Cafeteria & Afins

Molen Cafés Especiais – Manaus (AM)

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Com a ideia de oferecer cafés de qualidade, esta cafeteria inaugurada em março trouxe o conceito inédito à capital amazonense. O blend próprio é elaborado com grãos do Sul de Minas e do Cerrado Mineiro. Para acompanhar o espresso e o coado, serve quitutes de fabricação própria e da gastronomia regional, como o X-caboquinho, feito com tucumã e queijo coalho. Doces para todos os gostos compõem o cardápio que oferece ainda alfajores e cervejas importadas.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Av. Mario Ypiranga, 1.300 Manauara Shopping
Cidade Manaus
Estado Amazonas
País Brasil
Telefone (92) 8269-0066
Horário de Atendimento De segunda a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 12h às 21h
TEXTO Amanda Ivanov • FOTO Divulgação

Receitas

Robusto

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Ingredientes
• 20 ml de licor amaretto
• 20 ml de purê de pêssego (em calda)
• 20 ml de licor de damasco (apricot)
• 10 ml de suco de limão siciliano
• 10 ml de grappa tagliatella
• 10 ml de maple syrup
• 1 canela em pau
• 1 pitada de chocolate granulado

Preparo
Bata o pêssego no liquidificador até obter a consistência de um purê e reserve. Com ajuda da chama do fogão, queime a canela para extrair mais sabores e aromas. A seguir, aromatize a taça que será utilizada com a canela queimada e reserve. Bata todos os demais ingredientes, inclusive o purê de pêssego, na coqueteleira com gelo. Despeje na taça aromatizada, acrescente o gelo, a canela que foi queimada, uma pitada de chocolate granulado por cima e sirva.

FOTO Daniel Ozana/Estúdio Oz • RECEITA Marcelo Serrano, barman da Brasserie des Arts

Café & Preparos

Exclusivo no site: + entrevista com Silvio Leite

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Especialista em classificação, degustação e controle de qualidade de café, Silvio Leite tem mais de trinta anos de experiência no mercado cafeeiro. Exímio provador de cafés, é “cupper” certificado pela Specialty Coffee Association of America (SCAA) e participa como juiz em diversas competições de qualidade do grão. Silvio é o Personagem deste mês na revista e aqui você confere, com exclusividade, a continuação da entrevista publicada na Espresso #45.

Como é o trabalho de um classificador de cafés?
O classificador de café deve ser completo e pode atuar em áreas distintas, como produção nas fazendas, na comercialização com as empresas exportadoras e também importadoras e na indústria no controle da produção. Deve conhecer as classificações físicas, aplicando na análise física e sensorial. Todo o conhecimento é usado em todas as fases desde a produção até o café ser servido ao consumidor final. O classificador pode se especializar na parte das provas às cegas, perceber nuances de atributos de bebida como, tipos de acidez, se é doce, caramelo, sem defeito, e dar dicas para que as correções sejam feitas caso encontre problemas de processamento. Outra área é aquela que trabalha no comércio e ajuda as empresas a comprar, fazer a separação física, de bebida e preparar os blends de café, que atenda a demanda do mercado nacional e internacional, podendo trabalhar no Brasil ou no exterior. Pode atuar também nas torrefações na indústria, conhecimento físico e sensorial, um trabalho direcionado ao trabalho final de fábrica, por exemplo, compra o produto confere se esta de acordo e continua para ver se o esse alcança a expectativa que ele quer. É importante entender da parte econômica, de bolsa de mercadorias, como funciona a comercialização e como se definem os preços, conhecimento sobre mercado e, também, visando atender os clientes e feiras internacionais, é essencial saber se comunicar em inglês.

O que é importante na escolha para um bom café?
Profissionalmente falando, na hora de escolher um bom café, tenho que olhar seus atributos, o conjunto de suas qualidades. Para o consumidor que ainda não sabe detalhadamente todo este processo, tem uma ferramenta mais importante o “gosto ou não gosto deste produto”, ou seja, vou comprar ou não. Acho legal e sugiro fazer testes com diferentes produtos e conhecer um pouco mais cada um, comprar cafés diferentes e ver qual mais gosta. Primeiro, avaliar a torra, se gosta de uma elevada (escura) ou média, comprar, testar e memorizar os produtos que atingiram a expectativa de aroma e sabor. Pode-se diversificar, gostar de um mais encorpado, um mais ou menos ácido. Às vezes, pode-se encontrar esta diversidade em uma mesma loja. Importante na hora de escolher o café é testar. Tomara muito que seja aquele que te remeta a magia dos sabores memorizados da vida toda como o melhor já provado e que quando sinta vontade de tomar um café lembre-se daquele sabor, que toque a alma.

Para você, por que o café conquista tantas pessoas?
O café é prazer e compartilhamento. Por exemplo, em uma reunião de trabalho sempre tem um café, é o que traz energia, une os amigos. É como um elo para todos os momentos. Além de charme e prazer.

Qual método de preparo você mais gosta?
Eu amo café de filtro pela manhã, com uma torra clara, às vezes faço na french press, mas o de filtro é minha paixão. Na parte da tarde opto pelo espresso, curto e bem intenso.

Tem algum café que você destaca, algum que esteja chamado a sua atenção em suas degustações pessoais?
Gosto bastante do café da região da serra da Mantiqueira, em especial dos cafés de Carmo de Minas. Aqui da Bahia, o café da região da Barra do Choça, que ganhou o prêmio ABIC 2013, produzido pelo sr. Eufrásio Lima, tem me surpreendido muito. Também, os cafés da região de Mucugê e Piatã, que estou tomando o blend de dois lotes, da Fazenda São Judas Tadeu, tenho gostado bastante. Os cafés internacionais que mais tenho apreciado são o Yirgacheffe, da Etiópia, o Geischa, do Panamá, Narinõ, da Colômbia, e Huehuetenango, da Guatemala.

 

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Guilherme Gomes

Café & Preparos

Galeria de fotos: baristas campeões visitam fazenda no Brasil

Hidenori Izaki, do Japão, vencedor do Campeonato Mundial da Baristas 2014, Christos Loukakis, da Grécia, 3º lugar na competição, e Lucas Salomão, vencedor do 3º Campeonato de Brewers – 2013, visitaram a Fazenda Daterra, em Patrocínio (MG).

O barista grego Christos Loukakis apreciando os grãos mineiros

O barista grego Christos Loukakis apreciando os grãos mineiros

 

Christos Loukakis e Hidenori Izaki selecionam grãos no terreiro suspenso

Christos Loukakis e Hidenori Izaki selecionam grãos no terreiro suspenso

 

O barista brasileiro, Lucas Salomão, vencedor do Campeonato de Brewers 2013, também participou da visita

O barista brasileiro, Lucas Salomão, vencedor do Campeonato de Brewers 2013, também participou da visita

 

Christos Loukakis preparando doses da bebida para serem provadas na conhecida prova de cupping

Terceiro colocado no mundial, Christos mostra sua arte de preparar espressos

 

Hidenori Izaki, campeão mundial de barista posa para a foto em cima do terreiro suspenso

Hidenori Izaki, campeão mundial de barista posa para a foto em cima do terreiro suspenso

 

Os três baristas brincam com grãos verdes nas peneiras

Os três baristas brincam com grãos verdes nas peneiras

 

Os campeões aproveitam um agradável piquenique na sombra do cafezal

Os campeões aproveitam um agradável piquenique na sombra do cafezal

TEXTO Amanda Ivanov • FOTO Lucas Albin/Agência Ophelia/Café Editora

Café & Preparos

Bruno Ferreira – Brother Hubbard, Dublin (IR)

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Em 2002, Bruno Ferrer Fox, como prefere ser chamado, ingressou na carreira de barista em São Paulo, trabalhando para a marca Cafeera. Dois anos depois, migrou para a Suplicy Cafés Especiais e, em 2006, conquistou a etapa São Paulo do Campeonato Brasileiro de Barista. Em 2010, alcançou a segunda posição na competição nacional e assumiu o posto de barista na Octávio Café e Bistrô, onde também lecionava cursos de formação de novos profissionais da área.

No ano seguinte, Bruno foi para Irlanda e, por lá, colocou em prática todo seu potencial no manejo de cafés especiais. Segundo ele, os diferentes sabores com que vem tendo contato são o ponto alto de sua carreira no exterior. “Na Irlanda a mudança da minha experiência foi com os sabores. Foi como se estivesse usando uma caixa de lápis de cores com modelos básicos para pintar e de repente encontro uma caixa com inúmeras cores e texturas aquareláveis. Os cafés daqui são surpreendentes”, conta.

Além disso, o fato de Bruno ter tido a oportunidade de conhecer uma plantação de café em solo brasileiro causa admiração e desejo de outros profissionais. “Os baristas que conheci aqui têm muita vontade de aprender e compreender como é uma fazenda de cafés e todos os processos, me perguntam como é estar lá, o trabalho dos cafeicultores… Sempre foi muito gratificante para mim e sempre respeitei muito essa etapa, mas nunca observei com este olhar de aventura que eles têm. Eles me fizeram perceber que compartilhar essa experiência é um trunfo”, disse.

Sonhador e confiante, para o futuro deseja ter seu próprio negócio, desenvolver suas ilustrações, viajar e visitar fazendas de café em vários países e diz que sente muita falta do pão de queijo brasileiro. “Aqui deveria ter! Os irlandeses não têm ideia dessa maravilha!”, conta.

TEXTO Amanda Ivanov • FOTO Paula Rúpolo

Café & Preparos

Italiana ou moka (desde 1933)

moka

Moagem: média grossa
Método: vácuo+pressão
Temperatura: quente
Rendimento: turma + dupla + individual
Tempo de preparo: médio

Feito na panelinha italiana de metal que se tornou um ícone do design mundial, produz um café bem intenso, lembrando o espresso.

Dicas: Além da água que deve ser colocada no compartimento inferior, coloque um pouco (algumas gotas) de água fria no compartimento superior. Assim, a água não passa tão quente pelo café, queimando-o. Sempre deixe a moka em fogo baixo.
Vantagens: custo, variedade de cores, formatos e tamanhos, e o resultado da bebida tem a potência e o corpo do espresso
Desvantagens: dificuldade de limpeza e bebida com amargor
Sugestão de Preparo da Espresso: encha o compartimento para o café (cerca de 2 colheres de sopa de café ou 20 g) + 150 ml de água.

FOTO Daniel Ozana/Estúdio Oz

Café & Preparos

French press (desde 1929)

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Moagem: média grossa
Método: infusão+filtrado
Temperatura: quente
Rendimento: turma + dupla + individual
Tempo de preparo: médio

Apesar do nome, foi criada por um designer italiano. Tem funcionamento simples. O café é colocado em um recipiente de vidro e fica em infusão na água. Um êmbolo ou pistão com um filtro de metal é pressionado para baixo e filtra o café, deixando-o pronto para servir.

Dica: sempre escalde o equipamento antes de utilizá-lo e faça testes com diferentes moagens
Vantagens: charme e facilidade no preparo
Desvantagens: a bebida fica com muitos resíduos sólidos, o que incomoda alguns paladares. A limpeza do equipamento não é muito prática
Sugestão de Preparo da Espresso: 15 g de café + 160 ml de água + pré-infusão de 30 segundos + infusão de 3,5 minutos.

FOTO Érico Hiller

Café & Preparos

Fábio Ferreira – Notes Coffee Barrows, Londres (UK)

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Barista empreendedor, Fábio Ferreira começou a carreira em 2005, se especializando no preparo de cafés especiais. Em 2007, venceu o Campeonato Brasileiro Coffee in Good Spirits, o que deu fôlego para sua nova empreitada.

Logo depois, se mudou para Londres, na Inglaterra, onde iniciou a carreira no exterior, vencendo também o Gaggia Barista Competition, na capital. “Em Londres trabalhei seis meses em uma rede de restaurantes italianos, como barista. No fim de 2008, iniciei meu primeiro negócio na capital com um amigo inglês, e iniciamos uma sociedade com a primeira franquia da Alto Café, tínhamos uma van de café na região central de Londres, contudo após o primeiro ano desistimos da franquia e montamos o Flat Cap Coffee Co., um carrinho de café”.

Em 2010, Fábio, em parceria com investidores, fundou o Notes Music & Coffee, que, posteriormente, passou a se chamar Notes Coffee Food Wine. Em seguida, montou o Notes Coffee Barrows e, também, a Notes Coffee Roasters, uma torrefação de café. Atualmente, o empreendimento do barista possui três lojas no Reino Unido, uma em Londres e outra na cidade de Leeds. Três carrinhos de café complementam a rede, e outras duas lojas serão inauguradas neste ano.

Fábio divide seu tempo em preparar bebidas, torrar cafés e exercer o cargo de diretor das marcas, Head-Roaster e Head-Barista. Ele, que se diz apaixonado por café por estar em constante aprendizado sobre a bebida, diz que a variedade dos grãos e métodos de consumo do café são as diferenças de exercer a profissão fora de casa. “No exterior, existe uma variedade maior de cafés especiais de diferentes partes do mundo e que seria bem legal de se ver nas cafeterias do Brasil, que produz cafés de altíssima qualidade tão bons ou melhores que muitos. Já aqui em Londres, eu gostaria de preparar mais cafés puros e menos cafés com leite, o brasileiro bebe muito mais café coado e espresso do que os ingleses”, afirma. O barista tem vontade de voltar ao Brasil, mas no momento pretende concretizar seus planos em Londres, com a inauguração das lojas Notes Coffee.

TEXTO Amanda Ivanov • FOTO Divulgação

Café & Preparos

Juliana Nobre – Five Senses Coffee, Perth (AU)

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Coado e espresso são os modos de preparo preferidos de Juliana Nobre, barista há oito anos, desde quando se mudou para Austrália, em 2006. Especializada em cuppings, ela conta que, na Austrália, tem amplo acesso a cafés especiais. “Aqui a profissão barista já é bem posicionada no mercado de trabalho, com fácil acesso a equipamentos de alto padrão e cafés de qualidade de diversas regiões do mundo”.

Apesar de não ter trabalhado como barista no Brasil, seu currículo é marcado por vários campeonatos. A última conquista foi em 2013, quando venceu em primeiro lugar o regional WA Barista Competition.

Atualmente na Five Senses Coffee, ela acredita que a cena do café tem evoluído mundialmente. “Da qualidade do café ao acesso à informação, as empresas e torrefações vêm buscando cada vez mais qualidade e parcerias.

A melhora dos equipamentos utilizados nos preparos de bebidas e mudanças nas técnicas utilizadas também ajudaram a mudar o cenário, aumentando a busca por cafés de qualidade”, opina. A barista tem vontade de voltar para o Brasil, mas ainda não sabe quando. “Meu objetivo é me especializar cada vez mais, especialmente em cafés brasileiros”, ressalta.

 

TEXTO Amanda Ivanov • FOTO Divulgação

Café & Preparos

Cris Fuzaro – Espresso Workshop Roastery, Auckland (NZ)

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Cris Fuzaro é barista há 11 anos e, desde 2006, exerce a profissão na Nova Zelândia. A paixão pela área e a busca incessante por bons grãos guiam a carreira da barista que, há seis meses, também é responsável pela torra dos grãos servidos na Espresso Workshop Roastery, em Auckland (NZ).

Segundo ela, se adaptar ao idioma não foi fácil. “Mas a prática leva a perfeição. Sai do Brasil em 2006 e por aqui estacionei! O estilo de vida e a beleza dessa terra fazem com que eu não queira morar mais em nenhum lugar”, conta. A rotina e o acesso a cafés especiais na Nova Zelândia é o que mais a agrada. “No meu segundo dia aqui fui à praia e fiquei abismada com a quantidade de pessoas levando seus cachorros para passear e tomando um café que pediram “para viagem”. “A variedade de origens aqui é virtualmente infinita. Temos acesso a grãos do mundo todo e eu pareço uma criança em loja de doce: quero provar todos, sempre!”.

Para Cris, existem algumas diferenças em exercer a profissão no Brasil e na Nova Zelândia. “Os clientes e empregadores do Brasil poderiam valorizar mais os baristas e os profissionais internacionais deveriam se esforçar para visitar países produtores e aprender sobre lavoura e processamento”, afirma. O próximo passo de Cris é se especializar em torra. “Para mim, é um processo novo e estou aprendendo bastante. Me sinto tão à vontade fazendo isso quanto preparando cafés em diferentes métodos. No futuro, gostaria de trabalhar para uma importadora de cafés”.

TEXTO Amanda Ivanov • FOTO Divulgação
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