O bebedor infiel

Qual é o melhor café do mundo? Quem trabalha no setor é sempre, sempre mesmo, questionado com esta pergunta. O hábito de conversar sobre café é coisa muito nossa. O interesse em saber mais sobre a bebida mostra que há um amadurecimento do atual consumidor.

De uns anos para cá esse interesse do público geral cresceu muito. É bem perceptível a forma como as pessoas abordam baristas e outros profissionais da área para falar de café. Antes essas mesmas pessoas não tinham ideia de que a bebida guardava diferentes sabores e variedades. Hoje, além de entenderem um pouco mais, surge o que considero importante: as dúvidas.

Algumas são perigosas e é necessário estar preparado para respondê-las. Uma delas: “nossa, café hoje é algo chique, né?” Acredito que esta pergunta acende um alerta muito grande. Será que a mensagem de incentivo ao consumo do café de qualidade parece ser algo muito inacessível para o público comum apreciador de café? A imagem de algo chique elitiza um produto tão acessível a nós. Por isso que adoro o modo como baristas de algumas cafeterias e cursos apresentam a diferença entre um café tradicional e um de qualidade. Eles trazem à mesa os dois juntos, para que o consumidor faça um comparativo entre as xícaras. Conclui-se então que: não é chique, é melhor mesmo.

Dentre a série de perguntas, normais, afinal é um mercado muito novo, tem também aquela clássica: “não pode colocar açúcar nesses cafés, né?” Essa resposta é uma grande discussão que levaria dias. A ditadura do sem açúcar é muito ruim, primeiro porque afasta o novo apreciador, segundo porque cria regras desnecessárias neste momento de ganhar consumidores.

Mas mesmo estas perguntas secundárias não vencem aquela campeã de audiência: “em sua opinião qual é o melhor café?” Sempre que início a resposta tenho a impressão de que as pessoas esperam uma rápida definição, com dois ou três nomes de cafés que são encontrados nas gôndolas dos supermercados e pronto. Daí a minha resposta é oposta. Sempre vem acompanhada de um “veja bem, não existe o melhor café do mundo…” a pessoa se assusta, claro, porque afinal a resposta deveria ser tão simples quanto a pergunta. Mas não é. Isso porque café é um alimento – sempre dizemos isso por aqui nessas páginas – que sofre muitas alterações até chegar à xícara. E, além de tudo, a cada safra e, portanto, a cada ano há regiões, marcas, fazendas e cafeterias investindo em grãos de qualidade para esse novo consumidor.

Essa pergunta, acredito, também está acompanhada de uma vontade do apreciador de café de optar por uma única marca “muito boa” e permanecer fiel a ela por anos. É um misto de nova cabeça para provar o diferente, mesclada com a atitude tradicional de escolher um café para chamar de seu. Quando não tínhamos muitas opções, vá lá, mas hoje não podemos validar essa atitude.

Esses dias fui abordada mais uma vez com a tal pergunta. Expliquei à pessoa que existem ótimos cafés e não apenas um. “Mas me fala um pelo menos…” Daí citei uns dez nomes e a pessoa ficou me olhando, ainda em dúvida. Alguém interrompeu a conversa e continuamos falando de outros assuntos. Na hora de ir embora, a pessoa comentou: “você pode até trabalhar com café e entender, mas você não compartilha informação”. Olhei assustada: “é, você não fala qual é o melhor café”. Dei risada e disse: “mas não existe o melhor café, existem vários ótimos cafés”.

Desde então decidi: vou aconselhar as pessoas a serem infiéis. Esta história de monogamia faz mal. E mais, comecei imediatamente a presentear amigos com diferentes cafés. E ouvi de um deles dia desses: “sabe este café que você me trouxe? Estou apaixonado por ele”. Fiquei contente, claro. Mas antes que ele se apegue, certamente, vou apresentar outras opções. Hoje o café bom também fica no Brasil e precisamos incentivar cada vez mais esta cadeia sustentável. E viva os bebedores infiéis em busca da diversidade! Viva!

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso referente aos dezembro, janeiro e fevereiro de 2014 – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Mariana Proença • ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes

BaristaCafé & Preparos

Café brasileiro vence Mundial de Brewers em BH

Pela primeira vez o Brasil recebeu os Campeonatos Mundiais de Café, que ocorreram ao longo da Semana Internacional do Café.

Ao todo foram quatro campeonatos: de Brewers (café filtrado), Coffee in Good Spirits (drinque alcoólico com café), Latte Art (desenho no café com leite) e CupTasters (prova de café).

Ao longo dos três dias da SIC os competidores se apresentaram. Infelizmente os brasileiros Leo Moço (Brewers Cup), Ariel Todeschini ( Coffee in Good Spirits), Carlos Henrique ( Cup Tasters) e Daniel Busch ( Latte Art) não passaram para as semi-finais, mas gostaríamos de parabenizar pelas apresentações.

Confira os campeões:

Brewers Cup
1º lugar Emi Fukahori, Suíça, que usou o café Frevo, da Daterra
2º lugar Regine Wai Yee Bemg, Malásia
3º lugar Stathis Koremtas, Grécia

 

Latte Art
1º lugar
Irvine Quek Siew Lhek, Malásia
2º lugar Michalis Karagiannis, Grécia
3º lugar Liang Fan, China

Coffee in Good Spirits
1º lugar Dan Fellows, Reino Unido
2º lugar Manos Mamakis, Grécia
3º lugar Danny Wilson, Austrália

Cup Tasters
1º lugar Yama Kim, Austrália
2º lugar Niels te Vaanhold, Holanda
3º lugar Walter Acevedo, Colombia
4º lugar Waruth Tangsuriyapaisan, Tailândia

TEXTO Redação • FOTO NITRO

Cafezal

Quanta emoção! Confira os resultados do Coffee of The Year 2018!

A Semana Internacional do Café foi recheada de emoções e uma delas foi o Coffee of The Year 2018, que abalou o Grande Auditório neste último dia de feira com o anúncio dos campeões nas categorias Arábica e Canéfora!

Foram 400 amostras recebidas e 180 selecionadas, que passaram por um processo de avaliação física e sensorial por uma Comissão de Julgadores formada por juízes certificados pela Specialty Coffee Association (SCA), Q-Graders, Licenciados pelo Coffee Quality Institute (CQI) e pelo coordenador geral Leandro Paiva, professor do Instituto Federal do Sul de Minas.

Além disso, as amostras foram degustadas as cegas pelo público presente na feira durante os três dias de evento, que votaram em suas favoritas. Conheça abaixo os 25 primeiros de arábica e os 10 primeiros de canéfora!

Arábica
1º lugar Afonso Lacerda – Café Forquilha do Rio – Região Caparaó
 Deneval Miranda Vieira – Café Cordilheiras do Caparaó – Montanhas do Espírito Santo
 Alessandro Hervaz – Honey Coffee – Mantiqueira de Minas
 Luis Eduardo dos Santos – Fazenda Boa Esperança – Média Mogiana
 Lucas Ribeiro Vinhal – Fazenda Estrela – Cerrado Mineiro
 Wilians Valerio Junior – Sítio Recanto dos Tucanos – Região Caparaó
7º Samuel Mangia – Sítio Serra da Careta – Mantiqueira de Minas
 Inácio Carlos Urban – Rio Brilhante – Cerrado Mineiro
 Renato Barroso de Assumpção – Sítio Vargem Grande – Matas de Minas
10º  Rafael Ribeiro Vinhal – Fazenda Estrela – Cerrado Mineiro
11º Evandro Sanchez – Fazenda Dois Irmãos Cafés Especiais – Cerrado Mineiro
12º Filomena Estefania de Mattos Couto – Fazenda Central Mattos/Santa Rita – Cerrado Mineiro
13º Afonso Maria Vinhal – Fazenda Recanto – Cerrado Mineiro
14º Lucas Henrique Figueiredo – Fazenda Laranjal – Sul de Minas
15º Wilians Valerio – Sítio Recanto dos Tucanos – Matas de Minas
16º Cristina Peluso Mangia – Sítio Serra da Careta – Mantiqueira de Minas
17º Anderson Mitsuhiro Minamihara – Minamihara Ouro Verde – Alta Mogiana Paulista
18º Claudiana Medeiros Lacerda – Café Forquilha do Rio – Matas de Minas
19º Mariana Caetano Polcaro – Guima Café – Cerrado Mineiro
20º Juan Vargas – Fazendas Klem – Matas de Minas
21º Giovani Carlos Júnior – Café Tozzi – Montanhas do Espírito Santo
22º José Carlos Grossi Segundo – JC Grossi & Filhos – Cerrado Mineiro
23º Thiago Dias Douro – Sítio Denizar – Montanhas do Espírito Santo
24º Ana Cagnani – Sítio João Leite – Sul de Minas
25º Antônio Benedito de Carvalho Ramos – Sítio Sertãozinho – Sul de Minas

Afonso Lacerda – Café Forquilha do Rio – Região Caparaó

Deneval Miranda Vieira – Café Cordilheiras do Caparaó – Montanhas do Espírito Santo

Alessandro Hervaz – Honey Coffee – Mantiqueira de Minas

Canéfora
1º lugar Luis Cláudio Souza – Grão de Ouro – Sul do Espírito Santo
 Lucas Venturim – Fazenda Venturim – Noroeste Capixaba
 Francisco Venturim – Fazenda Venturim – Noroeste Capixaba
4º Diones Mendes Bento – Chácara Rio Limão – Rondônia
 Isaac Bento Caser Venturim – Fazenda Venturim – Noroeste Capixaba
 Aurio Barbosa Quadra – Aurio Barbosa Quadra – Região Caparaó
 José Braz Ortelan – Sítio Imperial – Montanhas do Espírito Santo
8º João Delpupo – Sítio Ribeirão da Costa – Montanhas do Espírito Santo
9º Silvaninho Oliveira de Souza – Sítio Feliz Lembrança – Região Caparaó
10º Maria Rosalina Bridi Gomes – Fazenda São Bento – Montanhas do Espírito Santo

Luis Cláudio Souza – Grão de Ouro – Sul do Espírito Santo

Lucas Venturim – Fazenda Venturim – Noroeste Capixaba

Francisco Venturim – Fazenda Venturim – Noroeste Capixaba

TEXTO Redação • FOTO Marcelo Santana

Mercado

Empreendedorismo feminino no café tem avanços, mas muitos desafios

A igualdade de gênero é uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável  (ODS) e uma forte agenda da Aliança Internacional das Mulheres do Café (IWCA Brasil).

Esse foi o foco do painel “O papel das mulheres na cadeia de valor do sistema agroindustrial do café”, durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG). “A batalha do feminino não é simples”, diz a produtora Miriam Monteiro e vice-presidente da IWCA-Brasil.

Além das questões sobre liderança, remuneração, por exemplo, as dificuldades passam inclusive por falta de dados e pesquisas detalhados  sobre o tema. “É preciso mensurar a desigualdade de gêneros na produção de café”, analisa José Sette, diretor executivo da Organização Internacional do Comércio (OIC). Segundo estudo apontado por ele, 25% dos cafeicultores no mundo são mulheres e dependendo da região, 70% da mão de obra é feminina.

Embora as pesquisas ainda não demonstrem o empoderamento feminino, na prática ele ocorre há tempos. Anna Illy, da illycaffè, lembra que o setor era predominantemente masculino há 30 anos, quando passou a percorrer as fazendas em busca de grãos para a empresa. “Agora temos mulheres nas primeiras colocações na nossa premiação”, comenta. Segundo Jackeline Uliana Donna, da certificação Fairtrade, “as mulheres são mais dedicadas para colocar à risca as exigências da certificadora”.

Da esquerda para direita: Jackeline Uliana Donna e Anna Illy

E essa busca pela dimensão real da propriedade faz parte do treinamento de Jéssica do Carmo, que está à frente de um projeto do Senar dedicado às cafeicultoras na região das Matas de Minas. Além da assistência técnica, o programa aborda a gestão da propriedade. “Sempre faço essa pergunta a elas: o café está trabalhando para você ou você está trabalhando para o café?”, diz.

Na palestra também participaram Enrique Alves, pesquisador da Embrapa Rondônia, responsável pelo projeto de cultivo de café robusta especial (premiado, inclusive) em comunidades indígenas, e a proprietária da Pura Cafeína, Gisele Coutinho, em São Paulo. Ela comanda um negócio focado no garimpo de cafés especiais para entregar aos clientes e em cursos sobre como preparar um bom café em casa para o público interessado no tema. Gisele falou especialmente sobre os desafios de uma empreendedora negra. “É muito difícil encontrarmos mulheres negras à frente de negócios, ou como barista e também como consumidora de cafés especiais”, analisa.

TEXTO Janice Kiss • FOTO Nereu Jr / NITRO

Mercado

Trish Rothgeb comenta sobre nova roda de aromas e sabores

No primeiro dia da Semana Internacional do Café, maior feira brasileira do setor cafeeiro, uma das atrações foi a americana Trish Rothgeb.

A CEO e mestre de torra da Wrecking Ball Coffee Roasters foi a protagonista da palestra “Mercado – O que se entende por café especial?”, que aconteceu no Grande Auditório e foi moderada por Fabrício Andrade, da SanCoffee.

Na conversa, Trish comentou sobre a nova roda de aromas. Segundo ela,  os termos utilizados foram atualizados para se tornarem mais específicos, porém, a ideia é que a roda possa ser sempre incrementada, já que as percepções são muito diferentes de acordo com cada pessoa e origem. A americana também falou sobre como são definidos os atributos de cafés especiais.

Além dela, a palestra contou com a presença da pesquisadora da Epamig, Margarete M. L. Volpato, que falou sobre a geografia dos cafés especiais de Minas Gerais.

A Semana Internacional do Café acontece até sexta-feira, dia 9, no Expominas, na cidade mineira de Belo Horizonte. Credencie-se no site e não perca as novidades e tendências no mundo do café.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Gustavo Baxter / NITRO

Barista

Belo Horizonte recebe a Semana Internacional do Café 2018

A Semana Internacional do Café, maior evento de café do país, começou ontem (07) com grandes atrações.

A abertura ocorreu no Grande Auditório com o DNA Café 2018 – Seminário Internacional. Uma delas tinha o tema: Tendências e Desafios para o Mundo do Café. Samy Dana, professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, comentarista econômico da Rádio Globo, da GloboNews, da Sportv e da TV Globo, realizou uma palestra sobre a Economia Brasileira – Quais os próximos passos?

José Sette, Diretor Executivo da Organização Internacional do Café (OIC), participou da palestra A Bebida Mais Consumida do Mundo. Sette comentou sobre a produção e consumo no mundo de cafés arábica, conilon e especiais. Segundo ele o aumento do conilon se deve por conta do consumo de café solúvel. Angélica Salado, Analista Sênior de Pesquisa da Euromonitor International, apresentou dados sobre os cinco mercados mundiais de café mais promissores.

Participaram, ainda, do DNA Trish Rothgeb, CEO e Mestre de Torra da Wrecking Ball Coffee Roasters, que explicou sobre a roda de aromas e sabores do café. Sasa Sestic, fundador da ONA Coffee e Campeão Mundial de Barista 2015, apresentou sobre a fermentação, sabores e aromas exóticos.

Além do DNA, a SIC, contou com workshops na Cafeteria Modelo sobre cachaça e café, com Paulo Leite, Fundador do Empório Sagarana e os caminhos da infusão com o barista Felipe Brazza. Torra e curso básico de barista também ocorreram ao longo do evento.

A feira conta com diversos estandes e novidades sobre o mercado do café e os Campeonatos Mundiais de Brewers (prova de café), Latte Art (desenho no café com o leite). Coffee in Good Spirits (drinques alcoólicos com café) e Cup Tasters (prova), neste o representante brasileiro Carlos Henrique participa da Semi-Final hoje (08), às 12h10. Carlinhos, como é conhecido, acertou 7 xícaras em 3 minutos e 37 segundos. Acompanhe ao vivo no Instagram da @revistaespresso.

TEXTO Redação • FOTO NITRO

Café & Preparos

Palestra sobre café e cachaça acontece na SIC 2018

Belo Horizonte está recebendo hoje (7) o primeiro dia da Semana Internacional do Café. O evento acontece na capital mineira até o dia 9, sexta-feira, no Expominas.

Dentre estandes, workshopse novidades do mercado, a Cafeteria Modelo é um dos ambientes mais chamativos e frequentados pelo público. Hoje, o primeiro evento ocorrido no local foi a palestra “Cachaça combina com café? – Cartas ousadas e brasileiras”, com Paulo Leite.

“Eu falo sobre a proposta da coquetelaria brasileira, fazendo uma união com o café, que está presente em muitos coquetéis que a gente desenvolve. Estamos falando um pouco sobre o Brasil através da cachaça e do café”, comenta Paulo, que atua no mercado de cervejas e cachaças a mais de dez anos e é fundador do Empório Sagarana.

O ativista da coquetelaria brasileira explica um pouco sobre a harmonização de sabores e características que busca mostrar em sua palestra: “Nós fazemos um experimento que é uma infusão do café na cachaça, onde a ideia é encontrar uma harmonia entre esses sabores: o caramelo do café com um pouco da baunilha da cachaça”.

Ainda dá tempo de participar do SIC 2018 e acompanhar de perto os Mundiais de Café, dar uma olhada nas diversas novidades de produtos e utensílios e participar de cursos e workshops que abordam diversos temas do setor. Credencie-se!

Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Carolina Haddad

Cafezal

Já temos as amostras selecionadas para o Coffee of the Year 2018

A lista dos cafés classificados no Prêmio Coffee of the Year Brasil 2018 foi divulgada! Foram mais de 400 amostras enviadas nas categorias coffea arábica ou coffea canephora (conilon/robusta).

As amostras, inscritas, passaram por um processo de avaliação física, e em seguida, sensorial, por uma Comissão de Julgadores, formada por Juízes Certificados pela SCA – Specialty Coffee Association, por Q Graders Licenciados pelo CQI – Coffee Quality Institute, e pelo Coordenador Geral, o Professor do Instituto Federal do Sul de Minas Leandro Paiva.

Foram selecionadas 150 amostras de arábica e 30 de canéfora que participarão da Sala Coffee of the Year Brasil 2018 durante a Semana Internacional do Café.
As 10 melhores amostras da categoria arábica e as 5 melhores de canéfora serão degustadas às cegas pelo público visitante da SIC pelo método filtrado (garrafas térmicas) e por especialistas e provadores por cupping também às cegas.

Os vencedores serão anunciados no dia 9 de novembro na SIC. A lista completa com os classificados está disponível no site do evento.

Serviço
Semana Internacional do Café 2018
Quando: 7 a 9 de novembro
Horário: das 11h às 20h
Onde: Expominas – Av. Amazonas, 6200 – Gameleira, Belo Horizonte (MG)
Maiores informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Giulianna Iannaco

Barista

Saiba quem são os finalistas dos Campeonatos Brasileiros de Barismo!

 

A cidade mineira de São Lourenço recebe, até amanhã (19/08), três modalidades dos Campeonatos Brasileiros de Barismo: Brewers Cup, Coffee In Good Spirits e Latte Art. Participam 43 profissionais de diferentes regiões nacionais . Confira quem são os finalistas de cada campeonato. Os campeões serão anunciados neste domingo.

Brewers Cup

Nesta categoria os 23 competidores possuem dez minutos para apresentação, em que eles contam aos jurados sobre o café (origem,  e servem o método escolhido. É preciso preparar três extrações de café filtrado. A avaliação é feita por três juízes sensoriais e um principal. Confira quem vai disputar a final.

Seis finalistas (sem ordem de classificação)
– Leo Moço, Café do Moço, Curitiba (PR)
– Anderson Minamihara, Fazenda Minamihara, Franca (SP)
– Analice Pereira, Como em Casa, Manaus (AM)
– Daniel Munari, Supernova Coffee Roasters, Curitiba (PR)
–  Lucas Salomão, Pasquali Máquinas, São Bernardo do Campo (SP)
– Camila Franco de Souza, Lucca Cafés Especiais, Curitiba (PR)

 

Coffee In Good Spirits

Contando com 11 participantes, a competição requer o preparo de dois drinques alcoólicos frios e dois quentes com café. São 10 minutos de apresentação. Possui dois juízes sensoriais, um juiz visual/técnico e um juíz principal.-

Seis finalistas (sem ordem de classificação)
– Murilo Guedes Casado Semeghini, Octavio Café, São Paulo (SP)
– Leonardo Gonçalves, Café ao Leu, Rio de Janeiro (RJ)
– Ricardo Koji Matsuoka, Fazenda Minamihara, São Paulo (SP)
– Igor Sales de Lima, Café do Moço, Curitiba (PR)
– Ariel Todeschini da Motta, Ponto Gin e Supernova Coffee Roasters, Curitiba (PR)
– Gabriel de Cruz Guimarães, Unique Café Store, São Lourenço (MG)

Latte Art

Participando um total de 9 baristas, o competidor apresenta 2 fotos para os juízes, o objetivo é fazer o latte igual ao da imagem. São 2 lattes pelo método free pour (usando o leite despejado sobre o espresso) e 2 lattes no método designer (sketcher ou grafismo), usando utensílios, toppings e cor. Com avaliação de dois juízes visuais, um juiz técnico e um juiz principal, os competidores possuem 8 minutos para apresentação.

Seis finalistas (sem ordem de classificação)
– Emerson do Nascimento, Coffee Five, Rio de Janeiro (RJ)
– Daniel Acosta Busch, Jardins Café, Curitiba (PR)
– Eder Ferreira Delfino, Cooxupé, São Paulo (SP)
– Isis Dayene Rodrigues Correa, Press Café, Porto Alegre (RS)
– João Augusto Michalski, Café du Coin, Cascavel (PR)
– Leonardo Correa Ribeiro, Unique Café Store, São Lourenço (MG)

Amanhã iremos conhecer os vencedores que irão representar o Brasil nos Campeonatos Mundiais de Barismo, que acontecem este ano nos dias 7 a 9 de novembro, durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG). Vai, Brasil!

Confira todos os participantes!

Todos os competidores – Latte Art
João Augusto Michalski, Café du Coin, Cascavel (PR)
Aiko Nataly Kono, Café do Moço, Curitiba (PR)
Emerson do Nascimento, Coffee Five, Rio de Janeiro (RJ)
Leonardo Correa Ribeiro, Unique Café Store, São Lourenço (MG)
Daniel Acosta Busch, Jardins Café, Curitiba (PR)
Raquel Gomes Alencar, Octavio Café, São Paulo (SP)
Leonardo Pires de Araújo, Café Escola Senac, Curitiba (PR)
Eder Ferreira Delfino, Cooxupé, São Paulo (SP)
Isis Dayene Rodrigues Correa, Press Café, Porto Alegre (RS)

Todos os competidores – Coffee in Good Spirits
João Antônio Bim, Fazenda Harmonia e Kaldi Café, Londrina (PR)
Igor Sales de Lima, Café do Moço, Curitiba (PR)
Danilo Conceição Bananeira, Urbe Café Bar, São Paulo (SP)
Fabiano de Carvalho, Café du Coin, Cascavel (PR)
Ricardo Koji Matsuoka, Fazenda Minamihara, São Paulo (SP)
Gabriel de Cruz Guimarães, Unique Café Store, São Lourenço (MG)
Eduardo Scorsin, autônomo, Curitiba (PR)
Juliano André Lamur, Supernova Coffee Roasters, Curitiba (PR)
Leonardo Gonçalves, Café ao Leu, Rio de Janeiro (RJ)
Murilo Guedes Casado Semeghini, Octavio Café, São Paulo (SP)
Ariel Todeschini da Motta, Ponto Gin e Supernova Coffee Roasters, Curitiba (PR)

Todos os competidores – Brewers Cup
Anderson Minamihara, Fazenda Minamihara, Franca (SP)
Franciele Gomes, Baristando, Campinas (SP)
Lucas Salomão, Pasquali Máquinas, São Bernardo do Campo (SP)
Analice Pereira, Como em Casa, Manaus (AM)
Barbara Rebeca, Coado Café, Manaus (AM)
Aldo Bittencourt, Kalena Café, Manaus (AM)
Rodrigo Torii, Coado Café, Manaus (AM)
Otávio Augusto, Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Patrocínio (MG)
Fernando Santana, Baristando, Campinas (SP)
Bruno Giorgi Schiavon Borgo, Argenta Cafés, Curitiba (PR)
Leo Moço, Café do Moço, Curitiba (PR)
Gabriel da Cruz Guimarães, Unique Café Store, São Lourenço (MG)
Ricardo Aguirre Ramos, Isso é Café, São Paulo (SP)
Thais Borsa das Graças, Café du Coin, Cascavel (PR)
Antônio Cordeiro Sobrinho, Brasil Espresso, São Paulo (SP)
Juliana Melo, Brasil Espresso, São Paulo (SP)
Daniel Munari, Supernova Coffee Roasters, Curitiba (PR)
Camila Franco de Souza, Lucca Cafés Especiais, Curitiba (PR)
Daniel Acosta Bosch, Jardins Café, Curitiba (PR)
Juan Pereira Monteiro, Âncora Coffee House, Poços de Caldas (MG)
Leonardo Gonçalves, Café ao Leu, Rio de Janeiro (RJ)
Eliabe Bastos Banca, Full Beard Coffee, Campos dos Goytacazes (RJ)
José Kizner, Bloco 23 Café, Itajaí (SC)

TEXTO Mariana Proença, Natália Camoleze e Gabriela Kaneto, de São Lourenço (MG) • FOTO Giulianna Iannaco

Cafeteria & Afins

The Slow Bakery – Rio de Janeiro (RJ)

Após uma crise que obrigou a brasiliense Ludmila Espíndola e o carioca Rafael Brito Pereira a fecharem sua agência de conteúdo, a ideia de mudar a direção e realizar um sonho distante pareceu boa. Movido pela vontade de fazer acontecer, Rafael investiu em conhecimento por meio de livros e outras fontes sobre pães. Junto com Ludmila, eles fizeram testes ininterruptos por seis meses.

Desse “improviso” nasceu a The Slow Bakery. No começo era um negócio tímido, em que os pães eram vendidos em feiras ou entregues na residência dos clientes, mas não demorou muito para se expandir e virar algo mais sólido, na capital do Rio de Janeiro.

Inaugurada em março de 2016, a padaria artesanal é 100% dedicada à produção de pães de fermento natural e longa fermentação. Com cerca de 4 toneladas por mês, a casa tem como missão respeitar os processos de produção, com gestão focada no envolvimento humano.

De dentro do balcão

Para acompanhar os vários pães servidos no local, a The Slow Bakery trabalha com um blend exclusivo, desenvolvido por sua barista Dri Menezes, em parceria com a microtorrefação curitibana 4beans. A bebida é feita de grãos catuaí vermelho, da Fazenda Santa Rita, sendo 50% cereja descascado e 50% fermentado a seco por 72 horas, o que resulta em um café ácido e frutado, que, segundo os proprietários, dialoga muito bem com os pães.

A casa dispõe de diversos métodos como hario v60, clever e aeropress e oferece opções como Pingado (café com leite), Manchadinho (apenas com a espuma do leite), Mocha (café, espuma e ganache de cacau), On the Road (clever com gelo). Além do blend, o cardápio conta com um café visitante e com o próprio cold brew, também criado em parceria com a 4beans, com grãos de Piatã (BA).

Por causa da valorização da cozinha artesanal, a The Slow Bakery prepara alguns dos próprios ingredientes, como granola, geleia, mostarda, manteiga, iogurte, bechamel, queijo cottage, além do pão de queijo, pizzas e doces.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso referente aos meses março, abril e maio de 2018 – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua São João Barista, 93
Bairro Botafogo
Cidade Rio de Janeiro
Estado Rio de Janeiro
País Brasil
Website http://www.theslowbakery.com.br
Telefone (21) 3563-8638
Horário de Atendimento De terça a sexta, das 9h às 19h; sábados, das 9h às 15h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Samuel Antonini