Café & Preparos

2ª edição do Festival do Café acontece no Rio de Janeiro

Neste ano, o Festival do Café acontecerá nos dias 23 e 24 de março, no Museu da República, na capital do Rio de Janeiro. O evento, que está em sua 2ª edição, tem como objetivo promover a cultura da bebida e contribuir para que mais pessoas conheçam e apreciem os cafés especiais.

“Nossa primeira edição, realizada no Parque das Ruinas, foi um grande sucesso. Conseguimos oferecer tudo que os apreciadores de café mais gostam em um lugar especial”, relembrou Leonardo Lanzetta, um dos organizadores , que acontece este ano nos jardins do Palácio do Catete. “Essa edição não será diferente. Temos ainda mais participantes e os cafés mais variados”, explicou.

O Festival do Café pretende reunir visitantes, cafeicultores e produtores de iguarias que combinam com a bebida. Para isso, haverá cerca de 30 expositores, palestras com especialistas e muita música. Confira a programação abaixo:

Sábado (23/3)
11h “Benefícios e resultados de uma gestão estratégica em cafeterias” | Bruna Lobianco
14h “A importância do turismo rural para a valorização do café especial” | Vou pra Roça
15h “O novo barista” | Gabriel Guimarães

Domingo (24/3)
11h “Produção de cafés especiais” | Fazenda Paradiso
14h “Cultivo de café arábica ‘do pé à xícara’” | Famiglia Bassoto
15h “Benefícios do café na saúde” | Fernanda Grandra
15h40 “A importância do barista” | Adriana Valinhas

A entrada e as palestras são gratuitas, mas estão sujeitas a lotação.

Serviço
Festival do Café
Quando: 23 e 24 de março
Horário: das 10h às 18h
Onde: Museu da República – Rua do Catete, 153 – Catete – Rio de Janeiro (RJ)
Mais informações e inscrições: www.facebook.com/festivaldocafe.br

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Café & Preparos

Orfeu lança café em homenagem ao pesquisador José Braz Matiello

A marca Orfeu Cafés Especiais lança hoje (19/03) a edição limitada em homenagem ao maior especialista em genética do café do Brasil, José Braz Matiello. O resultado do seu trabalho, que envolve anos de testes e estudos, foi a variedade Acauã, fruto do cruzamento entre duas variedades: Sachimore e Mundo Novo, que teve os testes iniciados em 1982, chegando agora ao mercado.

Acauã é o nome de uma ave comum no sertão nordestino e sua resistência à seca foi a inspiração para o nome da variedade. Segundo a marca, a Edição Limitada Matiello traz um café de maturação tardia, com frutos vermelhos vivos e colhidos no seu ponto de maturação ideal. Com uma torra média, ele apresenta acidez e corpo equilibrados, com notas de cacau e baunilha, e atingiu 87 pontos na avaliação da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

“O Brasil é o berço mundial da inovação e pesquisa de novas variedades de café. Nesta edição limitada, homenageamos Dr. Matiello, um de nossos cientistas responsáveis por levar cafés raros e premiados à xícara dos brasileiros”, explica Amanda Capucho, CEO da Orfeu Cafés Especiais.

José Renato Gonçalves Dias, diretor geral das fazendas da Orfeu e engenheiro agrônomo, demonstra orgulho ao trabalhar ao lado de Matiello. Em busca de grãos de qualidade, os dois caminham pela plantação para avaliar as melhorias. “A ideia é que o café Orfeu seja voltado apenas para o consumo interno, valorizando cada vez mais nossos grãos. A parceria com o Matiello é ótima, ele avalia diretamente nossa plantação e, assim, usamos a genética a favor, ao lado de uma condição climática que facilita a produção”.

Matiello é pai de outras variedades já lançadas pela Orfeu, como o Arara, Japy e Beija-Flor, e acumula livros e três mil artigos científicos publicados, baseados em cruzamentos naturais para se obter híbridos e não são transgênicos.

Engenheiro agrônomo, Matiello vem de uma família de italianos que trabalhavam na lavoura. Criado no Espírito Santo, seguiu a tradição de cuidar do café e há mais de cinquenta anos acompanha a trajetória do grão em busca de melhorias e novas variedades.

“Para o café Orfeu atuo na parte agrícola, com consultoria para a Fazenda Sertãozinho, em relação a variedades, adubação, em busca da melhoria da qualidade e produtividade”, conta Matiello.  Segundo ele, a ideia é seguir desenvolvendo novas pesquisas, variedades, “e que os produtores se livrem da crise dos preços do café e se motivem para seguir trabalhando”, finaliza.

Curiosidades sobre o café
Tipo: Arábica
Variedade: Acauã
Fazenda: Sertãozinho
Região: Sul de Minas
Altitude: 1.100 metros
Plantação: Talhão do Pomar
Solo: Podzólico
Processo: Cereja Descascado

O café Edição Limitada Matiello de Orfeu pode ser encontrado nas versões grãos, torrado e moído e cápsulas biodegradáveis compatíveis com máquinas Nespresso na loja virtual da marca e nos principais supermercados.

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Lucas Albin/Agência Ophelia

Café & Preparos

Campeonato Brasileiro de Cup Tasters será em maio

Durante os dias 2 e 3 de maio, a cidade de Pedregulho, no interior de São Paulo, sediará o Campeonato Brasileiro de Cup Tasters. Realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), o evento acontecerá na O’Coffee.

A abertura das inscrições será dia 26 de março, às 8h, no site da BSCA. O campeão da modalidade representará o Brasil no Campeonato Mundial de Cup Tasters, em Berlim, na Alemanha, entre os dias 6 e 8 de junho.

Para quem não conhece a competição: os degustadores passam por oito testes triangulares, com o objetivo de distinguir entre três xícaras, aquela que tenha um café diferente, no menor tempo possível, até no máximo 8 minutos.

O atual campeão brasileiro de Cup Tasters, Carlos Henrique da Silva, da Mogiana Assessoria, representou o Brasil na etapa Mundial, que aconteceu em novembro, do ano passado, durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG). Carlos chegou a semifinal e ficou em 11° lugar.

Mais informações: www.bsca.com.br

TEXTO Redação • FOTO Gui Gomes

Cafeteria & Afins

Chez Nous Patisserie et Café – Belém (PA)

Ao participar de um curso de pâtisserie e boulangerie em Curitiba, a paraense Jéssica Ferreira teve seu primeiro contato com o universo do café especial, quando, segundo ela, foi amor à primeira vista. Com a novidade na cabeça, juntou a determinação e buscou se aprofundar no assunto com um curso de barista que fez na cafeteria paulista Coffee Lab.

Com a intenção de unir os aprendizados de confeitaria com o novo mundo dos cafés, a jovem decidiu abrir um espaço próprio. Como a capital paranaense já estava fervendo com a 3ª Onda, Jéssica apostou no tímido mercado paraense e abriu, em julho do ano passado, a Chez Nous.

O espaço foi montado com o objetivo de oferecer algo diferenciado à cidade, tanto estrutural quanto conceitualmente. “Queríamos que todos se sentissem parte do lugar. Se sentissem em casa”, conta a proprietária, que escolheu o nome francês Chez Nous por significar “nossa casa” em português. As paredes levemente decoradas e as luzes penduradas ajudam a dar um toque simples e aconchegante ao local.

Para beber e comer

A Chez Nous busca trabalhar de maneira simples com os cafés, para que os clientes sintam o verdadeiro sabor e o aroma da bebida. Disponibiliza sempre quatro opções e os grãos são trocados a cada mês, alternando os produtores e as regiões. A torra fica por conta da cafeteria parceira Amika Coffeehouse, localizada em Fortaleza (CE).

Servidos por uma turma de baristas treinada e capacitada, os frequentadores podem experimentar o carro-chefe nos métodos hario v60, clever, french press e espresso, tirado de uma Sanremo. Também estão disponíveis opções como cold brew e bebidas à base de espresso (cappuccino, moca, mocaramelo, frapê de café e latte caramelo gelado).

A cozinha prepara todos os produtos oferecidos no estabelecimento, até mesmo as caldas que complementam alguns drinques. No cardápio de comidinhas, itens salgados e doces, entre eles tapioca, crepioca, quiches, sanduíches, bolos e tortas.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Cônego Jerônimo Pimentel, 188
Bairro Umarizal
Cidade Belém
Estado Pará
País Brasil
Website http://www.facebook.com.br/cheznous.belem
Telefone (91) 98072-2121
Horário de Atendimento De segunda a sábado, das 15h às 20h30
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação

Mercado

Evento busca conectar mulheres do setor de produção de alimentos

Aproveitando que estamos no mês da mulher, o Food Female – mulheres que se conectam busca engrandecer aquelas que produzem, cozinham, servem, criam e cooperam para alimentar o mundo.

Realizado no dia 19/3, das 10h às 21h30, na cidade de São Paulo (SP), o evento pretende unir diversas frentes da cadeia de produção do alimento para entender as lacunas existentes, falar com a indústria e conectar os participantes.

A programação contará com entrevistas e palestras, com mulheres especialistas; rodadas de negócios, para quem quer ser empreendedor no setor; loja colaborativa, com marcas feitas por mulheres; e um happy hour, momento para trocar cartões e fechar negócios. Confira os horários abaixo:

Palestras e conversas:
10h00 Regerando a terra e o homem | Keila Malvezzi, Comida Da Floresta
Convidadas: Sandra Maria (Pesquisadora) e Valéria Paschoal (Nutricionista)
11h00 Cozinha Social Ambiental | Daniela Leite, Comida Invisível
Convidadas: Lis Cereja (Enoteca San VinSaint) e Cláudia Visoni (Jornalista e ambientalista)
12h00 Precisamos falar sobre nossa relação com a comida | Manoela Figueiredo
Convidadas: Marle Alvarenga (Nutricionista) e Helena Jacob (Jornalista e professora)
13h às 14h30 Almoço
14h35 Educação: Rosa Moraes (Laureate International Universities)
Convidadas: Janaína Rueda (Bar da Dona Onça), Adélia Rodrigues (Gastronomia Periférica) e Aline Cardoso (Secretaria Municipal do Desenvolvimento – SP)
15h35 Indústria | Convidada em confirmação*
16h15 Coffee break
16h30 Novos negócios na era digital – Thaís Azevedo, UBER EATS
17h15 Repense seu formato| Patrícia Abbondanza Food Lab
Convidadas: Helena Mattar (Assessora de comunicação gastronômica) e Camila Dutra (Feito com Amor)
16h30 Do serviço | Gabriela Monteleone (D.O.M)
Convidadas: Patrícia Durães (Clandestino Restaurante) e Valéria Gonçalves (Giulietta)

Rodadas de negócios:
10h às 11h30 Turma I
14h30 às 16h Turma II

Happy hour: 19h às 21h30

Serviço
Food Female – Mulheres que se conectam
Quando: 19/3
Horário: das 10h às 21h30
Onde: Unibes Cultural – Rua Oscar Freire, 2500 – São Paulo (SP)
Mais informações: www.foodpass.com.br/evento/talks-food-famale-2019

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Barista

Agnieszka Rojewska, primeira barista campeã no Mundial

Aga trabalha há mais de dez anos no mundo do café. Engana-se quem pensa que ela parou um dia e pensou: vou trabalhar com isso. “Eu não decidi trabalhar com café, estava apenas procurando uma ocupação de férias no verão em uma lanchonete na estação ferroviária de Poznań, na Polônia. A ideia era que, com o término do verão, eu deixasse aquele trabalho, mas nunca o fiz”, conta.

Tudo na vida de Aga foi por acaso. Sua entrada nos campeonatos foi através de um gerente da cafeteria em que trabalhava. Ele a encorajou, e desde 2011 ela tem participado de diversas competições. “Se não fosse esse incentivo, eu nunca teria começado a disputar. Era muito tímida para estar no palco, isso me tirou da zona de conforto”. O ano de 2018 não foi o primeiro ano que Aga participou de um Campeonato Mundial de Barista. Em 2015, em Seattle, ela ficou em 34º lugar, e, no ano seguinte, em Dublin, ficou na mesma posição. Deu uma pausa em 2017, para voltar em 2018 como campeã.

Foram dois meses de preparação para o Nacional e o Mundial. “Contei com a ajuda das minhas colegas de equipe, Paula e Kamila, e dos meninos do Project Origin e ONA Coffee, Yanina, Sasa, Sam, Hugh, Matthew, Gus”. Sam Corra, que faz parte da equipe de treinamento de Aga e da empresa ONA Coffee, conta que foi um prazer trabalhar com ela.

“Agnieszka foi quem transformou sua performance vencedora. Nós éramos apenas um meio para ela ter sucesso e mostrar seu talento”. Na competição, Aga optou por um café da Etiópia, que, segundo ela, foi o melhor que pôde escolher, com característica intensa de frutas amarelas e doçura. O café foi torrado pela ONA Coffee.

Aga, ao receber o troféu de Campeã Mundial de Barista: “Eu não tenho uma memória muito clara daquela hora, só lembro que olhei para o meu time nos bastidores e eles estavam pulando de alegria. Na minha cabeça havia apenas: o quê? Eu ganhei?”

Em sua apresentação, Aga foi minimalista, com poucos objetos, e mostrou aos jurados como ajustar o estilo de serviço ao nível de experiência que o cliente tem com cafés especiais, compartilhando apenas as informações certas sobre a bebida. “Eu queria oferecer um bom atendimento e, para isso, precisava de uma excelente conexão com meus clientes – também conhecidos como juízes. Para fazer isso, optei por estar na frente deles a maior parte do tempo, não lhes virar as costas e não correr para outras mesas. Acho que é bom durante a apresentação incorporar elementos criativos, desde que se tenha um motivo”.

Aga afirma que não tem como controlar o nervosismo durante uma competição. “Você só precisa saber como seu corpo se comporta sob o estresse. O jeito é repetir o treino, repetir e repetir”. Já no quesito bom profissional, Aga acredita que manter a hospitalidade e as habilidades no atendimento ao cliente, além de sempre aprender coisas novas, é fundamental. “Nós, como baristas, precisamos do mais importante: educação com nossos clientes e um serviço extraordinário, que proporcionará conhecimento e uma grande experiência no momento da degustação do café”.

Sobre o Brasil

Aga participou do Barista Farmer de 2016, que aconteceu na Fazenda do grupo O’Coffee, em Pedregulho, na Alta Mogiana (SP), e confirma a qualidade altíssima dos cafés brasileiros. “Acredito que algumas pessoas subestimam o café brasileiro. Para mim são cafés que trazem uma tendência de sabores em uma direção diferente. No Barista Farmer fiz ótimas amizades”.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso referente aos meses setembro, outubro e novembro de 2018 – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Jeff Hann para a WCE

Mercado

Dia Internacional da Mulher: 6 ações para comemorar

Hoje, 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher. Essa data especial, comemorada em muitas partes do mundo, serve para marcar e relembrar as lutas e conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, que buscam espaço e reconhecimento até os dias atuais.

Para promover e celebrar todos os avanços conquistados até hoje, muitas ações estão sendo realizadas pelo Brasil. Separamos seis programações para você aproveitar o dia e dar muito valor às mulheres que fazem deste mundo um lugar melhor e mais justo. Girl power!

1- Octavio Café

Foto: Daniel Ozana/Studio Oz

Chamada de “Presenteie uma mulher com um café especial”, a ação tem como objetivo estimular a troca de gentilezas e fortalecer o sentimento de conexão.  A ideia é que os clientes que estiverem em qualquer unidade da rede no dia 8/3 tenham a opção de pagar R$ 10 e escrever um bilhete para presentear qualquer mulher que for à loja no dia.

As mulheres que entrarem na loja serão abordadas pelo barista, que explicará que há um café pago esperando por elas. Recebendo o bilhete, as presenteadas podem escolher qual método deseja tomar.

Serviço
Presenteie uma mulher com um café especial
Quando: 8/3
Onde: – Avenida Brg. Faria Lima, 2996 – Jardim Paulistano – São Paulo (SP)
– Avenida Magalhães de Castro, 1200 – Morumbi – São Paulo (SP)
– Avenida Rebouças, 3970 – Pinheiros – São Paulo (SP)
– Rodovia Santos Dumont, km 66 – Parque Viracopos – Campinas (SP)
Mais informações: www.octaviocafe.com.br

2- Museu do Café

Foto: Ian Lopes

Buscando difundir a história das catadeiras, mulheres que desempenharam um papel essencial na cadeia produtiva do café, a curadoria do Museu do Café apresenta a exposição temporária “Pianistas de armazém: trabalho feminino na catação de café”.

Inaugurada em 2018, a mostra ficará disponível até o mês de abril. Os visitantes podem conhecer as memórias do ofício e das personagens através de recursos audiovisuais que incluem imagens, depoimentos, trechos de notícias e vídeos, tudo isso em um ambiente temático. Gratuita aos sábados, o ingresso custa R$ 10.

Serviço
Pianistas de armazém: trabalho feminino na catação de café
Quando: até o mês de abril
Onde: Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos (SP)
Mais informações: www.museudocafe.org.br

3- Sterna Café

Foto: Daniel Ozana/Studio Oz

Para homenagear o Dia Internacional do Café, a rede de cafeterias Sterna Café organizou um café da manhã especial que acontece amanhã, dia 9 de março, na unidade Sumaré. Na ocasião também serão realizados uma degustação dos métodos de extração da casa e um bate-papo com Cristiane Zancanaro, empreendedora do ramo de cafés especiais. Não é necessário fazer reservas.

Serviço
Café da manhã e bate-papo
Quando: 9/3, às 10h
Onde: Rua Dr. Cândido Espinheira, 338 – loja 3 – Sumaré/Perdizes – São Paulo (SP)
Mais informações: www.sternacafe.com.br

4- Futuro Refeitório

Foto: Lucas Albin/Agência Ophelia

Quer aprender ou aperfeiçoar seu café feito em casa? Conduzido pela barista e torradora Natália Braga, o curso “Coando café em casa”, realizado pela cafeteria Futuro Refeitório, apresenta os grãos da casa e dois métodos coados: Melitta e Hario v60.

A oficina abordará assuntos como diferenças técnicas entre os filtros, importância dos tipos de moagem e processo de extração. Também será realizado um cupping às cegas com quatro lotes da safra 2018/2019.

Serviço
Coando café em casa
Quando: 16/3, às 10h
Onde: Rua Cônego Eugenio Leite, 808 – Pinheiros – São Paulo (SP)
Mais informações: www.futurorefeitorio.com.br

5- Zel Café

Foto: Divulgação

Em parceria com a Livraria do Comendador, a cafeteria paulistana Zel Café está com uma exposição composta por obras do arquiteto, ilustrador, gravurista e fotógrafo Rogerio Bessa Gonçalves. Com o foco da produção sendo a figura feminina, uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher, os desenhos são feitos com aquarela, carvão e café. Todas as artes estarão à venda.

Serviço
Arte com café
Quando: de 8 de março a 8 de abril
Onde: Rua Pamplona, 145 – Jardim Paulista – São Paulo (SP)
Mais informações: www.zelcafe.com.br

6- 3corações

Foto: Vitor Barão

Fruto do Projeto Florada, que engaja toda a cadeia produtiva do café em prol da valorização do trabalho de mulheres cafeicultoras do Brasil, a campanha “Junte-se a elas” oferece a oportunidade de ter uma experiência diferenciada com cafés especiais produzidos por elas, além de conhecer histórias reais de mulheres do setor. Os cafés estão à venda por meio da loja Online Florada. O lucro será revertido igualmente para as 50 produtoras mais bem colocadas na 2ª edição do Concurso Florada Premiada.

Serviço
Junte-se a elas
Onde comprar: www.loja.projetoflorada.com.br

TEXTO Redação

Cafezal

II Fórum Mundial de Produtores de Café já tem data marcada

Durante os dias 10 e 11 de julho, a cidade de Campinas, no interior de São Paulo, será palco do II Fórum Mundial de Produtores de Café. O evento reunirá produtores, exportadores, importadores, compradores, torradores, distribuidores e amantes do café.

Com objetivo de buscar caminhos mais sustentáveis para a atividade cafeeira global, serão debatidos temas como a renda dos cafeicultores, questões socioambientais, clima e sustentabilidade.

Palestras e painéis serão dirigidos por grandes nomes do setor, como Jeffrey D. Sachs, diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável de la Tierra da Universidade de Columbia; Silas Brasileiro, presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC); e Vanusia Nogueira, diretora executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Além disso, o encontro contará com workshops e sessões de design thinking com temáticas voltadas para assuntos do setor: mercado, preços e promoção e aumento de consumo.

O II Fórum Mundial de Produtores de Café é uma realização entre BSCA, Minasul e Conselho Nacional do Café (CNC). Com valor de R$ 850 (incluindo almoço e coffee break), o ingresso pode ser adquirido no site do evento. A Revista Espresso e o portal de notícias do setor CaféPoint são as mídias oficiais do evento.

Serviço
II Fórum Mundial de Produtores de Café
Quando: 10 e 11 de julho
Horário: 6h30 às 19h (dia 10), 8h às 17h (dia 11)
Onde: Royal Palm Hall – Campinas (SP)
Mais informações: www.worldcoffeeproducersforum.com.br

TEXTO Redação • FOTO Vitor Barão

Barista

1ª edição da Copa Koar acontece no final do mês

Pela primeira vez, a rede de cafeterias IL Barista Cafés Especiais organiza uma competição em que o personagem principal é a criação pernambucana Koar. Chamado de Copa Koar, o evento será realizado no dia 28 de março, às 19h, no IL Barista Escola do Café.

A disputa contará com 30 participantes, quem fizer o melhor preparo no coador de cerâmica vitrificada ganha. Os participantes terão livre escolha para fazer sua própria receita, decidindo sobre a moagem; quantidade de pó e água; temperatura da água; e filtro de papel. Não será necessário explicar durante a apresentação.

Os três primeiros colocados ganharão:

1° lugar
– Viagem para Recife (4 dias de hotel e aéreo)
– 1 kit Koar
– 250 gramas do café usado

2° e 3° lugares
– 1 kit Koar
– 250 gramas do café usado

A IL Barista fornecerá o café torrado, a torre de água Bunn, a chaleira, o filtro de papel, as canecas e o método Koar. O café oficial será o Rio Brilhante, do produtor Inácio Carlos Urban, cultivado no Cerrado Mineiro. Para treinar, os competidores terão 150 gramas do café.

Aos interessados, é necessário realizar a inscrição através do e-mail eventos@ilbarista.com.br, no valor de R$ 60. O evento conta com apoio do Kaffe Torrefação e Treinamento, Atilla, Bunn e Koar. A Revista Espresso é mídia oficial.

Serviço
Copa Koar
Quando: 28/3, às 19h
Onde: Rua do Consórcio, 191 – Vila Nova Conceição – São Paulo (SP)
Mais informações: www.ilbarista.com.br

TEXTO Redação • FOTO Eudes Santana

Mercado

Morre empresário do café Américo Sato

Américo Sato, fundador do Café do Ponto e ex-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), faleceu na manhã do último domingo (03), aos 88 anos, após um infarto. O empresário, que lutou pela qualidade e aumento do consumo de café no Brasil, era uma das lideranças mais importantes do setor. Confira abaixo uma entrevista exclusiva dada por Américo à equipe da Revista Espresso, em março de 2007.

Quando Américo Sato assumiu a diretoria comercial da pequena torrefadora Café do Ponto, em 1957, o café vivia uma época de supersafras, armazéns lotados e concorrência baseada apenas nos preços, sem diferenciação. Apesar do cenário pouco favorável e da falta de experiência como industrial, Américo conhecia os mecanismos da lavoura e soube apostar na qualidade para construir um negócio de sucesso. Ao lado do irmão mais velho, deu início a uma das primeiras redes de cafeterias do Brasil, que chegou a ter 200 lojas licenciadas e a vender, na loja paulistana do Shopping Ibirapuera, quase 2 mil xícaras de café em um dia.

Mas o empresário foi além do sucesso pessoal. Ajudou a divulgar pelo País a importância da qualidade, transformando a visão de toda a cadeia cafeeira, de produtores a consumidores. “Existe um desafio muito grande para todos aqueles que trabalham com café. É uma bebida que exige atenção constante”. Nos anos 90, assumiu a presidência da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e foi um dos idealizadores do Selo de Pureza Abic, criado em 1989 para auto regulamentar o setor. A partir do programa, foi possível identificar marcas fraudadoras – que adicionavam ao café produtos como milho, palha e cevada –, na época, um total de 30%.

A ligação com o café começou cedo na vida de Américo – nome que adotou para facilitar os negócios, já que a pronúncia de Takamitsu, como foi registrado, dificultava o entendimento dos clientes. Vinda do Japão, a família Sato desembarcou no Brasil em 1926, em busca de “terras dadivosas, que dariam muito dinheiro”. Ao contrário disso, encontrou trabalho demais e salário de menos, em fazendas na cidade de Cafelândia, interior de São Paulo. De lá, seguiu para o norte do Paraná, que despontava no cultivo de café, mas acabou se fixando em Suzano, município paulista onde se dedicou ao plantio de hortaliças.

O ouro verde, porém, despertou o verdadeiro interesse de Américo. Durante os 41 anos em que esteve à frente do Café do Ponto, inovou com produtos diversos, como a embalagem tipo almofada e os cafés descafeinado e aromático. Em 1998, vendeu a empresa para a norte-americana Sara Lee e, depois de seis anos fora do mercado, voltou como sócio do Café Floresta. A marca santista lançou há pouco o Café Gourmet de Origem Controlada (das regiões de Mogiana, Sul de Minas e Cerrado Mineiro), inaugurando nova fase no ciclo da qualidade. Américo Sato recebeu a Espresso no seu escritório, em São Paulo, onde contou sobre sua trajetória pessoal e traçou um panorama do mercado nacional de café.

Como surgiu a ideia de montar uma rede de cafeterias com a marca Café do Ponto?
Meu irmão mais velho, Kiyoshi Sato, deu início a uma indústria de torrefação na cidade de Cafelândia, e quando decidiu transferi-la para São Paulo, me chamou para ajudar. Nós desenvolvemos a marca e vimos que era necessário fazer um café de melhor qualidade e vendê-lo em um lugar exclusivo. Na época [década de 70], os cafés eram consumidos basicamente em restaurantes e lanchonetes como um produto secundário, que perdia para os sanduíches e refrigerantes. Decidimos então montar uma cafeteria, um lugar especial para se beber café. No começo, as lojas serviam o espresso e também o tradicional, de coador. Mas o espresso pegou mais.

A primeira loja foi inaugurada dentro de um shopping center?
Nós implantamos a primeira cafeteria no Shopping Ibirapuera, em 1976, época em que estava começando a surgir shopping centers em São Paulo. Todos me chamaram de louco. Perguntavam como eu ia vender café dentro de um shopping, lugar onde só se vendia coisa cara, com valor agregado alto. Mas eu estava decidido a apostar nesse novo empreendimento e, no final, foi um sucesso. Essa loja do Shopping Ibirapuera chegou a vender quase 2 mil xícaras num único dia, enquanto uma boa cafeteria vende, em média, 500 xícaras. Hoje, os pontos de café são os mais disputados nos shoppings e nós ajudamos a criar esse conceito.

E a partir daí a rede se expandiu rapidamente…
O Café do Ponto teve tanto sucesso que chegou a ter cerca de 200 lojas licenciadas. Decidimos pelo licenciamento em vez do sistema de franquias, já que a empresa não teria condições de fornecer a infraestrutura necessária ao franqueado. Nós dávamos o layout da loja e deixávamos a pessoa fazer por conta própria. Passamos a ter procura até de outros estados, principalmente para lojas dentro de shoppings, pois as regiões seguiam o modelo dos empreendimentos de São Paulo.

Você também foi um dos primeiros a apostar na venda de cafés em supermercados.
No início, ninguém queria vender para o autosserviço, com medo de fazer negócio a prazo. O comércio só funcionava à vista, inclusive o de café. Mas eu sentia que os supermercados tinham futuro. Mesmo que fosse a prazo e no começo acontecessem alguns desfalques, eu sabia que precisava entrar nesse ramo para crescer. Comecei a vender para o Pão de Açúcar e para o Peg&Pag, duas das primeiras redes inauguradas na cidade de São Paulo.

Como funcionou o programa Selo de Pureza Abic?
Em 1988, a Abic [Associação Brasileira da Indústria de Café] realizou uma pesquisa sobre o consumo no Brasil, para descobrir por que estava caindo. O estudo revelou que 67% dos brasileiros acreditavam que o café puro era exportado e que o consumido internamente era sempre fraudado. Decidiu-se, então, criar o Selo de Pureza Abic, um programa de autofiscalização das indústrias, que controlasse a pureza dos grãos. A indústria que escolhesse participar era monitorada. Os cafés eram recolhidos nos pontos-de-venda e enviados para análise – aqueles que tinham o café puro recebiam o selo. No começo, houve certa resistência, a maioria dos associados achava que não ia funcionar e que teria que gastar muito dinheiro para o consumidor brasileiro saber da existência do selo. Mas um dos segredos do bom marketing é comunicar uma verdade que favoreça o próprio usuário, e foi isso que fizemos. Produzimos alguns comerciais com o Tarcísio Meira, astro da época, em que ele aconselhava o consumidor a exigir o selo da Abic. Foi uma das campanhas com maior índice de aprovação e contribuiu bastante para o sucesso do programa.

Que outros aspectos foram trabalhados para resgatar a confiança do consumidor?
Decidimos acabar com o mito de que café faz mal à saúde. Primeiro, investimos em pesquisas e divulgação no Brasil, depois levamos a ideia à OIC [Organização Internacional do Café] e passamos a fazer estudos em universidades de diversos países. Hoje, muitos médicos e consumidores em geral reconhecem os efeitos benéficos do café. Tivemos ainda dois outros aspectos. O primeiro foi lembrar que o café traz prazer, isto é, cria um ambiente favorável à união das pessoas e melhora a qualidade de vida. O outro consistiu em reaproximar o café do jovem, que se identificava mais com o achocolatado e o refrigerante, enquanto o café era tido como coisa de velho. Em países como Japão e Inglaterra, onde o chá é bebida tradicional, acontece o contrário: o café é a bebida dos jovens, enquanto o chá é relacionado aos mais velhos. Quando eu estava no Café do Ponto, lançamos os aromatizados exatamente para sair da mesmice e atrair o público jovem.

Em relação ao café gourmet, pode-se dizer que a pureza e a qualidade já foram alcançadas. Qual seria o próximo passo?
Eu acho que ainda há espaço para os cafés finos. Apesar do surgimento de muitas cafeterias e do “oba-oba” em cima dos gourmets, o consumo ainda é pequeno. É preciso estimular o consumidor a apreciar o sabor do café, caso contrário, parece tudo igual. E não basta os grãos serem de qualidade. Tem que saber preparar a bebida e ter o equipamento adequado.

O papel da indústria é ajudar na elucidação e educação do consumidor, oferecendo produtos adequados e informações fidedignas. Não se pode dizer que é gourmet quando não é. Deve-se informar sobre as diferenças de paladar, que variam de acordo com a região produtora, da forma como foi cultivado, da variedade, da terra etc. – comunicação que pode ser melhorada pela embalagem. Por último, e não menos importante, tornar o preço mais acessível.

Como foi retornar ao mercado e assumir o Café Floresta?
Depois da venda do Café do Ponto, fiquei parado durante seis anos por causa do contrato de não-concorrência. Nesse tempo, recebi vários convites para ser produtor de café em fazendas do Cerrado e Sul de Minas Gerais. Mas busquei uma empresa onde pudesse realizar as coisas que deixei de fazer no Café do Ponto e acabei acertando com o Café Floresta. Agora, estamos lançando cafés de três regiões: Mogiana, Sul de Minas e Cerrado Mineiro. Colocamos no rótulo informações sobre o lugar onde é produzido e as suas características. Isto é, estamos tentando levar o máximo de informação ao consumidor.

Como a chegada da Starbucks irá afetar o mercado brasileiro?
Eu acho que será muito positivo, pois as cafeterias serão obrigadas a se mexer. Foi o que aconteceu nos anos 80 com a entrada do McDonald’s. O nível de algumas lanchonetes subiu, o de outras caiu, mas graças a isso hoje temos sanduicherias de primeira linha. A Starbucks vai mudar o mercado de cafés, não tenho dúvida. A empresa tem um marketing muito apurado. Daqui a pouco, vocês verão na novela jovens tomando café em uma Starbucks, e todos vão querer experimentar. Mas acho que o sucesso não será tão grande como nos Estados Unidos, onde tem uma loja em cada esquina. O preço vai elitizar o consumo e limitar as vendas.

Cada vez mais produtores têm lançado sua marca própria de café. No seu ponto de vista, essa verticalização é benéfica?
A minha filosofia é “cada macaco no seu galho”. Eu acho que essa questão de produtor montar indústria de café só serve para pequenos nichos. Tem que pensar na bianualidade e em todos os fatores climáticos a que a lavoura está sujeita. A falta de constância é o grande problema. No meu caso, como industrial, posso comprar de várias regiões, não fico preso a uma única propriedade. Verifico se a qualidade está adequada ao nosso padrão e se não estiver compro do vizinho. Não sou contra a verticalização, mas acho que dá mais resultado especializando e investindo em qualidade e produtividade na fazenda.

Fazendo uma projeção, como estará o mercado de café no Brasil daqui a dez anos?
Acho que o consumo de café gourmet vai crescer e espero que o nível de qualidade continue melhorando. Mas o poder aquisitivo da população brasileira é um atravancador para esse crescimento e irá limitá-lo futuramente. Por essa razão, não vejo o consumo de cafés finos atingindo 20% dentro de dez anos. Sem dúvida que o Brasil está caminhando, mas é preciso diminuir essa diferença social. Afinal de contas, o café gourmet é um luxo barato, que faz as pessoas se sentirem bem e cria um momento especial – todos deveriam ter acesso a ele.

TEXTO Bianca Pinto Lima e Mariana Proença • FOTO Carol Fontes
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