Café & Preparos

Roteiro por cafeterias de Belo Horizonte começa nesta sexta-feira (01/11)

Buscando apresentar aos consumidores as cafeterias de Belo Horizonte que valorizam a produção do café mineiro, a origem dos grãos, história de um produtor, sabor e textura, a Semana Internacional do Café criou o circuito Café da Semana. O roteiro será lançado na próxima sexta-feira (01/11) e segue por todo o mês de novembro.

As cafeterias participantes contam com cafés de diferentes regiões mineiras, como Cerrado Mineiro, Mantiqueira de Minas, Matas de Minas, Sul de Minas e Chapada de Minas, e seguem algumas condições especiais para servir a bebida: ter ao menos um barista na casa; diferentes métodos de extração, além do tradicional espresso; e ter o café como carro-chefe do negócio.

Neste ano, o projeto conta com a participação de 32 casas, entre elas Academia do Café, OOP, Tost, Café Jetiboca, Mona Café, Mierím Empório e Café. “Os apaixonados pelo café terão a oportunidade de desfrutar de experiências sensoriais ricas, experimentando harmonizações exclusivas e especialidades dessas casas”, destaca Mariana Proença, diretora de conteúdo da Café Editora e uma das organizadoras do evento.

Aqui você confere a lista completa de todas as cafeterias participantes!

A Semana Internacional do Café acontece de 20 a 22 de novembro, em Belo Horizonte (MG) e tem como foco o desenvolvimento do mercado brasileiro e a divulgação da qualidade dos cafés nacionais para o consumidor interno e países compradores, além de potencializar o resultado econômico e social do setor.

O evento terá 25 atividades simultâneas, como seminários, cursos, workshops, campeonatos e sessões de cupping (prova de cafés). É voltado para os profissionais do setor cafeeiro e apreciadores da bebida, que podem participar como visitantes. Saiba mais no site!

FOTO Divulgação/ Academia do Café

Mercado

Quer abrir uma cafeteria? Participe de workshop na SIC

Durante a Semana Internacional do Café, de 20 a 22 de novembro, acontecerão diversos cursos, palestras e workshops para que os interessados possam se aperfeiçoar na área.

Tem dúvidas sobre os itens necessários para abrir uma cafeteria? No dia 22/11 Isabela Raposeiras, do Coffee Lab, realizará um workshop com o tema: Gestão de Cafeterias – Como desenvolver o cardápio e atrair o consumidor. Ela apresentará os pontos críticos para o sucesso de uma cafeteria: quem, como, onde, qual, e porquê abrir uma.

Aproveite para esclarecer todas as dúvidas, antes de começar o seu negócio, como: a importância do conceito, o DNA da marca; bons e não tão bons motivos para abrir uma; localização; qualidade; como definir os fornecedores; equipamentos; plano de negócios; dicas de gestão; quanto investir; panorama nacional e mundial do café de qualidade.

Workshop Gestão de Cafeterias com Isabela Raposeiras
Quando: 22/11
Onde: Semana Internacional do Café – Sala Encontros – Expominas – Belo Horizonte (MG)
Horário: 13h às 17h
Valor: R$ 450
Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br

FOTO Lucas Albin/Agência Ophelia

Mercado

Apesar das grandes redes, crescimento de cafeterias nos EUA desacelera

Foto: Julian Lopes

Segundo o Project Café USA 2020, o mercado de cafeterias dos Estados Unidos, que está avaliado em US$ 61,2 bilhões, cresceu mais 3,3%, atingindo 37.274 pontos de venda nos últimos 12 meses. As vendas anuais também permaneceram firmes em 4,3%, mas o crescimento desacelerou pelo terceiro ano consecutivo.

As cadeias focadas no café impulsionam o crescimento das lojas, adicionando 1.070 lojas para alcançar 29.812 pontos de venda, representando 3,9% de crescimento do subsegmento. Enquanto isso, as redes focadas em alimentos adicionaram apenas 54 novas lojas líquidas nos últimos 12 meses, representando um crescimento de 0,8%, atingindo 7.462 pontos de venda.

Os relatórios dizem que a intensa concorrência nas maiores cidades incentivou as principais operadoras a focarem a expansão em locais de segundo nível e áreas urbanas menos densamente povoadas.

A Starbucks é de longe a maior cadeia de café dos EUA, mantendo uma participação de 40% no mercado total de cafeterias, com 14.875 pontos de venda e adicionando 585 novas lojas líquidas nos últimos 12 meses. A Dunkin’ continua leia mais…

Cafeteria & Afins

MY Coffee Shop Project – Tubarão (SC)

Após uma mudança em seu ritmo de trabalho, Ana Carolina Marin viu-se diante do desafio de sair da agitada capital paranaense e ir para a pequena cidade catarinense de Tubarão. Com essa mudança, seria difícil seu marido e barista, Sebastian Yarzabal, conseguir um emprego na área, uma vez que não havia no município nenhuma cafeteria de cafés especiais.

Da dificuldade nasceu a oportunidade. O casal decidiu mergulhar junto na ideia de abrir um negócio próprio para levar essa nova experiência aos moradores da região. Em abril de 2017 nasceu a cafeteria MY Coffee Shop Project, que também disponibiliza workshops sobre o assunto, bate-papo com baristas e consultoria para quem quer embarcar nesse universo do empreendedorismo.

A casa de estilo moderno, com mesas, banquetas, prateleiras com acessórios e paredes decoradas, oferece um ambiente diferenciado e aconchegante à cidade. Segundo Ana, a aceitação foi ótima. “O pessoal gostou tanto da ideia que no ano passado já dobramos o nosso espaço. Os planos de expansão e diversificação não param.”

Experiências sensoriais

A MY Coffee Shop Project trabalha com grãos de diferentes regiões e origens, o que possibilita aos frequentadores descobrir diversas sensações e degustar o seu preferido. Para aprimorar esse momento, é possível escolher entre os métodos aeropress, prensa francesa, chemex, cafeor, pressca, kalitta e hario v60. O espresso é tirado de uma Nuova Simonelli.

Para acompanhar a bebida, a cozinha prepara tortas que variam diariamente. Além delas, o cardápio conta com bolos caseiros, pães de fermentação natural e paninis. Praticamente tudo é de fabricação própria. De acordo com Ana, o queridinho dos clientes e recorde de vendas é o pão na chapa com ovos mexidos, mas a indicação dos proprietários é o Panino Parma!

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Avenida Marcolino Martins Cabral, 1554 sala 3
Bairro Centro
Cidade Tubarão
Estado Santa Catarina
País Brasil
Website http://www.instagram.com/mycoffeeshopproject
Horário de Atendimento De segunda a sexta, das 8h30 às 20h; sábado, das 15h às 20h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Ester Zim

O futuro das cápsulas no Brasil: recuperação econômica e novo modelo de negócios

Entra crise, sai crise e um dos produtos mais resilientes da cesta de compras dos brasileiros continua sendo o café. Mesmo em 2016, no pior ano de consumo durante a recessão, o item continuou registrando aumento de 3% em volume total de vendas, acima do crescimento médio mundial. Engana-se, no entanto, quem acha que só aumentam as vendas dos cafés com baixa penetração: mesmo o tradicional café torrado e moído, comum em quase todos os lares brasileiros, segue em crescimento – foram 2% de aumento em 2018. Mas e as cápsulas?

Se no mercado de café como um todo, o Brasil ocupa posições de liderança, quando o assunto são as cápsulas, o cenário é outro. O país é o nono maior mercado do mundo em volume total de vendas em 2018, mas apenas o 24° em consumo por lares – atrás não apenas de potências como os Estados Unidos, mas também mercados mais tímidos, como a Nova Zelândia.

Que existe interesse pelo produto, isso é inegável. Aspectos como conveniência, praticidade e até a percepção de status são fatores chave para aumentar, cada vez mais, a base de interesse pelas cápsulas nos lares brasileiros. Enquanto as máquinas de café em cápsula devem continuar crescendo a uma taxa média anual de 12% e presentes em até 15% dos domicílios brasileiros até 2023, o grande desafio para a manutenção das vendas na categoria de cafés parece estar justamente no modelo de venda do produto. Muitos fabricantes e varejistas independentes optam por oferecer a máquina a preços muito baixos – especialmente em datas comemorativas como Dia das Mães, Black Friday e Natal – e ainda complementando com um grande volume de cápsulas de brinde na compra, buscando aumentar a experimentação. Sendo as cápsulas um tipo de café complementar ao já tradicional torrado e moído dentro dos lares, os consumidores geralmente levam um longo tempo até acabarem com seus estoques e precisarem fazer a recompra.

Eis o problema: fidelização – não de marcas, mas de produto. Pouco ou nenhum laço de longo prazo é criado com o consumidor, para grande parte dos fabricantes. Não existe relacionamento ativo, é baixo o nível de leia mais…

TEXTO Angelica Salado, Consultora, Euromonitor International • FOTO Beatriz Cardoso

Qual é o segredo?

O café brasileiro está em momento interessante no cenário internacional: depois de muitos anos sendo esnobado por torrefações de cafés especiais graças à fama de ter baixa qualidade, os profissionais gringos agora veem o café brasileiro como uma aventura a ser explorada, e estão em busca de verdadeiros tesouros.

Esse fenômeno tem mais de um motivo: em primeiro lugar, os esforços dos produtores em melhorias genéticas e processos de pós-colheita geraram um grande avanço na qualidade do café. Um segundo motivo – ou seria uma consequência? – é a presença mais frequente de cafés brasileiros nos campeonatos de barista. Nessas competições os melhores profissionais apresentam os melhores cafés do mundo e, por muitos anos, os palcos foram dominados por cafés de Panamá, Colômbia e Etiópia. Nos últimos anos já ficou mais comum encontrar cafés made in Brazil nas competições e, às vezes, até no primeiro lugar do pódio.

Uma das fazendas brasileiras mais procuradas por baristas em busca de cafés para competição é a Daterra, no Cerrado Mineiro. Em 2018 e 2019 dezenas de competidores usaram os cafés da fazenda em regionais, e três deles nos mundiais sediados em Boston, Estados Unidos. Ao longo da história, três competidores foram campeões mundiais com cafés da Daterra.

Em 2005, o dinamarquês Troels Poulsen levou um café da Daterra ao 1º lugar do mundial de Barista. Em 2006, o também dinamarquês Klaus Thomsen tornou-se o barista campeão com um blend que continha cafés do Brasil e leia mais…

TEXTO Juliana Sorati • ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes

Mercado

Coffee Hunters Summit acontece neste sábado, em São Paulo (SP)

No próximo sábado (26), em São Paulo (SP), acontecerá o Coffee Hunters Summit 2019, evento focado em profissionais do mercado, coffee lovers e coffee geeks que gostam de combinar ciência, tecnologia e cafeína.

O tema principal da edição é “Tudo é energia” e leva em consideração que tudo que ocorre no universo, reações e atividades, dependem ou são fruto de energia, juntamente com o uso de Machine Learning, conhecida como Inteligência Artificial (IA).

A grade conta com cinco palestras. Nos intervalos acontecerão oficinas para praticar conceitos apresentados e trocar experiências. Confira a programação completa:

8h Credenciamento de café de boas-vindas
8h45 Abertura
9h Palestra “Robustas e arábicas: o jogo dos erros”, com leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

CafezalMercado

Nos 20 anos do Cup of Excellence, produtor de Ibiraci é o grande campeão

Yuko Itoi, provadora japonesa, completando seu 50° concurso CoE no mundo

Por Mariana Proença, diretamente de Lavras (MG)

André Aguila, da Fazenda Pai e Filho, localizada no município mineiro de Ibiraci venceu, na tarde de sábado – 19 de outubro – o concurso Cup of Excellence 2019, realizado em Lavras (MG). A cidade do produtor – localizada a 40 km de Franca (SP) – está em um braço da Região da Alta Mogiana e em processo de reconhecimento oficial para entrar na Indicação Geográfica.

O feito de André coroou o país do café natural (seco com a casca no terreiro) e deu luz a um novo momento do café brasileiro: produtores que são provadores. Será que podemos afirmar que temos a nova geração de Farmer-Graders? Ele, atual campeão do certame nacional de provadores de café (Cup Tasters 2019) conseguiu o feito de alcançar a primeira posição também no principal e um dos mais antigos concursos do Brasil – o Cup of Excellence.

Com a média de nota de 92,23 pontos entre provadores internacionais, o café de André será leiloado em novembro junto com outros 26 cafés que conseguiram notas acima de 87 pontos no concurso e são considerados “CoE Winners”. Outros seis cafés também foram selecionados para o leilão na categoria “National Winners”, totalizando 33 cafés premiados. leia mais…

TEXTO Mariana Proença, de Lavras (MG) • FOTO Tony Chen e Mariana Proença

Mercado

Starbucks anuncia expansão da Community Store na Coreia do Sul

A Starbucks Korea anunciou a expansão de seu programa Community Store, com um segundo local a ser aberto no primeiro semestre de 2020. Por meio do modelo de participação nos lucros, a Starbucks trabalha com organizações locais sem fins lucrativos e organizações comunitárias na Coreia do Sul para financiar programas que capacitam a comunidade local.

A empresa diz que as próximas Community Stores se concentrarão nos três pilares de suas iniciativas de impacto social: investir em jovens que buscam oportunidades, promover a sustentabilidade ambiental e comemorar a herança cultural coreana.

“Por quase 50 anos, a Starbucks acredita que uma das contribuições mais importantes que podemos fazer é servir como catalisador de impacto positivo nas comunidades onde fazemos negócios”, disse John Culver, presidente de grupo internacional de desenvolvimento de canais e café e chá globais. “Como empresa, todos os anos tentamos cumprir essa responsabilidade leia mais…

Café & Preparos

Vietnã, franceses e sua rica cultura cafeeira

Desde a minha primeira visita ao país, há três anos, fiquei inebriado com a cultura local, seus costumes, tradições, crenças e sua gastronomia. O Vietnã é um país fascinante, com história riquíssima, na qual muito de seu legado vem de invasões de outros povos, como a dos chineses, que durou cerca de mil anos, mongóis, japoneses, russos, franceses, entre outros, que, de alguma maneira, fizeram dessa amálgama um país encantador e único.

Os franceses deixaram três grandes heranças: a escrita, que tem como base o latim, a arquitetura e, principalmente, a gastronomia. E foi na comida e na bebida que tive as melhores surpresas, descobrindo a rica cultura do café no país. Ao longo da última década, o Vietnã se tornou uma potência mundial na produção cafeeira, sendo hoje o segundo maior produtor mundial de grãos, com pouco mais de 14% do total.

Para poder explicar a história do café no Vietnã, é preciso entender a narrativa da colonização francesa no país e na região, que durou cerca de oitenta anos. Além do Vietnã, os franceses ocuparam dois países do Sudeste Asiático: Laos e Camboja. Os três formariam a chamada União Indochinesa, referente não só ao poderio colonial do império francês, mas a essa região que ficava entre a Índia e a China, a Indochina.

Em parte da Europa, incluindo a França, já existia a cultura cafeeira desde o século XVII, e boa parte desse consumo era garantido por suas colônias, principalmente no Caribe, onde eram produzidos dois terços do café mundial. Após revoltas de escravos, essas colônias perderiam sua capacidade de cultivo; iniciava-se então um ciclo de novos produtores, como a Indochina.

A planta de café local

A lavoura de café foi introduzida na região em meados do século XIX, trazida de Bourbon, e, embora o Laos e o Camboja tenham sido os primeiros a produzir café, foi no Vietnã que a produção leia mais…

TEXTO Felipe Lima • FOTO Giancarlo Ceccon
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