Cafezal

29º episódio da websérie da BSCA aborda a sustentabilidade na cafeicultura

Na quarta-feira (8) acontece o lançamento do 29º episódio da websérie “A História do Café Especial – O olhar da BSCA em 30 anos”, realizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Café Editora.

O vídeo traz informações sobre a importância da sustentabilidade na cafeicultura mundial, a redução de impactos no meio ambiente, a responsabilidade social e a mudança de hábitos dos consumidores, que estão cada vez mais atentos às origens dos produtos.

Para falar sobre o assunto, foram convidados: Thais Staut, da Qualicafex Specialty Coffee; Fabrício Andrade, da Sancoffee/Fazenda Samambaia; Henrique Cambraia, da Fazenda Samambaia/Cambraia Cafés; Felipe Mesquita, da SMC Specialty Coffees; Ubion Terra, da O’Coffee; Henrique Sloper, da Camocim Organic; Vanusia Nogueira, diretora-executiva da BSCA; Carmem Lucia Chaves de Brito, das Fazendas Caxambu e Aracaçu; Reymar Coutinho, da Pinhalense; Silvio Leite, da Silvio Leite Café;

Movimento da xícara ao grão

Com novos episódios lançados às quartas-feiras no YouTube da BSCA e no Instagram da Revista Espresso, o projeto busca levar informações relevantes sobre a cadeia do café especial ao consumidor final e a todas as pessoas que não possuem conhecimento deste universo, rebobinando o trajeto da bebida da xícara ao produtor e sua lavoura.

Com o intuito de aproximar as pontas do setor, a websérie conta com linguagem acessível e tradução em inglês. Deste modo, mais pessoas ao redor do mundo também podem conhecer de perto a história do café especial no Brasil e ficar por dentro de toda a qualidade da produção nacional!

TEXTO Redação • FOTO Vitor Barão

Mercado

Pesquisa da Euromonitor destaca busca por cafés mais sustentáveis na pandemia

A Semana Internacional do Café aconteceu no mês de novembro no Expominas, em Belo Horizonte (MG), e na plataforma on-line. O maior encontro do setor trouxe o debate de temas importantes, como a palestra “O que impactou a pandemia no consumo de cafés”, realizada no dia 10 de novembro.

A palestra aconteceu no Grande Auditório e contou com a participação de James T. Mclaughlin Jr., CEO da Intelligentsia Coffee, e Rodrigo Mattos, analista de bebidas quentes da Euromonitor International. A moderação foi por conta de Vanusia Nogueira, da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Os palestrantes discutiram sobre as mudanças de comportamento dos consumidores nos últimos dois anos e como será daqui para frente. Rodrigo Mattos explicou que, ao contrário dos Estados Unidos e da Alemanha, o consumo de café em casa não cresceu exponencialmente no Brasil, pois já havia esse hábito. Nos outros dois países, boa parte do consumo se dava nas cafeterias e, com a pandemia, os consumidores passaram a consumir o produto em casa.

“A linha de consumo do Brasil é uma das mais fortes em comparação com o crescimento do consumo do café mundial e, na minha opinião, por conta do café especial. Apesar de nós termos um mercado maduro de café, existe espaço para o crescimento do consumo”, destaca Rodrigo.

Em uma pesquisa realizada pela Euromonitor International, 78% dos consumidores brasileiros responderam que tentam ter um impacto positivo no meio ambiente através de ações diárias. Porém, os custos mais elevados dos produtos orgânicos ainda são um empecilho para o aumento da procura pelos consumidores, sendo atualmente um mercado de nicho.

Vale destacar que o consumidor está dando cada vez mais prioridade a como consome e ao que consome. Por isso, o meio-ambiente se tornou algo prioritário, especialmente devido aos recentes debates de desflorestamento e crise hídrica.

Um exemplo, nessa pesquisa, é que entre 2020 e 2021, o desejo por embalagens sustentáveis cresceu, refletindo o momento de vida em que a população brasileira vive: crises ambientais constantes. As duas principais características procuradas são a reciclagem e o biodegradável. Reutilizável também é uma tendência para se ficar atento.

Rodrigo Mattos destacou, durante a palestra, que a embalagem sustentável é uma grande tendência de consumo. “O consumidor busca a possibilidade de jogar fora o produto ou a embalagem sem culpa. Essa tendência está principalmente associada a opções biodegradáveis, já as compostáveis, apesar de boas, ainda não fazem parte da vida do consumidor médio”, explica.

Segundo os dados da pesquisa, na média por pessoa, foram consumidas 835 xícaras de café no Brasil ao ano. Até 2025, este número deve atingir 1050, o que daria 2,2 xícaras por dia. Já em relação ao preço foram R$ 34 reais por quilo de café no varejo, considerando grãos, torrado e moído, cápsula e solúvel. Se considerarmos o dólar, o Brasil gasta em média U$ 6,09 enquanto o mundo U$ 15,55.

Para acessar a pesquisa completa da Euromonitor, clique aqui.

TEXTO Redação • FOTO Sean Benesh

Mercado

Nespresso comemora 15 anos no Brasil com programas voltados para qualidade e sustentabilidade

A Nespresso completa 15 anos de atividade no Brasil em 2021 e paga 10 milhões de dólares em prêmio sobre a última safra comercializada com a companhia. Todas as 1.200 fazendas brasileiras que fornecem café para a empresa fazem parte do Programa Nespresso AAA de Qualidade Sustentável e serão contempladas pela iniciativa. Desde o início do Programa no Brasil, em 2005, a empresa realiza o prêmio anualmente como forma de reconhecimento ao bom trabalho de seus fornecedores.

“A Nespresso acredita que o café de qualidade e a sustentabilidade das comunidades agrícolas estão interligados e que, somente a partir da confiança e relacionamentos duradouros, é possível fazer a diferença. Reconhecer produtores que investem e acreditam nesse ciclo virtuoso e necessário para a perenidade das lavouras de café é o que a Nespresso faz, pois o que nossos fornecedores conseguem atuando de maneira sustentável é mais eficiência e maior produtividade”, afirma Ignacio Marini, BEO da Nespresso no Brasil.

As fazendas produtoras para Nespresso participam do programa de qualidade sustentável da empresa para auxiliar nessa melhoria de processos e renovação das lavouras. Esses produtores são avaliados em quesitos de gestão de suas propriedades para verificar se fauna e flora estão sendo protegidas, como a colheita é planejada e supervisionada e as condições de trabalho nas fazendas.

Os prêmios são fixos em dólar e sofrem somente diferenças na variação cambial – que é indexada no momento da venda do café. “A Nespresso realiza auditorias para garantir que 100% dos prêmios leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Irene Kredenets

Receitas

Coquetelaria e barismo

Já parou para testar em casa um drinque com licor e café? Pois bem, a marca espanhola Licor 43 realizou a segunda edição do Licor 43 Bartenders e Baristas Challenge – etapa Brasil, campeonato que une bartenders e baristas em um desafio que busca o melhor e o mais novo coquetel que combine o Licor 43 com café. Reunimos aqui as receitas dos três campeões para você conhecer, preparar e se deliciar. 

1º lugar – Tropicália 

Ingredientes

– 50 ml de Licor 43
– 25 ml de café quente
– 20 ml de polpa de maracujá coado
– Gelo
– Folha de manjericão basílico

Preparo

Prepare 20 g de café (Thalita usou um catuaí amarelo da Chapada Diamantina) em 100 ml de água, no método french press, numa infusão de 3 minutos. Em uma coqueteleira, coloque o licor, o café, a polpa de maracujá coada e o gelo. Bata vigorosamente e sirva em taça coupé com coagem dupla, uma bola de gelo e uma folha de manjericão basílico. 

*Bartender Thalita Cacho (@thalitafcacho)
Thalita é sommelière de cervejas, com especialização em mixologia cervejeira e harmonizações. A profissional é mestra em estilos, técnica cervejeira, mixologista, bartender e consultora. Seu drinque foi inspirado no movimento cultural brasileiro Tropicália. Thalita busca redescobrir a coquetelaria do Brasil com um olhar próprio. 

2º lugar – 43 Fizz

Ingredientes

– 50 ml de café espresso
– 10 ml de suco de limão
– 45 ml de Licor 43
– Gelo
– Água tônica
– Casca de limão 

Preparo

Em um copo longo, coloque o café espresso, o suco de limão e o Licor 43. Complete com gelo e água tônica e mexa delicadamente com uma colher bailarina. Decore com uma casca de limão torcida. 

*Bartender Ricardo Takahashi Paulon (@japores)
Formado em Gastronomia, trocou a cozinha pelo balcão. Ricardo ressalta que a criação do drinque dá às pessoas a oportunidade de reproduzi-lo em diferentes locais do mundo, sem necessitar ser um super bartender ou ter equipamentos de bar.

3º lugar – Even Flow 

Ingredientes 

– 30 ml de Licor 43
– 60 ml de Irish Whiskey
– 3 dashes de bitter de laranja
– 2 cubos de gelo de café (a bartender utilizou 30 g de um café mineiro, preparado na french press)

Preparo 

Em um mixing glass coloque gelo, o licor, o Irish Whiskey, o bitter de laranja e misture. Em um copo baixo coloque as duas pedras de gelo de café e adicione a mistura. A bartender decorou uma lateral externa do copo com pó de café. 

*Bartender Bruna Ferreira (@bru_ferreirs)
Formada em Psicologia, ainda na faculdade começou a trabalhar como garçonete para complementar a renda. Depois que se formou, decidiu focar o ramo de bares e restaurantes. O objetivo no campeonato foi criar um coquetel que a representasse, e para isso utilizou os itens de que mais gosta e que são inspirações em sua vida. 

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Daniel Ozana/Studio Oz

Cafezal

5º Concurso de Cafés Especiais do Estado do Rio de Janeiro promove os melhores da região

Com o objetivo de dar visibilidade às regiões cafeicultoras no estado do Rio de Janeiro e incentivar a adesão dos produtores à produção de cafés de qualidade, a Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro (ASCARJ ), em parceria com o Sebrae Rio, a Secretaria de Estado de Agricultura (Seappa), a Emater-Rio e a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA ), promove o 5° Concurso de Cafés Especiais do Estado do Rio de Janeiro.

Nesta terça-feira, dia 7 de dezembro, será realizado o leilão e o anúncio dos vencedores em cerimônia de premiação no Palácio Guanabara, a partir das 13h. Torrefadores, donos de cafeterias, baristas e especialistas em café estão convidados a participar. Para se inscrever é necessário preencher gratuitamente o formulário com dados pessoais.

A Espresso estará transmitindo ao vivo o evento pelo Instagram para quem não puder estar presencialmente. Serão leiloados lotes de cafés especiais de produtores em duas categorias: Úmida e Via Natural. Haverá premiação para os melhores cafés e também degustações.

O concurso conta com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Secretaria de Estado de Agricultura e da Cooperativa de Produtores de Café do Noroeste Fluminense (COOPERCANOL).

Mais informações: www.instagram.com/ascarj.oficial

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Cafezal

Selos Brasileiros de Indicações Geográficas são apresentados em evento on-line

Nos dias 8 e 9 de dezembro acontece o IV Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, com transmissão 100% on-line e inscrições gratuitas. Com realização do Sebrae, Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Organização Mundial da Propriedade Industrial (OMPI), o encontro contará com o lançamento oficial dos Selos Brasileiros de Indicações Geográficas, que foram instituídos por meio da Portaria nº 46/2021 do INPI e entrou em vigor em 1º de novembro. Para participar basta se inscrever aqui.

Cerca de 150 mil produtores brasileiros, que integram as 88 IGs atualmente reconhecidas no país, ganharam uma identidade única que facilita a identificação pelos consumidores e pelo público em geral dos produtos e serviços brasileiros com alta qualidade. Os selos também contribuem para a promoção e valorização dos pequenos negócios que são maioria entre as Indicações Geográficas. Em 2021, o Brasil bateu recorde de concessões de IGs, com mais 13 novos reconhecimentos pelo INPI, órgão responsável pela análise dos pedidos.

A analista de inovação do Sebrae, Hulda Giesbrecht, explica que desde a publicação da portaria do INPI, muitos produtores vinculados às IGs já modificaram seus rótulos e outros foram motivados a aderir ao controle da IG e utilizar os novos selos.

“Sabemos que leva um tempo para que os produtores das IGs possam adequar os seus rótulos e aplicar o selo nacional, que é de uso gratuito e facultativo, mas durante o evento vamos contar com a participação de produtores de algumas Indicações Geográficas que já estão utilizando a identificação e vão contar suas expectativas com essa iniciativa”, explicou Hulda. Entre as 12 IGs confirmadas estão: o café da Região do Cerrado Mineiro, o queijo da Canastra, o mel do Oeste do Paraná, as joias em prata de Pirenópolis, os vinhos de altitude de Santa Catarina.

A programação do IV Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas também inclui a realização de painéis ao longo dos dois dias, com participação de especialistas nacionais e internacionais. No primeiro dia, o painel “Indicações Geográficas no Brasil e no Mundo” traz a discussão do cenário brasileiro e mundial, além de temas como propósito e visão do futuro da Associação Brasileira das Indicações Geográficas (Abrig), que foi recentemente criada, e apresentação do tour virtual na Denominação se Origem Protegida Asiago, da região do Vêneto, no nordeste da Itália.

No mesmo dia também acontece o painel “Promoção das IGs junto ao mercado”, com participação de IGs como das balas de banana de Antonina no Paraná, entre outros. Já o “UP Day Indicação Geográfica” será uma mentoria virtual pocket com a participação do público on-line e representantes de produtores de IGs do café, cacau e bordado, que apresentarão seus desafios e tirarão dúvidas com um consultor sobre como ampliar o envolvimento da região e ter sucesso no mercado.

“Será um momento para que os empresários apresentem problemas reais que serão analisados por um consultor e discutidos ao vivo para busca de soluções rápidas para as dores do negócio”, comentou a analista de Inovação do Sebrae.

O segundo dia começa com o painel “Experiências com Selos Nacionais de IGs”, com a presença de produtores da Argentina, Chile, França e Índia para compartilhar aprendizados com seus selos nacionais. Ao longo do dia também acontecem o painel “Marca Coletiva para o Desenvolvimento Econômico Local”, com representantes do Brasil, Filipinas e Tunísia. O painel “Tecnologias de controle e garantia dos produtos das IGs” contará com a participação de produtores do cacau do Sul da Bahia, vinhos da Campanha Gaúcha e especialistas na área.

O evento também proporcionará ao público a oportunidade de conhecer mais sobre as principais Indicações Geográficas e Marcas Coletivas brasileiras durante oficinas virtuais de degustação, com apresentação de vinhos, café e queijo.

A abertura institucional do encontro será realizada na sede do Sebrae Nacional em Brasília, com transmissão ao vivo pela internet, com as presenças da diretoria do Sebrae, representada por seu presidente, Carlos Melles; do secretário Especial Adjunto de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Bruno Portela; da ministra do MAPA, Tereza Cristina; da representante da OMPI, Alexandra Grazioli e do presidente do INPI, Cláudio Furtado.

Serviço
IV Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas
Quando: 8 e 9 de dezembro
Transmissão gratuita
Inscrições e mais informações:
https://www.eventoigs.com.br/

TEXTO Redação

Mercado

Brasil marca presença na maior feira de cafés especiais da Ásia

A “Nação do Café” voltou a promover, presencialmente, a pluralidade da cafeicultura nacional em Tóquio, no Japão, de 17 a 19 de novembro, na SCAJ World Specialty Coffee Conference and Exhibition 2021, principal feira do segmento na Ásia. Como ação do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o país contou com estande no evento e realizou sessão de cupping, eventos virtuais e negócios.

Com a flexibilização dos protocolos sanitários referentes à Covid-19, o retorno à Terra do Sol Nascente é simbólico, pois foi onde, em 2019, antes da pandemia, o Brasil apresentou a nova identidade visual de seus cafés especiais, expondo diversidade, micro e nanolotes, frutos exóticos e com qualidade elevada, cultivados nas 33 origens produtoras e detentores de pontuações muito altas nas provas de classificação.

“Neste ano, em um seminar room, fizemos considerações sobre a safra 2021, o que esperar para a colheita futura e os trabalhos da BSCA, que focam, entre outros pontos, na promoção da eficiência da cadeia produtiva nacional, com cafeicultores de todos os tamanhos, que são pessoas especiais, produzindo cafés especiais, os quais, com paixão e amor à terra, ao meio ambiente e ao social, escrevem sua história e a compartilham com todo o mundo através de seus produtos”, explica Vanusia Nogueira, diretora da entidade.

Para destacar esses cafés e produtores, foi realizada a sessão de cupping “Taste of the Harvest”, que disponibilizou 31 amostras de associados à BSCA para degustação de 50 importantes empresas compradoras do Japão. A atividade rendeu US$ 590 mil em negócios presencialmente e o prognóstico para a concretização de mais US$ 6,7 milhões nos próximos 12 meses. Se confirmadas as estimativas, as empresas brasileiras fecharão aproximadamente US$ 7,3 milhões através de mais esta ação do projeto “Brasil. A Nação do Café”.

Os trabalhos na principal feira de cafés especiais da Ásia contaram com a contribuição da Embaixada do Brasil em Tóquio e de profissionais e empresas parceiros da BSCA na capital japonesa.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Fazenda de café da Índia vence a 6ª edição do Prêmio Ernesto Illy Internacional

David Brussa; Andrea Illy; Anna Illy; Lily Cole; Massimiliano Pogliani; Alessandro Bucci

Nesta quinta-feira (2), a illycaffè anunciou o vencedor do Prêmio Ernesto Illy Internacional 2021, premiação concedida – desde 2016 – ao produtor do melhor café sustentável, entre 27 dos melhores produtores de café participantes de nove dos mais importantes países produtores de café.

O vencedor deste ano é Jumboor Estate, da Índia, representado por B.M. Nachappa e eleito o “Melhor dos Melhores” (Best of The Best) por um painel independente de especialistas internacionais em gastronomia e café.

O prêmio “Escolha dos Amantes de Café” (Coffee Lover’s Choice), concedido por um painel de consumidores por meio de uma degustação às cegas organizada em cafés selecionados da illy em todo o mundo, foi concedido ao Proyecto Lift Olopita, da Guatemala, representado por Alfonso Urbina Peralta.

Os 27 finalistas (três de cada país) representam Brasil, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Etiópia, Guatemala, Honduras, Índia e Nicarágua. O painel internacional – que incluiu os chefs três estrelas Michelin Kyle Connaughton, Viki Geunes e Niko Romito; os jornalistas Josè Carlos Capel, Clark Parkin e Michela Proietti; e os especialistas em café Sunalini Menon, Birhanu Gebis Wuli e Henry Alirio Martínez Salinas – atribuíram o prêmio “Best of The Best” ao Jumboor Estate, da Índia, que eles descreveram como um café intenso que deixa uma sensação sedosa, delicada e macia no palato, realçada por notas de chocolate, caramelo, frutas cítricas, nozes e um toque de frutas.

Jumboor Estate está localizada nos planaltos da parte norte do distrito de Coorg, a uma altitude de 950 a 1000 metros em uma área de solos orgânicos ricos. Fundada em 1870, esta propriedade de 390 hectares cultiva apenas café arábica e produz “Jumboor Gold”, uma variedade de bourbon amarelo de alta qualidade. Para não interferir no escoamento da água pura das montanhas próximas, que é utilizada no processamento do café, as áreas adjacentes aos cursos d’água foram deixadas em seu estado natural, sem plantio ali.

“É a primeira vez que a Índia ganha o Prêmio Ernesto Illy Internacional. Este é um país onde o café é cultivado à sombra de árvores altas, geralmente junto com outras culturas, como pimenta, baunilha, leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Consumo brasileiro de café registra queda nos últimos 30 dias

O café está presente no cotidiano dos brasileiros, porém, o consumidor já percebeu que o preço do produto nas prateleiras subiu. Este aumento impacta diretamente no consumo interno, que nos últimos 30 dias chegou, aproximadamente, a 14%. O primeiro fator que explica o cenário é o aumento de 130% no valor da saca do café cru, que representa 70% do custo de produção para as indústrias do café que chega às mesas. Essa alta se deu, também, por fatores climáticos, geopolíticos e econômicos.

Inicialmente, os industriais negociaram com o varejo e se esforçaram para segurar ao máximo o repasse para o produto final. O fato é que os estoques com o preço antigo acabaram, e os novos vieram com valores mais elevados, não sendo possível frear o repasse para o varejo, o que interferiu no valor do café nas gôndolas.

Expectativas para os próximos meses

Embora o momento seja de incertezas, é difícil fazer previsões concretas para os próximos meses. Somente a partir de março do ano que vem, quando será possível ter uma ideia mais objetiva sobre a colheita da safra 2021/2022, os cenários poderão ser traçados de maneira mais confiável.

Enquanto isso, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) reitera o seu compromisso com a indústria e com o consumidor. “Continuaremos monitorando os cafés para que a mesma qualidade siga chegando à mesa dos brasileiros. Estamos, também, lado a lado com os industriais, garantindo que a produção mantenha o seu curso normal”, pontua o diretor-executivo da Abic, Celírio Inácio.

Alimento acessível

Apesar de o aumento ser o maior registrado em 25 anos no país, o café continua sendo um alimento acessível, afinal, o produto é altamente rentável. “Um quilo de café pode render até 14 litros da bebida, o equivalente a 280 xícaras de 50 ml. Embora o preço do pacote varie de acordo com o local ou com o ponto de venda, é um alimento que dura um bom tempo na despensa”, afirma Inácio.

Cafés vendidos no exterior

De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o café brasileiro atingiu a marca de 33,27 milhões de sacas de 60 kg vendidas no exterior em 2021, mesmo com a exportação tendo sofrido uma retração de 25%. Entre o período de janeiro e outubro deste ano, a commodity foi exportada para 119 países e gerou uma receita cambial de US$ 4,81 bilhões.

Ainda que o volume de vendas no exterior tenha sofrido uma queda de 6,3%, a arrecadação cresceu 7% em comparação com as exportações nos dez primeiros meses de 2020. Os Estados Unidos seguem como o principal mercado do café nacional no exterior, com a compra de 6,46 milhões de sacas, o que corresponde a 19,4% do total exportado.

TEXTO Redação • FOTO Andrea Tummons Ehymer

Cafezal

Entenda a importância do pós-colheita do café no 28º episódio da websérie da BSCA

Na quarta-feira (1º) acontece o lançamento do 28º episódio da websérie “A História do Café Especial – O olhar da BSCA em 30 anos”, realizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Café Editora.

O vídeo traz informações sobre a importância dos cuidados no processo de pós-colheita do café para a obtenção de uma xícara de qualidade. Para falar sobre o assunto, foram convidados Luiz Paulo Pereira, da CarmoCoffees/Fazenda Santuário Sul; Gabriel Nunes, da Nunes Coffee; Cristiano Junior de Souza, da Klem Company; Luiz Saldanha Rodrigues, da Capricornio Coffees; e Reymar Coutinho, da Pinhalense.

Movimento da xícara ao grão

Com novos episódios lançados às quartas-feiras no YouTube da BSCA e no Instagram da Revista Espresso, o projeto busca levar informações relevantes sobre a cadeia do café especial ao consumidor final e a todas as pessoas que não possuem conhecimento deste universo, rebobinando o trajeto da bebida da xícara ao produtor e sua lavoura.

Com o intuito de aproximar as pontas do setor, a websérie conta com linguagem acessível e tradução em inglês. Deste modo, mais pessoas ao redor do mundo também podem conhecer de perto a história do café especial no Brasil e ficar por dentro de toda a qualidade da produção nacional!

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia
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