Você já deve ter ouvido em algum lugar a palavra Q-Grader. Ela pode ser traduzida como “Avaliador Q”, sendo o “Q” referente à qualidade. É aquele profissional de degustação e classificação de cafés que recebe uma certificação mundial ligada ao Instituto de Qualidade do Café (Coffee Quality Institute – CQI).

Este órgão fica nos Estados Unidos e trabalha para uma melhor qualidade cafeeira mundial por meio de treinamentos e exames práticos que permitem o desenvolvimento de competências para a análise sensorial, além da habilidade em avaliar os defeitos da bebida.

Portando, os aprovados se certificam como avaliadores do grão, podendo diferenciar, avaliar defeitos e pontos sensoriais em diferentes origens e classificá-los.

Q-Arabica Grader

Segundo o Coffee Quality Institute, é o profissional credenciado por eles para classificar e pontuar cafés arábica utilizando os padrões desenvolvidos pela Specialty Coffee Association (SCA).

O curso demanda um conhecimento em cupping e é realizado através de longos testes que estão relacionados à capacidade do indivíduo de tomar café de forma precisa e consistente, de acordo com os padrões e protocolos de classificação da SCA. Após receber o certificado, a cada três anos o profissional deve renovar sua licença para seguir atualizado.

Q-Robusta Grader

É o profissional credenciado para classificar e pontuar cafés canéfora, utilizando os padrões desenvolvidos pelo CQI, em parceria com a Uganda Coffee Development Authority (UCDA). O curso conta com uma revisão intensiva dos protocolos de classificação, combinada com uma avaliação abrangente da capacidade do profissional em classificar o café canéfora verde.

Assim como o Arabica Grader, é fundamental que o profissional tenha experiência com o processo de prova do canéfora. A certificação também deve ser renovada a cada três anos.

Para saber mais, acesse o site do CQI.

Como se tornar um provador

Alguns lugares oferecem a certificação no Brasil, como o Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé), a cafeteria mineira Academia do Café e a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). Porém, por conta da pandemia de Covid-19, não há previsão de novas turmas.