Personagens

Thiago dos Santos: “Me diziam que era fantástico trabalhar com café”

Sempre fui enlouquecendo por bebidas de todos os tipos. Com 16 anos comecei a trabalhar em buffet fazendo sucos e batidas. Com 17 fiz um curso de bartender e me mudei para São Paulo, pois queria ter mais oportunidades. Aos 19, em uma casa noturna que trabalhava, vários baristas frequentavam e sempre me diziam que era fantástico trabalhar com café.

Eu não tomava café na época e um dos amigos me convenceu a ir fazer um teste em uma cafeteira. Foi maravilhoso! Construí amizades maravilhosas e um desejo de conhecer este universo fantástico do café. Participei de cursos, de campeonatos como o de Barista, Coffee in Good Spirits e Copa Barista.

Fiz parte de três edições desta Revista que tanto amo. Trabalhei para algumas torrefações, fiz muitas consultorias, fui co-fundador do maior evento de Mixologista no Brasil, o Mentes Brilhantes.

Hoje em dia desenvolvo um trabalho para a Kerry do Brasil, no desenvolvimento para clientes na área de bebidas. Tentei fazer uma versão bem resumida de uma caminhada de 20 anos de história, vitórias, derrotas e muitos cafés. Esta Revista faz parte de minha história e da história moderna no café do Brasil.

Thiago dos Santos, desenvolvimento de novos produtos com café – Vinhedo (SP) @thiago_nego12

Café & Preparos

Passeio pelo Centro Histórico de Santos (SP) apresenta a história do café

A agência Parceiros do Turismo está organizando passeios para quem deseja conhecer mais sobre a história do café e Santos, cidade no litoral de São Paulo. Chamado de Rastros e Aromas do Café em Santos, o passeio a pé (walking tour) teve sua primeira edição realizada no último sábado (7), no Centro Histórico.

Com duração de três horas de duração, as pessoas percorrem em torno de 1,5 km, acompanhadas por um guia turístico. O roteiro conta com visita ao estabelecimento Rei do Café, que inclui apresentação sobre o processo de torrefação de grãos; o Museu do Café, que oferece muitas informações sobre a bebida; e o Monte Serrat, onde termina com uma vista incrível.

“A pandemia prejudicou muito o fluxo do turismo, mas abriu novas maneiras de promover e realizar um turismo mais inteligente, valorizando nosso potencial, além das praias, com história e cultura”, explica Diogo Dias Fernandes Lopes, responsável pela agência.

Ele cita algumas das emoções e sensações geradas pelo roteiro: “Tivemos uma participante que se emocionou ao ver a primeira profissão da sua mãe, a de catadeira de café, apresentada no Museu como uma importante função do mercado cafeeiro. Outra participante, nascida na Vila Progresso, teve uma nova experiência sobre o Monte Serrat no passeio de bondinho pela primeira vez”.

Próximo passeio

O passeio, que tem os ingressos incluídos e um café de cortesia, já tem data marcada: será no dia 11 de setembro. Mais informações sobre valor do ingresso e o roteiro podem ser obtidas nas redes sociais da agência Parceiros do Turismo.

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Café & Preparos

Campeonato Brasileiro de Aeropress 2021 é confirmado e abre inscrições

Através de live realizada no Instagram neste sábado (7), foi confirmado que o Campeonato Brasileiro de Aeropress acontecerá este ano! A competição, que foi cancelada em 2020 por conta da pandemia, traz algumas adaptações na edição de 2021. Aos interessados em participar, as inscrições estarão abertas a partir do dia 11 de agosto, às 20h, no Sympla. Basta clicar aqui! O valor é de R$ 60.

Quais são as novidades?

Desta vez a disputa será dividida em duas fases, com a primeira acontecendo totalmente on-line no dia 28 de agosto, às 12h. Para evitar aglomerações, a organização do evento escolherá seis baristas experientes para representar presencialmente os 27 competidores. A etapa será feita no laboratório da Atilla, em Belo Horizonte (MG). 

A principal missão destes profissionais será reproduzir fielmente as receitas conversadas e testadas pelos participantes inscritos. “Mais do que nunca os competidores terão que trabalhar a receita e a comunicação”, comenta Eystein Veflingstad, representante oficial da competição no Brasil. O tempo de treino e a competição serão feitos via transmissão ao vivo no Instagram. 

As regras para as provas continuam as mesmas: três juízes julgarão e escolherão às cegas a melhor extração, tendo como critério exclusivo a análise sensorial da bebida servida. Em caso de empate, o juiz principal entrará para definir quem vai para a próxima rodada. leia mais…

TEXTO Redação

Cafezal

Livro apresenta a cafeicultura na Serra da Mantiqueira através de fotos

O fotógrafo Ricardo Martins realizou uma expedição de 45 dias em que registrou as colheitas dos cafezais da Serra da Mantiqueira, os cafeicultores locais, a fauna e a flora locais. Os cliques trazem o olhar artístico e cultural da região, no Sul de Minas, responsável pela produção de grande parte dos cafés brasileiros.

Chamado de Cafés da Mantiqueira, o livro de 204 páginas também conta a história da região e as narrativas de agricultores que vivem daquela terra. Se interessou? A obra está disponível por R$ 60 no site.

Mais informações: ricardomartins.org 

TEXTO Redação • FOTO Ricardo Martins

Personagens

Tatiana Nakamura: “Poder realizar experiências sensoriais com o café é incrivelmente delicioso”

Vim da Hotelaria e sempre trabalhei em cozinhas de hotel. Entrei no mundo do café sem querer, após uma oportunidade de emprego para trabalhar como assistente de cozinha na Boutique Bar da Nespresso, que ficava nos Jardins.

Comecei na cozinha fazendo as preparações para acompanhar os cafés e acabei conhecendo um pouquinho a cada dia dessa bebida incrível. Depois de dois anos, me tornei coordenadora da cafeteria. Pude participar da construção do Nespresso Expertise Center, onde pudemos contar toda história do café, preparar cursos e experiências para os consumidores.

Todo dia aprendendo e nas horas vagas visitando cafeterias. Depois de alguns anos, tive a oportunidade de cuidar da área de Patrocínios e Eventos, onde estou atualmente, dentro do Marketing da Nespresso.

Poder realizar experiências sensoriais com o café é incrivelmente delicioso. Conhecer as pessoas de toda a cadeia, produtores, agrônomos, traders, degustadores, baristas é tão rico. Hoje sou apaixonada pela bebida, pelos processos, pelas pessoas desse mundo.

Ao café, só tenho a agradecer por fazer parte da minha vida há 12 anos e me proporcionar momentos extraordinários.

Tatiana de Cassia Nakamura, marketing na Nespresso – São Paulo (SP) @tatinakamura16

Personagens

Jonas Ferraresso: “Todo o conhecimento que adquiri da porteira para fora me ajuda a preparar os cafeicultores”

Descendente de imigrantes italianos, sou a 4ª geração nos campos de café. Os primeiros Ferraressos iniciaram suas vidas nas lavouras de café do Circuito das Águas Paulista. Dos pioneiros de minha família até este que vos fala, todas as gerações se ligaram aos campos de café, de lavradores, pequenos proprietários e agrônomos. Filho de pequeno produtor de café, quando criança sempre andava nas lavouras pensando “como essa frutinha vira café?”.

Em 2007 iniciei meus estudos na UNESP Botucatu para me tornar um engenheiro agrônomo e passar a entender mais dessa cultura tão fascinante. Meus estudos sempre foram focados em café e a sustentabilidade da cultura, pensando sempre em soluções para o campo e os produtores. Em 2011 tive a oportunidade de morar e fazer um intercâmbio cultural nos Estados Unidos, local onde conheci toda a cultura que existia além dos campos. Em Nova York conheci cafeterias, torrefações, pessoas de todos os cantos do mundo que me deram uma nova visão sobre o que deveria trazer para dentro das propriedades e para os produtores.

Em 2012 realizei meu estágio em um armazém de café. Neste local aprendi sobre mercado de commodities, exportação, benefício, preparo de café, qualidade, cupping, certificação e muito mais! Em 2013 fiz meu primeiro curso oficial de classificação de café e, em 2014, comecei a trabalhar oficialmente com café, apesar de já ajudar na propriedade de meu pai desde sempre. Durante este período, estudei sobre manejo, controle de contas, torra de cafés especiais, pós-colheita, barista skills e muitos outros detalhes desta cadeia infinita!

Em 2019, vendo a falta de informações que estrangeiros tinham sobre a realidade nos campos brasileiros, a importância de nossa pesquisa e iniciativas pioneiras do café em nosso país, comecei a trabalhar como articulistas para diversas revistas e sites internacionais de café por todo o mundo, entre elas a 25 SCA Magazine, Daily Coffee News, Roast Magazine, Barista Magazine e muitas outras. Trabalho que gosto de produzir e faço até hoje.

Com os anos me tornei consultor em café atuando nos campos, dando suporte a produtores sobre manejo, adubação, certificação, cafés orgânicos, especiais, verticalização de produção, torra, etc… Trabalho aproximando torrefações, cafeterias, clientes e amantes do café a estes produtores, fortalecendo vínculos sem intermediários. Faço gestão de campo em um experimento do IAC em Serra Negra, onde estudamos 23 variedades de Coffea visando produtividade, qualidade e adaptação para novas condições climáticas.

Todo o conhecimento que adquiri da porteira para fora me ajuda a preparar melhor os cafeicultores para seus verdadeiros clientes, os consumidores de café.

Jonas Leme Ferraresso, consultoria em café – Serra Negra (SP) @jonascoffeeagronomist

Personagens

Johnny Ferreira: “Senti sabores que jamais imaginei sentir em um café”

Comecei no café no ano de 2003, nos meus 17 anos de idade, na Exportadora de Café Guaxupé, onde tenho admiração enorme por todos e agradecimento pela oportunidade dada. Não tinha ideia de como era o mundo do café e foi uma descoberta incrível, tudo era novidade e tudo me motivava a aprender mais.

Comecei como faxineiro no armazém, ajudando na limpeza e organização após descargas e embarques. Nessa mesma empresa, onde passei por alguns setores, aprendi a classificar e a provar. Passados alguns anos, saí dessa empresa e minha jornada de conhecimento aumentou ainda mais. Trabalhei em uma Corretora de Café e em uma Cooperativa. Aprendi muito na parte de rebenefício, ainda mais na parte comercial, classificação e degustação, onde também entrou em minha vida o café especial (grata surpresa).

Em 2015 me tornei Q-Grader e senti sabores que jamais imaginei sentir em um café. Sim, é possível, algo realmente incrível. Hoje estou no Garça Armazéns e a cada dia eu aprendo mais. O café sempre nos proporciona inúmeras surpresas e aquele que estiver mais bem preparado com certeza irá se sair melhor.

Conhecimento nunca é demais. Em vários eventos que já participei como árbitro, pude aprender e trocar experiências com cada profissional da área que lá estava, de várias regiões produtoras. Gosto de desafios, isso desperta o melhor de mim e da minha paixão pelo café. Quando se faz algo com imenso prazer, os resultados são sempre positivos. Café nunca será só café, ele também é amor, amizade, carinho, trabalho e por aí vai.

Johnny Henrique Ferreira, Q-Grader e supervisor de qualidade no Garça Armazéns – Garça (SP) @johnnyhfcoffee

Personagens

Juliana Ganan: “A cadeia do café especial é uma oportunidade para trazer práticas justas aos envolvidos”

Meu pai era produtor de café commodity, que sempre foi o ganha-pão da nossa família. Depois que ele faleceu, arrendamos a fazenda e eventualmente cada filho seguiu seu rumo. Entrei em contato com o mundo dos cafés especiais quando morava fora, nos Estados Unidos, e desde então não parei de estudar, provar e voluntariar em assuntos relacionados à área.

Trabalhei como barista em uma torrefação de Amsterdã, na Holanda, e fiz curso de torra em Berlim, na Alemanha. Depois voltei para o Brasil, em 2016, para fundar a Tocaya Torradores de Café, onde torramos cafés especiais (em sua maioria da Mantiqueira, onde estamos localizados), mas também de outras regiões, como Caparaó e Montanhas Capixabas.

Acreditamos que informação é poder e toda compra é um ato político, por isso, procuramos sempre trazer a história por trás dos cafés que comercializamos até o consumidor, para que ele também se sinta parte do processo como um todo.

Acredito que o café é uma das ferramentas que temos para trazermos luz aos sistemas que gerem a cadeia produtiva de alimentos do nosso país. E, mais especificamente, a cadeia do café especial – quando gerida por pessoas que realmente querem fazer a diferença e têm senso de empatia e escuta voltados para os outros elos da mesma cadeia – é a oportunidade que temos para trazer à tona práticas comerciais, ambientais e laborais mais equitativas e justas para os atores envolvidos. Além de ser muito gostoso, claro.

Juliana Ganan, torrefadora na Tocaya Torradores de Café – Itajubá (MG) @atocaya

Mercado

Duckbill lança café da Alta Mogiana nas versões cápsula e drip coffee

A Duckbill Cookies&Coffee adicionou recentemente duas novidades no cardápio: as cápsulas para Nespresso e drip coffee na versão orgânica. “O inverno é sempre propício para um café quente. Pensando no conforto dos clientes, resolvemos trazer essas novidades para que eles possam levar um pouco mais da Duckbill para casa”, comenta Rafael Naves, fundador da rede.

Além dos cookies, a rede se destaca com um blend exclusivo de café arábica, cultivado na Alta Mogiana. As novas cápsulas são compatíveis com a Nespresso e possuem 5 sabores: espressos com intensidade 8 e 10, espresso orgânico, cappuccino e chocolate. Já o drip coffee, sachê individual e ideal para quem gosta de café coado na hora, ganhou uma nova roupagem e uma nova versão: a orgânica.

Os clientes podem degustar tanto nas lojas físicas quanto em casa, já que a marca disponibiliza em três versões: sachê (drip coffee), cápsulas compatíveis com máquina Nespresso e a versão cappuccino. Os preços variam de R$ 7,50 a R$ 40,00 e podem ser adquiridos nas mais de 100 unidades da rede.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Cafezal

Inscrições abertas para o Cup of Excellence 2021

Estão abertas as inscrições para o Cup of Excellence 2021, concurso realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Alliance for Coffee Excellence (ACE) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Os produtores nacionais de café arábica podem se inscrever no site e enviar suas amostras, produzidas na safra atual, até 8 de setembro, para “Cup of Excellence 2021”, Rua Gaspar Batista Paiva, 416, bairro Santa Luiza, Varginha (MG) – CEP: 37026-680.

Os lotes inscritos serão avaliados quanto a tipo, cor, aspecto, umidade, atividade de água, defeitos e qualidade de bebida na pré-seleção. Os que obtiverem nota média igual ou superior a 86 pontos, respeitado o limite dos 100 primeiros colocados, serão encaminhados para a comissão julgadora nacional, que reavaliará esses cafés. As amostras que voltarem a obter 86 pontos ou mais, observando o limite das 40 melhores selecionadas, serão classificadas para a fase internacional da competição, quando juízes do exterior definirão os 30 campeões do Cup of Excellence 2021, que serão aquelas que alcançarem nota igual ou superior a 87 pontos e ganharão o direito de serem comercializados em disputado leilão internacional, via internet.

Para esta edição, a organização traz novidades ao ampliar as possibilidades de comercialização dos lotes de cafés que se classificarem para a fase nacional da competição. “Além dos melhores cafés que passarem para a fase internacional, as 40 amostras seguintes na classificação, desde que tenham obtido nota também superior a 86 pontos, serão denominadas semifinalistas da fase nacional e irão para venda em um marketplace desenvolvido pela empresa MCultivo, durante 45 dias, pelo valor máximo de US$ 4,20 por libra-peso. Assim, o concurso deste ano abre a oportunidade para a comercialização de 80 cafés: 30 campeões, 10 National Winners, que são os lotes que não forem vencedores na fase internacional, e esses 40 semifinalistas”, explica Vanusia Nogueira, diretora da BSCA.

Essa nova possibilidade de comercialização é um projeto piloto da organização desenvolvido em parceria com o Brasil, que poderá ser implantada nas competições futuras dos demais países que leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Café Editora
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