Cafeteria & Afins

OOP Café abre nova unidade em Belo Horizonte

Nova unidade do OOP Café, no centro de Belo Horizonte

O OOP Café inaugurou, em fevereiro, sua nova loja em Belo Horizonte (MG). A terceira unidade da cafeteria, que tem como sócio o norueguês Eystein Veflingstad, fica no centro da capital mineira (rua Rio de Janeiro, 600). O destaque são as janelas generosas que dão vista para a cidade – a cafeteria fica no 25º andar de um edifício. A unidade conta com cafés rotativos, que podem ser preparados no batch brew ou no espresso. Para acompanhar, os destaques são o pão de queijo recheado, o avocado toast e a broa.

Abaixo, a matéria sobre o OOP Café publicada na Espresso #82 (dezembro/janeiro/fevereiro 2024):

Com o objetivo de disseminar a cultura dos cafés especiais na capital mineira, o OOP Café foi inaugurado em 2016, no agitado bairro da Savassi. O OOP Torra surgiu logo depois, em 2017, inicialmente como apoio à cafeteria. “A gente entendeu que a seleção dos grãos e o perfil da torra eram uma espécie de assinatura”, explica o norueguês Eystein Veflingstad, sócio da casa. “Queríamos ter autonomia para escolher o café, ir até o produtor, desenvolver o próprio processo de torra e servir a bebida”, completa. Para Veflingstad, que tem como sócios a mineira Adriene Cobra e a Farmers Coffees, consultoria e trader capixaba, abrir uma torrefação é uma questão de controle de qualidade.

“Isso também significa ter liberdade para seguir o próprio caminho, definir a própria identidade a partir dos perfis de torra”, analisa. A torrefação começou de modo itinerante, passando por vários locais até fixar-se em um galpão da Rua Januária, no centro de Belo Horizonte. O OOP Torra compra café cru, desenvolve a torra e fornece ao mercado. Hoje em dia, Veflingstad está à frente do espaço, ao lado do especialista em cafés especiais Luan Vital. “Meu trabalho é alinhar e avaliar a colheita com os produtores”, conta ele, que também dá treinamentos para clientes de atacado, cursos e consultorias. Já Vital responde pelas torras, que acontecem por demanda e que são desenvolvidas num torrador Atilla. Além de mestre de torra, Vital cuida do dia a dia da torrefação, ao tratar com clientes e monitorar os processos que fazem com que tudo funcione.

Eystein Veflingstad, sócio do OOP Torra

Os cafés têm duas linhas distintas: ou são garimpados a partir de visitas diretas às fazendas ou são selecionados pela Farmers Coffees, sediada em Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo. Além dos cafés capixabas, a casa conta com grãos de outras regiões, como Minas Gerais e Bahia. “O trabalho vai da planta até a xícara, com atenção às boas práticas de preservação e regeneração do ecossistema e produção de alimentos saudáveis, o que cria um produto sustentável”, destaca Eystein. Os cafés torrados pela equipe OOP podem ser adquiridos através do e-commerce da marca, que os envia para todo o Brasil. Eles também estão disponíveis nas unidades do OOP Café (Centro, Savassi e Inhotim).

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Rio de Janeiro, 600 25º andar
Bairro Centro
Cidade Belo Horizonte
Estado Minas Gerais
País Brasil
Website http://www.instagram.com/oop.cafe
Horário de Atendimento De terça a sábado, das 10h30 às 18h30; aos domingos, das 9h30 às 13h30
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação

Mercado

Ingressos disponíveis para o São Paulo Coffee Festival 2024

Depois de receber mais de 13 mil pessoas em três dias e servir cerca de 80 mil cafés, o São Paulo Coffee Festival volta à Bienal do Ibirapuera para mais uma edição. Neste ano, o evento, realizado pela Espresso&CO em parceria com a Allegra Group, está marcado para os dias 21, 22 e 23 de junho. Os ingressos estão disponíveis aqui

Ao lado de degustações, diferentes agentes do setor – cafeterias, microtorrefações, fazendas, marcas de equipamentos, acessórios, etc. – estarão presentes com estandes e exposições de produtos e novidades. Palestras, workshops gastronômicos e harmonizações também fazem parte da grade gratuita de atrações, que busca apresentar diferentes experiências ao público.

Opções e valores* de ingressos:

Diário

  • R$ 60 (sexta-feira, 21/6)
  • R$ 80 (sábado ou domingo, 22 e 23/6)

Passaporte

  • R$ 160 (para os três dias de evento)

VIP

  • R$ 170 (diário – sexta, sábado ou domingo)
  • R$ 500 (para os três dias de evento)

*atualizados na quarta-feira, 13 de março

Serviço
São Paulo Coffee Festival 2024
Quando: 21, 22 e 23 de junho
Horário: das 14h às 21h (sexta-feira, 21/6) e das 10h às 18h (sábado e domingo, 22 e 23/6)
Onde: Bienal do Ibirapuera – Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana – São Paulo (SP)
Informações e ingressos: www.saopaulocoffeefestival.com.br 

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Cafezal

Café sob a lupa de especialistas

Quantas notas sensoriais podem ser encontradas dentro de uma xícara? Antes que você dê o primeiro gole e faça as suas anotações, profissionais treinados (provavelmente) já analisaram o seu café. Conheça o papel do Q-Grader na compra e avaliação de lotes e a sua importância para a melhoria contínua da qualidade dos grãos brasileiros 

Foto: Agência Ophelia

Quando adquirimos um café especial, é comum encontrarmos na embalagem a descrição sensorial da bebida, como frutas vermelhas, açúcar mascavo, caramelo. Já na xícara, buscamos essas referências principalmente a partir de aroma e sabor, e acessamos nossa memória para identificar novas notas que podem aparecer entre um gole e outro. Para nós, consumidores, esse é um exercício despretensioso, um ritual a cada café tomado. Mas, por trás do prazer sensorial, existem características  complexas, profundamente analisadas por profissionais que se dedicam, diariamente, a identificar, descrever e analisar o melhor (ou não) de cada grão. 

Quem é e o que faz um Q-Grader

Os chamados Q-Graders — provavelmente você já ouviu falar deles — são os responsáveis por avaliar e emitir laudos de qualidade em café. Em inglês, Q é a abreviação de “quality”, enquanto Grader significa classificador, avaliador. Porém, diferentemente do classificador de café, o Q-Grader é uma certificação internacional que habilita profissionais por meio de uma metodologia específica, faz com que eles estejam aptos a avaliar física e sensorialmente um grão, e categorizá-lo como “especial” ou “não especial” dependendo dos atributos positivos e defeitos encontrados. Já o classificador não precisa, obrigatoriamente, ser certificado como Q-Grader.

“Os dois profissionais são extremamente importantes no mercado de cafés, tanto especial quanto comercial”, afirma Donieverson dos Santos, Q-Grader há quatro anos. “Essas profissões são complementares, e fazem com que a avaliação do café seja conduzida com seriedade e profissionalismo, valorizando o produto e destinando-o comercialmente de maneira correta”, completa. 

Como tornar-se um Q-Grader

É necessário realizar o curso de capacitação, oferecido pelo Coffee Quality Institute (CQI). Durante o curso — que também acontece no Brasil, em locais validados pelo CQI —, o profissional é treinado e avaliado em diferentes aspectos relacionados à análise sensorial, para aprofundar-se em certificações específicas: Q-Grader, para cafés arábica, ou Q-Robusta Grader, para cafés canéfora.  

KJ Yeung, Q-Grader há três anos, conta que a avaliação é feita em uma semana – mas não se engane: apesar do pouco tempo, é um aprendizado intenso. “A resiliência do candidato ao treinamento é a peça-chave para a aprovação”, explica KJ Yeung. Segundo ele, além da resistência física e mental durante as aulas e provas, o participante precisa conhecer avaliação sensorial em profundidade, a partir da vivência em provas no dia a dia, ou, pelo menos, uma boa percepção do método. Ainda segundo o profissional, as softskills adquiridas fora do ambiente de trabalho são essenciais: “ter curiosidade, não apenas sensorial, é a base para ser um bom avaliador. Quanto maior a experiência, mais ampla é a percepção de qualidade, que pode ser bem flexível e subjetiva dependendo do lugar”, ensina. Outra característica importante, de acordo com o Q-Grader, é ter senso crítico. “O que não significa ser severo, mas reconhecer, realmente, as características de um café, positivas ou negativas”, destaca. 

Não é necessária nenhuma habilidade especial para ser um bom profissional. Ao longo do tempo, porém, algumas medidas podem ser tomadas para que o desempenho do profissional não seja comprometido, e ele consiga tornar-se referência. Entre elas, evitar o consumo excessivo de álcool e de tabaco, ter uma alimentação balanceada, buscar aumentar sempre seu leque sensorial e manter-se em aprendizado contínuo, além de continuar a ter foco e curiosidade.

Avaliação do café

O café é avaliado e classificado em duas etapas: classificação física e análise sensorial. No caso dos cafés especiais, faz-se primeiramente a amostragem. “Ela deve ser representativa do lote. Se a amostragem não for bem-feita, a análise e a compra do grão podem ser prejudicadas”, aponta a Q-Grader Camila Arcanjo, que atua no ramo há dez anos. 

Na etapa de classificação física, o grão cru (café verde) é avaliado em uma série de fatores, como definição do produto (arábica ou canéfora), porcentagem de umidade, presença de material estranho, defeitos extrínsecos e intrínsecos, odor, cor, tamanho (peneiras) e porcentagem de defeitos (quebra ou catação).

Depois, parte dessa amostra é torrada para o processo de avaliação sensorial. “Aqui, aproveitamos e avaliamos a quantidade de quackers por 100 gramas de café torrado”, explica Camila. Quackers são os ‘grãos pálidos’ definidos na Classificação Oficial Brasileira (COB). “Essa amostra será avaliada no ponto de torra médio, e a granulometria deve permitir que 70 a 75% do pó de café passe por peneira 20 mesh (quanto maior o número do mesh, mais fino será o pó), entre 8 e, no máximo, 24 horas depois da torra”, detalha a especialista.

Durante a análise sensorial, se o produto for comercial, ele será avaliado em diferentes grupos de bebida: estritamente mole, mole, apenas mole, duro, riado, rio ou riozona. Se o café for especial, os parâmetros avaliados irão definir uma determinada pontuação, que geralmente varia de 60 a 100 pontos. Cafés considerados especiais devem pontuar acima de 80. São analisados nesta etapa aroma/fragrância, sabor, finalização, acidez, balanço (equilíbrio), uniformidade, limpeza (ausência de defeitos), doçura e avaliação pessoal.

Foto: Igor do Vale

Divergências entre avaliações

Um Q-Grader que trabalha para um produtor e um Q-Grader de concursos avaliam o mesmo café de formas diferentes? Para Donieverson, isso depende das condições em que o produto é analisado. “O protocolo padroniza a avaliação e dá respaldo para que o café seja avaliado nas mesmas condições, independentemente do local”, diz ele. No entanto, outros fatores podem colaborar para a divergência de avaliações: a calibragem, a experiência e o leque sensorial de cada provador. 

“A calibragem pode ser um dos fatores que colaboram na divergência. Profissionais descalibrados tendem a avaliar cafés de forma equivocada”, acredita ele. A experiência e o leque sensorial também são pontos que podem contribuir. Donieverson destaca ainda que provadores mais experientes, cuja biblioteca sensorial é bem desenvolvida e que tiveram a possibilidade de avaliar cafés de diferentes regiões e propriedades, são mais coerentes. “O ideal é que, caso haja diferença, ela não seja maior do que 1,5 ponto. Se isso acontecer, é recomendável que o café seja novamente avaliado e, se possível, com mais profissionais envolvidos”.

O Q-Grader na indústria e no campo

Este profissional pode trabalhar em diferentes segmentos do setor, como indústrias, tradings, laboratórios de controle e qualidade, fazendas, cooperativas, associações e, também, de forma autônoma, com a emissão de laudos de qualidade e serviços de consultoria. Na indústria, ele atua em várias etapas, mas principalmente na recepção e checagem de qualidade da matéria-prima. “Por meio de avaliação física e sensorial, ele pode aprovar ou rejeitar um lote de café que foi comprado, ao verificar se a qualidade está de acordo com os parâmetros preestabelecidos em contrato”, explica Donieverson. Outro ponto importante é a definição do produto. “Por meio de avaliação sensorial e checagem de qualidade, o profissional pode chamar atenção sobre pontos em alguma etapa do processo industrial, para melhoria e, também, para fazer a seleção de uma linha de perfis que serão utilizados pela marca, direcionando os pontos de acordo com o público e o mercado consumidor”, completa.

No campo, o Q-Grader tem papel fundamental. É ele que faz a avaliação de todos os lotes de café produzidos na propriedade, por meio de metodologia internacional e respeito aos diferentes parâmetros de análise sensorial padronizados, a fim de que o mesmo produto possa ser avaliado por diferentes profissionais, nas mesmas condições ou o mais próximo possível delas. “Sem dúvida, as propriedades com recurso e estrutura para um laboratório, onde seja possível fazer a análise sensorial de todos os lotes cultivados, têm um diferencial”, aponta Donieverson. Ele acredita que é fundamental ter um profissional certificado para auxiliar na avaliação.

É importante, também, que este profissional esteja calibrado com profissionais da mesma região e de áreas diferentes, que lidam com perfis e processamentos distintos de cafés, para que o “vício sensorial” seja menor. Além disso, é importante que não haja restrição de acesso a diferentes terroirs. “Profissionais que estão sempre provando cafés da mesma região ou propriedade tendem a padronizar a avaliação, e avaliar de forma equivocada diferentes qualidades de cafés de qualidade diferentes”, alerta o profissional.”É fundamental,  sempre que possível, a calibragem e a avaliação de diferentes grãos e regiões”, sugere. Por fim, é interessante que haja na propriedade pelo menos dois profissionais para análise sensorial do café, de modo que se possa discutir pontos convergentes e divergentes quanto à amostra analisada. 

O trabalho do Q-Grader também é relevante na venda do café. “Com a classificação e o laudo, chega-se a um valor comercial estimado para o produto”, ensina Donieverson. Com essa análise em mãos, é possível buscar e aplicar o café em diferentes mercados e empresas de compra e venda, para a obtenção de uma rentabilidade atrativa para o produto”, explica. A classificação, porém, é um respaldo para a qualidade, e não um certificado obrigatório para as empresas de comercialização. Ou seja, a negociação deve acontecer de modo que as duas partes sintam-se satisfeitas.

Texto originalmente publicado na edição #81 (setembro, outubro e novembro de 2023) da Revista Espresso. Para saber como assinar, clique aqui.

TEXTO Gabriela Kaneto

Cafezal

ABIC lança guia para impulsionar sustentabilidade na indústria cafeeira brasileira

A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) lançou o Guia ABIC ESG: 5 passos para integrar ações sustentáveis na indústria de café, um documento que orienta as companhias de todos os portes a adotarem medidas sustentáveis. O material é gratuito e está disponível para download no site da entidade.

A sustentabilidade é, atualmente, uma preocupação central de boa parte dos consumidores. Com a pandemia e a crise climática, os clientes estão mais atentos às necessidades do planeta e a como as atitudes individuais podem afetar o mundo. Além disso, o ESG – práticas orientadas para políticas positivas relacionadas ao meio-ambiente, à responsabilidade social e à governança – está conectado a melhorias no processo de gestão e planejamento, estrutura e capacidade de investimento. Assim, a ABIC busca dar força a esse movimento, estimulando as empresas a se adaptarem a essa visão de mundo.

Principais pontos do manual

O manual fornece uma compreensão abrangente e apresenta a prática dos princípios ESG. Ele dá diretrizes claras para produtores, torrefadores, exportadores e todas as partes interessadas, solidificando o compromisso da ABIC com uma indústria do café que não apenas prospera economicamente, mas, também, promove práticas sociais e ambientalmente responsáveis.

Antes de entrar nos cinco passos, o material aponta a diferença entre “ESG” e “sustentabilidade”, reforçando a importância de todos os setores da empresa estarem de acordo com as ações a serem tomadas, estimulando e sensibilizando os colaboradores a adotarem as atitudes sustentáveis no seu dia a dia.

Os passos apontados no texto vão desde atitudes mais simples, como a troca de lâmpadas e a redução do uso de papel, até as mais complexas, como a inclusão de transparência nos processos da companhia.

Rumo à sustentabilidade

Além da elaboração do material, a ABIC auxilia as empresas com diversas iniciativas, como o Programa Cafés Sustentáveis (PCS), que certifica cafés provenientes de fazendas com medidas sustentáveis e incentiva os associados a adotarem boas práticas de produção, bem como a buscarem certificações reconhecidas, como Rainforest, Fairtrade, dentre outras. Em 2023, o PCS teve um crescimento de 24% em relação ao ano anterior, mostrando a crescente adesão da indústria à pauta.

A entidade, ainda, possui o Ecossistema ABIC, criado em parceria com a empresa Cognitivos. É um programa de logística reversa que recebe e dá destinação ambientalmente correta a cápsulas de café e multibebidas usadas de todas as marcas, e pode ser acessado quando o consumidor vai ao mercado fazer as suas compras. Em dois anos, o programa já coletou 3,5 toneladas de cápsulas pós-consumo. O objetivo é reduzir os custos de logística reversa e facilitar a participação de associadas da ABIC, principalmente as pequenas e médias empresas.

TEXTO Redação

Mercado

Café é tema de dança contemporânea

O café também virou tema de espetáculo de dança. Café não é só uma xícara” é o novo trabalho do Grupo Tápias, companhia de dança contemporânea franco-brasileira que realiza uma turnê por cidades brasileiras no segundo semestre do ano. 

A narrativa apresenta os movimentos da dança em comunhão com a obra de Sebastião Salgado, que inspirou a coreógrafa e bailarina Flávia Tápias a idealizar e colocar em cena sentimentos e sensações vindos da pesquisa realizada sobre o café, uma bebida tão presente na vida dos brasileiros!

O projeto, patrocinado pela Brasilcap, está inserido no Festival Dança em Trânsito 2023 e já passou por Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Belo Horizonte e Coronel Fabriciano (MG), Rio de Janeiro, Brasília (DF), e segue agora para São Paulo (SP) no dia 15 de agosto, Salvador (BA) no dia 18 de agosto, e voltará ao Rio de Janeiro no dia 1 de outubro, em Volta Redonda (RJ), e 3 de outubro, em Mangaratiba (RJ).

O espetáculo de dança contemporânea acerca do café no que diz respeito ao corpo do homem comum que, onde quer que esteja, partilha sensações similares. Dentro de todas as possibilidades do corpo de resgatar os registros do fotógrafo Sebastião Salgado, a coreógrafa coloca em cena um trabalho que brinca esteticamente com o instante eternizado pela pesquisa realizada em torno da fotografia. Café não é só uma xícara. Café é plantio, colheita, moagem, cheiro bom pela casa quentinha da memória. 

“Muitos encontros são permeados pela presença do café. Café é vício, é encontro, é intervalo, é negócio, é mimo, é familiar, é cheiro. Neste espetáculo, apresentamos uma obra sensorial, um exercício lírico perpassado pela fé profana ou religiosa, por crenças, tradições e espiritualidade sem, no entanto, subtrair do ser humano o poder de transformar e recriar sua realidade”, diz Flávia Tápias, que assina a direção artística do espetáculo com a mãe, Giselle Tápias.

O elenco é formado pelos bailarinos Hugo Lopes, Dilo Paulo, Samuel Samways, Letícia Xavier, Clara da Costa, Marina Cervo e Flávia Tápias.

Serviço
Café não é só uma xícara, com o Grupo Tápias
Classificação: Livre
Duração: 60 minutos

15/8 – São Paulo (SP), às 19h30, no Centro Cultural Fiesp 
Avenida Paulista, 1.313 – Bela Vista, São Paulo – Em frente a estação Trianon-Masp do Metrô
Gratuito – Retirada de ingresso uma semana antes do evento

18/8Salvador (BA), às 19h, no Sesc Pelourinho 
Largo do Pelourinho, 19 – Centro Histórico de Salvador
Inteira R$ 10/Meia R$ 5

 1/10Volta Redonda (RJ), na GACEMSS (horário a definir)
Gen. Oswaldo Pinto da Veiga, 315 – Vila Santa Cecília – Volta Redonda (RJ) – a confirmar

3/10Mangaratiba (RJ) – a confirmar

TEXTO Redação • FOTO Fernanda Valois

Mercado

Nespresso lança café em cápsula enriquecido com vitamina B12

A Nespresso lançou o Vivida, seu primeiro café enriquecido com vitamina B12. Em edição limitada e compatível com o sistema Vertuo para a medida 230 ml, a marca apresenta uma opção aos consumidores que estão procurando mais disposição para as atividades do cotidiano. 

A vitamina B12 atua em diversas funções metabólicas, como formação dos glóbulos vermelhos, síntese de neurotransmissores, síntese de DNA e metabolismo proteico, e por isso é um suporte fundamental ao sistema imunológico. Além de ajudar na manutenção e no desenvolvimento das funções do sistema nervoso central, contribui para boa disposição mental e física. Uma cápsula do novo Vivida tem 0,26µg de vitamina B12, equivalente a 20% da ingestão diária recomendada.

“Na Nespresso valorizamos a qualidade e toda cadeia do café, com uma preocupação especial com a inovação e com as pessoas. É por isso que criamos uma linha de café que integrasse bem-estar e bom gosto nos momentos de café. Estamos muito felizes em trazer ao Brasil o primeiro café Nespresso enriquecido com vitamina B12, acrescentando ao nosso portfólio uma opção que também tem uma preocupação com o bem-estar”, comenta Monica Lopes, Diretora de Marketing da Nespresso Brasil.

A edição limitada do Vivida foi feita especialmente para o sistema Vertuo. Esse novo café é uma combinação de notas doces, biscoitos e cereais, com o sabor suave dos arábicas latino-americanos, combinados com o complemento da vitamina B12. A novidade já está disponível on-line e nas Boutiques Nespresso. 

Mais informações: www.nespresso.com/br/pt/ 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

O incrível mundo novo do café

O mundo do café mudou muito nestes últimos 35 anos, desde a semente até a xícara, desde o processamento até o mercado. Tive o privilégio de ser testemunha da maioria destas mudanças e de ter participado de muitas delas. Hoje múltiplos tipos de café podem ser obtidos usando diferentes sistemas de processamento, industrialização e preparo mesmo que sejam provenientes de uma mesma origem ou da mesma fazenda.

Após séculos em que existiam apenas cafés naturais e lavados, os anos 90 presenciaram a inclusão do sistema cereja descascado, desenvolvido no Brasil, cujo produto final é chamado de CD (Cereja Descascado) e também de “honey”. Mais tarde, novamente no Brasil e aos poucos em outros países, o cereja descascado feito a partir de cerejas sobremaduras e verdes passou a melhorar as características na xícara de matérias-primas cuja qualidade não é ideal.

Um outro fenômeno foi a quebra do paradigma ou mito de que países produzem somente café lavado ou natural. Depois do despolpamento crescente de arábicas no Brasil e na Etiópia e de canéforas (robustas) na Índia, os arábicas naturais começaram a ser produzidos mais recentemente em muitas origens conhecidas por seus cafés lavados, e os robustas passaram a ser despolpados em países como Uganda e Brasil.

O desenvolvimento mais recente em processamento a nível de fazenda tem sido a fermentação, não aquela do processamento tradicional utilizado no sistema lavado, mas a fermentação do café recém-colhido ou em outras etapas do processo usando diferentes técnicas, por exemplo a adição de leveduras ou a maceração carbônica. Estes novos tipos de fermentação podem mudar o perfil na xícara e atrair consumidores específicos.

Essa grande variedade de cafés verdes agora disponíveis pode chegar à xícara do consumidor usando tanto sistemas de preparo tradicionais quanto novos. Ao mesmo tempo, tanto os canéforas como os cafés solúveis estão passando por um processo de reposicionamento no mercado.

O mercado de renda mais alta está sendo invadido por novos sistemas de preparação enquanto as monodoses, por exemplo as cápsulas, estão atraindo um público mais amplo. As bebidas e cafés gelados podem ter um impacto interessante no consumo, que geralmente diminui nos meses quentes do verão na maioria dos países consumidores.

Os canéforas estão sendo reposicionados no mercado através do esforço conduzido principalmente pelo Instituto de Qualidade do Café (CQI), cujo evento de prova no “World of Coffee” em Milão, no ano passado, atraiu um número surpreendente de pessoas. Os Cursos de Processamento de Robustas do CQI já estão disponíveis e o de nível dois, com uma semana de duração, já foi realizado nas Filipinas e na Índia este ano.

A Associação Brasileira da Indústria do Café Solúvel (ABICS) está inovando no posicionamento do solúvel no mercado. Seu “White Paper” propõe avaliar a qualidade do café solúvel usando três categorias – Clássico, Premium e de Excelência – ao invés de pontuação. A ABICS, que está atualmente treinando provadores para implementar o sistema no mercado brasileiro, está disposta a compartilhar as descobertas da sua metodologia com outros países produtores e consumidores para melhorar a percepção do consumidor sobre o café solúvel e promover seu consumo.

Se, por um lado, os esforços para aumentar o interesse do consumidor pelo café tem muitas vezes focado nos café especiais e no mercado de renda média à alta, por outro lado, o reposicionamento tanto do Robusta como do café solúvel atrai um segmento muito maior de consumidores, que correspondem à maioria do consumo de café em qualquer mercado. Esse mundo novo do café é realmente fascinante pois está levando a inovação, do café verde ao produto final, além do universo do café especial e tornando a bebida mais acessível aos consumidores de todos os segmentos de renda.

TEXTO Carlos Henrique Jorge Brando

Barista

Inscrições abertas para bolsas de estudos do International Masters in Coffee Economics and Science Ernesto Illy

Até 15 de julho é possível candidatar-se a uma das bolsas de estudos oferecidas pelas Fundação Ernesto Illy para cobrir os custos totais ou parciais para frequentar o programa de mestrado em 2024.

O International Masters in Coffee Economics and Science Ernesto Illy é voltado para jovens com diploma de bacharel ou equivalente nas áreas científico-tecnológica e humanística-social e oferece treinamento abrangente sobre a cultura do café, da planta à xícara, sobre o valor social do consumo de café, e sobre a cultura de países produtores de café, como o Brasil.

Os cursos serão realizados de janeiro a dezembro de 2024, no formato misto (parte on-line e parte presencial). Na fase on-line, as aulas acontecem ao longo da semana e se desenvolvem em sessões de duração variável para os participantes de todos os continentes. Na fase presencial, que acontece em Trieste (Itália), as aulas contam com atividades curriculares, como: workshops, projetos e seminários.

Como tem acontecido anualmente desde o primeiro Mestrado em 2010, a Fondazione Friuli financia bolsas de estudos, uma forma significativa de incentivar os jovens locais das províncias de Udine e Pordenone, enquanto a Fondazione Ernesto Illy oferece ajuda financeira total e parcial para jovens merecedores graduados vindos de países produtores de café. Além da Fondazione Ernesto Illy, os parceiros apoiadores do Mestrado incluem a Universidade de Trieste, a Universidade de Udine, a Escola Internacional de Estudos Avançados (SISSA) em Trieste, o Trieste Area Science Park e a illycaffè.

O Mestrado em Ciência e Economia do Café Ernesto Illy, confirma a posição de Trieste como um centro global da cultura do café. Os 59 membros do corpo docente do programa vêm da Universidade de Trieste, Universidade de Udine, illycaffè e Università del Caffè, Organização Internacional do Café, Universidade de Copenhague, Cirad, Unipd, Universidade Northen Colorado, Coffeelab Índia, Demus, Universidade Drexel, RD2 Vision, Centro Euro-Mediterraneo sui Cambiamenti Climatici, VUNA Origin Consulting, MIB Trieste School of Management, Quin, e Kedge Business School.

Para informações adicionais sobre o curso, clique aquiOs interessados ​​podem enviar currículo vitae (formato Europass – com foto) e carta de motivação em Inglês para: master@fondazioneilly.org.

TEXTO Redação

Receitas

Bolo de milho vegano

Ingredientes

  • 120 g ou ¾ de xícara de milho cozido ou enlatado (drenado)
  • 90 g ou ½ xícara de óleo vegetal
  • 130 ml de água
  • 200 g ou 1 xícara de açúcar demerara
  • 15 g ou 2 colheres de sopa de farinha de linhaça dourada
  • 65 g ou ½ xícara de fubá mimoso
  • 70 g ou ½ xícara de farinha de arroz integral
  • 40 g ou ⅓ de xícara de fécula de batata ou amido de milho
  • 1,5 g ou ½ colher de chá de goma xantana
  • 13 g ou 1 colher de sopa de fermento químico

Preparo

Prepare uma forma (preferencialmente de alumínio) untando com óleo. Pré-aqueça o forno a 180ºC. Em um liquidificador, coloque o milho, o óleo, a água e o açúcar demerara. Bata por cerca de 5 minutos. Transfira a mistura de milho para uma tigela. Adicione o fubá e a farinha de linhaça e misture bem com um fouet. Comece a adicionar o mix de farinhas sem glúten aos poucos, acompanhando a textura da massa crua. Pare de adicionar farinhas quando a textura da massa ficar cremosa, um pouco mais consistente do que uma massa de bolo comum. Se a massa ficar muito firme, o bolo não cresce bem, e se a massa estiver “oleosa” é porque passou da quantidade necessária de farinhas, então adicione mais água para corrigir. Por fim, adicione o fermento químico e misture. Leve ao forno por pelo menos 35 minutos (pode chegar até 50 minutos de assamento dependendo do forno, verifique antes de desligar se o bolo está completamente assado). Conserve em temperatura ambiente por até 5 dias, em geladeira por até 10 dias ou congele por até 2 meses.

RECEITA Carolina Yamamoto, chef confeiteira e mentora da Formação Plantlife

Café & Preparos

Marca curitibana lança medidor de pressão para cafeteiras Aram

A Aram Soulcraft apresentou recentemente um novo acessório para o mercado brasileiro de cafés: o Focus. Antes, o usuário já preparava manualmente o café espresso com a Aram. Agora, poderá aprimorar essa experiência através do controle da pressão durante o processo.

A velocidade aplicada na manivela controla a pressão da água, sendo possível adquirir uma maior cremosidade e um realce da bebida na xícara. “Nosso acessório vem para tornar visível a pressão da água dentro da cafeteira, assim você pode escolher quanto de pressão você quer para chegar no seu café ideal e, ainda, poder repetir ele toda vez”, destacou a marca curitibana. 

De acordo com os criadores, o Focus também ajuda a identificar a moagem correta: se está muito fina, as peças vão subir rapidamente até o ponto vermelho, indicando pressão excessiva; se estiver muito grossa, nenhuma peça vai subir, pois não haverá pressão e o café terá um sabor super ácido. 

O novo equipamento pode ser usado em todos os modelos já feitos da cafeteira Aram e está disponível no site da Aram Soulcraft, por R$ 550.

Mais informações: https://arambrasil.coffee/ 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação