Mercado

Dengo Chocolates inaugura unidade na França

No dia 1º de abril, no bairro de Montmartre, em Paris, foi inaugurada uma loja Dengo. Esta é a primeira operação da marca fora do Brasil e dá início ao processo de internacionalização na Europa e fora dela.

Fundada em 2017, a Dengo é uma marca de chocolates “bean-to-bar” e, segundo o CEO Estevan Sartoreli, a nova loja leva o mesmo estilo, experiência e arquitetura do que temos aqui. 

Ele conta que, em 2019, foi procurado pelo empresário francês Charles Znaty: “Ele conheceu a marca em uma viagem ao Brasil com a família. Desde então, demonstrou interesse em levá-la para a Europa e estreitar a relação. Veio a pandemia e as discussões estacionaram, mas retornamos e agora com a abertura’’. 

A Dengo Europa é uma subsidiária da Dengo Chocolates SA, que, além de Estevan, conta também com o empresário Guilherme Leal como sócio-fundador. Já a unidade europeia tem como sócio local o empresário francês Charles Znaty, que é ex-CEO da Pierre Hermé, pâtisserie de luxo que se tornou conhecida pelos “macarons” e por suas lojas de doces que parecem joalherias. Em 2018 a marca foi vendida para a L’Occitane.

“Na França teremos chocolates com mais intensidade. O mercado brasileiro ainda é tímido quando falamos de algo intenso e amargo. Na Europa ultrapassa os 65% das pessoas que preferem essa intensidade”, completa Estevan. 

Segundo ele, o espaço conta com o mesmo café oferecido aqui, que hoje já chega torrado, mas que, em breve, será enviado em grão verde. Os franceses receberam o time de brasileiros para treinamento, para que seja mantido o mesmo padrão de operação, respeitando a cultura local, mas com atendimento com energia e empatia, como é feito aqui. A ideia é ter a abertura de mais duas lojas até meados do segundo semestre.

Para o jornal Valor Econômico, Charles destaca que a escolha da primeira loja em Montmartre, bairro boêmio e de artistas, com ruas íngremes e de escadarias, conhecido pela basílica de Sacré Coeur que fica no alto de uma colina, foi proposital. “Não é um lugar de turistas, mas há turistas, escritórios, comércio, pessoas que trabalham e pessoas que vivem. No nosso prédio temos moradores e a primeira coisa que fiz foi dar o chocolate para que provassem’’, completa. Vale lembrar que, atualmente, Montmartre é um dos bairros mais visados e caros de Paris. 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Cafezal

Destinos nacionais e internacionais para quem é fã de café!

Se tem algo que faz parte do cotidiano dos brasileiros, é o café. Além disso, o Brasil é o maior produtor e exportador do grão no mundo. Mas, apesar de toda essa importância, muitas pessoas nunca viram de perto uma lavoura cafeeira, ou tiveram a oportunidade de conhecer os processos por quais esse fruto passa até chegar na nossa xícara. Pensando nisso, a empresa de tecnologia Hurb, que conta com uma plataforma on-line de viagens, selecionou alguns destinos nacionais e internacionais que devem fazer parte do roteiro dos amantes do café.

Apesar de não ser reconhecida hoje como um dos maiores produtores do grão, identificou-se que a origem do coffea – nome científico da planta – leva à Etiópia. A lenda conta que os efeitos da ingestão desse produto natural foram constatados pela primeira vez no país africano por um pastor, que notou que seu rebanho de ovelhas percorria uma distância maior que a média depois de consumir os frutinhos. Depois disso, os habitantes da região quiseram experimentar esses mesmos efeitos, dando início ao consumo de uma das bebidas mais vendidas no mundo.

Historicamente, sua exportação começou a ser realizada pelo Oriente Médio, vizinho da Etiópia, graças ao seu papel medicinal. De lá, partiu para o Egito e continuou arrebatando apreciadores pela Turquia, até chegar ao continente europeu, onde passou a ser consumido pela nobreza.

Aqui no Brasil, a primeira muda de café chegou de forma clandestina em 1727, trazida por um sargento estrangeiro. Depois de tentativas de produção no Maranhão e no Rio de Janeiro, chegou a São Paulo e Minas Gerais, onde o plantio não só emplacou, como veio a consolidar um dos maiores ciclos econômicos do país, nos séculos XIX  e XX. Hoje, o grão ainda é uma das nossas principais commodities. De acordo com o Sumário Executivo do Café de 2022, produzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, suas lavouras ocupam cerca de 3,2% do território nacional, o que corresponde a quase 2 milhões de hectares. A produção do ano passado foi estimada em 55,7 milhões de sacas de 60 kg, e, no ano anterior, mais de 40 milhões dessas sacas foram destinadas à exportação.

Além do país ser o principal produtor do mundo, os brasileiros também são grandes consumidores da bebida, ficando atrás apenas dos estadunidenses. Sobre o tema, o Hurb recebeu o barista Emerson Nascimento, especialista em latte art e campeão nacional de Coffee in Good Spirits em 2017 e 2020, para um bate-papo.

Mas, voltando à origem, Minas Gerais, principal produtor nacional, conta com a Rota do Café, que se estende por 35 km, passando por cidades como Carmo de Minas e São Lourenço, na região da Serra da Mantiqueira. Com uma combinação entre solo, temperatura e altitude ideais – chamado pelos especialistas no assunto de terroir -, Carmo de Minas surpreende pela produção do café arábica, umas das espécies de maior consumo mundial. Já a cidade vizinha, São Lourenço, oferece experiências alternativas, como um relaxante banho de banheira com aroma de café, acompanhado de massagem nos pés e ducha escocesa.  

No Nordeste, a Rota Verde do Café corta o sertão cearense passando pelos municípios de Guaramiranga, Mulungu, Pacoti e Baturité. Cultivado na penumbra, o café da sombra é produto de destaque do estado. Sem receber luz direta do sol, o solo rico é umedecido pelo orvalho das árvores, possibilitando o cultivo desse produto único.

A cafeicultura também acontece na Bahia, graças ao clima ameno nas altitudes da Chapada Diamantina. No top 10 nacional da premiação Cup of Excellence, que avalia anualmente os melhores grãos do Brasil e do mundo, seis são de fazendas da Chapada, inclusive o primeiro lugar, produzido pela Fazenda Tijuco.

No município de Serra Negra, em São Paulo, a Rota Turística do Café, reconhecida pelo Ministério do Turismo, abriga cafezais em meio à região de Mata Atlântica. Além de conhecer a produção dos seus cafés especiais, a região oferece mais atrações aos turistas, como passeios por alambiques, cachoeiras, destilarias, entre outros.

Já o Vale do Café compreende 15 municípios do Rio de Janeiro, na região conhecida como Vale do Paraíba, que compreende o sul do estado. Na década de 1860, eles foram responsáveis pela produção de 75% de todo o café consumido no mundo e, segundo a ABIH-RJ, 30 fazendas do vale estão abertas à visitação. Com a popularização do café gourmet, o trecho já aparece entre os cinco mais atrativos para o turismo no estado. 

No sul brasileiro, o Paraná teve um papel importante para produção cafeeira na história brasileira, até ser atingido por intensas geadas nas décadas de 1960 e 1970, que prejudicaram o potencial produtivo do solo. A Rota do Café paranaense cruza nove municípios e inclui atividades voltadas especialmente para esse público, como cardápios que ressaltam seu sabor e a Semana do Café, evento anual que realiza experiências gastronômicas e interativas no Museu Histórico de Londrina.

Para quem está disposto a sair do Brasil em busca de novos sabores e conhecimentos, Colômbia, Cuba e Estados Unidos são alguns dos destinos mais próximos que fazem parte da história de produção e cultura do café.

Com toda uma tradição de consumo, que vai muito além de uma fonte de energia para começar o dia, o café colombiano é aclamado em todo o mundo. Na capital Bogotá, cafeterias especializadas investem em grãos in natura, ou seja, sem passar pelo processo de torra, de pequenos produtores locais. Na produção, o Triângulo do Café Colombiano – que compreende os estados de Caldas, Quindío e Risaralda – concentra grande parte da produção nacional.

Em Havana, o encorpado espresso cubano faz parte da maioria das refeições, sendo servido em grande parte dos restaurantes. Por isso, não é difícil achar uma boa bebida na capital, onde evitam-se as versões no estilo americano, como as popularizadas pela rede Starbucks, original de Seattle. A cidade norte-americana é mais um destino  que pode ser incluído na lista dos amantes do café. Ainda que a cadeia mundial de cafeterias não seja a primeira opção daqueles que valorizam um bom café, sua fundação ocupa um papel na recente popularização do café. Além disso, Seattle conta com muitas opções de negócios menores voltados para produtos artesanais.

Já quem pretende chegar ainda mais longe pode embarcar para Austrália e Taiwan. No primeiro, as cafeterias se popularizaram como lugar de encontro após um movimento popular que visava diminuir o consumo alcoólico no país. Hoje, a terra dos cangurus tem cafés com longas filas na entrada, arquitetura e estilos diferenciados e produtos especiais. Já Taipei, em Taiwan, é mais uma das cidades impactadas pela popularização do café, que entra nesse roteiro graças às lojas temáticas de todos os tipos, além do povo simpático e receptivo aos turistas. Afinal, um bom café fica ainda melhor em boa companhia.

TEXTO Redação

Mercado

Nescafé lança café solúvel premium com três intensidades de torra

A Nescafé, da Nestlé, lança o Nescafé Gold Espresso Solúvel, seu novo café premium agora com crema espessa e grãos especiais torrados em três intensidades: torra clara, torra média e torra escura. Confira os perfis:

Torra Clara: Grãos de cafés 100% arábica torrados com precisão em temperaturas amenas por mestres de torra. Um convite para sentir um café de sabor suave com nuances frutadas e sensorial marcante. Intensidade 6.

Torra média: Um café produzido a partir de um processo que combina tempo e temperatura equilibrada, resultando em uma bebida de corpo denso e bastante aromática. Produzido a partir de grãos 100% arábica. Intensidade 8.

Torra escura: Café 100% arábica com perfil de torra mais longo, feito em temperaturas altas, traduzindo a complexidade de um café especial denso e intenso. Na xícara, essa intensidade é traduzida através da tonalidade escura, com aroma marcante e sabor potente. Intensidade 9.

“A linha Nescafé Gold Espresso Solúvel aterrissa nas gôndolas ampliando nosso portfólio e aprimorando ainda mais o arsenal de cafés premium da Nestlé, alavancando a categoria solúvel a um novo patamar de qualidade e sabor. Nosso desejo é para além do prazer de beber um café fresquinho, mas provocar uma experiência sensorial e única”, afirma Gabriela Monsanto, gerente de marketing de Nescafé.

Já disponível no Brasil, a novidade complementa o portfólio de Gold – já no mercado com a versão para coar – e conta com embalagem com tampa hermética para preservar o frescor do produto.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Receitas

Trufa de café com leite

Ingredientes

  • 200 g de leite condensado
  • 120 g de leite em pó
  • 15 g de café solúvel
  • 200 g de chocolate do padre

Preparo

Em um recipiente, misture o leite condensado e o café solúvel até homogeneizar. Acrescente o leite em pó até obter uma consistência de enrolar. Faça bolinhas e passe no chocolate do padre. Coloque em forminhas e sirva. Acrescente um grão de café para decorar.

Rende 15 unidades

FOTO Bruno Marconato • RECEITA Água Doce Sabores do Brasil

CafezalMercado

Em visita ao Brasil, CEO da Fairtrade Global comenta sobre produção cafeeira

Sandra Uwera, CEO da Fairtrade Global – Foto: Julio Huber/Nova Comunicação

Na última sexta-feira (31/03) tivemos o prazer de acompanhar a visita da CEO da Fairtrade Global, Sandra Uwera, à loja da Ben & Jerry’s, na Oscar Freire, em São Paulo (SP). A marca utiliza ingredientes com certificação Fairtrade e destaca que apoia um movimento global que trabalha para garantir que pequenos agricultores de países em desenvolvimento consigam sobreviver no competitivo mercado global.

Sandra é de Ruanda, cresceu ali e no Quênia. Possui um Master of Science (MSc) em Planejamento Estratégico, um Bacharel em Comunicações Corporativas e realizou treinamento profissional avançado em política e direito de comércio internacional, inclusão digital e liderança para a sustentabilidade dos negócios. Ela faz parte de vários conselhos na África e internacionalmente.

Segundo ela, foi uma grande alegria quando recebeu a proposta para CEO da Fairtrade. “Fiquei muito feliz em representar uma organização tão nobre, principalmente pelos valores muito fortes, que envolvem promoção e boas condições para os produtores, considerando justiça social num nível global, com a certeza de que os produtores sejam ouvidos. Posso representá-los em reuniões e lutar por condições melhores’’.

Sandra chega ao Comércio Justo com uma vasta experiência na África e traz um conjunto único de habilidades, perspectivas e relacionamentos. Recentemente, atuou como CEO do COMESA Business Council (CBC), organização de membros empresariais na África, que é uma instituição do setor privado do Mercado Comum para a África Oriental e Sul (COMESA), que representa 34 setores empresariais em 21 países.

Foto: Julio Huber/Nova Comunicação

Fairtrade International é uma organização global que trabalha para garantir melhores condições de trabalho para fazendeiros e operários através do Comércio Justo, que é um modelo comercial que coloca o ser humano e a sustentabilidade social, econômica e ambiental das sociedades no centro, dignificando o trabalho, respeitando o meio ambiente e promovendo uma gestão responsável e sustentável dos recursos naturais. Se baseia em relações comerciais nas quais existem solidariedade, equidade e justiça, e, definitivamente, contribui para a melhoria das condições de vida das famílias produtoras e trabalhadoras em todo o mundo.

Em relação ao café brasileiro, Sandra destaca que o Brasil, como maior exportador de café, traz o desafio do custo de produção. “Com as crescentes condições econômicas em todo o mundo, vimos muitos produtores sofrerem em termos de altos custos de negócios. Vimos cair os preços do café que eram muito fortes no início dos anos 2000. Vimos os desafios de nossos clientes deixarem de comprar café por causa do poder aquisitivo fraco, com menos dinheiro no bolso, e o café sempre foi vendido como um produto de alto valor. E a parte boa é que é um produto que não sairá do mercado, sempre haverá demanda’’, explica. 

Mas a CEO completa que isso não reflete como os produtores estão se saindo no campo: “A gente descobre que muitos produtores estão operando dentro de sistemas e processos de altos impostos. Eles estão enfrentando desafios em termos de instalação das plantas e de processamento correto. Tenho certeza de que alguns dos desafios que você enfrenta em termos de como você limpa seu café, por exemplo, pode ser atualizado’’. 

O objetivo com o comércio justo é melhorar as condições de operação dentro dos setores e esse também é o caso do Brasil. Sandra aponta que ainda é muito importante que as empresas maiores sejam fornecedoras e que hoje os produtores estão mais atentos a investir nas instalações, nas facilidades operacionais, nas tabelas salariais, nos salários que todos os requisitos que podem ajudar este setor a se tornar mais lucrativo dentro do comércio justo.

“É muito interesse em garantir que esse setor que você conhece seja fortalecido e cresça na perspectiva dos produtores. São muitos os desafios, como a mudança climática, instalações precárias e operacionais, e é por isso que recentemente aumentamos nosso preço mínimo para café orgânico e café lavado, para que possamos criar uma rede de segurança para os produtores, para que não sejam afetados por todos os problemas”.

Em relação ao Brasil, o que mais a impressionou foi a riqueza em termos de agricultura. “É um país lindo, com pessoas muito engajadas e dedicadas em melhorar sua produção”. Sandra e equipe visitaram também a Coperfam – Cooperativa de Laranja e puderam acompanhar a produção e todo o processo de comercialização da fruta. 

Foto: Julio Huber/Nova Comunicação

Mulheres na produção 

Quem também acompanhou essa visita foi a produtora e presidente da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região (Coopfam), Vânia Lucia Pereira da Silva, que destaca que a cooperativa foi uma das primeiras a ter o certificado Fairtrade.  

O movimento na região começou na década de 80, quando os produtores já tinham um café orgânico, mas sem muita ideia do que era isso. “Com muita pesquisa e trabalho, foram percebendo e entendendo sobre o café, até que viram que podiam certificar e assim veio a Fairtrade, todo um novo trabalho e a criação de uma associação de pequenos agricultores familiares da região’’, conta Vânia. 

Vânia Lucia Pereira da Silva, produtora e presidente da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região (Coopfam) – Foto: Coopfam

A Coopfam foi criada em 2003 e busca qualidade de vida, respeito e preservação da natureza, sem agrotóxico. “Hoje somos aproximadamente 500 cooperados e mais de 90% do nosso café é exportado para 14 países’’, conta Vânia.

Ela destaca que a mulher foi conquistando cada vez mais espaço: “Já tínhamos um papel em todo o processo, menos na comercialização. Até que uma mulher ficou viúva e teve que ir numa assembleia sozinha, com muitos homens. Então, as mulheres foram dar uma força para ela e perceberam que tinham que estar nesse espaço também. Começaram a se organizar, formando o grupo MOBI – Mulheres Organizadas em Busca de Igualdade, em 2006, e aí veio o trabalho de diagnóstico com esposa dos cooperados, para entender como estavam. Hoje temos um processo de conscientização e transformação do grão à xícara’’. 

Vânia, que também é produtora de café, fez parte deste processo de construção coletiva. Primeiro, ela ocupou um dos espaços de coordenação da Rede Orgânicos Sul de Minas, com o projeto das rosas orgânicas. Dentro da Coopfam, ela foi indicada para a chapa da diretoria em 2016, pelo grupo MOBI, para concorrer à diretoria. Foi uma surpresa para ela quando esteve restrita ao grupo menor indicado para votação para diretoria. “Uma mulher assumir a presidência de uma cooperativa de café realmente é histórico. Eu participo de várias reuniões e busco saber se há mulheres presidentes de cooperativas de café e acho que sou pioneira nessa questão aqui em Minas Gerais”, contou.

TEXTO Natália Camoleze

Mercado

Ingressos à venda para a 2ª edição do São Paulo Coffee Festival!

Voltado para o consumidor final, o São Paulo Coffee Festival chega em sua segunda edição presencial como uma celebração da comunidade e da cultura do café na capital paulista. Assim como em 2022, a programação reúne diversas experiências gastronômicas e culturais, como degustação de café de cafeterias e microtorrefações, oficinas interativas e sensoriais, coquetéis à base de café, música ao vivo, intervenções artísticas e, claro, as comidas que orbitam este universo.

O evento está programado para acontecer de 23 a 25 de junho, das 14h às 21h (na sexta-feira), e das 10h às 18h (no final de semana), na Bienal do Ibirapuera. Os ingressos já estão à venda no site do SPCF e os valores variam de R$ 60 a R$ 130. As opções são: ingresso diário (sexta, sábado ou domingo), ingresso “passaporte” (válido para os três dias) ou o VIP, que pode ser diário ou para os três dias. O VIP dá direito a brindes do evento e de patrocinadores, um drinque exclusivo e entrada diferenciada para evitar filas.

Serviço
São Paulo Coffee Festival 2023
Quando: 23 a 25 de junho
Horário: 14h às 21h (sexta-feira), e das 10h às 18h (sábado e domingo)
Onde: Fundação Bienal de São Paulo – Parque do Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana)
Mais informações e ingressos: www.saopaulocoffeefestival.com.br 

Mercado

Chocolate para adoçar a sua semana!

A indústria de chocolate ganha destaque importante na Páscoa! A expectativa, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), é grande para esse ano, já que em 2022 foram vendidos mais de 10 mil toneladas de ovos de Páscoa no Brasil, um aumento de 13% em comparação com 2021. 

Para entender as tendências do setor em 2023 e ajudar os empreendedores a aumentarem seus lucros na data, a Semrush, plataforma de gerenciamento de visibilidade on-line e criação de marketing de conteúdo, analisou o que os brasileiros pesquisaram na internet nos últimos quatro anos sobre os produtos do período. 

De acordo com o levantamento, o termo “ovos de Páscoa” foi pesquisado 4.24 milhões de vezes entre março e abril de 2022, um aumento de 139.55% em relação a 2019, que teve 1.77 milhões de buscas no mesmo período. É interessante observar que a procura por produtos artesanais teve um crescimento bastante relevante. As buscas por “ovos de Páscoa caseiros” saltaram de 60.2 mil, entre março e abril de 2019, para 123.5 mil no mesmo período de 2022, um crescimento de 105.15%. 

Outros números que chamam a atenção é o aumento das buscas dos brasileiros por informações relacionadas ao preço dos produtos. Em março e abril de 2022, o termo “ovo de Páscoa promoção” foi pesquisado 61.6 mil vezes, um aumento de 200.49% em relação ao mesmo período de 2019, que teve 20.5 mil buscas, enquanto “ovo de Páscoa barato” foi pesquisado 47.9 mil vezes em 2022, registrando um crescimento de 73.75% em relação a 2019, que alcançou 27.6 mil de pesquisas. 

“O monitoramento das buscas dos brasileiros na internet é essencial tanto para quem está começando a trabalhar com a venda de ovos de Páscoa, como para as marcas mais experientes. É extremamente importante observar como estão as preferências da população para oferecer produtos que sejam sucesso em vendas”, explica Erich Casagrande, Líder de Marketing da Semrush no Brasil. 

Um estudo da Horus, empresa de inteligência de mercado, destaca que os preços dos ovos de Páscoa subiram 35%. O aumento do valor do chocolate é um dos fatores que encarecem o produto. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo diz que o chocolate ficou 13,9% mais caro nos últimos 12 meses. Entre fevereiro de 2022 e fevereiro deste ano, a inflação foi de 6,66%.

Aqui na nossa redação, recebemos opções deliciosas para adoçar o feriado! 

Mariana Junqueira

Conhecida por sua criatividade e por surpreender seus clientes com produtos que fogem do normal, Mariana Junqueira é uma requisitada confeiteira, principalmente por empresas de luxo e a alta sociedade paulistana. Sua loja tem uma decoração inspirada nas boutiques parisienses e se tornou um dos endereços mais disputados para um delicioso café da tarde. Localizada na Vila Nova Conceição, a Loja & Café Mariana Junqueira possui uma série de produtos para consumo no local, acompanhado de um café e outras doçuras a pronta entrega. O endereço é Rua João Lourenço, 127 – Vila Nova Conceição | Tel. (11) 3044-6274 / Cel. (11) 94590-8310. 

Recebemos o Ovo Cocada Fresca, em uma caixa super estilosa e decorado com balas de coco que derretem na primeira mordida. O chocolate é muito delicado, o coco é super fresco e o ovo é super recheado. Combinamos ele com um café mais limpo, cítrico e de baixa acidez. Valor: R$ 368,80. É possível encomendar no site

Brasil Cacau 

A marca traz uma diversidade de sabores em seu portfólio, que inclui desde combinações clássicas até inovações com recheios tipicamente brasileiro em suas criações. A marca chega com aquele gostinho inconfundível de chocolate repleto de sabor e afetividade, para conquistar o coração e o paladar do público com um mix de 42 produtos, sendo 13 lançamentos.

Provamos o de Ovomaltine, com chocolate ao leite. Achamos o recheio bem generoso, parecido com uma mousse crocante. Para os fãs de ovos com muito chocolate, esse é o pedido ideal! Vai bem com um café preparado no método Koar, com características mais frutadas. Valor: R$ 87,90. É possível encomendar no site

Gelato Boutique 

Criada em 2015 e super premiada, a confeitaria mistura cor, sabor e muito frescor, com ingredientes especiais e 100% naturais. Valorizando a gastronomia brasileira e criando sabores autorais inesperados, além dos clássicos, feitos com excelência, a chef gelatière Marcia Garbin é a técnica, paladar e savoir-faire da Gelato Boutique. 

Recebemos o ovo de chocolate ao leite, recheado com coelhinhos do mesmo chocolate. Além do lindo design, é aquele ovo que derrete na boca, super aveludado. Só um café ácido do lado para ficar ainda mais perfeito! Valor: R$ 139. São duas unidades da loja em São Paulo, uma em Pinheiros (Ruas dos Pinheiros, 444) e a outra no Shopping Cidade São Paulo (Avenida Paulista, 1.230, 4º andar). 

Sodiê 

“Páscoa do seu jeito”, esse é o tema da campanha da Sodiê Doces, franquia de bolos artesanais do Brasil, para a celebração da Páscoa. A rede que conta com mais de 350 lojas traz a possibilidade de a pessoa montar o próprio ovo, podendo escolher tanto o recheio, quanto a cobertura – ação inédita realizada pela marca – além da novidade no cardápio, trazendo novos sabores de ovos de colher, como o de Bolo de Cenoura, que recebemos por aqui.

Super recheado, é um misto de brigadeiro e bolo de cenoura. Delicioso! Uma combinação perfeita para um cold brew, algo mais refrescante. Valor: a partir de R$ 64,90. Confira os endereços das lojas no site

Gallette Chocolate 

Engenheira Eletricista com MBA em Marketing, Gislaine Gallette atuou no mercado financeiro por 15 anos. Sua paixão pelo chocolate a fazia ler e estudar tudo o que encontrava sobre o assunto. Ela fez alguns cursos no Brasil e resolveu se especializar na Bélgica, de onde veio diretamente para abrir sua própria chocolateria, e assim nasceu a Gallette Chocolates. Hoje, Gislaine cria artesanalmente os bombons e trufas, unindo sua produção própria de chocolates a recheios cuidadosamente elaborados. 

Provamos o ovo de chocolate ao leite 40% cacau, com casca recheada com uma versão deliciosa de panacota com frutas vermelhas. Ele combina uma espécie de geleia que quebra o chocolate super cremoso, delicado e que derrete na boca. Um café encorpado e sutil, para não roubar a delicadeza da fruta e leveza da panacota, combina com esse ovo. Valor: R$ 114. Saiba mais no site

Cenoradas

Surgiu no início da pandemia pelas mãos da jovem Marília Lima, que decidiu enviar um bolinho de cenoura para um amigo que estava se sentindo solitário. Cansada de escutar apenas notícias ruins e observando o quanto a surpresa fez diferença, decidiu fazer com mais amigos, que quiseram compartilhar o carinho em forma de bolinho com outros amigos também e, nesse momento, nasceu o Cenoradas, que hoje já conta com loja física na Rua Tabapuã, 82, no Itaim Bibi, em São Paulo (SP). 

Ela nos enviou um ovo de páscoa com um delicioso brigadeiro, recheado com o bolo de cenoura mais fofinho do mundo. Vale a pena experimentar! A encomenda deve ser realizada através do Whatsapp (11) 97633-3843. Mais informações no site

Sterna Café

A Sterna Café, rede nacional de franquias de cafés, lança a combinação para a Páscoa: ovos de chocolate produzidos pelo chocolate Sicao, com café especial. São ovos de 250 g feitos com chocolate, saborizado com café e recheado de bombons de trufas de café. Valor: R$ 54,90.

Os produtos da Sicao são feitos com todo o conhecimento e tradição da Barry Callebaut, há mais de 150 anos, com chocolate de alta qualidade, adaptados ao paladar e às receitas brasileiras. A combinação do chocolate com café foi muito harmônica e as trufas são deliciosas. Provamos ele com um café mais ácido e preparado na hario v60. Mais informações no site

Açucareiro da Nana

Uma das bebidas queridinhas do paulistano, a garapa é o caldo extraído da cana-de-açúcar. Constituída basicamente de água e sacarose (o açúcar), o caldo conserva os nutrientes da cana: minerais, vitaminas do complexo B e C e antioxidantes. A garapa é uma bebida energética capaz de restaurar a energia muscular, e ajuda na hidratação – contém sódio e potássio. E o Ovo Garapa e Café, do Açucareiro da Nana, tem recheio de geleia de garapa!

A ganache de café que também recheia o ovo é preparada com a variedade mundo novo, do Sul de Minas, torrado pela J.Café às vésperas da confecção dos ovos para manter seu frescor. O ovo é elaborado com chocolate amargo da Mestiço, com 58% de cacau da Bahia. Há opção de embalagem em caixa especial, com 350 g (R$ 265), ou dois ovos de 75 g cada embalados em folha de cacau (R$95 os dois).

A embalagem é super delicada e bem trabalhada. O ovo é totalmente artesanal, com um delicioso chocolate que derrete na boca, ao lado da sutileza do café e da garapa. Se você curte café e chocolate de uma forma leve, essa é a opção! Nossa dica é degustá-lo ao lado de um latte gelado ou de um cold brew. 

O Açucareiro da Nana é uma marca idealizada pela chef confeiteira Nana Fernandes a partir de sua formação e experiência com chocolate e pâtisserie. Em 2014, Nana criou um carrinho de doces e sorvetes com sua marca para comercializar e apresentar seus produtos em eventos em São Paulo.  Já o J.Café é um espaço no bairro paulistano da Vila Leopoldina para tomar boas xícaras.  A casa, com quintal nos fundos, tem uma máquina de torrefação em pleno salão. Todos os grãos processados ali ficam depois expostos em mostruários de itens a granel. 

Nude e GoldKo

As duas marcas se uniram nessa páscoa para lançar uma edição especial, um ovo de chocolate 70% cacau com avelã e recheio de ganhache com creme de aveia Nude. Zero açúcar, sem lactose e 100% vegano. A novidade de 400 g está disponível apenas na loja GoldKo do Shopping Eldorado, na cidade de São Paulo (SP), por R$ 139,90. O estoque é limitado!

Aqui na redação este ovo fez sucesso! Com um sabor suave e um recheio abundante e cremoso, é uma boa pedida para acompanhar uma xícara de café mais doce, com notas frutadas, por exemplo, feito na aeropress para ficar encorpadinho!

TEXTO Natália Camoleze

Mercado

Festival reúne apaixonados por café na cidade mineira de Andradas

De 30 de março a 2 de abril, a cidade mineira de Andradas irá receber turistas e moradores para o Andradas Café Festival, evento voltado para a cafeicultura. “São mais de 2.700 cafeicultores, na sua maioria familiares, com uma produção de mais de 200 mil sacas de café. Os grãos são produzidos em solos vulcânicos e em altitudes elevadas. A Prefeitura Municipal, reconhecendo todo esse potencial, vem investindo para tornar Andradas uma reconhecida origem de cafés especiais”, explica Margot Navarro Graziani Pioli, Prefeita Municipal e uma das realizadoras do Andradas Café Festival.

Conhecida pela culinária com influência italiana e mineira, além dos vinhos, azeites e bananas, Andradas tem no café o seu maior motor econômico na geração de emprego e renda para milhares de famílias de produtores.

De acordo com os organizadores, a ideia é realizar na cidade, que integra a Mantiqueira Vulcânica, um evento de expressão nacional. Para isso estão preparando uma programação variada e diversas atrações. “Iremos promover uma prova profissional dos melhores cafés de Andradas para que os produtores e os empresários possam conhecer cada vez mais o potencial dos grãos da região, que se destaca nos concursos”, explica Sebastião Donizete Benevene, presidente da Associação dos Cafeicultores do Bairro Gabirobal (ACAFEG), uma das realizadoras do evento.

A programação terá campeonatos de preparo de café e de torra do grão, e também cursos básicos e palestras para quem quiser aprender mais sobre a bebida. Dentre os organizadores também está o Instituto Federal do Sul de Minas (IFSuldeMinas), que promoverá alguns dos conteúdos, como o Desafio Koar e o Campeonato de Torra de cafés.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo Sympla. O evento será realizado no Pavilhão do Vinho e terá estandes com exposição de marcas de café e produtos relacionados, artesanato, gastronomia local e espaços culturais.

Serviço
Andradas Café Festival 2023
Quando: de 30 de março a 2 de abril
Horário: das 9h às 18h
Onde: Pavilhão do Vinho – Rua Major Bonifácio, s/n – Centro – Andradas (MG)
Mais informações: www.andradascafefestival.com.br
Entrada gratuita

TEXTO Redação • FOTO Jéssica Teixeira

Cafezal

Café entre vulcões

Na região de Antigua, na Guatemala, o café se destaca não só pelas plantações em solos vulcânicos e sob árvores, como pela qualidade das cafeterias

Ele chegou na Guatemala em meados do século XVIII como planta ornamental trazida das Antilhas pelos Freis Dominicanos e se espalhou pelo vale de Antigua como se ali sempre estivera. No sopé dos vulcões Fogo, Água e Acatenango, protegido pela copa das grandes árvores, que junto com as pedra-pomes derivadas das lavas ajudam a reter a umidade no solo, o café ganhou características próprias. Hoje reconhecidas no mundo todo por sua qualidade e elegância.

Mas não é só com a exportação que os grãos de rico aroma, alto dulçor e acidez pronunciada vêm contribuindo para a economia local. Aos poucos, e com a ajuda do movimento La Cosecha, a produção de café guatemalteco começa a atrair coffee hunters de todo o mundo interessados tanto nas plantações e processos de beneficiamento, quanto no rico cenário de cafeterias de excelência que se espalha pela região apelidada de “Napa Valley” do café, onde o turismo de luxo também floresce com o Relais & Châteaux Villa Bokeh e restaurantes, como o 7 Caldos, da chef Mirciny Moliviatis, embaixadora da cozinha guatemalteca, o Nana Antigua, do chef Rodrigo Aguilar e o Clio’s, do chef Roberto de la Fuente.

Casas que ao lado dos premiados restaurantes guatemaltecos Sublime, do chef Sergio Díaz, Diacá, da chef Débora Fadul, e Flor de Lis, do chef Diego Telles, respectivamente posicionados em 31º, 47º e 51º lugar na lista do Latin America’s 50 Best Restaurants, têm atraído cada vez mais visitantes ao país.

A seguir, um roteiro das melhores paradas em Antigua para desbravar o café guatemalteco:

Fazendas

Fazenda El Tempixque
Pertencente à família Falla Castillo, uma das mais antigas no ramo do café em Antigua, com mais de 125 anos de história, a fazenda El Tempixque, na vila de San Miguel, é referência na produção sustentável de cafés de alta qualidade. Plantados a 1750 m de altitude, os grãos de caturra, bourbon amarelo e vermelho colhidos de novembro a fevereiro ao cair do sol para não comprometer a qualidade do café dividem espaço no ecossistema com orquídeas, macadâmias e abacates. Na xícara, os cafés da marca San Miguel (@sanmiguelcoffees), vindos desta e das outras sete regiões cafeicultoras da Guatemala apresentam alta acidez, com notas de framboesa e chocolate.

Benefício La Esperanza
Casado com Carolina Franco de Souza, filha da respeitada Georgia Franco de Souza (Torrefação Lucca – PR), o cafeicultor Josué Morales criou, na Fazenda La Esperanza, um laboratório para ajudar pequenos produtores a extrair o melhor de seus grãos. Além de assessoria e capacitação gratuita, ele se compromete a comprar toda a colheita dos parceiros a preços competitivos para que, a longo prazo, haja melhoria na qualidade e rendimento das plantações. No local é possível conhecer todo o processo de beneficiamento e provar algumas das melhores xícaras da safra. 

Coffee Shops

El Gran Café (@elgran.cafe)
Conhecido por servir apenas cafés orgânicos certificados de fazendas premiadas das oito regiões produtoras na Guatemala, esta charmosa loja também comandada por Josué Morales se destaca por oferecer cafés do leilão Cup of Excellence, como o Finca Santa Elisa (um geisha da região de Acatenango com notas de suco de papaya, espumante e maracujá doce), o Finca San Carlos, um bourbon e catuaí de Antigua com perfil mais clássico, e o Café Mama Cata, um geisha da região de Acatenango com perfil floral, que ficou em oitavo lugar no concurso Cup of Excellence Guatemala 2022.

12 onzas (@12onzas)
Vem da fazenda Concepción Buena Vista, localizada em San Martin Jilotepeque, a 1.750 metros do nível do mar todo o café servido nesta moderna cafeteria que tem à frente o premiado barista Diego Solano, cuja família está há mais de 100 anos no ramo cafeeiro. Diferente das demais cafeterias da região, aqui a ideia é assegurar a qualidade do café ao longo de toda a cadeia, da terra à xícara.

Fat Cat (@fat_cat_coffee_house)
Considerada uma das 10 melhores cafeterias da Guatemala, a loja inaugurada em 2010 pelo barista Gerson Otzoy trabalha lado a lado com pequenos e grandes produtores para honrar o esforço de toda a cadeia com a torra fresca e a extração perfeita. Aproveite e passe na loja de doces típicos Doña Maria Gordillo (@dmariagordilo), fundada em 1872, para descobrir outros segredos e sabores da região. 

Artista de Café (@artistadecafe)
Toma café, fecha os olhos, o que vês? É com essa proposta poética de ir além do conhecimento tangível que envolve uma boa xícara de café que são feitas as seleções e preparos da bebida nesta loja inaugurada em 2018 pela especialista María Andrée. O espaço também oferece aulas de análise sensorial baseada na ferramenta do Le Nez du Café, conjunto de aromas criado por Jean Lenoir, com quem María trabalhou na França, que ajuda a ilustrar os tipos de compostos aromáticos que podemos encontrar em cafés.

TEXTO Joana Munné - Catalã radicada no Brasil, onde fundou e atua como diretora da Agência Síbaris, focada em curadoria, consultoria e comunicação gastronômica.

Barista

Mattheus Narcizo, mestre de torra da Expocaccer, é o Campeão Brasileiro de Torra 2023

O final de semana foi agitado no universo cafeeiro, com o Campeonato Brasileiro de Torra. Foram 3 dias no qual a Atilla Coffee Roasters, em Belo Horizonte (MG), recebeu os 26 competidores e juízes. 

O grande campeão foi o estreante Mattheus Narcizo dos Santos, mestre de torra da Expocaccer – Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro. Eduardo Santos, do Café Santiago, foi o vice-campeão, e Vinícius Goulart, coordenador de qualidade na Vilhena Specialty Coffees, de  Lambari (MG), conquistou a terceira colocação. O 4º, 5º e 6º lugares ficaram com Igor Almeida, Orlando Luis e Thiago de Oliveira, respectivamente.

Na sexta-feira (24), cada competidor recebeu uma amostra de café para torrar no torrador de amostra e depois realizar a classificação dos grãos. Já no sábado (25), eles provaram esse café torrado anteriormente e contaram com 30 minutos para torrar o novo café e entregar pelo menos um quilo e meio aos juízes, junto com o plano de torra. No domingo (26) foi a vez dos juízes avaliarem se esse plano entregue realmente foi aplicado na hora da torra, além de provarem os cafés. 

Mattheus é o primeiro representante do Cerrado Mineiro a ganhar o Campeonato Nacional e a representar a Região no Mundial, que será realizado em novembro, em Taipei, Taiwan. O café faz parte da tradição do campeão, que pertence à terceira geração de torradores de sua família (avô e pai). Aos 27 anos, Mattheus Narcizo coleciona mais de 10 anos de experiência e a sua primeira participação no campeonato organizado pela BSCA marca sua trajetória no mundo dos cafés.

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Fabrício Mendes/Atilla