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SIC 2025 traz debates sobre inovação e sustentabilidade nos espaços DNA Café e Fórum Sustentável

Um dos paineis do Fórum da Cafeicultura Sustentável na SIC 2024 – Foto: Nitro/SIC

No coração da Semana Internacional do Café, o Simpósio DNA Café e o Fórum da Cafeicultura Sustentável prometem ser o epicentro das ideias que estão moldando o futuro do setor. Com o tema “Café em transformação: inovação, sustentabilidade e oferta do mercado global”, o evento, que acontece de 5 a 7 de novembro em Belo Horizonte, inaugura nesta edição a Arena SIC — um espaço aberto e integrado aos expositores, criado para aproximar marcas, produtores e profissionais dos grandes debates da cafeicultura.

A programação do Simpósio DNA Café, no primeiro dia, começa às 13h com o painel “Brasil e COP 30: mudanças climáticas, sustentabilidade e protagonismo global”, discutido pelos especialistas Marcos Matos (Cecafé), Fabrício Andrade (CNA) e Natalia Carr (Cooxupé). Em seguida, às 14h, o palco recebe Pavel Cardoso (Abic), Aguinaldo Lima (Abics) e Flavia Barbosa (Exportadora Guaxupé) para comentarem o “Mercado global em transformação: dinâmicas e caminhos”. 

O dia segue com o painel “Capital verde & ESG: uma oportunidade para o mercado de café”, às 15h30, com Felipe Vignoli (Nature Investment Lab), Daniel Baeta (Luxor Agro) e Luisa Lembi (BDMG). Às 16h30, a Arena SIC traz o debate “Agricultura 5.0: integração inteligente de tecnologias, dados e sustentabilidade”. O dia na Arena termina às 18h, com “O DNA do café do futuro: como a genética molda a cafeicultura”, que conta com a participação de Fabiano Tristão (Incaper), Eveline Caixeta (Embrapa), Gladyston Carvalho (Epamig) e Sergio Parreira (IAC).

No dia 6, a Arena SIC recebe a programação do tradicional Fórum da Cafeicultura Sustentável, criado em 2014, e que abre o dia com discussão sobre “Transição para uma cafeicultura regenerativa: custos para o produtor, viabilidade e balanço de carbono”, às 11h, com Eduardo Sampaio (GCP), Bruno Ribeiro (JDE), Victor Monseff (Ribersolo), Gabriel Dedini (Solidaridad) e Vinícius Figueiredo (GCP). Depois, às 12h, Thiago Machado (Ocemg), José Fidelis (Ocemg), Valdean Teófilo (Coocafé), Mariana Velloso (Expocacer) e Jacques Fagundes (Cocatrel) debatem o tema “Da terra à transformação: o valor ESG das cooperativas do café”.

Às 14h30, Luc Villain (Cirad), Daniel Frobel (Fazenda Mata do Lobo) e Jorge Pereira Souza (do Sítio Raízes da Floresta, no Acre) conversam sobre “Café e bioeconomia: novos caminhos para gerar valor com sustentabilidade”. Já o papo em torno do tema “Café carbono neutro: práticas, métricas e mercado” acontece às 15h45, seguido do tema “Gestão no campo: decisão com dados, ação com propósito”, marcado para às 17h. O painel “Gestão hídrica e energias renováveis na fazenda” encerra o dia, trazendo a experiência de Fabiane Carvalho (Consórcio Cerrado das Águas) e de Lucas Venturim (Fazenda Venturim). 

A Semana Internacional do Café 2025 é realizada por Espresso&CO, Sistema Faemg/Senar, Governo do Estado de Minas Gerais e Sebrae, e conta com apoio institucional do Sistema Ocemg, patrocínio oficial de Codemge e Governo do Estado de Minas Gerais, patrocínio diamante de 3corações Rituais, patrocínio ouro de Anysort e Sicoob e patrocínio bronze de Yara. Apoiam o evento Abic, Abrasel, IWCA Brasil, BSCA, Cecafé, Governo Federal, Sindicafé-MG e Banco do Brasil. O CaféPoint é a mídia oficial da SIC.

Semana Internacional do Café 2025
Quando: 5 a 7 de novembro
Onde: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br 

TEXTO Redação

Cafezal

São Paulo ganha nova indicação geográfica de café

A IP Café Arábica da Nova Alta Paulista abrange 23 municípios e consolida o estado como polo de origens reconhecidas no país

O estado de São Paulo acaba de conquistar mais uma certificação de origem para o café – a Indicação de Procedência Café Arábica da Nova Alta Paulista, concedida nesta terça (7). 

A região da Nova Alta Paulista, localizada no extremo norte do estado, é formada por 30 municípios, dos quais 23 fazem parte da delimitação oficial da IG e agregam cerca de 1,2 mil produtores, segundo dados do Sebrae.

Com essa nova concessão, a Nova Alta Paulista torna-se a 19ª indicação geográfica de cafés brasileiros. A nova IP representa o último capítulo da expansão cafeeira que moldou o território e a economia do estado. Colonizada a partir do avanço das frentes agrícolas rumo ao interior, a região nasceu e prosperou com o café. Em sua tese Nova Alta Paulista, 1930–2006: entre memórias e sonhos, Izabel Castanha Gil afirma que a Nova Alta Paulista destacou-se como uma das principais regiões cafeeiras do estado nas décadas de 1950 e 1960. “O cultivo do café foi responsável por impulsionar o desenvolvimento econômico e populacional, estruturando a base agrícola e urbana de diversos municípios que se formaram a partir dessa atividade”, escreve a geógrafa.

Conheça os municípios da IP Nova Alta Paulista

Adamantina, Arco-Íris, Dracena, Flórida Paulista, Herculândia, Iacri, Inúbia Paulista, Irapuru, Junqueirópolis, Lucélia, Mariápolis, Monte Castelo, Nova Guataporanga, Osvaldo Cruz, Ouro Verde, Pacaembu, Parapuã, Rinópolis, Sagres, Salmourão, São João do Pau d’Alho, Tupã e Tupi Paulista.

TEXTO Redação

O rei está nu

Por Celso Vegro

Em 1957, os economistas J. H. Davis e R. Goldberg, ao reconhecerem a estrita interdependência dos segmentos mobilizados para atender os sistemas de produção na agropecuária, cunharam o conceito de agribusiness, dividindo-o em quatro agregados (insumos, produção agropecuária, processamento e distribuição).

O conceito ganhou força no Brasil a partir da liderança do engenheiro agrônomo Ney Bittencourt, então diretor-presidente da Agoceres (sementes, nutrição animal e genética), ao criar a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). Com a ampla adoção desse conceito, superou-se a repartição econômica clássica entre setores primário, secundário e terciário. Consolida-se, então, a percepção de que os sistemas de produção de alimentos, bebidas, fibras e energia compõem a matriz econômica brasileira enquanto um sistema produtivo integrado (contratualmente ou não), criando-se a partir dessa perspectiva novas estimativas sobre sua participação na criação de riquezas no país.

Fluxograma da cadeia produtiva do café. Fonte: SESSO, et al (2021)1.

Os quatro componentes que formam esse agronegócio comportam distintos atores econômicos com interesses que lhes são próprios, inclusive mutuamente contraditórios. Os segmentos a montante compostos por produtores de sementes/mudas, fabricantes de fertilizantes, combustíveis, defensivos, montadoras de máquinas e equipamentos e serviços financeiros possuem estrutura de mercado em que prevalece a concentração e a centralização do capital (oligopolização), ou seja, capacidade potencial de formar seus preços, ainda que possam, em períodos ocasionais, atuar competitivamente.

Adentrando a porteira, encontramos os responsáveis pela oferta física do produto: os cafeicultores. Trata-se do grupo mais numeroso de agentes econômicos dessa cadeia, contabilizando centenas de milhares de estabelecimentos rurais dedicados à lavoura. A conversão de todos os insumos mencionados em café – após o pagamento dos salários dos trabalhadores envolvidos na atividade e a amortização do crédito concedido – aporta à matriz econômica brasileira incremento líquido na renda nacional de, aproximadamente, R$ 15 bilhões (50% do total apurado pelo segmento)2.

A torrefação, a moagem e a solubilização, a exportação e a distribuição/consumo encerram o fluxo do produto dessa cadeia produtiva. Grandes agentes econômicos atuam neste capítulo, tendo destaque as cooperativas de produção de café, que oferecem equalização das margens praticadas pelo mercado e, ainda, garantem a adoção de padrões de sustentabilidade, qualidade e governança para todo o segmento.

Esse panorama demonstra a relevância do agronegócio café na composição do PIB brasileiro (aproximadamente 0,34% do PIB). Sua importância está em franca evolução diante do avanço da produção de conilon e robustas, encaminhando o Brasil, em futuro próximo, para o posto de maior produtor mundial também desta espécie.

Em agosto de 2025 foi empregada tarifa de 50% sobre as importações de café do Brasil para o mercado estadunidense, criando verdadeiro embargo às exportações para aquele país3. Em ato contínuo, a National Coffee Association (NCA)4, visando reverter a decisão governamental dos Estados Unidos em taxar o café brasileiro, divulgou estudo contabilizando que o mercado doméstico de café no país gira, anualmente, US$ 350 bilhões! Mais especificamente, para cada dólar de importação de café, ocorre efeito multiplicador na economia do país que alcança US$ 435.

Embora a metodologia de matriz insumo-produto empregada para o caso brasileiro e aquela utilizada pela NCA para a apuração do tamanho do mercado de café estadunidense não sejam comparáveis, a dimensão dos valores contabilizados em ambos os casos é chocante. A entidade norte-americana mensurou que o segmento contribui em 1,2% do PIB do país.

Por sua vez, representantes do segmento do café brasileiro, incumbidos de sensibilizar a autoridade comercial estadunidense no sentido de rever a taxa aplicada ao nosso café, sentiram-se prestigiados em seu esforço pela abertura de canais de negociação a partir da divulgação do estudo da NCA, e nele ancoraram suas expectativas de desfecho favorável ao segmento. Ainda que louvável, esse posicionamento deveria instar uma profunda indignação com essa desproporcionalidade que pauta a relação comercial entre os agentes econômicos das contrapartes do hemisfério americano6.

O café, que recebeu valor de US$ 1 (ou R$ 5,33, ao câmbio de 3/10/2025) após todo o trâmite – logístico, de recolhimento de impostos e de retenção de margem do exportador (ou seja, posto FOB porto) –, salta para US$ 43 (ou R$ 229,20) em seus múltiplos desdobramentos no mercado estadunidense.

Essa repartição absolutamente espúria do valor adicionado nessa cadeia precisa ser restabelecida em patamares menos escorchantes aos países produtores. Nesse contexto, é legítimo perguntar: qual a possibilidade de alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) 1 e 2 (respectivamente, erradicação da pobreza e fome zero) entre os 17 estabelecidos pela Agenda 2030 das Nações Unidas?

Recentemente (24/09/2025), um evento promovido pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), com apoio do Fórum Mundial de Produtores de Café (FMPC) e pautado pelo desenho de estratégias visando a prosperidade dos cafeicultores e o alcance das ODSs, ofereceu palestra do renomado Nobel de Economia Jeffrey Sachs,7 da Columbia University. Sua preleção centrou-se na argumentação de que, ainda que o café seja uma commodity vital para o mundo, muitas comunidades ainda padecem tanto por situação de pobreza multidimensional (econômica, de serviços sociais, discriminação de gênero etc.) quanto de ações/ferramentas para o uso sustentável da terra, uso este capaz de mitigar as mudanças climáticas/aquecimento global e promover a redução das desigualdades.

Não se trata, aqui, de divergir de tão eminente autoridade acadêmica, porém, é preciso despir-se da desfaçatez para uma correta interpretação da realidade e trilhar caminho civilizatório comum. Caso fosse obtida uma melhor partição do valor nessa cadeia – por exemplo, passando de US$ 1:US$ 43 para US$ 1,50:US$ 42,50, o impacto na redução da pobreza e a geração de prosperidade/sustentabilidade nos cinturões cafeeiros do mundo seria muitas vezes superior aos US$ 10 bilhões pleiteados pelo laureado Nobel para consolidar uma cafeicultura mais sustentável e mais próspera.

Essa concentração da riqueza na terça parte da cadeia produtiva demonstrada pela NCA não deve divergir em nada daquela capturada por outros mercados, como Canadá, Japão, Coreia do Sul e União Europeia. O desenvolvimento dos países produtores de café não será alcançado sem que as commodities produzidas (o café entre outras tantas) obtenham patamares menos injustos de remuneração. Todavia, ao não se vislumbrar esse cenário a longo prazo (pelos próximos cinco anos), resta concordar com os economistas latino-americanos, que, na década de 1950, formularam a teoria da dependência, em que o rompimento da relação desigual entre o Norte e o Sul só se daria por meio da industrialização acelerada.

Aderente a esse contexto está a fábula do rei nu. A produção do relatório da NCA trouxe um fato que nossos próceres da inteligência do agronegócio café evitavam, a todo custo, iluminar. Tomados pela vaidade por serem nascidos em berço esplêndido, são, de fato, cúmplices dessa construção de um mercado desigual, em que os perdedores são invariavelmente os cafeicultores e os países que buscam, na cafeicultura, trilhar seu caminho de desenvolvimento.


1 Sesso, P.P., Sesso Filho, U. & Pereira, L.F.P. “Dimensionamento do agronegócio do café no Brasil”. Cadernos de Ciência & Tecnologia. Embrapa, 38, 2, e26901, 2021.
2 Idem.
3 Ver a esse respeito:  https://www.cafepoint.com.br/colunas/cenas-e-fatos-do-agro/resposta-ao-embargo-239026/
4 A National Coffee Association (NCA), fundada em 1911, é a maior e mais antiga organização comercial dos Estados Unidos, representando empresas de café de todos os tipos e tamanhos, incluindo produtores, torrefadores, marcas e outras empresas responsáveis por 90% do comércio de café nos EUA. Adultos americanos bebem café diariamente mais do que qualquer outra bebida (além de água engarrafada), e o café sustenta 2,2 milhões de empregos no país – operando em todos os estados e territórios e contribuindo com quase US$ 350 bilhões para a economia americana todos os anos. Fonte: https://www.ncausa.org/Newsroom/Grounds-for-celebration-Americans-remain-committed-to-coffee  Acesso em 3/10/2025.
5 Traço marcante da construção social brasileira consiste na cultura da subserviência ou, como melhor formulou Nelson Rodrigues, a famosa “síndrome de vira-latas”. Tal mentalidade não se desvincula nem de nossos melhores quadros técnicos e empresariais no trato com os congêneres do norte desenvolvido.
6 Disponível em: https://www.usatoday.com/story/money/2025/04/10/coffee-tariffs-expensive/83029424007/  e https://www.caf.com/pt/presente/eventos/online-prosperidade-para-os-produtores-de-cafe-por-meio-de-planos-nacionais-para-a-sustentabilidade-do-cafe-com-base-nos-ods/ Acesso em 3/10/2025.
7 O economista liderou, em 2019, estudo sobre a problemática da economia cafeeira mundial em que, dentre diversas ações, propunha a criação de um Fundo Mundial do Café com US$ 10 bilhões em depósitos para implementação de um Plano Nacional de Sustentabilidade do Café. Ver: https://scholarship.law.columbia.edu/sustainable_investment_staffpubs/53. Acesso em 3/10/2025.

TEXTO Celso Luis Rodrigues Vegro é engenheiro agrônomo, mestre e pesquisador científico do IEA (Instituto de Economia Agrícola), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Mercado

Maringá ganha festival que celebra cafés especiais da região

Nos dias 11 e 12 de outubro, Maringá (PR) realiza seu primeiro Festival do Café Especial, para celebrar a cultura, a inovação e a qualidade dos cafés especiais da região. A programação reúne marcas, profissionais e apreciadores da bebida em dois dias de experiências, competições e aprendizado.

Idealizado pelo hub de experiências Grano e pela Rota dos Cafés Especiais de Maringá e Região, e co-realizado por Sebrae e Visite Maringá (instituto promotor do turismo local), o festival busca aproximar o público dos cafés especiais, além de mostrar o quanto Maringá e o estado do Paraná têm se destacado na cena cafeeira. 

“Nossa expectativa é que o evento seja um ponto de encontro entre marcas, profissionais e consumidores que compartilham a mesma paixão: o café de qualidade, com propósito e com história. Queremos que as pessoas provem, aprendam e se conectem com quem faz o café acontecer, do produtor ao barista”, conta Patrícia Duarte, presidente da Rota.

Entre os destaques da programação está a 2ª Copa di Grano, campeonato de cafés filtrados inspirado no Brewers Cup, e A Maior Cafeteria do Mundo, espaço que vai oferecer um cardápio de cafés e comidas servido por 28 empresas. 

O evento também terá oficinas e masterclasses tanto para iniciantes quanto para profissionais, além do Clube do Café, tradicional encontro mensal do setor na cidade que acontecerá em formato de roda de conversa, promovendo troca de experiências e debates sobre o futuro do café especial na região.

Festival do Café Especial
Quando: 11 e 12 de outubro
Horário: das 9h às 19h
Onde: Sebrae Maringá – avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, 1.116 – Maringá (PR)
Mais informações: www.instagram.com/festivalcafeespecial
Evento aberto ao público, com atividades pagas e gratuitas

TEXTO Redação

Mercado

SIC 2025 destaca premiações que valorizam a qualidade e a inovação do café brasileiro

A Semana Internacional do Café (SIC) 2025, que acontece em Belo Horizonte de 5 a 7 de novembro, será palco de algumas das mais importantes premiações do setor, reunindo iniciativas que reconhecem a excelência, a inovação e a diversidade do café brasileiro. Ao longo do evento, produtores, torrefadores, baristas e marcas terão seus talentos e esforços celebrados em diferentes frentes da cadeia cafeeira.

Entre as atrações, estão os campeonatos realizados pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA): o Campeonato Brasileiro de Barista, o Campeonato Brasileiro de Coffee in Good Spirits e o Campeonato Brasileiro de Latte Art, que colocam em evidência técnica, criatividade e paixão pelo preparo da bebida.

Premiação Campeonato Brasileiro de Barista

O setor industrial também terá espaço com reconhecimentos de peso, como o Campeonato Brasileiro de Blends de Café, organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), e o Prêmio Torrefação do Ano, realizado pela Atilla Torradores, que celebram a qualidade e a inovação no processo de torra e na criação de blends de excelência.

Já no campo da produção, um dos maiores destaques da SIC é o Coffee of the Year, que anualmente revela os melhores cafés arábica e canéfora produzidos no Brasil, colocando em evidência a qualidade da safra nacional. 

Premiação Coffee of the Year

O evento é sede também da premiação do Florada Premiada, iniciativa da 3corações, da Premiação Golden Cup, da Fairtrade Brasil, do Concurso NossoCafé, da Yara, e da 9ª edição do Concurso ATeG, do Sistema Faemg/Senar, que valorizam a origem, a sustentabilidade e a dedicação de milhares de produtores de café em todo o país.

Por fim, a criatividade e o design também marcam presença, com o Concurso Espresso Design, que reconhece embalagens e projetos visuais que se destacam pela inovação e impacto no mercado. 

Com essa diversidade de premiações, a SIC 2025 reforça seu papel como vitrine internacional do café brasileiro, valorizando a qualidade, a criatividade e a inovação que movimentam toda a cadeia produtiva.

A Semana Internacional do Café 2025 é realizada pela Espresso&CO, Sistema Faemg/Senar, Governo do Estado de Minas Gerais e Sebrae, e conta com Apoio Institucional do Sistema Ocemg, Patrocínio Oficial de Codemge e Governo do Estado de Minas Gerais, Patrocínio Diamante de 3corações Rituais, Patrocínio Ouro de Anysort e Sicoob e Patrocínio Bronze de Yara. Apoio de Abic, Abrasel, IWCA Brasil, BSCA, Cecafé, Governo Federal e Sindicafé-MG. A Espresso é mídia oficial.

Semana Internacional do Café 2025
Quando: 5 a 7 de novembro
Onde: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br 

TEXTO Redação • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

Mercado

Festival Café da Semana estreia na SIC como espaço da cultura de cafeterias

Ambiente conta com a exposição de mais de 30 marcas, além de conteúdos com especialistas na Cafeteria Modelo e apresentações de profissionais no Campeonato Brasileiro de Barista

A Semana Internacional do Café (SIC), que acontece de 5 a 7 de novembro em Belo Horizonte, ganha neste ano um novo ambiente de experiência: o Festival Café da Semana. Criado para aproximar marcas e consumidores, ao reunir cafeterias e microtorrefações, o espaço promete ser um dos destaques da edição 2025.

Além de apresentar as principais tendências e soluções para o setor em diferentes estandes, inclui atrações como a Cafeteria Modelo & Barista Jam, que simula uma cafeteria real e traz uma programação de conteúdos com especialistas do setor, e o Campeonato Brasileiro de Barista, onde profissionais de diferentes partes do país se apresentam em busca do título de melhor barista do Brasil.

Entre estandes tradicionais, mesas e balcões de ativação, o Festival Café da Semana conta com mais de 30 marcas, sendo algumas delas Daterra Coffee, Honey Coffee, Cafellow, Fazenda Venturim, Café Lobo do Serrote, Orfeu Cafés Especiais, 3corações, Pamella Coffees, Café do Futuro, Jutta Coffee, Café Elizabete, Cafeteria Dr. Coffee e Torrido Cafés Especiais. A proposta é abrir espaço para pequenos e médios negócios ganharem visibilidade ao lado de grandes players do mercado.

O ambiente se consolida como uma nova plataforma estratégica da SIC, reunindo conteúdo, experiências e oportunidades de negócios, ao proporcionar ativações de marca, lançamentos de produtos e conexão entre consumidores e empresas.

A Semana Internacional do Café 2025 é realizada pela Espresso&CO, Sistema Faemg/Senar, Governo do Estado de Minas Gerais e Sebrae, e conta com Apoio Institucional do Sistema Ocemg, Patrocínio Oficial de Codemge e Governo do Estado de Minas Gerais, Patrocínio Diamante de 3corações Rituais, Patrocínio Ouro de Anysort e Sicoob e Patrocínio Bronze de Yara. Apoio de Abic, Abrasel, IWCA Brasil, BSCA, Cecafé, Governo Federal e Sindicafé-MG. A Espresso é mídia oficial.

Semana Internacional do Café
Quando: 5 a 7 de novembro
Onde: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Credenciamento e mais informações: semanainternacionaldocafe.com.br 

TEXTO Redação • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

Mercado

Nestlé anuncia novo CEO da Nespresso

Alfonso Gonzalez Loeschen, novo CEO da Nespresso

A Nestlé nomeou Alfonso Gonzalez Loeschen como novo CEO da Nespresso. Ele sucede Philipp Navratil, que em setembro assumiu a presidência do Grupo Nestlé após a saída de Laurent Freixe.

Na empresa desde 1992, Loeschen ocupou diversos cargos de liderança, incluindo o de diretor-geral da Nestlé Porto Rico entre 2012 e 2014, e diretor de marketing da Nespresso entre 2015 e 2019, onde liderou a expansão do sistema Vertuo nos EUA, Canadá e México, crescendo em dois dígitos as vendas e o volume. Como parte de sua promoção, ele também passará a integrar o Conselho Executivo da Nestlé.

A nomeação de Loeschen é a mais recente mudança na alta liderança da Nestlé nos últimos meses. Além da saída de Freixe por um relacionamento amoroso não declarado com uma subordinada e da promoção de Navratil, a empresa também se prepara para um novo presidente do Conselho: Pablo Isla assumirá o cargo na próxima quarta (1º) , sete meses antes do previsto, após Paul Bulcke concordar em deixar a posição diante da pressão de investidores sobre sua liderança e suas decisões.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Abics concede primeiro Selo de Qualidade de Excelência

A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) concedeu, pela primeira vez, o Selo de Qualidade de Excelência a um café solúvel produzido no Brasil. O produto reconhecido foi o Nescafé Gold, da Nestlé. 

A entidade vem aplicando os selos desde junho deste ano, com o objetivo de encontrar o melhor perfil sensorial para cada aplicação e potencializar os benefícios do consumo de café solúvel em outros produtos. A metodologia, desenvolvida em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), é inédita e estabelece padrões técnicos que classificam os cafés em três níveis: Clássico, Premium e Excelência. 

A avaliação sensorial é feita por especialistas certificados, os IC Graders, que analisam atributos como acidez, corpo, doçura, notas aromáticas e sabor residual. O reconhecimento posiciona o Brasil, maior produtor e exportador mundial de café solúvel, como referência internacional também na definição de critérios de qualidade para o setor.

“O selo de Excelência da Abics chancela um trabalho construído ao longo de décadas. O Nescafé Gold é fruto desse cuidado, que se inicia na lavoura e se estende por todas as fases da produção, finalizando na torra”, destaca Gabriela Monsanto, gerente de Marketing da Nescafé.

TEXTO Equipe Espresso • FOTO Felipe Gombossy

Cafeteria & Afins

Notthesamo Café – São Paulo (SP)

O Notthesamo foi a escolha de visita da equipe da Espresso nesta semana. Há três meses instalada na rua Doutor Vila Nova, no agitado bairro central da Vila Buarque, a cafeteria é braço de uma plataforma de mídia que tem como foco traduzir e fazer curadoria da cena urbana de moda, arte e lifestyle global para o público brasileiro. 

Com fachada de vidro, o ambiente atrai os olhares curiosos de quem passa na frente. Quem entra se depara com um espaço pequeno, de estética clean e com pé direito alto, animado por uma playlist de hiphop. O balcão à direita apresenta algumas das comidinhas rápidas, como croissant, pão de queijo, empanada, brigadeiro, banana bread e cookie. Os pacotes de café da casa também estão posicionados à venda.

É no mesmo balcão onde se faz e se pagam os pedidos. Entre as três opções de grãos disponíveis na casa, de sensoriais chocolate, limão siciliano e lavanda, escolhemos os dois últimos, filtrados no método gina. Cultivados pelo produtor Gabriel Lamounier, da Fazenda Guariroba, no Campo das Vertentes, e torrados pelo head barista da casa, Brenner Felipe, o de nota de limão siciliano era da variedade topázio, com dupla fermentação, enquanto que o de lavanda era um gesha natural, também fermentado. Na xícara, as bebidas eram leves e fáceis de tomar. O topázio era equilibrado e cítrico, com acidez média e corpo médio. Já o gesha era suave, aromático e nada enjoativo.

Para acompanhar, nossas escolhas foram o popular queijo quente, feito com um blend de queijos e finalizado com mel fermentado no alho, e o sanduíche na focaccia, composto por mortadela, ricota temperada e rúcula em uma focaccia feita na casa. O primeiro estava crocante e levemente salgado, mas foi balanceado pelo doce do mel. O segundo, equilibrado e refrescante, mostrou uma boa combinação entre a suavidade da ricota temperada e o sabor intenso da mortadela. A focaccia era leve e macia.

Entre os doces escolhemos o bolo de chocolate NTS e o brownie. Ideal para quem gosta de chocolate, o bolo veio cortado em uma fatia generosa, mas não enjoativa, que desmanchava na boca. O brownie estava macio e chocolatudo. Ambas as pedidas estavam doces na medida certa e foram harmonizadas com um espresso de corpo médio, acidez alta e finalização longa, com notas cítricas e de chocolate.

Em um bairro repleto de cafeterias, o Notthesamo Café se mostra um local agradável para quem busca uma pausa na rotina para tomar uma xícara de café em meio à correria de São Paulo.

Nossa conta: R$ 142
Coado limão siciliano – R$ 18
Coado lavanda – R$ 20
Queijo quente – R$ 32
Sanduíche na focaccia – R$ 30
Brownie – R$ 20
Bolo de chocolate NTS – R$ 22

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Doutor Vila Nova, 41
Bairro Vila Buarque
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://www.instagram.com/notthesamocafe/
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

Café & Preparos

Você beberia um café no balde?

Cafeterias dos Estados Unidos entram na onda da tendência que nasceu no TikTok

Por Letícia Souza

Aqui no Brasil, muitos profissionais e entusiastas do café usam a expressão “beber de balde” para elogiar a qualidade de um café. Isso significa que foi bem extraída, abraça as papilas gustativas e dá vontade de consumir mais – como em um balde, em largas quantidades. 

Nos últimos meses, pipocou no TikTok uma trend que fez jus a essa fala: café gelado servido em enormes baldes de plástico. A ideia pode parecer um tanto absurda, é claro, mas filas se formaram em cafeterias de diversas cidades dos Estados Unidos. Estabelecimentos na Califórnia, Missouri, Oklahoma e Connecticut passaram a servir cafés de tamanho XXL. 

No Brasil, no entanto, não é costume ter bebidas tão grandes assim, e isso causa até estranhamento em quem vê de maneira desavisada. Para entender mais sobre essa trend, conversamos com Alaina Roberto, proprietária da Last Drop, cafeteria na cidade de Monroe, em Connecticut (EUA), um dos primeiros lugares a se popularizar no TikTok com a trend.

“Vi um TikTok de alguém em outro estado servindo baldes de café e achei legal a ideia, então resolvi testar com os clientes”, escreve a empresária. “Postei uma foto para divulgar e, no dia seguinte, tivemos uma enxurrada de gente querendo experimentar. Tivemos clientes que dirigiram por duas horas só para vir buscar um balde”, conta à Espresso

Sobre a receita, Alaina comenta que varia para os diferentes tamanhos de balde. “No começo, divulgamos apenas como café gelado, mas logo passamos a preparar também todos os nossos lattes especiais no balde, e eles têm feito ainda mais sucesso do que o café comum”.

Ela acredita que o movimento ganhou proporções por ser “diferentão e instagramável”. “As pessoas amam uma nova tendência e, mais ainda, adoram tirar fotos. Todo mundo ama café, então poder dizer que tomou em um ‘balde’ é uma das partes favoritas da experiência”.

A receita servida na Last Drop usa de 700 a 800 ml de leite vaporizado com 120 ml de espresso, e é vendida por $ 10.

TEXTO Letícia Souza • FOTO Divulgação
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