Café & Preparos

Café e vinho: qualquer semelhança não é mera coincidência

Há entre ambas as bebidas uma relação muito interessante e os produtos podem ser comparados quando o assunto passa por aromas e sabores, por maneiras de produzir e até pelo preparo no campo

Quando o homem descobriu o vinho, há milhares de anos, a bebida era tão-somente uma fermentação alcoólica do suco (mosto) de uvas frescas. As leveduras se alimentam do açúcar e liberam gás carbônico, energia e álcool. O tempo passou, a modernização chegou e o vinho começou a ser moldado de acordo com a preferência do mercado, adicionando-se leveduras que direcionam sabores e aromas, corretores de acidez, de cor, entre outras substâncias.

Paula Dulgheroff, especialista em cafés e apaixonada por vinhos, explica que o vinho é o produto da fermentação do suco da uva. A preocupação principal quando se vai fazer um bom vinho é ter uma uva muito madura. “Geralmente se colhe à noite para evitar oxidação. Esse é o cuidado com o fruto; o cacho da uva passa por um processo de remoção dos engaços dos grãos, esmagamento, depois fermentação, vinificação. A produção tradicional pode utilizar leveduras de indução de fermentação e alguns compostos químicos, principalmente o sulfito, para diminuir a oxidação. Cada vinho tem um estilo de vinificação diferente, é um produto pronto, engarrafado, que vem da fermentação do suco da uva.”

Quando falamos em vinho Malbec, Cabernet, Syrah, por exemplo, estamos tratando as variedades do vinho. As regiões em que as uvas são cultivadas, traz detalhes de como a bebida é preparada, o tipo de cepa utilizada leia mais…

TEXTO Janice Kiss e Natália Camoleze • FOTO Daniel Ozana/Studio Oz

Café & Preparos

Como limpar o seu moedor de café em casa?

Nós crescemos acostumados com o café moído, mas é nosso dever informar que é muito melhor comprar o café em grão e moer na hora, já que o grão preserva por mais tempo as características de aroma e sabor que são potencializadas na torra. Moê-lo no momento do preparo evita a oxidação do pó e te proporciona uma experiência totalmente diferente do que você pode estar acostumado!

Agora, para isso, você precisa de um bom moedor, que pode ser encontrado em diversos modelos para atender perfis e necessidades diferentes. O utensílio já passou por diversas mudanças em sua história, indo da peça de pedra ao aparelho automático. Ele aplica uma força mecânica considerável para quebrar os grãos, deixando o produto em diferentes estados de granulosidade, que são utilizados para formas específicas de preparo do café.

Muito bem, você comprou o seu café em grão e moeu, mas não vale deixar o moedor sujo! Limpe sempre o utensílio após preparar o seu café. Para isso, reserve um pincel para acompanhar o leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Natália Camoleze

A Covid-19 e o café

O termo “novo normal” tem sido utilizado com frequência para descrever o mundo que emergirá da pandemia de Covid-19. Trata-se de uma expressão que, embora inspirada por uma ambição de abarcar um sem número de transformações, falha ao fazê-lo. Afinal, o “normal” nunca é estável. São tantas as possíveis fontes de perturbação do “normal” – ciclos econômicos, realinhamentos geopolíticos, mudanças ambientais, emergência de novas preferências – que a transformação não chega a ser uma exceção, mas sim a regra.

Isso não significa que qualquer mudança derive dos mesmos mecanismos ou gere consequências de magnitude idêntica. Eventos como a pandemia de Covid-19 possuem um alto potencial disruptivo. Em outras palavras, podem afetar uma série de aspectos de nossa vida em um curto período. Ainda assim, o principal desafio diante de qualquer analista é separar mudanças circunstanciais daquelas transformações de longo prazo. É provável que muito do que imaginamos sobre o mundo pós-Covid se mostre impreciso. Afinal, tendemos a imaginar eventuais mudanças tomando como base a esperança de que outras tantas variáveis seguirão constantes. Podemos formular hipóteses sobre a importância crescente do home office nos próximos anos, mas provavelmente o faremos assumindo o efeito de apenas uma variável – a duração da pandemia – sobre o comportamento. Não é isso o que ocorre no mundo real, entretanto. Ao afetar todas as variáveis ligadas à vida em sociedade, a Covid-19 acabará por revelar novos caminhos e explicitar atuais limitações de maneiras surpreendentes.

Por isso mesmo, nossa capacidade de lidar com a atual crise dependerá mais das perguntas que formularemos nos próximos meses do que de quaisquer conclusões apressadas. A vantagem da dúvida é a sua abertura à incorporação de novas variáveis e a flexibilidade para o estabelecimento de cenários alternativos. A pressa pela determinação de um desfecho – algo tão comum no mundo dinâmico do século XXI – acaba resultando em um empobrecimento da análise, algo preocupante em momentos como o atual.

Isso posto, são diversas as dúvidas que rondam o cafeicultor. Questão importante diz respeito ao impacto da Covid-19 sobre os hábitos de consumo de café ao redor do mundo. Mais especificamente leia mais…

TEXTO Bruno Varella, professor assistente do Insper e Doutor em Economia Aplicada pela Universidade de Missour • FOTO Tabitha Turner

Mercado

Empreendedor: confira dicas e cuidados durante a retomada do seu negócio

A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) relata que o mercado de alimentos e bebidas no Brasil movimenta cerca de R$ 650 bilhões por ano. Com a pandemia, a Associação comenta que o setor de food service teve uma paralisação de 60% de toda a cadeia produtiva, desde os restaurantes até os distribuidores e a indústria.

Com as cafeterias em todo o Brasil não foi diferente. Algumas optaram pelo sistema delivery ou interromperam o atendimento ao público. Pequenos, médios e até grandes empresários tentam garantir suas vendas usando a criatividade. Segundo Leonardo Almeida, fundador da Menu, startup que abastece os restaurantes conectando os principais distribuidores e indústrias do mercado food service, esse mercado terá que se adaptar para receber o público pós-pandemia. “Muitos negócios já se reinventaram durante a quarentena, seja no atendimento ou no tipo da venda de produto. O mercado food service vai voltar a faturar, mas algumas mudanças são essenciais para os negócios continuarem funcionando depois desse período”, afirma.

Segundo especialistas, as necessidades de consumo não desaparecem e podem até aumentar, mas, durante uma pandemia, o comportamento do consumidor pode variar segundo as etapas do avanço da doença.

Uma pesquisa da Nielsen, empresa que estuda os consumidores em mais de 100 países para oferecer a visão mais completa das tendências e dos hábitos ao redor do mundo, disponibilizada leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

BaristaCafé & Preparos

Campeonatos mundiais de café 2020 estão cancelados

Na última terça-feira (28), a World Coffee Events (WCE) e a Specialty Coffee Association (SCA) divulgaram um comunicado sobre o cancelamento dos Campeonatos Mundiais de 2020, que estavam marcados para acontecer este ano em Melbourne, na Austrália, e em Varsóvia, na Polônia.

A decisão foi tomada levando em consideração a pandemia de Covid-19 e todos os seus efeitos, como a segurança dos competidores e demais participantes, impacto no cenário global e restrições de viagens entre os países. “Nós sabemos que são notícias decepcionantes para muitos e lamentamos profundamente que não haja maneiras viáveis de reunir os competidores mundiais este ano”, explicaram em nota oficial.

Inicialmente, os Mundiais de Barista e Brewers Cup estavam planejados para acontecer nos dias 3 a 6 de novembro, na Melbourne International Coffee Expo (MICE), enquanto que os Mundiais de Coffee in Good Spirits, Latte Art, Cup Tasters, Torra e Ibrik iriam ser realizados entre 15 e 17 de outubro, durante a World of Coffee, em Varsóvia.

Com as mudanças, os próximos Campeonatos Mundiais de Barista, Cup Tasters e Ibrik foram remarcados para acontecer em 2021, na World of Coffee, em Atenas, Grécia. Sobre as demais competições, as entidades ainda leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Marcus Desimoni/NITRO

Mercado

Embalagem perfeita: quais informações colocar no pacote do seu café?

Imagens, ilustrações, grafismo… Com uma sociedade cada vez mais visual, técnicas como essas estão predominando no nosso dia a dia. Não podemos esquecer que tão importante quanto o design são as informações. É essencial que a embalagem contenha dados detalhados e precisos sobre o produto, fazendo com que o consumidor saiba realmente o que está adquirindo.

Aqui veremos um modelo de pacote de café em que consta tudo o que é preciso, e como você pode organizar essas ideias. Quais são as informações fundamentais? Quais podem ser descartadas? Atente para as dicas e aplique-as no seu negócio!

Nome do café e região

Essas informações são as mais importantes e precisam estar em evidência. Use uma letra legível e de tamanho adequado, pois elas diferenciarão o seu produto dos demais.

Produtor e torrefador

É necessário dar visibilidade às etapas anteriores. Não se esqueça de mencionar a fazenda, o produtor responsável e o torrefador. Cite também o processo pelo qual o grão passou, o tipo de torra e leia mais…

TEXTO Gabriela Kaneto • ILUSTRAÇÃO Café Editora

Mercado

China se liberta da tradição do chá e passa a consumir cada vez mais café

O café é a segunda bebida mais popular, perdendo apenas para a água. Não é de se surpreender que ele desempenhe uma função social muito importante e um papel vital na construção de relacionamentos sociais. Como o consumo de café transcende as fronteiras geográficas e culturais, é amplamente considerado um lubrificante social, ajudando as pessoas a se relacionarem, se comunicarem, construírem relacionamentos e se divertirem.

Com a agradável experiência do consumo da bebida, as cafeterias tornaram-se lugares sociais para as pessoas conversarem, escreverem, lerem e estudarem. Os cafés tornaram-se, portanto, ícones dos bairros urbanos. Ao longo das décadas, a rápida urbanização, criação e desenvolvimento de novos centros urbanos ajudaram a impulsionar a cultura cafeeira.

As cafeterias ao redor do mundo oferecem diversos tipos de bebidas, como o latte, americano, cappuccino, espresso e macchiato. O café é a única bebida que circula por diferentes leia mais…

TEXTO As informações são do GlobeNewswire / Tradução Juliana Santin • FOTO Karl Fredrickson

Café & Preparos

Seja o seu próprio artista: passo a passo para desenhar com o leite no café

Com as cafeterias em expansão e a chegada da era digital, o latte art é uma opção que muitas vezes se destaca nos cardápios mundo afora. Apesar dos inúmeros desenhos possíveis, a bebida consiste basicamente em café com leite. Mas, se levarmos em consideração o lado mais artístico, a superfície da bebida é uma tela em branco em que o barista pode fazer o que quiser!

São duas as técnicas para preparar um latte art: free pour e sketching. Na primeira, os desenhos são feitos apenas despejando o leite sobre o espresso e formando os desenhos através dos movimentos do barista. Na segunda, além do leite, utilizam-se utensílios e cores para incrementar a arte.

Nessa bebida, o leite é tão importante quanto o espresso e, por causa do processo de vaporização, requer muito mais atenção durante o preparo. Para garantir um bom resultado, além da prática com as mãos, é necessário ter um leite bem vaporizado, liso e cremoso. Por isso, confira o processo e atente para as dicas!

Vaporização do leite

Na teoria, essa etapa consiste basicamente na injeção do vapor sobre o leite através do bico vaporizador presente nas máquinas de espresso. Na prática, é aconselhável tomar algumas providências em relação às características do leite.

Segundo o barista Eder Ferreira, bicampeão brasileiro de latte art, é importante que o leite tenha alto teor de gordura e proteína. “São elas que se expandem durante a vaporização, dando homogeneidade e ajudando na hora de preparar o desenho”. Eder explica que é possível utilizar vários tipos de leite, mas, quanto maior o nível dessas substâncias, mais cremoso será o resultado final, por isso é indicado o uso da bebida integral.

Além disso, um fator importante é a temperatura. Como o processo de vaporização é rápido, dura menos de um minuto, o leite precisa atingir o ponto correto de cremosidade. Para isso, é preciso leia mais…

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Daniel Ozana/Studio Oz

Cafezal

Você conhece o termo “agricultura familiar”?

Neste sábado, 25 de julho, é a data escolhida para homenagear a agricultura familiar. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no Brasil existem mais de 4 milhões de estabelecimentos familiares rurais e o setor é responsável por gerar renda para 70% dos brasileiros no campo.

Segundo o 3º parágrafo da Lei nº 11.326/2006, é considerado agricultor familiar aquele que pratica atividade no meio rural e não detenha área maior que quatro módulos fiscais, utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento. Além disso, tenha renda familiar originada principalmente das práticas em seu estabelecimento, sendo este gerenciado pela família.

O Censo Agropecuário 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), explica que a categoria caracterizada como agricultura familiar responde, hoje, pela maioria da população que vive e trabalha no meio rural. De acordo o instituto, dos 607.557 estabelecimentos rurais de Minas Gerais, 72,72%, ou 441.829, são da agricultura familiar. E das 1.836.353 pessoas ocupadas na agropecuária, 59,02%, ou 1.083.824, pertencem ao setor.

Já o Sistema Safra Agrícola da Emater-MG, que capta dados da produção agropecuária da agricultura familiar nos municípios mineiros, mostra algumas atividades produtivas, desenvolvidas leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Café & PreparosMercado

Opções vegetais para substituir o leite animal nas bebidas à base de café

Aqui no Brasil, o leite sempre foi o principal companheiro do café, dando vida a diferentes bebidas, como o macchiato, flat white, latte, cappuccino e mocaccino, principais opções dos cardápios das cafeterias.

Para compor essas receitas, os baristas costumam indicar o uso do leite integral por conta do maior nível de gordura e proteína, que facilitam na hora de realizar a vaporização. No processo, quando o leite sofre aumento de temperatura, esses componentes reagem, se expandem e fazem com que a textura mude. Por isso o leite fica cremoso e aveludado!

Porém, como proceder quando o assunto é intolerância à lactose ou veganismo? Pensando nessas situações, algumas marcas desenvolveram leites vegetais para este tipo de uso. Uma delas é a A Tal da Castanha, que lançou em maio de 2020 sua bebida denominada Barista. Segundo a marca, o leite é feito com cinco ingredientes – água, aveia, amêndoa de castanha de caju, sal marinho e aroma natural – e oferece um bom resultado na vaporização.

Outra alternativa pensada justamente para acompanhar o café é a da Cajueiro. Também chamado de Barista, o leite foi desenvolvido junto a profissionais do setor e é composto por água, castanhas cruas e assadas. De acordo com a marca, a opção possui cremosidade alta e pode substituir o leite de origem animal no preparo das bebidas cafeinadas.

Demais opções vegetais

Este é um setor que vem crescendo dia após dia e essa mudança pode ser vista nas prateleiras dos supermercados. O número de marcas que aderiram às alternativas vegetais é grande, o que resulta em um leque interessante de opções para experimentar!

Além das bebidas pensadas especialmente para o mercado de café, há outras que são válidas para o dia a dia, como as feitas à base de arroz, amêndoa, nozes, aveia, avelã, castanha de caju, semente de leia mais…

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Café Editora
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