taquaritinga do Norte.

Cada um dos estabelecimentos oferecerá uma “Dupla dos Sonhos”, uma harmonização composta por um doce + um cappuccino (receita tradicional de café + leite), por R$ 29,90. Confira abaixo as casas da edição:

Aurora Café – Recife Antigo
A Vida é Bela – Várzea, Recife
Café com Dengo – Rosarinho, Recife
Café do Brejo – Santo Amaro, Recife
Castigliani Cafés – Parnamirim, Recife
Celeste Café – Boa Vista, Recife
Contém Café – Encruzilhada, Recife
Emê Café e Bistrô – Pina, Recife
Ernest Café Bistrô – Espinheiro, Recife
Fridda Café – Candeias, Jaboatão dos Guararapes
Furdunço Café + Cultura – Tamarineira, Recife
La Fuent – Boa Viagem, Recife
O Melhor Cantinho da Cidade – Várzea, Recife
Palatsi Convenience Coffee Shop – Ilha do Leite, Recife
Pingo Arte Café – Boa Viagem, Recife
Por Enquanto Café – Boa Viagem, Recife
Santa Clara – Graças, Recife
Santa Clara – Parnamirim, Recife
Takwary Cafeteria – Taquaritinga do Norte
Zoco Café – Casa Caiada, Olinda

Mais informações: www.instagram.com/euamocafefestival

TEXTO Redação • FOTO Filipe Ramos

Café & Preparos

Marca curitibana lança medidor de pressão para cafeteiras Aram

A Aram Soulcraft apresentou recentemente um novo acessório para o mercado brasileiro de cafés: o Focus. Antes, o usuário já preparava manualmente o café espresso com a Aram. Agora, poderá aprimorar essa experiência através do controle da pressão durante o processo.

A velocidade aplicada na manivela controla a pressão da água, sendo possível adquirir uma maior cremosidade e um realce da bebida na xícara. “Nosso acessório vem para tornar visível a pressão da água dentro da cafeteira, assim você pode escolher quanto de pressão você quer para chegar no seu café ideal e, ainda, poder repetir ele toda vez”, destacou a marca curitibana. 

De acordo com os criadores, o Focus também ajuda a identificar a moagem correta: se está muito fina, as peças vão subir rapidamente até o ponto vermelho, indicando pressão excessiva; se estiver muito grossa, nenhuma peça vai subir, pois não haverá pressão e o café terá um sabor super ácido. 

O novo equipamento pode ser usado em todos os modelos já feitos da cafeteira Aram e está disponível no site da Aram Soulcraft, por R$ 550.

Mais informações: https://arambrasil.coffee/ 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Café & Preparos

Tem café na Casa da Boia

Estabelecimento histórico de São Paulo preserva a própria história e a da cidade e tem lugar especial para o produto que fez a metrópole crescer

Olhando de fora, o prédio antigo e bem cuidado, vizinho ao Mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo, chama atenção. Mas, para quem olha da calçada, os canos e peças de hidráulica da Casa da Boia não dizem que lá dentro tem café, embora existam pistas: o cobre, que para além dos canos, está nos tachos e panelas, e o antigo fogão de ferro na entrada da loja indica que a cultura alimentar da cidade também passa por ali.

É no fundo da loja que um cantinho bem especial conta um pouco da história do café e da cidade, em painéis e textos que montam uma miniexposição e acompanham produtos como canecas e bules esmaltados e leiteiras de cobre. Um pequeno achado sobre o café e a cafeicultura que fica ali, disponível para quem tiver curiosidade e puder dispor de alguns minutos para conhecer e admirar o local. 

O café é só uma das riquezas valorizadas no espaço. Dica: olhe cada cantinho, olhe pra cima, para as vitrines, aponte o celular para os QR codes das imagens dos painéis, cada vista guarda uma surpresa. A Casa da Boia é uma loja de metais e hidráulica, fundada por Rizkallah Jorge Tahan, em 1898. Ele era um imigrante sírio e foi bastante atuante no comércio, entre sua comunidade e para a história da cidade. Com 125 anos completados em maio de 2023, a Casa da Boia é um raro caso de empresa que segue na mesma família (hoje é dirigida por seu neto, Mario Rizkallah), no mesmo ramo de atuação e no mesmo endereço desde sua abertura.


De tão importante para a cidade, a Casa da Boia foi tombada como patrimônio histórico municipal. O prédio, que também foi residência da família Rizkallah por muitos anos, foi restaurando e é muito bem conservado, fazendo parte do braço cultural da empresa, que, além das exposições na própria loja (com fotos, mapas, objetos de época e materiais complementares no site), mantém um museu no piso superior e realiza diversos eventos, palestras, passeios e cursos.

Para acessar o museu não se paga nada, mas é preciso agendar a visita monitorada, que ocorre toda última quinta-feira do mês, sempre às 14h, coordenadas pelos historiadores Renata Geraissati e Diógenes Sousa. E, se bater a vontade de tomar um café depois de conhecer todas as riquezas guardadas nesse espaço, dá pra aproveitar e visitar algumas das emblemáticas cafeterias do centro histórico de São Paulo:

Caffà Latte – Rua do Comércio, 58 – Centro
Café Girondino – Rua Boa Vista, 365 – Centro
IL Barista na B3 – Rua João Brícola, 59 – Centro
Café do Farol Mag Café no Farol Santander – Rua João Brícola, 24 – Centro

Visite a Casa da Boia! Rua Florêncio de Abreu, 123 – Centro – São Paulo (SP)

TEXTO Cintia Marcucci • FOTO Cintia Marcucci

Café & Preparos

Cafeteria paulistana lança cafés em parceria com Daterra Coffee e Silvia Magalhães

A cafeteria Santa Pausa, localizada na Vila Leopoldina, bairro da zona oeste de São Paulo (SP), foi atrás de uma parceria inédita e uniu a Fazenda Daterra Coffee, referência internacional na produção de cafés especiais e sustentabilidade, com o trabalho da mestre de torra e barista tricampeã brasileira Silvia Magalhães, profissional que alcançou até hoje o ponto mais alto do país no mundial, em 2007.

O resultado são dois cafés, produzidos na Região do Cerrado Mineiro, que serão preparados na cafeteria paulistana. O lançamento oficial, realizado no último dia 31 de maio, contou com uma roda de conversa entre as profissionais responsáveis pelo projeto: Isabela Pascoal (Daterra Coffee), Silvia Magalhães (SM Cafés) e Carol Albuquerque (Cafeteria Santa Pausa), com a moderação da jornalista especialista em café, Mariana Proença. O tema foi “Excelência e Sustentabilidade: como desenvolver produtos dentro destes dois conceitos”.

Em breve os pacotes de 250 g estarão à venda, mas já é possível prová-los na própria cafeteria. “Queremos tornar o café especial acessível aos clientes. A Daterra Coffee sempre foi uma vontade nossa, pois traz sofisticação e é uma bebida diferente. E a Silvia Magalhães é nossa parceira na busca pela qualidade. Então hoje temos um café próprio, exclusivo e com torra específica de um grão que é raro encontrar no Brasil”, explica Carol Albuquerque, uma das proprietárias da Santa Pausa.

A Daterra Coffee exporta a maior parte da produção para parceiros internacionais, mas tem projetos no Brasil. A diretora de Sustentabilidade, Isabela Pascoal Becker, conta que o projeto da Santa Pausa conectou com os princípios da fazenda. “A forma como a Carol conversou, explicou seu sonho e visão somados ao espaço e a qualidade dos produtos provou que era uma possibilidade genuína de construção conjunta, onde a Daterra é reconhecida e onde os projetos além do café serão contados. Para a Daterra, poder ter um local em São Paulo tão alinhado com o que queremos passar com a xícara que produzimos é uma delícia”, diz.

Silvia Magalhães foi quem desenvolveu a torra para os dois cafés, que levam os nomes já conhecidos no mundo para as linhas Daterra: Espresso Collection e Sweet Blue. “O Espresso Collection é um perfil mais classudo, doce e encorpado. Já o Sweet Blue é delicado, com acidez cítrica e leve floral. São cafés bem diferentes”, explica Silvia.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Café & Preparos

2ª edição do São Paulo Coffee Festival apresenta experiências sensoriais ao público!

Ei, está sabendo do evento de café que acontece este mês na cidade de São Paulo? A 2ª edição do São Paulo Coffee Festival toma conta da Bienal do Ibirapuera nos dias 23, 24 e 25 de junho, e traz estandes de diferentes marcas, espaços para workshops e palestras, e muita degustação de café! Já garanta o seu ingresso aqui.

Sucesso em 2022, o Sensory Experience volta com uma nova grade de programação para este ano e, agora, com duas salas de conteúdo, com capacidade para 15 pessoas em cada. Confira os temas e programe-se para acompanhar: 

Sexta-feira (23/6)

Sala 01
15h “Harmonização chocolate + café”, com Arcélia Gallardo
16h “O que é matcha?”, com Álvaro Dominguez
17h “Harmonização chocolate + café”, com Arcélia Gallardo
18h “O que é matcha?”, com Álvaro Dominguez 

Sala 02
15h “Descubra o universo de aromas e sabores do café solúvel”, com Eliana Relvas
16h “Nescafé: Dica do Barista – Terroir e harmonização”, com Hugo Silva e Thiago Sabino
17h “Descubra o universo de aromas e sabores do café solúvel”, com Eliana Relvas
18h “Nescafé: Dica do Barista – Terroir e harmonização”, com Hugo Silva e Thiago Sabino

Sábado (24/6)

Sala 01
11h “Experiência sensorial com o espresso”, com Paulo Gabriel
12h “ORIGENS – Café e Ciência – Percolação”, com Renan Dantas e Angélica Luiz
14h “Experiência sensorial com o espresso”, com Paulo Gabriel
15h “Aprenda como provar o café”, com Helga Andrade
16h “ORIGENS – Café e Ciência – Percolação”, com Renan Dantas e Angélica Luiz
17h “Aprenda como provar o café”, com Helga Andrade

Sala 02
11h “Cafés polinizados por abelhas: Diferença na xícara”, com Ensei Neto
12h “Café gelado não é uma fria”, com Ana Argenta e Caroline Vieira
14h “Cafés polinizados por abelhas: Diferença na xícara”, com Ensei Neto
15h “Le Nez de Cafés – Conheça os aromas que são encontrados nos cafés especiais”, com Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA)
16h “Cafés polinizados por abelhas: Diferença na xícara”, com Ensei Neto
17h “Le Nez de Cafés – Conheça os aromas que são encontrados nos cafés especiais”, com Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA)

Domingo (25/6)

Sala 01
11h “Diferenças entre café especial e tradicional na xícara”, com Lucas Salomão
12h “Cerimônia do chá das folhas de café”, com Tony Chen
14h “Experiência sensorial com o espresso”, com Keiko Sato
15h “Diferenças entre café especial e tradicional na xícara”, com Lucas Salomão
16h “Experiência sensorial com o espresso”, com Keiko Sato
17h “Cerimônia do chá das folhas de café”, com Tony Chen

Sala 02
11h “Conhecendo os cafés da Região Vulcânica”, com Leandro Carlos Paiva, Leo Custódio e Bruna Silva
14h “NEO Apresenta: Degustação Guiada & Compostagem”, com Colheita Feliz e Rogério Oliveira
12h “Brasilidade Mineira: A tríade irresistível do paladar – Café, queijo e doce de leite”, com Lidiane Moura
15h “Conhecendo os cafés da Região Vulcânica”, com Leandro Carlos Paiva, Leo Custódio e Bruna Silva
16h “Brasilidade Mineira: A tríade irresistível do paladar – Café, queijo e doce de leite”, com Lidiane Moura
17h “NEO Apresenta: Degustação Guiada & Compostagem”, com Colheita Feliz e Rogério Oliveira

Algumas instruções importantes para o Sensory Experience deste ano:

– Chegue uma hora antes do seu horário escolhido para garantir a sua vaga;
– Você ganhará uma pulseira de identificação. Será dado apenas uma pulseira por pessoa, ou seja, não será possível retirar mais de uma pulseira;
– Acabadas as 15 pulseiras, iremos considerar vagas esgotadas para os horários;
– Chegue na sala dez minutos antes do início do workshop escolhido.

Serviço
São Paulo Coffee Festival
Quando: 23, 24 e 25 de junho
Onde: Bienal do Ibirapuera – São Paulo (SP)
Ingressos: www.ticket360.com.br/evento-composto/547/ingressos-para-sao-paulo-coffee-festival
Mais informações: www.saopaulocoffeefestival.com.br/ 

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Café & Preparos

Anota na agenda: 2ª edição do São Paulo Coffee Festival acontece entre 23 e 25 de junho

De 23 a 25 de junho você é o nosso convidado para participar da 2ª edição do São Paulo Coffee Festival, na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. O evento internacional que nasceu há mais de 10 anos e atrai grande público em cidades como Amsterdã, Cidade do Cabo, Londres, Los Angeles, Milão e Nova York, traz para São Paulo a celebração da comunidade e cultura do café para o público amante da bebida, com atividades que vão de degustações, passando por oficinas interativas e sensoriais, à workshops com grandes especialistas desse universo. 

O evento desse ano terá cerca de 100 marcas e patrocínios de 3corações, Café Orfeu, Melitta e Nescafé, apresentando um crescimento de 60% em relação à primeira edição e mostrando que o projeto chegou para reafirmar o sucesso que tem feito em outros países.

A experiência com café especial continua sendo a protagonista do evento, que além da presença de cafeterias e micro torrefações, traz para o público apresentações como o Latte Art ao vivo, e receitas de drinques clássicos e contemporâneos feitos a partir do grão, técnicas de vaporização e muito mais. 

Outro destaque vai para a ‘Sensory Experience’, área patrocinada pela Nescafé recheada de atrações sensoriais. A grande novidade deste ano é que serão duas salas para até 15 pessoas com programação simultânea, com duas opções de horário durante o dia. Confira a programação no site. 

O festival apresenta ainda o retorno da Copa Barista, campeonato que este ano tem patrocínio da Melitta, e premiará em dinheiro os melhores competidores na preparação de espressos, cappuccinos e filtrados. 

A edição 2023 ocupará todo o piso térreo e o primeiro andar da Bienal e conta com uma variedade ainda maior de experiências gastronômicas e culturais. Na famosa área ‘A Cozinha’, patrocinada pela 3corações e A Tal da Castanha, chefs convidados apresentarão dicas de harmonização com café e receitas especiais. O evento conta, ainda, com um espaço dedicado a Torrefação para quem quer conhecer mais sobre o processo, este patrocinado pela Café Orfeu.

Outro ponto alto será a área musical e de alimentação. Este ano, o ‘Café & Música’ é inspirado no formato do projeto em Londres e estará localizado em um espaço central do festival, dando ainda mais destaque às atrações musicais. Na área externa do pavilhão, ficará a área de alimentação – 50% maior que na edição anterior. 

E, ainda, o São Paulo Coffee Festival e a Cervejaria Tarantino criaram uma cerveja especial para o evento. Os visitantes poderão conhecer a bebida exclusiva durante os três dias da iniciativa, no Beer Bar. A Coffee Lager (5,1%) do festival é uma cerveja do estilo Vienna Lager com infusão de café Catuaí Amarelo da Serra da Canastra. Tem característica maltada moderada, notas de pão levemente tostado, suave dulçor e cremosidade, equilibrados pelo amargor assertivo do lúpulo, com final seco. O café adiciona uma camada de complexidade torrada no sabor e complementa o conjunto com elegante aroma de frutas amarelas. Além da novidade exclusiva, o evento também contará com os demais rótulos tradicionais da Tarantino.

“O segundo ano desse evento tão importante para a categoria de Café Especial vem para reafirmar a história que está sendo construída. Assim como acontece nas outras capitais do globo, esse projeto é pensado a longo prazo, com cuidado a cada edição. E para esse ano, levamos em consideração os feedbacks dos participantes e visitantes do ano passado para, assim, oferecer a melhor experiência para o consumidor.”, finaliza Caio Alonso, diretor da Café Editora e organizador do São Paulo Coffee Festival.

A programação já está disponível no site.

Os ingressos, que se encontram no segundo lote, saem por R$80 (diária). Esse valor se estende até um dia antes do evento. Já na bilheteria, durante os dias de Festival, o preço vai para R$100. O passaporte para os três dias custa R$160; e a categoria VIP (ingressos limitados) sai a partir de R$170, que além da participação no evento com todas as atrações, inclui entrada exclusiva, direito ao kit com ecobag, um drink especial + brindes e acesso à área VIP, localizada no mezanino.

O São Paulo Coffee Festival tem patrocínio master de 3 Corações, Café Orfeu, Melitta e Nescafé; apoio de Nespresso, Café Store, A Tal da Castanha e Prefeitura de São Paulo por meio da Secretaria de Turismo, com realização da Allegra Events e Revista Espresso/Café Editora.

SERVIÇO 

Quando: 23, 24 e 25 de junho

Horário: Sexta-feira (23/06) das 14h às 21h, sábado e domingo (24 e 25/06), das 10h às 18h.  

Onde: Fundação Bienal de São Paulo. Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana, São Paulo. 

Ingressos: R$80 (diária); R$160 (passaporte para os 3 dias de evento); a partir de R$170 (VIP). A venda acontece pela plataforma Ticket 360.

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia