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Casa Hario – São Paulo (SP)

A primeira cafeteria da famosa marca japonesa de utensílios de café fica em uma movimentada esquina do Itaim Bibi, em São Paulo. O ambiente amplo e moderno destaca detalhes em madeira, que lembram estabelecimentos tradicionais japoneses. Além de um espaço externo, ideal para os dias quentes, o interior da cafeteria combina mesas com um grande balcão para quem busca um ar mais aconchegante. 

Nossa equipe escolheu visitar a casa em uma manhã de sexta-feira. A hospitalidade do estabelecimento ficou clara logo na entrada, quando um atendente, atencioso, nos encaminhou até uma mesa e nos mostrou o cardápio. 

Para beber, o menu tem opções de cafés filtrados em métodos hario (v60 e suas variações – como a permanente e a switch, além da mugen –, french press e globinho), bebidas com leite, bebidas geladas e chás. Não há espresso. Para comer, pães, salgados e sanduíches dividem espaço com waffles, panquecas, ovos e sobremesas. Como imaginado, a culinária asiática está presente em alguns itens, como no karepan assado, nos shokupans e na coalhada seca com pó de matcha, disponível na seção de pães.

A seleção de cafés filtrados é distribuída em três categorias de grãos: clássicos, complexos e sofisticados. No dia da visita, a casa tinha seis deles – cinco nacionais e um de fora. Escolhemos provar os cafés complexos, como o etíope cultivado na região de Yirgacheffe Banko Gotiti, feito na v60, e um gesha produzido em Campo das Vertentes (MG), extraído na v60 switch. Para acompanhar, fomos de shokupan de sunomono com coalhada e shokupan misto, que levava jamon serrano e gruyère.

Servidos em xícaras transparentes, os cafés surpreenderam sensorialmente. O etíope apresentou notas de frutas amarelas e mel, corpo leve e acidez equilibrada. Conforme a temperatura caiu, o frutado sobressaiu e o corpo tornou-se mais presente. Já o café mineiro era complexo mas leve, ótimo para começar o dia, com aroma que lembrava chá e sabores cítricos e levemente doces, puxados para laranja-bahia. 

Os shokupans foram servidos em quatro pedaços. O de sunomono com coalhada era crocante, agridoce na medida certa e refrescante, ótima opção de lanche para um dia quente. O misto estava gostoso mas, mesmo com o toque salgado do jamón, não surpreendeu. O queijo poderia estar mais derretido, e um molho de acompanhamento iria torná-lo mais atrativo. De sobremesa, o choux cream de baunilha foi uma boa escolha: estava crocante, com massa leve e creme agradavelmente doce.

Choux cream

A Casa Hario é uma opção interessante para os entusiastas do café. Além do menu e do atendimento, oferece também uma área de produtos expostos para venda, com canecas, métodos de preparo, moedores, balanças e chaleiras da marca.

Nossa conta: R$ 181,90 (com serviço)
Shokupan de sunomono – R$ 38
Shokupan misto – R$ 45
Choux cream – R$ 18
Filtrado Etiópia – R$ 30
Filtrado Campo das Vertentes – R$ 30

A equipe da Espresso visitou a casa anonimamente e pagou a conta.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Manuel Guedes, 426
Bairro Itaim Bibi
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
Website http://https://www.instagram.com/casahario/
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

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Café Cultura – São Paulo (SP)

A rede catarinense de cafeterias Café Cultura chegou à capital paulista no segundo semestre de 2024 e já conta com duas unidades – mas os planos de expansão para os próximos meses não param por aí. A loja mais recente, aberta no bairro Vila Nova Conceição em fevereiro, tem espaço aconchegante e traz a tradicional decoração acolhedora do Café Cultura, com detalhes em tons alaranjados e os lustres feitos com as sacas de café.

A Espresso visitou a casa em uma manhã de sexta-feira. Para aproveitar o dia ensolarado, nossa equipe escolheu sentar-se nas mesas externas. O atendente nos entregou os cardápios e indicou que os pedidos eram feitos no balcão. O menu é extenso e contempla refeições para todos os momentos, de croissants e omeletes a sanduíches, sopas e pratos para almoço.

As escolhas foram misto quente e ovos mexidos com bacon, acompanhados do café coado, que chega em uma térmica e serve duas pessoas. O misto quente é generoso, com duas camadas de recheio, na temperatura adequada. O prato estava bem executado, com os ovos no ponto certo, bacon crocante, salada fresca e queijo derretido. A manteiga President de acompanhamento é um cuidado a mais na entrega do prato. As duas escolhas harmonizaram bem com o café coado, de perfil básico e doce, feito com um blend da casa (bourbon amarelo, catuaí vermelho e icatú amarelo, todos com processamento cereja descascado).

Outra pedida foi uma torta de biscoito belga, feita com café solúvel e coberta com chocolate meio amargo. A sobremesa estava doce na medida certa, com sabor presente de canela, mas sem traços do café.

Para finalizar a refeição, um matcha iced latte, uma bebida agradável e equilibradamente gelada, e duas opções de café: o blend da casa extraído no espresso – de corpo médio, notas doces de caramelo, chocolate e castanha e toque de frutas amarelas –, e o peaberry (mokinha, de processamento cereja descascado) feito na v60, com leves notas de frutas vermelhas, que poderiam aparecer mais se a bebida fosse mais concentrada.

Quem quiser pode levar para casa os cafés servidos, bem como métodos de preparo e acessórios, expostos em prateleiras no salão. Mais um serviço que torna o Café Cultura uma opção agradável para o dia a dia.

Nossa conta: R$ 144
Café coado – R$ 24
Misto quente – R$ 20
Ovos mexidos com bacon – R$ 28
Torta de biscoito belga- R$ 26
Matcha iced latte – R$ 16
Coado na v60 – R$ 18 (+R$ 2 do grão peaberry)
Espresso – R$ 10

A equipe da Espresso visitou anonimamente a casa e pagou a conta.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Diogo Jácome, 352
Bairro Vila Nova Conceição
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
Website http://https://www.instagram.com/cafecultura/
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

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Takkø Café – São Paulo (SP)

Era uma sexta-feira, fim de tarde. Para fechar a semana de trabalhos, nossa equipe resolveu revisitar uma cafeteria conhecida na região central de São Paulo, o Takkø Café, instalado desde 2014 na Vila Buarque. A porta de vidro da cafeteria revela um espaço comprido e de decoração minimalista. O Takkø é dividido em dois ambientes, ambos com mesas. No primeiro deles está o balcão de onde saem os cafés, e no segundo, mais próximo da cozinha, foi possível acompanhar a dança dos funcionários na montagem dos pratos.

O volume da música de fundo, um estilo rock indie alternativo, era agradável e não atrapalhava o bate-papo dos clientes. Embora a cafeteria não estivesse cheia, como já havíamos conferido em outras ocasiões, grande parte das mesas estava ocupada. O atendente, solícito, nos explicou detalhadamente o cardápio, sugerindo o que costuma ter saída.

Pra começo de conversa, pedimos duas opções salgadas: o sandubinha e o tuna melt. Montado com pão de leite feito na casa, o sandubinha leva mussarela, parmesão, tomate e salsa, e acompanha mostarda e picles de cenoura e nabo. Dividido ao meio, veio quentinho, com boa apresentação e sabores harmonizados. O queijo deu cremosidade ao lanche, contrastando de forma feliz com o tostadinho do pão na chapa. Já o tuna melt é o tipo de lanche para ser saboreado num parque em um dia de calor. Gostamos da refrescância do atum combinado com a untuosidade do cheddar derretido e a textura do pão tostado.

À esquerda, espresso, coado e matchá; à direita, sandubinha (em primeiro plano), tuna melt e cheesecake da estação

Para acompanhar o sandubinha, escolhemos um matchá gelado, bebida que está em alta entre as cafeterias paulistanas, que estava saboroso e refrescado pelas pedras de gelo. Para o tuna melt, preferimos um filtrado na v60 (270 ml), que é servido em jarra de vidro. O grão que pedimos foi o catuaí 2SL, de processamento natural, do produtor Helisson Afonso, do Sítio Baixadão, em Cristina, na Mantiqueira de Minas (MG). Na xícara, a bebida apresentou as características que o cardápio destaca: um café redondo, limpo, com notas de melaço. É um bom café, mas não é surpreendente. Já tomamos outros mais impactantes e sensorialmente mais ricos no próprio Takkø.

Para finalizar a experiência, a escolha foi um cheesecake da estação (no dia da nossa visita, a opção era caqui) e um espresso. Além de bonita, a sobremesa combinava bem a massa de textura sedosa (nada enjoativa) e os pedaços da fruta que funcionavam como cobertura. A colherada de cream cheese, que compunha a decoração, adicionava acidez à doçura do conjunto, e a calda de caramelo, suave, não roubava o sabor dos outros ingredientes. É uma sobremesa que vale repetir. Diferentemente da experiência com o filtrado na v60, o espresso, bem extraído, apresentou notas de caramelo e chocolate, acidez alta e finalização limpa. O grão selecionado para o método é um catuaí vermelho 99, natural, cultivado por Augusto Borges na Fazenda Capadócia, em São Gonçalo do Sapucaí, também na Mantiqueira de Minas (MG).

Cheesecake da estação, feito com caqui

Nossos pratos e bebidas foram servidos em cerâmicas grandes e bonitas – o que é ótimo para quem, como nós, gosta de fotografar o que está comendo. Isso, reunido a um ambiente aconchegante e com atendimento positivo, faz do Takkø Café uma cafeteria que vale a pena conhecer.

Nossa conta: R$ 145 / R$ 159,50 (com serviço)
Sandubinha – R$ 34
Tuna Melt – R$ 42
Matchá gelado – R$ 13
Coado v60 – R$ 17
Cheesecake – R$ 32
Espresso – R$ 7

A equipe da Espresso visitou a casa anonimamente e pagou a conta.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Major Sertório, 553
Bairro Vila Buarque
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://instagram.com/takkocafesp
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

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Revo – Santos (SP)

Situada no coração da ponta da praia, em Santos (SP), a cafeteria Revo Manufactory é mais do que se imagina. O prédio, de fachada clássica, foi reformado e restaurado por dentro para abrigar um espaço que, embora mantenha detalhes tradicionais, abraça os estilos moderno e industrial. Ao caminhar pelo grande galpão, com janelas amplas e pé-direito altíssimo, sua decoração traz, ainda, um ar vintage, com peças que chamam a atenção, como cristaleiras, espelhos e aparadores. Os arranjos de folhas e flores complementam a experiência de forma encantadora.

O conceito de manufatura é visível assim que se entra no edifício. Logo na entrada há um balcão de pães e doces ao lado da estação de café e de bebidas. A cozinha de finalização, aberta ao público, oferece proximidade com essas muitas mãos operantes.

O atendimento é feito nas mesas e, para iniciar a experiência, escolhemos uma das duas opções de café coado disponíveis: um gesha (R$ 20), de processo natural fermentado produzido por Luiz Paulo na Fazenda Santuário Sul, em Carmo de Minas (MG). Extraído na v60, o café entrega um aroma floral acentuado, com uma acidez agradável e fácil de beber.

O cardápio é extenso e variado, com muitas ofertas da padaria e da confeitaria servidas durante a tarde. O croissant (R$ 16) com geleia da casa (R$ 5) e a empanada humitá com creme de milho e pimenta jalapeño (R$ 21) foram as pedidas desta visita. O croissant tem uma caramelização impecável, com exterior crocante e estética refinada, digna da clássica viennoiserie (produtos cuja massa fermentada é mais rica e amanteigada do que a dos pães tradicionais). Seu miolo, levemente ressecado, poderia ser aprimorado com alguns segundos a mais de calor antes de chegar à mesa. A geleia, com boa acidez e dulçor, complementa bem o folhado. Já a empanada, muito bem assada, de massa fina e recheio cremoso de queijo e milho tostado, poderia ter um tempero menos tímido.

Café gesha ao lado do croissant e bolo de festa com calda, sorvete e brigadeiro

O bolo de festa (R$ 33) foi a sobremesa da vez: mega chocolatudo (estilo devil’s cake da Matilda), servido com calda quente de chocolate, quenelle de sorvete à escolha e um pequeno brigadeiro enrolado. Um doce úmido e indulgente, certamente a pedida perfeita para compartilhar, mas quase impossível de se comer sozinho, dada a doçura intensa. O sorvete de frutas vermelhas trouxe uma refrescância que conectou todos os itens do prato. Para acompanhá-lo, um espresso (R$ 9) equilibrado, com baixa acidez e amargor na medida.

A conta é paga diretamente no caixa, onde revisam seu pedido e incluem corretamente o serviço, já que a Revo é um exemplo de ótima hospitalidade. Ao lado do caixa há uma pequena mercearia, onde se pode escolher um pedaço dessas manufaturas para levar para casa, como cafés, vinhos, biscoitos e queijos.

A reunião de um ambiente aconchegante, pet friendly e frequentado por pessoas de todas as idades torna a experiência um passeio acolhedor e revigorante.

Nossa conta: R$ 104 + taxa de serviço
Café coado – R$ 20
Croissant – R$ 16
Adicional de geleia – R$ 5
Empanada – R$ 21
Café espresso – R$ 9
Bolo de festa – R$ 33

A equipe da Espresso visitou a casa anonimamente e pagou a conta.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Avenida Doutor Epitácio Pessoa, 737
Bairro Ponta da Praia
Cidade Santos
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://https://www.instagram.com/revomanufactory/
Horário de Atendimento De segunda a sábado, das 9h às 23h; domingo, das 9h às 22h
TEXTO Redação • FOTO Equipe Espresso

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Grassy Caffè – Ribeirão Preto (SP)

Com vista para a rua e pé-direito alto, a Grassy Caffè, em Ribeirão Preto (SP), é um convite para tomar uma xícara nas mesas da área externa, no balcão ou nos sofás e poltronas confortáveis que preenchem o salão. Além de cafeteria, é, também, uma torrefação, que fica acomodada nos fundos do ambiente, de onde é possível ver sacas de café e o torrador Atilla, que torra os grãos destinados ao consumo no local e que abastecem a gôndola ao lado do caixa e o e-commerce da marca. Inaugurada em 2015 neste mesmo endereço, a Grassy foi a primeira cafeteira de terceira onda da cidade. O espaço divide-se harmoniosamente entre cafeteria e torrefação na parte de baixo, enquanto o andar de cima é destinado à locação de maquinários. O ambiente da cafeteria, onde ficamos, é agradável e decorado em tons pastéis, além de reportagens sobre a casa enquadradas nas paredes.

A área de trabalho dos baristas fica no centro do salão, com um balcão para quem quiser tomar café e trocar uma ideia com os profissionais. Sentamos em uma mesa e logo nos ofereceram uma carta de grãos com uma variedade interessante. Havia opções de regiões como Mantiqueira de Minas, Castelo do Espírito Santo, Alta Mogiana Mineira, Montanhas do Espírito Santo e um blend da casa chamado blend do Rapha, o mestre de torra da cafeteria. Para o preparo, as alternativas são v60, aeropress, clever, fluire, chemex, french press e hand blown.

Nossa pedida foi um catuaí amarelo premiado – 89 pontos, de processamento natural feito pelo produtor Pedro Paulo Cardoso, da região da Mantiqueira de Minas – extraído na v60. Um detalhe atencioso da casa é servir os coados em copos da marca Loveramics. O café, bem extraído e de corpo médio, era bem doce, de acidez cítrica e notas condizentes com as da carta (remetendo a caldo de cana e melaço), além de ter um leve toque frutado de manga. Uma bebida redonda e sem arestas. No menu digital, é possível encontrar opções clássicas de uma cafeteria, como cappuccino, mocha, latte e machiatto, além de frapês com sorvete e as bebidas geladas espresso tônica e suco de laranja com café.

Pão de queijo com ciabatta canastra e espresso

Para comer, a sugestão foi um panini canastra, que é um pão ciabatta na chapa com queijo canastra premiado, muçarela, tomate-cereja, molho agridoce e rúcula. O queijo faz um bom elo de sabores com o café coado, mas é levemente ofuscado pela predominância do molho agridoce e da rúcula. Além do sanduíche, chegou à mesa uma porção (5 unidades) de minipães de queijo, acompanhados de cream cheese e geleia de frutas vermelhas, de sabor agradável mas textura um pouco borrachuda. A cafeteria também conta com opções de salgados assados tradicionais, como esfihas e croissants produzidos por estabelecimentos parceiros.

No dia da visita, as opções para espresso eram o grão aranãs – de processamento natural e cultivado por Felipe Carvalho na Alta Mogiana Mineira, com notas de especiarias – e um catuaí amarelo lavado, do cafeicultor Leandro Santos (Montanhas do Espírito Santo), que, segundo a barista que nos ajudou, era mais doce, floral e combinaria com a fatia de bolo de fubá que pedimos. Este último foi servido com uma crema bonita e consistente. Quando mexido, as notas florais apareceram. Na boca, apresentou-se como uma bebida de doçura média, com aromas florais e de mel e acidez e corpo médios.

Provamos o espresso à tarde, e a experiência poderia ter sido ainda melhor se o moinho sofresse uma pequena regulagem. O espresso também chegou antes do bolo. De qualquer modo, a harmonização entre o floral do café e o aroma do fubá funcionou bem. O bolo era uma receita tradicional, com doçura na medida certa e boa textura – o ponto alto entre os pedidos. As louças brancas e clássicas da Schmidt
estão por todo o lado, tanto nas xícaras de cappuccino quanto nos pratos para os sanduíches e sobremesas. O destaque, porém, são os copos sensoriais coloridos da Loveramics.

Nossa conta: R$ 105 + taxa de serviço
Coado v60 – R$ 30
Espresso – R$ 10
Água – R$ 7
Panini canastra – R$ 32
Porção de minipães de queijo – R$ 15
Bolo de fubá – R$ 11

A equipe da Espresso visitou a casa anonimamente e pagou a conta.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Clemente Ferreira, 945
Bairro Jardim São Luiz
Cidade Ribeirão Preto
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://https://www.instagram.com/grassycaffe/
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

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Aizomê Café mescla influências japonesas e brasileiras em cardápio na Japan House São Paulo

O Japão é um importante país consumidor de café. Além de ser berço de grandes referências de extração, como a hario v60 e a kalita, também está entre os dez maiores importadores de café do mundo. Quando o assunto é a produção brasileira, o país asiático é o quinto principal destino dos nossos grãos, responsável pela compra de 1,633 milhão de sacas entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Em São Paulo (SP), a chef Telma Shiraishi conecta as duas culturas no cardápio do Aizomê Café, na Japan House, e num ambiente que oferece uma imersão no cotidiano nipônico, com detalhes de literatura e moda, por exemplo. A Espresso foi convidada para conhecer a cafeteria e provar este interessante mix no cardápio. 

Importante elemento no menu – e o nosso principal interesse –, o café escolhido para ser servido na casa é do produtor Tomio Fukuda, que cultiva o fruto desde 1984 na Fazenda Baú, em Patos de Minas (MG). Com torra feita pela própria Baú, as opções no Aizomê são as variedades catuaí vermelho, bourbon vermelho e santa rosa, preparadas no espresso ou na v60. 

Em nossa visita, guiada pelos baristas Joel Sanka e Willian Matsuguma, escolhemos o catuaí vermelho no espresso (R$ 10), que entregou uma bebida de corpo médio, acidez alta, doçura equilibrada e com notas frutadas. Além dele, pedimos o santa rosa no filtrado na v60 (R$ 22), que estava bem extraído, suave e equilibrado, e foi servido em uma xícara que, apesar de não ter alça, estava em uma temperatura confortável para segurar.

Nosso pedido: bolo floresta verde, karepan, porção de moochese, café filtrado, espresso e drinque Midori Fizz

Para acompanhar os cafés, pedimos uma mescla perfeita entre a cultura brasileira e a japonesa: o “mocheese” (R$ 15), uma porção de minipães de queijo feitos com mochi (arroz glutinoso) e queijo canastra. O único defeito é não vir em um balde para comer de monte. Escolhemos também o karepan (R$ 18), um pãozinho frito recheado com carne e legumes ao curry. Apesar de frito, não é nada pesado e tem sabor delicado. Uma boa escolha para comer à tarde.

Ainda provando a combinação de influências, escolhemos o bolo floresta verde (R$ 29). Com inspiração no clássico floresta negra (um ícone dos anos 1980 nas confeitarias paulistanas), leva matchá na massa, ganache de chocolate branco, cereja amarena e cranberries marinadas no umeshu (licor de ameixa japonesa). Doce na medida certa, carrega um equilíbrio perfeito entre os ingredientes, e harmoniza muito bem com os cafés que pedimos.

Um dos pontos altos da casa no dia de nossa visita é o drinque autoral Midori Fizz (R$ 29). Feito com limão siciliano, xarope de açúcar, água tônica, matchá e folha de shisô (que lembra hortelã), a bebida gelada é refrescante e equilibrada – dá vontade de tomar litros e litros. 

Para finalizar nossa visita, o barista Willian Matsuguma preparou um matcha latte (R$ 20). O desenho de cavalo marinho, que ele disse estar treinando atualmente, rende uma bela foto no Instagram. Além disso, a combinação delicada entre o matcha e o leite torna o matcha latte uma bebida confortável, principalmente nos dias frios. Há, também, opção de leite de aveia.

Desenho de cavalo marinho desenhado no matcha latte, feito pelo barista Willian Matsuguma

Para quem passa pela avenida Paulista e busca uma boa experiência gastronômica, vale a pena a parada na Japan House e no Aizomê Café. É uma imersão, literalmente, deliciosa na cultura japonesa. 

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Avenida Paulista, 52 Térreo
Bairro Bela Vista
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://www.instagram.com/aizomerestaurante
Telefone (11) 2222-1176
Horário de Atendimento De terça a sexta, das 10h às 18h; Sábado, domingo e feriados, das 10h às 19h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Gabriela Kaneto

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Comandada pelo Fitó, cafeteria do Pina Estação traz opções de cafés especiais

Conhecido no mundo da gastronomia da capital paulista, o restaurante Fitó é o novo responsável pela cafeteria do Pina Estação, um dos edifícios da Pinacoteca de São Paulo, também localizado na região central, próximo à estação da Luz.  Agora, além de conferir as exposições artísticas do Museu, os frequentadores podem apreciar uma boa xícara de café especial. 

Foto: Divulgação

Com curadoria da cafeteria paulistana Pato Rei, a casa conta atualmente com duas opções de grãos: um de processamento natural, de perfil chocolate e caramelo, produzido pela Fazenda Morro Arto, do Grupo Eldorado, em Ibiraci (MG), e um fermentado, com notas mais exóticas de maracujá, cultivado pela Fazenda Jaguara, em São João Del Rey (MG). Ambos estão disponíveis no espresso, enquanto que o cold brew e o filtrado (batch brew) são preparados com o natural. Há, também, opções com leite animal ou vegetal (Nude), como latte, cappuccino e cortado.

Para comer, o Fitó Estação traz opções rápidas, como pão de queijo, misto quente, queijo quente (com ou sem cebola caramelizada), bolos de laranja e cenoura, e brigadeiro. Vale ressaltar que todas as comidinhas e bebidas prontas, como o cold brew e os chás, são preparadas na cozinha do restaurante Fitó. 

A Espresso visitou a cafeteria e nossa pedida foi o bolo de cenoura com cobertura de ganache de chocolate branco e raspas de limão, finalizado com uma calda de cenoura com lavanda. Além de visualmente bonito, harmonizou muito bem com o espresso feito com o café fermentado. “Nosso desafio é manter a identidade do Fitó, mas se adaptando aos espaços”, contou Renata Adoracion, líder de bar do Fitó.

Bolo de cenoura com ganache de chocolate branco, café filtrado e chai

A equipe também experimentou o filtrado, que é um café sem erro para quem quer uma bebida mais básica, o latte, feito de café, leite vegetal e xarope de especiarias brasileiras (cumaru, amburana, pimenta da Jamaica, canela, cravo da Índia e puxuri) e o chá de hibisco com cumaru, opção refrescante para os dias quentes.

Nossa última parada foi na unidade do restaurante Fitó que está localizada no prédio Pina Contemporânea, no parque ao lado da Pinacoteca. O espaço, agradável, tem decoração moderna e mesas do lado de dentro e na varanda. O atendimento inclusivo foi um ponto positivo em nossa passagem.

Aqui, almoçamos o Baião da Pina (arroz e feijão de corda cozidos, carne de sol feita pelo Fitó, queijo coalho, moranga assada com melaço e cheiro verde) e o PF com milanesa de carne, composto também por purê de cará, vinagrete de feijão fradinho e folhas verdes. Finalizamos a visita com uma fatia de bolo de chocolate coberto com paçoca de amendoim, um pudim de pão artesanal com especiarias e ameixa em calda e um espresso martini, que leva vodca, caramelo salgado de café (produzido na cozinha do Fitó à partir do café filtrado da cafeteria) e ristretto.

Para quem for conferir de perto as exposições dos prédios da Pinacoteca, vale a pena estender a visita para as unidades do Fitó – que, inclusive, irá inaugurar mais uma na própria Pinacoteca, em dezembro.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Largo General Osório, 66
Bairro Santa Ifigênia
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://www.instagram.com/fitocozinha/
Horário de Atendimento De quarta a segunda, das 10h às 17h30
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Letícia Souza

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Café Cultura chega a São Paulo com unidade em Moema

Nova cafeteria da rede catarinense destaca-se pelo circuito do café, que oferece a oportunidade de torrar o café na hora

No último sábado (28), a Espresso conheceu a primeira unidade do Café Cultura em São Paulo (SP). Com lojas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Piracicaba, no interior paulista, a rede catarinense chega à capital paulista em uma imponente esquina de Moema, entre a rua Ministro Gabriel de Rezende Passos e a alameda dos Arapanés.

A fachada de vidro abriga um ambiente espaçoso, moderno e aconchegante, decorado com detalhes em madeira e iluminado por grandes lustres envoltos por sacas de café – que dão mais charme à cafeteria. Com mesas, poltronas e sofás, a casa é destinada tanto aos clientes que querem uma rápida xícara, quanto àqueles que buscam um lugar para trabalhar e ficar por mais tempo.

O Café Cultura trabalha com grãos arábica produzidos em fazendas como Recanto, de Machado (MG), no Sul de Minas, e Capadócia, em São Gonçalo do Sapucaí, na Mantiqueira de Minas, que podem ser preparados nos métodos french press, hario v60, chemex e espresso. Bebidas como cappuccino, latte, mocha, matcha, chocolate quente, frappé, espresso tônica e iced latte também são alternativas disponíveis no cardápio. 

Para acompanhar, a cafeteria tem misto-quente, queijo quente, croissant, waffle de pão de queijo, cookie, brownie, bolos, tortas e cinnamon roll. Para quem deseja uma refeição mais completa, a cozinha prepara brunch (servido todos os dias até às 14h), ovos e omeletes, sanduíches, sopas, saladas, bowls e, até, mac’n cheese, feito com linguiça Blumenau.

Para quem tem o hábito de preparar café em casa, pacotinhos de grãos, métodos de preparo e acessórios, como canecas e filtros de papel, ficam expostos no ambiente e estão disponíveis para compra. 

Circuito do café

Durante a visita, nossa equipe pôde participar do circuito do café, uma experiência imersiva que apresenta os processos do grão, da lavoura à xícara. O roteiro foi conduzido pela barista da casa, Kelly Souza, que contou um pouco da história do café, as diferenças entre cafés tradicional e especial, as etapas de produção e pós-colheita na fazenda e as percepções sensoriais que podemos ter na xícara. 

A importância de uma boa torra foi explicada por Joshua Stevens, fundador da rede ao lado de sua esposa, Luciana Melo. Além da conversa, Stevens também fez a torra de grãos ao vivo em um torrador Kaleido. Ao final, o café torrado foi moído e preparado em uma french press para os convidados. 

O circuito do café é uma atividade permanente da unidade, e acontece em horários selecionados. Além de aprender sobre o grão, o cliente pode torrar o seu próprio café, com o auxílio do responsável pela torra, e levar para casa. 

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Ministro Gabriel Rezende Passos, 521
Bairro Moema
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://www.instagram.com/cafecultura/
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação

Cafeteria & Afins

Coffee Lab abre segunda unidade em Pinheiros, na capital paulista

No último fim de semana, a cidade de São Paulo ganhou mais um importante ponto para tomar uma boa xícara. Popular na cena de cafés especiais por seus cursos, o Coffee Lab, que conta com cafeteria em operação desde 2009 na Vila Madalena, abriu a segunda unidade no movimentado Largo da Batata, em Pinheiros. E é claro que a Espresso foi conhecer o lugar.

Instalada em uma espécie de galpão, a casa tem estilo rústico, com piso de cimento industrial, paredes de tijolos à vista e trilhos de iluminação. Poltronas, sofás, mesas com cadeiras e balcões com bancos mesclam-se em diferentes ambientes, sempre acompanhados de tomadas para carregar celulares ou plugar notebooks. De qualquer lugar é possível ver a sala de cursos, que é aberta e exibe um torrador. O foco da nova unidade é ser apenas cafeteria e escola, enquanto que a operação de torrefação continua no sobrado da Vila Madalena.

Sentamos no sofá e abrimos o cardápio, cuja grande estrela é o café – prova disso é a cozinha enxuta, que não prepara comidinhas no local. No dia da visita, eram quatro as opções de microlotes que podiam ser preparados na aeropress, cultivados no Espírito Santo e em Minas Gerais. 

Nossa pedida foi o topázio natural do produtor Tomio Fukuda, da Fazenda Baú, de Patos de Minas (MG), e o catuaí vermelho do cafeicultor Rodrigo Mazzoco, um cereja descascado do Sítio Mazzoco, em Vargem Alta (ES). As xícaras foram preparadas na própria mesa pelo barista da casa. O primeiro apresentou notas de frutas secas, frutas vermelhas e melaço de cana, enquanto o segundo tinha sensorial de flor de café, frutas vermelhas e bergamota. Espresso, bebidas com leite e coados disponíveis na Bunn (refil para quem vai passar mais tempo no local) também são opções.

Para acompanhar, fomos de pão orgânico na chapa com manteiga, uma boa pedida para começar o dia, e o sanduíche de carne, servido frio (essa informação não está especificada no cardápio, o que causa certa estranheza). O lanche é feito de pão de forma recheado com carne desfiada cozida em molho de café, cenoura em cubos e ervilha. A carne e o molho combinam bem, e dispensam os vegetais. Experimentamos também o bolo fofo de leitinho da vovó (creme de baunilha), molhadinho e geladinho na medida certa e bom companheiro dos cafés. 

O menu segue o da matriz: tostex com pão orgânico e queijo, bolinho de queijo (com manteiga ou doce de leite), sanduíche de homus, brigadeiro de café, sagu de café (com creme de baunilha), arroz doce (que pode ser de leitinho da vovó ou de creme de café), bolo de milho, sorvete de café, affogato e rosquinha de pinga são outras opções do menu.

Assim como a recepção dinâmica e didática para visitantes de primeira viagem: a experiência com cafés, que tem como objetivo ensinar que o mesmo grão pode se comportar de maneiras diferentes dependendo do recipiente em que é servido. Para isso, o barista preparou dois espressos do mesmo blend* de grãos e na mesma proporção, porém servidos em copos americanos de 45 e 190 ml. 

O resultado, comprovamos, são duas bebidas distintas. No copo maior, a acidez é destacada no café de corpo médio, notas frutadas e finalização curta. Já no copo pequeno, o espresso é encorpado, mais intenso e mais longo, com notas fechadas que remetem a castanhas.

Na nova unidade do Coffee Lab, bonita, agradável e aconchegante, os cafés continuam a se destacar pela alta qualidade e ótimo atendimento, pontos que já compensam a visita. A água da casa, vale pontuar, é gratuita e pode ser consumida à vontade.

*O blend utilizado nos espressos da experiência é composto por dois cafés cereja descascado capixabas: o catuaí 81 vermelho do produtor Elzio Sartori, do Sítio Raio de Luz (Castelo) e o catucaí 2SL de Sidney Grunewald, do Sítio Grunewald (Tarana).

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Fernão Dias, 682
Bairro Pinheiros
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://www.instagram.com/coffeelab_br
Horário de Atendimento Todos os dias, das 9h às 18h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Letícia Souza

Cafeteria & Afins

3corações inaugura cafeteria no Parque Ibirapuera

A 3corações inaugurou uma cafeteria exclusiva em um dos pontos mais conhecidos de São Paulo: o Parque Ibirapuera. Localizada próxima ao portão 6, a unidade tem mesas, cadeiras e ombrelones para incrementar a visita com vista para o parque.

O cardápio da unidade inclui a linha de cafés especiais Rituais 85+, com quatro perfis sensoriais diferentes (frutas vermelhas, chocolate, frutas secas e “exótico”), que podem ser feitos na v60 ou no espresso. Cappuccino, mocha, orange coffee, iced latte, espresso tônica, chocolates quente e gelado, bebidas funcionais e o lançamento frapê de café (nos sabores caramelo, chocolate e pistache) também fazem parte das opções. 

Assinado pelo restaurante Madureira, o menu de comidinhas traz saladas, tortas, pão de queijo (tradicional e integral), pão na chapa (com ou sem requeijão), queijo quente, misto quente, queijo minas quente, bowls de frutas, açaí e bolos. 

Para aqueles que estão acompanhados de cachorros, a cafeteria – localizada próxima ao “cachorródromo” – apresenta o cardápio pet, com alimentos, petiscos e bebidas dedicadas aos animais. Os visitantes também podem conferir os produtos da marca expostos no espaço. 

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Parque Ibirapuera, Próximo ao portão 6
Bairro Vila Mariana
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://https://www.instagram.com/3coracoes/
TEXTO Redação • FOTO Divulgação