Receitas

Pão de café com recheio de chocolate

Ingredientes
Massa
– 3 tabletes de fermento fresco (45g)
– 3 colheres (sopa) de açúcar
– 1½ xícara (chá) rasa de café filtrado
– 100 g de margarina
– 3 ovos
– 1 colher (chá) de sal
– 5½ xícaras (chá) de farinha de trigo
– 200 g de chocolate meio amargo

Cobertura
– 1 xícara (chá) de açúcar de confeiteiro
– 2 colheres (sopa) de leite

Preparo da Massa
Numa vasilha grande, misture o fermento com o açúcar e reserve. Dissolva a margarina no café morno e misture esse líquido ao fermento com açúcar que estava reservado. Acrescente os ovos, o sal e misture a farinha, aos poucos, até obter uma massa homogênea. Faça bolinhas de massa e recheie-as com pedaços de chocolate. Coloque-as em uma assadeira untada e polvilhada com farinha e deixe a massa descansando, assim ela dobrará de volume. Leve-as ao forno preaquecido por 25 a 30 minutos. Para a cobertura, misture bem todos os ingredientes e pincele os pãezinhos.

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz

Receitas

Pão de nozes

Ingredientes
– 400 g de farinha de trigo
– 100 g de farinha de trigo integral
– 330 ml de água
– 150 g do nosso fermento natural (levain) refrescado
– 10 g de sal
– 100 g de nozes

Preparo
Em uma tigela, junte o fermento natural, a água e as farinhas (guarde um pouco da farinha branca, de 50 g a 100 g). Mexa rusticamente, com espátula ou colher. Deixe a mistura descansar, por 20 a 30 minutos, para que ocorra a autólise, ou seja, o início da formação da massa e do glúten. (Se estiver quente, use água gelada).

Misture bem, depois da autólise. Junte o sal gradualmente, em pitadas. Vá adicionando a farinha que restou, aos poucos, e já comece a sovar: aperte, dobre e estique a massa. Essa massa pode ficar um tanto pegajosa, incômoda, mas evite usar farinha extra. Quanto mais hidratado, mais leve ficará o pão. Trabalhe a massa por 10 minutos, pelo menos. Depois de sová-la bem, modele-a em forma de bola. Cubra sua superfície com uma camada de farinha, proteja-a com um pano e deixe-a num local tranquilo, onde ela possa levedar. As nozes ficam para depois, vão entrar no momento da modelagem.

Primeira fermentação
Vamos aguardar de 3 a 4 horas para que a massa cresça (nos dias frios, um pouco mais). Porém, depois da primeira hora de descanso, vamos fazer ‘uma dobra’, na massa, com as mãos ou com a espátula (quatro ‘viradas’ na massa, para reforçar o glúten).

Antes de começar a trabalhar a massa, separe as nozes. Mantenha alguns pedaços mais graúdos, quebre outros em fragmentos menores. Vamos espalhá-las de forma mais ou menos equânime. Você vai trabalhar a massa numa superfície limpa e lisa, apenas polvilhada com farinha para não grudar. Molde apertando e espalhando-a sobre a superfície. Enquanto você abre a massa, vai adicionando as nozes.

Para modelar o pão, depois de abrir um retângulo com as mãos, comece a fazer pequenas dobras em suas laterais, um pouco de cada vez, até que elas se encontrem no centro. Feche bem a emenda e vire o pão para deixar a dobra na parte de baixo. Se achar interessante colocar alguns pedaços de nozes para que fiquem rusticamente encaixados no exterior do pão, espete-os para que não fiquem soltos. Deixe a massa num formato mais próximo do oval, porém mais longo.

Prepare uma assadeira grande, de preferência antiaderente, polvilhando-a com uma boa camada de farinha, para que o pão não grude na hora de assar. Cubra-o com um pano (ou deixe-o descansar num cesto – banneton – ou em outro recipiente improvisado).

Segunda fermentação
Deixe o pão num lugar seguro para que ele cresça entre 1 e 2 horas (se estiver calor demais, deixe-o na geladeira por metade desse tempo). Ligue o forno na temperatura alta, a 220 0C. Preaqueça por meia hora. Com o forno bem quente, é hora de dar o acabamento. Com uma faca afiada ou uma navalha, faça um corte ágil, de ponta a ponta, de mais ou menos 0,5 cm de profundidade, ou um pouco mais. Antes de levá-lo para assar, borrife água, para deixar a casca mais crocante. Leve-o ao forno para assar por 45 minutos, até que ele fique bem dourado — como convém a um bom pão.

É um desperdício, principalmente no caso desta receita, tirá-lo ainda clarinho, sem as notas tostadas, que são tão agradáveis. Retire o pão do forno e deixe-o sobre uma grade (ou grelha) para que esfrie bem. (Outra dica importante: assar numa panela de ferro, preaquecida; metade do tempo com a tampa, metade sem ela).

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz • RECEITA Luiz Américo Camargo

Mercado

3corações faz parceria com restaurante de Erick Jacquin

Ontem (10), a 3corações lançou uma parceria com o restaurante paulistano Le Bife, do chef francês Erick Jacquin. A casa servirá, por tempo limitado, dois drinques que levam café e chá em sua composição: o TRES Amaretto Sour e o Honey Camomila TRES.

As bebidas estarão disponíveis a partir de janeiro e ainda não possuem preços definidos. Mas, para aqueles que querem tentar reproduzi-las em casa, nós trazemos as receitas! Separe os ingredientes!

TRES Amaretto Sour

Ingredientes:
– 50 ml de Espresso Safras Especiais Mogiana Paulista
– 50 ml de licor Amaretto
– 15 ml de suco de limão
– 6 pedras de gelo
– açúcar para a borda da taça

Preparo:
Resfrie uma taça de Martini com duas pedras de gelo. Quando estiver gelada, descarte as pedras. Umedeça levemente a borda da taça e faça uma crosta de açúcar. Em uma coqueteleira, misture todos os ingredientes restantes. Bata vigorosamente e despeje o líquido delicadamente na taça.

Honey Camomila TRES

Ingredientes:
– 100 ml de infusão de camomila TRES
– 20 g de mel
– 50 ml de whiskey
– 1 zest (raspas) de laranja
– 8 pedras de gelo

Preparo:
Em uma coqueteleira, misture a infusão, o mel, o whiskey e quatro pedras de gelo. Bata vigorosamente. Complete um copo Old Fashioned com o restante das pedras de gelo, derrame a bebida e aromatize com a zest de laranja.

Serviço
Le Bife
Onde: Rua Pedroso de Alvarenga, 1088 – Itaim Bibi – São Paulo (SP)
Mais informações: www.lebife.com.br

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Café & Preparos

Espresso Design: Competição que avalia embalagens divulga vencedora

A 2° edição da Espresso Design foi um sucesso! As 23 finalistas ficaram expostas durante os três dias de realização da Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG), onde um grande público teve acesso aos produtos e pôde conhecer as diferentes marcas e trabalhos.

Já para eleger a favorita do ano, a votação aconteceu no nosso Instagram (@revistaespresso). As fotos foram postadas no dia 7 de novembro e ficaram disponíveis até ontem. A mais curtida levava a competição.

Das 23 finalistas, a mais votada neste ano foi a Labbora. Os dois pacotinhos que estavam concorrendo (das fazendas Retiro Santo Antônio e Rio Brilhante) receberam um total de 3.507 votos e mais de 100 comentários!

Confira abaixo as marcas que chegaram à final:

– Guariroba Coffee (@cafeguariroba)
– Labbora (@labboracoffee)
– Coffee and Joy (@coffee_and_joy)
– Utam Uno (@utam_uno)
– Casa Café (@_casacafe_)
– Coopfam (@coopfamcoffee)
– Moka Clube (@mokaclube)
– Café é Uma Doidera, Bicho (@umadoiderabixo)
– Giulietta Cafés (@giuliettacafes)
– Mantissa Café (@mantissacafe)
– Café Abraço (@cafeabraco)
– Orfeu Cafés Especiais (@orfeucafes)
– Cafezal em Flor (@cafezalemflorcafe)
– Café Seis de Janeiro (@cafeseisdejaneiro)
– Vimi Café (@vimicafe)
– Distinto Cafés Especiais (@distintocafesespeciais)
– Villa Café (@villacafebrasil)
– Cófi (@querocofi)
– Feito a Grão (@feitoagrao)
– Coffee Draw Cafés do Brasil (@bebacoffeedraw)
– Tribeca (@cafetribeca_)
– Moema Cafés Especiais (@moemacafes)

TEXTO Redação • FOTO Marcelo Santanna e Giulianna Iannaco

Café & Preparos

Espresso compõe drinque finalista de campeonato

Temos um brasileiro entre os três finalistas da etapa nacional do campeonato de coquetéis, realizado pela marca Bacardí Legacy 2018/2019. O paranaense Ariel Todeschini, da Ponto Gin, garantiu sua vaga utilizando um drinque que leva nossa bebida predileta: o café.

Chamado de “Lazo” (laço, em português), o coquetel é composto por café espresso, suco de toranja, xarope de mel, solução salina e Bacardi B. Segundo o bartender, o conceito surgiu a partir da experiência que a bebida promove e da importância do café, um dos ingredientes mais consumidos no mundo.

“O café cria laços por natureza. As pessoas se reúnem para tomá-lo. Considerando que o Brasil é o maior produtor, o mundo tem um laço com o País por conta da presença desse ingrediente na nossa terra. Foi pensando nisso que o café e outros ingredientes simples e bem característicos, cada um com seu sabor, foram escolhidos para compor o drinque”, comenta.

Atual campeão brasileiro de Coffee in Good Spirits, competição de drinques alcoólicos com café, Ariel participará da final brasileira em fevereiro de 2019, em local a ser divulgado. O campeão irá para a final global, que acontecerá em Amsterdã, em maio de 2019.

TEXTO Redação • FOTO Marcus Desimoni / NITRO

Mercado

Informação do café na palma da mão

A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) possui um aplicativo que ajuda o consumidor a ver as certificações e qualidades de diversos cafés. Com o software, desenvolvido pelo Instituto Totem, o app De Olho no Café conta com informações de várias marcas do mercado cadastradas na ABIC.

O download da ferramenta é gratuito e permite que o usuário saiba a procedência dos grãos de forma instantânea. O uso é muito simples: basta abrir o aplicativo e escanear o código de barras da embalagem ou digitá-lo, o resultado é imediato e traz na tela as características principais do café, como a classificação, corpo, acidez e aroma. O serviço também possibilita que cada usuário avalie os produtos, criando uma interação entre os consumidores.

De acordo com Nathan Herszkowicz, diretor da ABIC, a plataforma, além de auxiliar na hora da compra, pode ajudar na educação do paladar e ainda promover o consumo de café especial no Brasil. A novidade está disponível na Google Play Store e na Apple Store.

TEXTO Redação • FOTO Lucas Albin/Agencia Ophelia

Mercado

3ª edição do Coletivo de Portas Abertas acontece amanhã

Espírito Santo recebe amanhã, 1º de dezembro, a 3ª edição do Coletivo de Portas Abertas. O evento será realizado no Coletivo Café, com uma programação especial voltada para o setor, o evento acontecerá das 8h às 20h.

Vários nomes importantes da cadeia estarão presentes, sendo alguns deles Isabela Raposeiras, barista e proprietária do Coffee Lab; Leo Moço, atual campeão brasileiro de Brewers e Clayton Barrosa, da fazenda Ninho da Águia.

Além destes, estarão também os vencedores do Coffee of the Year 2018, Afonso Lacerda, campeão da categoria arábica, e Luiz Cláudio de Sousa, campeão da categoria canéfora. Eles, juntamente com Deneval Vieira, vice campeão na categoria arábica, falarão sobre a experiência de participar do concurso e do caminho até chegarem aos melhores grãos do Brasil.

Com palestras, oficinas, exposições, agroturismo e varanda coletiva, o Coletivo de Portas Abertas visa promover informações sobre a valorização do café, funcionando como um encontro de todos os pilares do café especial, englobando desde o produtor até o consumidor final.

A entrada é gratuita. Para participar, basta realizar a inscrição clicando aqui. As oficinas possuem um valor de R$ 80 cada. A Revista Espresso estará realizando a cobertura, não perca nas nossas mídias!

Serviço
3ª edição do Coletivo de Portas Abertas
Quando: 1/12
Horário: 8h às 20h
Onde: Coletivo Café – Comunidade de São João do Alto Viçosa, Zona Rural
Mais informações: https://www.facebook.com/events/173748830205457/

TEXTO Redação • FOTO Mariana Proença

Cafezal

Café vencedor do Cup of Excellence é leiloado por US$ 18 mil

Aconteceu ontem (29) o leilão dos cafés campeões do Cup of Excellence – Brazil 2018. O campeão da categoria “Pulped Naturals” (via úmida) é da Fazenda Primavera, em Angelândia, região da Chapada de Minas Gerais e foi leiloado por um valor equivalente a US$ 143,00 por libra peso, o que corresponde a US$ 18.916 por uma saca de 60 kg.

Esse foi o maior valor pago por um café brasileiro, levando em conta a cotação do dólar do dia do evento (R$ 3,8575), o lote campeão receberá aproximadamente R$ 73 mil por saca.

Ao final do leilão da categoria “Pulped Naturals”, todos os cafés produzidos por via úmida (cerejas descascados e/ou despolpados) foram negociados e registraram a movimentação total de R$ 1.046.997,21 (US$ 271.418,59). O lance médio foi de US$ 9,37/lb, o que equivale a R$ 4.781,23 (US$ 1.239,46) por saca. Valores seguiram a cotação do dólar no dia 29/11. O resultado completo está no site da Alliance for Coffee Excellence (ACE).

Os lotes ofertados no leilão foram comprados por empresas de oito países, de mercados tradicionais e emergentes no consumo de café, como Japão, Coreia do Sul, Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Grécia, Taiwan e do próprio Brasil. “Os altos valores movimentados no leilão evidenciam o interesse das principais indústrias mundiais e dão o devido reconhecimento para os cafés especiais brasileiros, que são produzidos respeitando os princípios da sustentabilidade em seu tripé sócio-econômico-ambiental”, explica Vanusia Nogueira, diretora executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Segundo Vanusia, o valor pago pelo café campeão evidencia que o trabalho de educação, aprimoramento e promoção que a Associação realiza em conjunto com parceiros vem gerando resultados. “Somos assíduos incentivadores pelo plantio voltado à qualidade. Nossos produtores têm intensificado seus cuidados com as lavouras e gerado cafés excepcionais, que melhoram a cada ano. Na ponta final, apresentamos esses produtos aos principais compradores do mundo. O desfecho é a satisfação de vermos uma saca de café brasileiro ser comercializada por R$ 73 mil”, comenta.

O Cup of Excellence – Brazil 2018 é realizado no Brasil pela BSCA em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE).

TEXTO Redação • FOTO Alexia Santi

Mercado

Nós, brasileiros, consumimos cada vez mais café!

Pesquisa da Euromonitor International aponta que, mesmo com a instabilidade financeira, o brasileiro aumentou o consumo do café, deixando para trás os Estados Unidos e alcançando o título de maior consumidor da bebida (os dados excluem as bebidas prontas à base de café).

O crescimento deve girar em torno de 3% a 3,5% neste ano, quando comparado a 2017. O número total representa 16% do consumo mundial do grão. Em média, o brasileiro toma 839 xícaras de café de 40 ml por ano, sendo que a grande maioria é da categoria de grão torrado e moído, que ainda dominam o mercado nacional.

Entretanto, a perspectiva apresentada por Angelica Salado, Analista Sênior de Bebidas e Tabaco da Euromonitor, durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG), indicou que os cafés torrados em grãos devem conquistar uma boa parcela do mercado, já que os consumidores estão cada vez mais interessados em como preparar um café de qualidade.

A pesquisa da organização também afirma que cerca de 8% dos lares brasileiros contam com máquinas de cápsulas de café e a perspectiva é que em cinco anos esse valor chegue a 15%. A categoria concorre em ascensão com o café solúvel e o torrado moído.

Independente da crise, uma coisa é certa: nós brasileiros não vivemos sem café. E o mercado vem se inovando cada vez mais para trazer diversidade aos amantes da bebida!

Angelica fez uma análise sobre os cinco países mais promissores para o mercado de café, para acessar a coluna completa clique aqui!

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

Os cinco países mais promissores para o café

Muitas empresas acreditam erroneamente que mercados maduros não oferecem oportunidades para novas marcas. No entanto, o café pode apresentar muitos espaços para inovação em diferentes canais e formatos, mesmo em mercados maduros onde a concorrência é alta. O estudo “Cinco Mercados Mundiais mais Promissores em Café”, apresentado durante a Semana Internacional do Café 2018, analisa os maiores mercados de café do mundo – Brasil, Estados Unidos, Indonésia, Alemanha e Japão – e apresenta tendências de crescimento distintas em cada um deles.

As ondas do café
Ao contrário do que acontece com a maioria das categorias de alimentos e bebidas, o mercado de café, felizmente, tem passado por constantes ciclos de reinvenção. As chamadas “ondas do café” indicam diferentes momentos pelos quais o produto passou em cada mercado, pautadas pelo nível de desenvolvimento, entendimento das especificidades do produto pelos consumidores, profissionalização e inovação da categoria.

A primeira onda do café é marcada pela “descoberta” da bebida e dos seus benefícios funcionais. Já na segunda, as cafeterias ganham relevância e os consumidores passam a experimentar novos formatos, como cápsulas e solúveis. A terceira onda, por sua vez, é marcada pela necessidade de inovar para se manter no mercado, considerando a forte concorrência. A quarta onda, por fim, ainda não tem limites bem definidos: são muitas as possibilidades para o futuro do café, que está presente em quase todos os momentos da vida dos consumidores.

Brasil: Crescimento constante durante a crise econômica
Mesmo em mercados considerados mais maduros como o do Brasil – país que alcançou o primeiro lugar no ranking mundial de café em 2014, ultrapassando os Estados Unidos – as vendas continuam crescendo a uma taxa de 3%, acima da média mundial, apesar do cenário de crise interna. Ainda que o setor seja dominado pelo café torrado e moído, outros formatos passam a ganhar relevância, especialmente conforme o mercado encaminha-se para a terceira onda: marcada pela inovação e diferenciação das marcas como um atributo decisivo no momento da compra.

Estados Unidos: Consumo fora do lar impulsiona as vendas
Já no caso dos EUA, segundo maior mercado de café do mundo, que atualmente encontra-se na quarta onda, o crescimento concentra-se no canal de foodservice, representado principalmente por cafeterias e restaurantes. Apesar de ser um mercado mais maduro em volume de vendas e apresentar desaceleração no varejo, as principais oportunidades se apresentam para produtos com maior valor agregado e que universalizem as ocasiões de consumo de café, como as versões prontas para beber, que trazem atributos como premiunização e conveniência.

Indonésia: Busca por conveniência impulsiona versão solúvel
Para a Indonésia, que ocupa o terceiro lugar no ranking mundial, o produto ganha relevância à medida que os consumidores menos afluentes buscam reproduzir em casa a experiência que teriam na cafeteria, ainda restrita àqueles com renda mais alta. A tendência de urbanização e os novos estilos de vida levam os consumidores a buscar produtos convenientes e isso se traduz em um aumento na demanda pelo café solúvel. O país, que se encontra na primeira onda, ainda possui um caminho muito dinâmico a percorrer conforme os habitantes descobrem não só os benefícios funcionais do produto, mas o quão diferentes podem ser cada marca.

Alemanha: Inovação como fator-chave de sucesso
Um dos mercados mais equilibrados entre as vendas de todos os tipos de café é o da Alemanha, quarto maior país do mundo em vendas do produto. Independentemente do tipo de café, no entanto, sustentabilidade e rastreabilidade são atributos de peso na decisão de compra dos alemães, indicando um interesse crescente dos consumidores em entender os processos por trás de toda a cadeia de produção e distribuição, além de manter um consumo responsável. Como um traço forte da terceira onda do café, o mercado alemão é marcado também pela forte inovação como fator de diferenciação entre as marcas.

Japão: Espaço urbano limita vendas de cápsulas
Com características muito distintas dos mercados anteriormente mencionados, o Japão figura no quinto lugar no ranking mundial de café, cujo consumo deverá ser duas vezes maior que o de chá até 2022. O setor é dominado pelo formato em grãos, que detém mais de 30% do volume de vendas, com forte presença também dos solúveis, evidenciando a busca por conveniência e praticidade. As cápsulas, ao contrário dos demais países, mostram pouca relevância, especialmente devido aos espaços limitados dos lares japoneses em áreas urbanas, o que desestimula a aquisição de mais um eletrodoméstico.

É interessante notar que mesmo os maiores mercados do mundo em volume total de venda de cafés ainda apresentam oportunidades promissoras de crescimento para novos tipos e marcas. Para poder se destacar em novos mercados, no entanto, é imprescindível que se entenda a fundo o cenário interno de cada país e as particularidades de cada “onda”, ou seja, em que estágio de desenvolvimento ele se encontra.

Mais do que isso, com a crescente concorrência entre fabricantes e marcas de café, é preciso lembrar que a diferenciação também é um fator fundamental de sucesso: seja explorando novos canais de consumo, como o foodservice, criando uma experiência de consumo inovadora ou até mesmo usando a tecnologia para gerar mais eficiência e qualidade. Qualquer que seja a estratégia escolhida, o futuro guarda excelentes oportunidades aqueles que ousarem se reinventar assim como o café vem fazendo ao longo dos anos.

Faça o download do estudo “Five Most Promising Markets in Coffee”: http://bit.ly/world_coffee

*Angelica Salado, Analista sênior – Bebidas & Tabaco da Euromonitor

TEXTO Angelica Salado • FOTO Roberto Seba
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