Sim, nós amamos Miami!

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Esqueça o Aventura Mall, o Sawgrass Mills, o Bal Harbour ou qualquer outro centro comercial. A Miami a que me refiro vai muito além das compras. A praia com mar azul Caribe, a Ocean Drive, os bares descolados, a gastronomia… Há tanto que se ver e fazer na cidade que o shopping realmente fica em segundo plano (pelo menos no meu caso) e deve ser por isso que este destino se consolida como preferido dos brasileiros. Em 2014, Miami recebeu quase 1 milhão de turistas do Brasil, o que nos torna o país que mais emitiu viajantes para a cidade!

Há inúmeras razões para amar Miami e abaixo, compartilho com vocês algumas delas, com dicas fresquinhas de programas legais para fazer por lá:

1) A badalação – tem coisa mais gostosa do que estar em um lugar sofisticado e cheio de gente bonita? Miami é o destino para ver e ser visto; e o que não falta por aqui são bares, restaurantes, lounges e afins. A Wall é uma balada linda, que agita as noites com ótimos DJs convidados do porte de Bob Sinclar, dentro do W Hotel, em South Beach. Para um jantar gostoso ao ar livre, a dica é o Cecconi’s, restaurante italiano moderninho, no charmoso pátio do Soho Beach House. Os pratos são deliciosos; também há diversos antepastos e uma boa carta de vinhos para quem quer apenas passar para um drinque antes da balada.

2) A diversidade – há programas para todos os gostos e idades, tanto em Miami como nas vizinhas Fort Lauderdale e Coral Gables. Quer fazer um passeio de barco e ver as mansões dos famosos? Pode. Tem interesse por arte e museus? Há várias opções excelentes, como o Pérez Art Museum e o Distrito de Wynwood, com suas galerias e arte urbana espalhada pelas ruas. Está com crianças/adolescentes? Que tal passear no calçadão em South Miami Beach ou ver um jogo de basquete no American Airlines Arena? Enfim, há ótimos passeios para solteiros, casados e famílias, para dois, cinco ou dez dias de férias.

3) A facilidade – é fácil alugar carro e dirigir em Miami, tudo é bem sinalizado e o trânsito, apesar de às vezes carregado, é civilizado. É fácil se comunicar por aqui também, já que nos hotéis, lojas e restaurantes quase todo mundo fala espanhol (caso tenha dificuldades com o inglês). E, finalmente, a facilidade de se encontrar um café. Apesar da onipresença da Starbucks, minha sugestão para um ótimo espresso/latte/comidinhas é o Aroma Espresso Bar, que tem ambiente descolado, WiFi grátis e ótima localização (na 540 Collins Avenue em Miami Beach, além de outros quatro endereços na região).

*Maria Fernanda Brando é hoteleira, apaixonada por viagens, livros e café, e fundadora da TravelBox, empresa de consultoria para viagens e roteiros personalizados. Com mais de 25 países carimbados no passaporte, elabora roteiros independentes e criativos, para destinos ao redor do mundo. Para falar com a colunista: contato@travelbox.com.br / (11) 99738-8089 / Facebook: travelboxviagens

FOTO sxc.hu

BaristaCafé & Preparos

Brasil terá seu primeiro Campeonato de Aeropress

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Os campeonatos de barista já são conhecidos pelos profissionais brasileiros. Barista Championship, Brewers, Cup Tasters, Latte art e Coffee in Good Spirits são alguns dos eventos já realizados por aqui. Agora, para movimentar ainda mais a cena de cafés especiais no País, será realizado, no dia 7 de março, o 1° Campeonato Brasileiro de Aeropress.

A competição contará com Isabela Raposeiras, do Coffee Lab, Felipe Croce, da Fazenda Ambiental Fortaleza e Eystein Veflingstad, campeão da versão norueguesa do campeonato de aeropress de 2014 e atual mestre de torra do Feito a Grão, como juízes e promete uma proposta mais solta e livre de protocolos, tendo como único critério o resultado final da bebida na xícara.

“Além de propor um encontro amigável entre profissionais do país inteiro, queremos fazer um pouco de barulho e mostrar ao mercado externo que além de cafés de ótima qualidade, existe também, no Brasil, uma cena de baristas engajados”, afirma Felipe Croce, um dos responsáveis pela organização do evento.

O 1° Campeonato Brasileiro de Aeropress será realizado no FAF Studio (Centro de Estudos de café da Fazenda Ambiental Fortaleza), em São Paulo, e tem previsão de início para às 16h, do dia 7 de março. O café que será utilizado na competição será um obatã da Fazenda Ambiental Fortaleza, torrado pelo FAF Studio especialmente para a competição. A prova será feita às cegas.

As inscrições poderão ser feitas pelo e-mail aeropress2015br@gmail.com , no dia 23 de fevereiro, a partir das 10h. Os primeiros 18 inscritos terão direito a competir e concorrer a uma única passagem e estadia em Seattle, nos Estados Unidos, durante a feira da Specialty Coffee Association of America (SCAA), onde o barista campeão irá representar o país pela primeira vez na competição mundial da categoria.

TEXTO Da redação • FOTO Divulgação/Ilustração: Gustavo Gialuca

BaristaCafezalMercado

Honduras sedia o Barista & Farmer

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Criado pelo barista campeão italiano Francesco Sanapo, o Barista&Farmer teve a primeira edição em 2012, em Porto Rico. Evento internacional com a participação de baristas de todo o mundo tem como objetivo integrar a vivência na fazenda com a profissão dos participantes, além de promover a cultura do café especial.

Este ano o evento está sendo realizado de 1º a 10 de fevereiro em fazendas produtoras de Honduras, na América Central. No total inscreveram-se mais de 200 candidatos e somente dez foram selecionados. Durante dez dias, os baristas selecionados terão a experiência de viver como os produtores de café no país de origem. Um documentário está sendo gravado e será editado posteriormente para contribuir com a promoção do mercado de café.

Os baristas competem com base em pontos e o vencedor vai participar da produção da edição de 2016. Os competidores irão trabalhar nas fazendas de café, que fornecem café de qualidade em todo o mundo, desde a colheita do fruto, até as etapas de processamento do produto: a partir da colheita irão usar diversas tecnologias para a experiência de degustação e aprender sobre as oportunidades de consumo do café. Terão aulas em uma escola especial multi-disciplinar com profissionais do setor, com professores especializados em diversas áreas técnicas da cafeicultura, torra e degustação.

As aulas são coordenadas por Alberto Polojac (proprietário da Imperator, importadora de cafés na Itália, em Trieste, e campeão italiano do Cup Tasters, em 2009). Organizador e barista Francesco Sanapo analisa que “o evento proporciona ao mundo ver a paixão dos produtores e baristas pelo trabalho. Baristas têm o privilégio e a responsabilidade de promover o valor real do café, com conhecimento para o consumidor final; ao mesmo tempo, o formato mostra o trabalho duro dos agricultores, compromisso e toda a dedicação à produção de café de alta qualidade.”

barista farmer

As fazendas de Honduras onde acontecem as visitas são de Santa Isabel, em Copán e Las Capucas em San Pedro de Copán, no Parque Nacional Celaque, localizado na Cooperativa Cafetalera Capucas. Esta cooperativa social é formada por 835 famílias de produtores de café, um modelo vencedor, onde o café é cultivado e exportado com grande qualidade e projetos sociais desenvolvidos (hospitais, assistência de TI, escolas para crianças).

Outras fazendas visitadas pelos competidores incluem a Finca Tierra de Benedicion, Finca Origenes e Finca La Victoria. O Barista & Farmer encerra com uma grande festa na cidade de Santa Rosa di Copan, com a participação de baristas internacionais, os produtores de café locais e o envolvimento de toda a comunidade de Santa Rosa.

O evento tem o apoio da Rimini Fiera e da SIGEP (Salone Internazionale Gelateria, Pasticceria e Panificazione Artigianali) e o patrocínio da SCAE (Associação de Cafés Especiais da Europa).

Serviço
Acompanhe o evento em: www.baristafarmer.comphoto

TEXTO Mariana Proença • FOTO Divulgação/Barista&Farmer

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Café da Mantiqueira de Minas vence Cup of Excellence Naturals com maior nota da história

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Com 95,18 pontos, o café produzido pelos irmãos Sebastião e Antônio Márcio, em Cristina, na Mantiqueira de Minas, venceu o 4º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil “Cup of Excellence Naturals 2014”, obtendo a maior nota da história do certame.

No total, o concurso teve 23 vencedores – a lista pode ser conferida no site da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), realizadora do evento ao lado da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), da Alliance for Coffee Excellence (ACE) e do Sebrae, clicando aqui – eleitos por um júri internacional. A seleção aconteceu de 19 a 23 de janeiro, no Centro Universitário Uniaraxá, em Araxá (MG), com análise de 44 amostras finalistas.

Além da nota recorde para o campeão, o concurso também registrou a maior pontuação média histórica para os cafés naturais, que foi de 88,24 pontos.

Para o presidente da BSCA, Silvio Leite, “as amostras apresentaram diversidade de sabores e com intensidade. São cafés frutados, que despertaram o aroma de frutas secas, como uvas passas e ameixas, fazendo com que alguns juízes internacionais, em suas análises, os comparassem ao panetone”.

A trader de cafés especiais da Starbucks Coffee Trading Company, Ann Traumann, considerou “incrível” sua primeira experiência no concurso. “O Cup of Excellence é bem mais que apenas uma competição. Todos os dias, aprendi algo novo sobre café. O evento me permitiu melhorar as habilidades de prova para calibrá-las com os juízes internacionais, que são apaixonados pela bebida, para descobrir e compreender a produção no país que acolhe o evento e, ainda, para criar novos relacionamentos”, diz. Ann comenta, ainda, que nunca esquecerá essa semana passada no Brasil, período em que conheceu e reconheceu o trabalho dos cafeicultores nacionais. “Descobri muitos lotes de cafés naturais maravilhosos. Os produtores brasileiros mostraram e me provaram que o Brasil é um país de cafés especiais”, explica a trader.

Segundo Silvio Leite, os jurados internacionais ficaram muito impressionados com os produtos que provaram. “A reação do júri após a degustação confirma a minha convicção de que os cafés especiais naturais brasileiros são o que considero como a grande descoberta de sabores. E, a partir daí, podemos alçar grandes voos no mercado”, afirma.

Os cafés vencedores agora seguem para leilão, que está previsto para acontecer no início de março. O leilão é realizado on-line, no site da Alliance for Coffee Excellence, e é aberto a todos os compradores mundiais desde que se cadastrem com antecedência para compra.

TEXTO Da redação • FOTO Divulgação/BSCA

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Martins Café lança microlotes e propõe novas experiências com os grãos

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Na última quinta-feira (22/1) a Martins Café apresentou novidades de sua safra 2014 de cafés. Como bem disseram Fabíola Filinto e Mariano Martins, sócios da empresa, a produção do ano tinha tudo para dar errado devido à seca, mas para a alegria da dupla, a história foi diferente.

As novidades são três cafés da mesma variedade (bourbon amarelo), que foram colhidos na mesma hora, no mesmo talhão, no mesmo dia e nas mesmas condições, mas que apresentaram notas sensoriais tão distintas ao se variar apenas o método de processamento. Os grãos também trazem perfis bem diferentes, mas uma mesma característica: a torra média/clara.

Os cafés, segundo Fabíola e Mariano, não apresentam nenhum amargor. “Acreditamos que o café não deve ser amargo para que você consiga desfrutá-lo a qualquer temperatura, sem angústia. Afinal, café amargo só dá para tomar pelando de quente”, afirmam.

De acordo com os empresários, essa variação de aromas e sabores do mesmo café só foi possível graças, quem diria, à estiagem do ano passado, que estabilizou variáveis que normalmente não permitem experiências mais agressivas de fermentação do café na fazenda Santa Margarida. “A quantidade de café na fazenda foi menor, mas os grãos que nasceram em 2014 maturaram lentamente e, assim, eles ficaram mais doces”, explica Mariano. Com a ausência da chuva, que impediu a fermentação dos grãos na árvore, houve a liberdade para se fazer experiências mais ousadas de processamento no terreiro.

Conheça os novos cafés da marca:

Guaranóia:
Processamento: cereja descascado com mucilagem aderida (não passou pelo processo para remover a mucilagem, o café secou com ela. Isso foi feito para intensificar ainda mais a fermentação), seco em terreiro suspenso, coberto para fermentação com cepas nativas (leveduras nativas da planta, ou seja, o café foi fermentado com as leveduras que já estão presentes nele, não sendo introduzido nenhuma levedura “externa” para esta fermentação) por 72 horas.
Sensorial: esse lote traz notas secas de guaraná e mel; e úmidas de dama da noite, mel e suco de caju. Corpo e acidez médios, finalização longa, com notas de guaraná.

Encorpator:
Processamento: café natural, de seca rápida em terreiro tradicional (um tipo de asfalto próprio para cafés especiais. Chamado de tradicional porque esse tipo de secagem é o procedimento mais comum no Brasil hoje) com leiras finas, para reduzir a fermentação.
Sensorial: seu ponto mais forte é o corpo. Esse lote tem muita doçura natural que se sobrepõe a sua acidez cítrica. Notas aromáticas de caramelo e mel, com leve toque de morango. Corpo alto, acidez delicada e finalização longa e doce, com notas de amêndoas.

Acid Base:
Processamento: cereja descascado no método colombiano via tanques de fermentação por 24 horas.
Sensorial: mistura o toque macio do ácido láctico com um corpo interessante. Com notas aromáticas florais, frutas secas e caramelo, traz corpo e acidez altos, finalização doce e prolongada com notas de amêndoas.

Novas experiências
A marca sugere brincar com os três cafés, misturando os grãos para fazer um blend próprio. A pessoa pode misturar as quantidades como bem entender e fazer diversas experiências, ressaltando as diferentes características dos cafés e buscando o sabor que mais a agrada. A produção é limitada, com apenas cinco sacas de cada microlote.

Serviço
Onde comprar: www.martinscafe.com.br

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Divulgação/Martins Café

Mercado

Cafeteria adota medidas para combater crise hídrica em SP

sofa_cafe_caneca A crise hídrica e energética que afeta o Estado de São Paulo está fazendo com que diversos estabelecimentos adotem medidas sustentáveis para enfrentar o problema. Preocupada com suas operações e com o atendimento ao público, a cafeteria Sofá Café implantará, a partir do dia 26 de janeiro, novas ações com o objetivo de colaborar com a cidade e população, combatendo o desperdício. A empresa apresentará um plano de ação com mais de 10 iniciativas fundamentais para enfrentar o problema. Algumas das ações planejadas são: alteração no cardápio e forma de preparo dos alimentos para ajudar na redução do consumo de água; descontos para clientes que trouxerem suas próprias canecas; treinamento interno para lidar com a falta de água em um ambiente de cafeteria; utilização de material biodegradável; melhor aproveitamento interno da luz solar no local. Para Diego Gonzales, fundador do Sofá Café, “água e luz são recursos que estão diretamente interligados e fazem parte do processo de atendimento da cafeteria. Combater o desperdício desses recursos deve ser uma das diretrizes de todas as empresas”. A meta do Sofá Café é reduzir 15% do consumo de energia em até 45 dias e manter a redução em 20% permanentemente. Para debater o assunto e criar novas alternativas neste sentido, a cafeteria promove, ainda, uma palestra aberta ao público, direcionada aos proprietários de cafeterias e restaurantes. A palestra acontece no Sofá Café do Centro Brasileiro Britânico, em Pinheiros, e contará com a presença da engenheira ambiental, Taiana Homobono. Serviço Como sobreviver a crise hídrica e de energia em SP? Local: Sofá Café Centro Brasileiro Britânico – Rua Ferreira de Araújo, 741 Pinheiros – São Paulo Dia: 24 de janeiro, sábado Horário: 16h Vagas: 50 pessoas Inscrição: contato@sofacafe.com.br

TEXTO Da redação • FOTO Fernando Sciarra/Café Editora

Mercado

TRES lança novas cápsulas de café e chá

3coracoesamenoatento A TRES, marca do grupo 3Corações, ampliou sua linha de bebidas em cápsulas com dois novos espressos, o Ameno e o Atento, além de um chá de hortelã. As novidades complementam o portfólio da empresa, que agora conta com 16 sabores de monodoses. O lançamento dos cafés espressos busca agradar diferentes paladares. Segundo a TRES, “as bebidas chegam em diferentes níveis de intensidade, para atender a demanda do mercado por bebidas marcantes”. O espresso Atento, blend mais intenso da marca, é ideal para quem prefere sabores fortes. Com notas de caramelo, fruta e acidez média, é um café de corpo elevado, com grãos cultivados no Cerrado Mineiro, no Sul de Minas Gerais e no Espírito Santo. 3coracoesatentoameno Já o espresso Ameno é mais leve e composto por café arábica, da variedade bourbon amarelo, produzido no Sul de Minas Gerais. A torra é média e ressalta certa doçura. Com pouca acidez, a bebida tem notas de cereais e avelã. A equipe da Espresso harmonizou, com exclusividade, os novos cafés com sobremesas preparadas pelo chef Alex Atala. Confira na próxima edição da revista.

TEXTO Da redação • FOTO Roberto Seba/Café Editora

Mercado

Amma lança barra de chocolate com café

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A Amma Chocolate lança neste mês as novas barras da marca. Café, açúcar de coco, nibs de cacau e flor de sal são os ingredientes que compõem os produtos.

Todos os novos chocolates apresentam diferentes porcentagens de cacau orgânico. A barra Qah’wa, que leva café, é 60% cacau; a Gula Merah (açúcar de coco) é 70% cacau; a Nibirus (nibs de cacau) é 75% cacau; a Flor do Mar (flor de sal) é 75% cacau.

Os ingredientes utilizados nas novas barras vêm de diferentes regiões. O açúcar de coco do Gula Merah é importado da Indonésia, a flor de sal do Flor do Mar vem do Ceará, o café do Qah’wa vem da Bahia e o nibs de cacau do Nibirus é de produção própria, das plantações de cacau da Amma. Segundo a marca, “os produtos foram desenvolvidos com diferentes ingredientes para que as pessoas tenham a experiência de provar o chocolate com sabores diferenciados do que estamos acostumados a encontrar no mercado”.

Assim como as outras barras já produzidas pela Amma, as embalagens dos novos produtos também foram desenvolvidas pela artista plástica e fundadora empresa junto com Diego e Frederick Shilling, Luiza Olivetto. Os desenhos de cada uma das embalagens remetem diretamente ao ingrediente utilizado na barra.

TEXTO Da redação • FOTO Tadeu Brunelli/Divulgação Amma Chocolate

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Caffeinated: novo filme sobre a indústria do café especial será lançado ainda este mês

Após o lançamento do documentário “A Film About Coffee” no final do ano passado, mais um filme promete um belo registro sobre a indústria do café especial. Intitulado “Caffeinated”, o vídeo tem previsão de estreia no dia 31 de janeiro, durante o Santa Barbara International Film Festival, na Califórnia, Estados Unidos.

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Dirigido por Hanh Nguyen e Vishal Solanki, há quatro anos trabalhando para produzir a película, o novo documentário explora o universo do café por meio da paixão de pessoas que orientam essa indústria. Caffeinated conta a história da comunidade que evolui ao redor do grão, desde o plantio até o consumo na cafeteria, e traz relatos de importantes profissionais do café.

Para os realizadores, a bebida ressurgiu nos últimos anos. E não só como um combustível para o consumo de massa, mas também como uma experiência culinária, aumentando o desejo das pessoas em saber mais sobre o café consumido, as cafeterias e seus proprietários, e sobre a origem do grão, as fazendas e os produtores.

Confira, abaixo, um teaser do filme.

TEXTO Hanny Guimarães • FOTO Divulgação/Courtesy: Caffeinated - The Coffee Movie

Oi, tudo bem?

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Às vezes eu me vejo como um alienígena dos filmes de ficção científica, daqueles que caem na Terra e vão parar na mão de cientistas, que passam dias e dias examinando-o. No fim, nem os pesquisadores entendem o ET, nem o visitante entende o planeta Terra.

Falo isso de uma maneira geral, mas muito especificamente quando olho essa geração nova, que há quem chame de geração Y ou Z. Para mim, é a Geração @, já que eles estão sempre enviando ou recebendo e-mails, ou tuitando, ou citando alguém no Facebook.

Por outro lado, às vezes eu me vejo como um cientista dos filmes de ficção científica, daqueles que examinam um alienígena de tudo o que é jeito, e nunca entendem nada. Enfim, dia desses resolvi fazer uma experiência “científica”: descobrir quanto tempo demorava para ver o quanto alguém, de fato, se interessava em saber como eu estava.

Convenhamos: nem todo mundo que te encontra pessoalmente e diz “oi, tudo bem?” quer saber a resposta. Da mesma maneira, no WhatsApp, no Facebook, no Google Talk, Skype, ou em qualquer um desses ambientes em que a Geração @ habita. A pergunta, então, era: quanto tempo levaria para alguém ao menos ouvir a resposta ao “oi, tudo bem?” antes de começar a falar de si mesmo? Podia ser on-line ou off-line, tanto fazia.

Eu encontrava as pessoas e perguntava “como você está” e ouvia a resposta. Depois, ninguém me perguntava um mísero “e você?”. Idem nos ambientes da Geração @. Nunca um “e vc?” – acho que eles comem as letras “o” e “ê” da palavra “você” porque não têm tempo a perder, e não por preguiça. Eles são muito ocupados: são centenas de amigos em cada rede social, como acompanhar tudo isso? Temos de compreendê-los.

Como pesquisador, descobri que sou um fracasso. Após uma semana, desisti. Estava ficando triste. Onde estavam aqueles amigos virtuais todos? Não posso julgá-los, é claro. Devem estar ocupados demais dando “likes” em centenas de perfis, não têm tempo para se preocupar com alguém que não conhecem no mundo real.

E as pessoas do mundo real? Não posso julgá-los, é claro. Devem estar ocupados demais com o trabalho, o trânsito, o tempo, o pós-Copa, o pré-Olimpíada. É, a vida está corrida. E encontrar alguém ao vivo dá trabalho: não dá para você dar um like no queixo da pessoa e seguir em frente com a sensação de dever cumprido.

Com tanto noticiário online, jornais, seriados na TV, webseriados, é preciso ter um dia de 36 horas para acompanhar tudo e ter assunto para o caso de encontrar, por acaso, alguém ao vivo. E se, pior, essa pessoa dispor de cinco minutos para conversar contigo, como você vai preencher esse tempo imenso se não estiver por dentro de absolutamente tudo que se passa na internet, na TV, nos seriados?

Deixo a resposta contigo, é claro. Eu, particularmente, prefiro ocupar esses infinitos cinco minutos ouvindo o que a pessoa tem a dizer quando eu pergunto “oi, tudo bem?”. Mas raramente a resposta demora mais que quatro segundos. Deve ser o equivalente da vida off-line para o “like” da Geração @.

*Pedro Cirne é chefe de reportagem do UOL Notícias. Fale com o colunista pelo e-mail aftertaste@revistaespresso.com.br

FOTO Divulgação • ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes
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