Barista

55 Independent Coffee Brewers realiza 2ª etapa regional em Curitiba (PR)

A 55 Independent Coffee Brewers organizou sua 2ª etapa regional no último domingo (22), no Zeca Coffee Bar, em Curitiba (PR). A disputa contou com 14 participantes que, com o método de livre escolha em mãos, tiveram que entregar a melhor xícara aos juízes.

A grande final da competição foi composta apenas por mulheres: Caroline Vieira, que utilizou a hario v60, e Jéssica Lada, que preferiu usar o método pernambucano Koar. O café escolhido pelos juízes foi o preparado por Caroline! “Foi minha primeira competição e, mesmo sendo bem rápida e um pouco mais descontraída, é sim um grande passo para mim. Me incentiva muito mais a continuar esse caminho no mundo dos cafés especiais”, comemora a campeã.

O café que todos os participantes usaram na disputa foi produzido pelo cafeicultor Alessandro Hervaz, do Sítio Esperança, de São Gonçalo do Sapucaí (MG). A torra ficou por conta das torrefações Royalty Quality Coffee, Moka Clube, Supernova Coffee Roasters, Lucca Cafés Especiais, The Good Coffee Roasters e Manana Cafés.

A receita utilizada por Caroline foi elaborada em conjunto com a equipe da Argenta Cafés. Confira:

Método escolhido: Hario v60 cerâmica
Proporção: 1:15 (13,3 g de café para 200 ml de água)
Moagem: média/fina
Temperatura da água: inicial 97ºC
Tempo de extração: 3 minutos e 30 segundos

Pré-infusão de 27 g de água + 4 ataques de água de 43 g com intervalos de 30 segundos. “Escaldar bem o filtro. Fluxo de água contínuo e leve para cada ataque e sempre envolvendo todo o café, resultando em uma cama nivelada no final”, explica Caroline.

Ela, junto com Erica Pereira Borges, campeã da etapa regional de Goiânia (GO), irá disputar a final da competição, marcada para acontecer em novembro, em Belo Horizonte (MG). A 55 Independent Coffee Brewers é organizada pela 55 Coffee Hub, Daniel Carvalho e Aline Codo.

Mais informações: www.instagram.com/55_independent_coffee_brewers 

TEXTO Redação • FOTO Munir Bucair

Receitas

Pudim de café

Ingredientes

Pudim
– 330 g de leite condensado
– 165 g de leite integral
– 120 g de gema (cerca de 6 gemas)
– 2 ovos inteiros
– 165 ml de café espresso

Calda
– 200 g açúcar
– 100 g de água fervente

Preparo

Para o pudim, misture todos os ingredientes com a ajuda de uma espátula e reserve. Para a calda, coloque o açúcar em uma panela no fogo médio até caramelizar (caramelo médio, 140 graus). Quando chegar nesta temperatura, com muito cuidado para não se queimar, despeje a água fervente, mexendo sem parar para não cristalizar.

Montagem

Numa forma para pudim, coloque a calda e depois a massa. Leve para assar em banho-maria na temperatura mínima do forno doméstico por três horas. Espere esfriar e desinforme.

FOTO Le Blé Casa de Pães • RECEITA Fábio Pasquale, da Le Blé Casa de Pães

CafezalMercado

Exclusiva: Nescafé destaca ações realizadas para auxiliar cafeicultor em produção mais sustentável

Agricultura regenerativa e futuro da cafeicultura brasileira são alguns temas que vêm sendo debatidos ao longo dos últimos meses. A Nescafé tem apostado nisso e, para saber mais, o CaféPoint em contato com a gerente de marketing e sustentabilidade de cafés da Nestlé, Taissara Martins, para entender sobre o projeto.

Taissara Martins, gerente de marketing e sustentabilidade de cafés da Nestlé

Ela explica que a agricultura regenerativa é um braço da prática agrícola que defende a possibilidade de devolver à terra mais do que se retira dela, ou seja, produzir enquanto se recupera, preservando o meio ambiente, restaurando áreas degradadas, protegendo a biodiversidade e aumentando a produtividade, enquanto se diminui o balanço de emissões de gases de efeito estufa.

“A agricultura regenerativa se baseia em seis principais pilares: a conservação e proteção do solo, o uso racional da água, a promoção da biodiversidade, o plantio de árvores e recuperação de áreas degradadas, o uso de variedades resistentes, a diminuição de adubos e fertilizantes químicos e a garantia de uma renda digna aos produtores e trabalhadores rurais”, comenta.

Em relação às iniciativas da Nescafé sobre a sustentabilidade, Taissara destaca que existe uma série de iniciativas que visa o cuidado ambiental e ações para toda a cadeia: “Há 10 anos temos o Programa ‘Cultivado com Respeito’, com o objetivo de ter uma produção de café que respeita o meio ambiente e quem produz e toma o café. Hoje, por exemplo, existe o ‘Nescafé Origens do Brasil’, uma marca idealizada para liderar todas as mudanças necessárias em termos de sustentabilidade. A meta é ser a primeira marca carbono neutro do Brasil de café solúvel e para o coado. Para alcançar o objetivo, realizamos ações focadas na agricultura regenerativa, como o Projeto Regenerar, cujo foco é transformar as fazendas parceiras da marca em fazendas-modelo 100% carbono neutro”.

Taissara destaca que outra iniciativa que merece ser compartilhada é uma ação de reflorestamento da Mata Atlântica já feita por uma única empresa em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica. A iniciativa traz o comprometimento de plantar uma árvore nativa a cada embalagem de Nescafé Origens do Brasil vendida, ajudando a recuperar mais de 1.200 hectares de floresta.

“Existe muita tecnologia quando falamos de café sustentável e regenerativo. Pode existir uma falsa impressão que o regenerativo é para o produtor pequeno, de colheita manual, de baixa produtividade. E está longe disso. Hoje, nossas fazendas regenerativas produzem mais do que o dobro da média brasileira, e emitem cinco vezes menos gases de efeito estufa. Temos fazendas que usam energia solar para funcionar, possuem fábricas biológicas que substituem com sucesso defensivos químicos, usam drones para identificar doenças, plantam variedades mais resistentes que exigem menos insumos. São tecnologias reais e que já estão disponíveis para a cafeicultura brasileira”, afirma.

A Nestlé conta com o Programa Cultivado com Respeito no qual apoia o produtor de café em uma jornada de evolução para grãos de excelente qualidade e verdadeiramente sustentável. “Hoje, mais de 1.100 produtores fazem parte deste programa. Temos muito orgulho de estarmos há mais de uma década apoiando o produtor de café brasileiro”, comemora.

No mês de abril, a marca lançou o Nescafé Origens do Brasil Colmeia. Taissara explica que o produto surgiu do desejo diário de oferecer às pessoas um café de excelente qualidade e ainda contribuir com a agricultura regenerativa, unindo natureza e traduzindo, de uma forma simples, o poder de um café absolutamente sustentável.

Nescafé Origens do Brasil Colmeia

“Nos unimos à startup AgroBee e às 35 famílias de agricultores que já trabalham com a Nestlé para criar um novo coletivo de produção de café que tem as abelhas como protagonistas e traz nas prateleiras dois produtos incríveis: mel e café. Como esse mel só é produzido na florada do café, não conseguimos oferecê-lo o ano todo. Além disso, esse mel vem das mesmas fazendas em que o café foi produzido. Então coordenamos tempos e movimentos de tal forma que esse processo natural, que já estava programado para acontecer, ocorresse resultando nesse produto final”, conta. 

A gerente de marketing e sustentabilidade explica que as práticas regenerativas irão continuar, o que significa que ainda haverá fazendas com caixas de abelhas instaladas. “Mas, como regenerar também é respeitar o tempo da natureza, só saberemos se teremos uma nova edição, quando tivermos a florada do café”, finaliza. 

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Divulgação

Mercado

Dom Viçoso (MG) recebe festival de cafés especiais no final de maio

om o objetivo de reunir em um só lugar o queijo, o café especial, o azeite e a cachaça artesanal de 25 municípios pertencentes à região da Mantiqueira de Minas, a cidade mineira de Dom Viçoso recebe, entre 27 e 29 de maio, o Festival do Café Especial, em comemoração ao Dia Nacional do Café, celebrado em 24 de maio.

Serão aproximadamente 700 metros quadrados, com cerca de 20 estandes, shows musicais, palestras, degustações, quiosques, exposição de artesanatos e praça de alimentação. A organização espera receber em torno de 5 mil pessoas, entre turistas, empresários, estudantes, importadores e exportadores.

O evento também possui parceria com o IF-Sul de Minas, Emater-MG, IMA, Epamig, Senar-MG, Sebrae e Seapa para atender com mais efetividade as necessidades dos produtores, que juntos com associações comunitárias, estudantes e profissionais das ciências agrárias, terão a oportunidade de interagir com diferentes grupos e trocar experiências.

O Festival do Café Especial é idealizado por William Eventos e realizado pela Prefeitura Municipal de Dom Viçoso.

Serviço
Festival do Café Especial
Quando: 27 a 29 de maio
Onde: Dom Viçoso (MG) – Próximo à Igreja Matriz e à Prefeitura, na Rua Waldemar de Oliveira
Mais informações: www.instagram.com/festivalcafecomarte (35) 98856-7700 ou (35) 99126-5029
Entrada gratuita

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

Cafezal

Vamos colher café? 15ª edição do Sabor da Colheita acontece na capital paulista no dia 21 de maio

Você sabia que o dia 24 de maio marca o início da colheita de café no Brasil? A Secretaria de Agricultura de São Paulo e o Instituto Biológico, em parceria com a Nescafé, celebram esse marco com o evento Sabor da Colheita, que será realizado neste sábado (21), a partir das 9h.

O local escolhido é o Instituto Biológico (IB-APTA), que desde o início de 2021 recebe o apoio da Nescafé, e abriga o maior cafezal urbano do mundo, bem no coração de São Paulo. O ambiente oferece à comunidade aprendizados sobre café, agricultura regenerativa e de baixo carbono, e uma série de experiências imersivas, que vão de bate-papos sobre métodos de preparo e degustação, à colheita dos grãos.

Como parte das comemorações do Dia Nacional do Café, comemorado em 24 de maio, a 15ª edição do evento oferecerá aos convidados um verdadeiro tour pelo cafezal, que reúne cerca de 500 pés de café, para mostrar, na prática, o trabalho de milhares de cafeicultores pelo Brasil. Esse passeio será acompanhado por especialistas que auxiliarão na colheita seletiva dos grãos maduros. Os frutos colhidos serão beneficiados, torrados e encaminhados ao Fundo Social de São Paulo (FUSSP).

O Sabor da Colheita dará aos convidados a oportunidade de conhecer mais sobre a cafeicultura do futuro, pautada na agricultura regenerativa, que tem como premissa produzir ao mesmo tempo em que se cuida do planeta, do solo e respeita o tempo da natureza.

O evento também será uma celebração às abelhas, já que em 20 de maio é comemorado o Dia Mundial das Abelhas, e um pilar importante da agricultura regenerativa é a biodiversidade. Para isso, haverá uma oficina especial para conhecer mais sobre a polinização na natureza e nos cafezais, além de uma degustação de Nescafé Origens do Brasil Colmeia, um café especial com grãos polinizados por abelhas.

Os participantes também aprenderão sobre métodos de preparo com baristas, conhecerão diferentes tipos de cafés e poderão fazer uma pausa nos balcões de cafeicultores que mostrarão cafés brasileiros, à disposição para serem saboreados. 

Programação
9h às 10h – Café da manhã oferecido ao público
10h – Conversa com o Secretário da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, a diretora geral do IB, o coordenador da APTA, o vice-presidente de Assuntos Públicos da Nestlé e a gerente de Sustentabilidade de Cafés da Nestlé
11h – Oficinas: colheita de cafés, degustação
12h – Encerramento

A entrada é gratuita e não é necessária inscrição prévia. As máscaras estão liberadas conforme legislação estadual, mas será exigido o comprovante de vacinação. Neste dia, em função do grande número de participantes, não será possível usar o estacionamento do IB. A estação Ana Rosa do Metrô fica próxima e existem linhas de ônibus que passam em frente. 

Serviço
Sabor da Colheita do Café
Quando: 21 de maio
Horário: 9h às 12h
Onde: Instituto Biológico – Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1252 – Vila Mariana

TEXTO Redação • FOTO Gabriela Kaneto

Cafezal

Daterra Coffee é a nova integrante da plataforma colaborativa do Consórcio Cerrado das Águas

No mês de abril deste ano, a plataforma colaborativa do Consórcio Cerrado das Águas ganhou reforço. A Daterra Coffee, empresa referência em produção sustentável e exportação de cafés, se une às demais empresas Nespresso, Nescafé, Lavazza, Expocaccer, Cofco, Volcafe, Stockler, Cooxupé, para trabalhar, conjuntamente, com produtores rurais na implementação de estratégias para uma agricultura climaticamente inteligente e, assim, construírem paisagens produtivas sustentáveis.

Antes de integrar a plataforma como membro associado, a Daterra já era uma parceira. No ano de 2021, a empresa destinou 30 mil mudas de árvores nativas para o Consórcio Cerrado das Águas, por meio de seu projeto Tree-llion Project, o qual tem como meta plantar, até 2030, 20 milhões de árvores. Com a parceria firmada, os objetivos sustentáveis foram alinhados. Hoje, a empresa, que é uma das pioneiras em cafeicultura sustentável, fortalece a plataforma colaborativa.

“Para a Daterra participar de uma plataforma como essa significa muito e nos enche de orgulho. Mais do que orgulho, nos sentimos responsáveis por somar a um projeto tão bacana, por poder compartilhar e trocar conhecimento com quem está no Cerrado, com quem tem uma especialidade que é esse entendimento que o Consórcio tem, que é tanto da vegetação, passando pela parte hídrica, quanto da parte de produção. Essa visão holística que o Consórcio traz, de integração da vegetação, da água e da produção, é muito importante e relevante. Ter essa visão do todo, do sistema holístico, faz muita diferença”, afirma Isabela Pascoal Becker, diretora de sustentabilidade da Daterra Coffee.

A Daterra foi a primeira fazenda de café certificada pela Rainforest Alliance do Brasil e é considerada a mais sustentável do Brasil. O fato de estar com outras empresas do mesmo segmento para promoção do bem coletivo é algo que fortalece o propósito do Consórcio e os objetivos da Daterra Coffee, como considera Isabela: “O fato de ter outras empresas do café na plataforma, no meu ponto de vista, tem que haver mais, um monte delas, pois, o tipo de desafio que a gente enfrenta com as mudanças climáticas é maior do que pensar em concorrência, pois se não cuidarmos do planeta, não haverá concorrência, muito menos sobrevivência. A plataforma deve ser um espaço apartidário, em que o foco proposto é melhorar o planeta e melhorar o meio ambiente onde produzimos café”, avalia.

Junção de esforços para o bem coletivo

O que uniu a Daterra Coffee e o Consórcio Cerrado das Águas, em 2021, converge esforços para tornar a cafeicultura mais forte e preparada para o futuro, contribuindo com sua melhoria por meio de práticas agrícolas sustentáveis e inteligentes, algo que a diretora de sustentabilidade enxerga com bons olhos e reitera a relevância do trabalho que vem sendo realizado.

“Percebo que o Consórcio Cerrado das Águas será cada vez mais relevante, cada vez mais essencial. A demanda pela prestação de serviço que é realizada hoje precisa e deve aumentar, porque a gente pensa sempre que o produtor, ou que o dinheiro, resolve muita coisa, mas, na verdade, o dinheiro sem conhecimento, sem técnica, sem exemplo, sem pegar na mão e explicar o que proporciona o resultado de todas essas iniciativas, não consegue fazer toda a diferença. Os depoimentos dos produtores trazem toda a verdade e podemos mensurar os resultados quando eles relatam que nasceu floresta onde antes não existia. A natureza fica brava quando nos descuidamos dela, mas quando cuidamos, ela nos presenteia. Assim, precisamos de mais iniciativas como o Consórcio Cerrado das Águas, seja no Cerrado ou em outras áreas”, finaliza Isabela. 

Sobre o Consórcio Cerrado das Águas

Criado em 2015, em Patrocínio (MG), o Consórcio Cerrado das Águas tem como objetivo conscientizar produtores da região sobre a importância de seus ativos ambientais por meio do diagnóstico e investimento nos mesmos, garantindo sua preservação a longo prazo.

A iniciativa possui como membros associados as seguintes empresas: Nescafé, Expocaccer, Nespresso, Lavazza, Cooxupé, CofCo, Volcafe, Stockler, Daterra Coffee, além das instituições apoiadoras como Federação dos Cafeicultores do Cerrado, CerVivo, Imaflora e Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB).

Em 2019, o projeto piloto recebeu do Fundo de Parcerias para Ecossistemas Críticos (CEPF) o valor de US$ 400 mil para implementar o programa que irá promover, inicialmente, o investimento e a proteção dos ecossistemas naturais encontrados em mais de 100 propriedades ao longo da bacia do Córrego Feio. A quantia é o maior subsídio já concedido pelo CEPF, que conta com exigentes doadores como a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), União Europeia, Fundo Mundial para o Ambiente (GEF), Governo do Japão e Banco Mundial.

Barista

Saiba quem são os competidores do Campeonato Brasileiro de Barista 2022

Nesta terça-feira (17), a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) divulgou a lista dos competidores do Campeonato Brasileiro de Barista 2022. A competição está marcada para os dias 24 e 26 de junho, durante a programação do São Paulo Coffee Festival, na Bienal do Ibirapuera, na capital paulista.

Ao todo serão 20 baristas disputando o título de Campeão Brasileiro. O grande vencedor representará o Brasil no Campeonato Mundial, que acontecerá em Melbourne, na Austrália, entre 27 e 30 de setembro deste ano. 

Já sabe para quem vai a sua torcida? Confira a lista:

  • Amanda Gabrielli Mocellin
  • Boram Julio Um
  • Danilo Bananeira
  • Fábio Eduardo Favaretto
  • Felipe Brazza
  • Felipe Bruzzi
  • George Charles Albert Gepp
  • Hugo Santos Silva
  • João Augusto Michalski
  • João Victor Pinto Foster
  • Júlia Henriques da Silva
  • Lorena Franciele Barbosa
  • Marcelo Henrique Moreno de Carvalho
  • Marcondes Oliveira da Trindade
  • Maurício Henrique Maciel
  • Renan Dantas de Brito
  • Rodrigo Amador Evaristo
  • Thiago Ribas Araujo
  • Vinicius da Silva Abrantes
  • Vitor Haubert Ferreira Coelho

Sobre a disputa

Em uma apresentação de no máximo 15 minutos, os competidores devem apresentar aos juízes quatro espressos, quatro bebidas com leite vaporizado e quatro bebidas de assinatura, não necessariamente nesta ordem. 

Na última edição nacional, realizada em 2019 durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG), a disputa teve como vencedor Boram Um, da cafeteria paulistana Um Coffee Co. O barista representou o Brasil no Campeonato Mundial da categoria, que aconteceu em outubro de 2021, e ficou entre os semifinalistas.

TEXTO Redação • FOTO Gustavo Baxter / NITRO

Mercado

Vinicius Estrela é o novo diretor executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA)

Após deliberação dos conselheiros da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Vinicius Estrela assumiu a gestão da entidade a partir da última segunda-feira (16). Ele sucede Vanusia Nogueira, que se despediu neste mês para assumir a Diretoria Executiva da Organização Internacional do Café (OIC), em Londres, na Inglaterra.

Formado em Relações Internacionais, com pós-graduação em Gestão de Negócios e longa experiência em promoção comercial em diversos segmentos da economia brasileira, Estrela informa que pretende dar sequência e incrementar o trabalho promocional que a BSCA realiza ao longo de sua história.

“Reforçaremos o compromisso da BSCA com o setor no Brasil e no exterior, do produtor ao consumidor, ao realizarmos a intensificação de nossos trabalhos diante da retomada econômica global. O viés das iniciativas, como não poderia ser diferente, será a qualidade com sustentabilidade e a rentabilização adequada a todos os atores da cadeia dos cafés especiais”, revela.

O presidente da BSCA, Henrique Cambraia, entende que a nova gestão contribuirá de forma relevante para a continuidade dos trabalhos de consolidação da imagem dos cafés especiais do Brasil em todo o mundo. “Com sua formação e a experiência profissional, Vinicius certamente nos ajudará a posicionar o Brasil, cada vez mais, como um dos principais players na cadeia mundial de cafés especiais, provendo cafés de qualidade, sustentáveis e com certificação de rastreabilidade”, comenta.

Ele completa que, nos últimos 30 anos, o trabalho de educação e promoção da BSCA contribuiu para que o Brasil conquistasse um grande espaço nesse nicho de mercado. “A Vanusia foi fundamental em todo esse trabalho e, não à toa, destacou-se a ponto de ser eleita como nova executiva da OIC. Agora, na BSCA, é hora de olharmos adiante e elevarmos a régua das nossas qualidades e aromas, consolidando o Brasil como uma das principais referências no setor e, certamente, Vinicius possui total condições para nos auxiliar nesse trabalho”, elogia.

Sobre Vinicius Estrela

Graduado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em Gestão de Negócios pelo Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais (IBMEC), atuou na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) por 15 anos, tendo gerenciado ações de promoção comercial de diversos setores da economia brasileira, em especial com a carteira de alimentos e bebidas, assim como as plataformas de negócios da entidade em grandes eventos, como Olimpíadas, Copa do Mundo e exposições universais. Atuava, em São Paulo, no Escritório da Apex-Brasil para o Sudeste de 2019 até hoje, quando assumiu a gestão da BSCA.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

CafezalMercado

Seminário Internacional de Café de Santos discute sustentabilidade e diversidade na cafeicultura

Nesta quarta-feira (11) ocorreu a abertura do XXIII Seminário Internacional de Café de Santos: exportação do café do Brasil preparada para a economia mundial. Após dois anos parados por conta da pandemia de Covid-19, o evento, que acontece há 50 anos, retorna com o tema O quanto o Brasil está preparado?”. O Seminário busca discutir assuntos estratégicos para o setor como governança socioambiental, agricultura regenerativa, impacto do clima e desafios de logística.

A edição conta com a  participação de 21 países e autoridades na abertura. Representando o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, o secretário de Agricultura e Abastecimento, Francisco Matturro, participou da abertura do 23º Seminário Internacional do Café de Santos, no Guarujá.

O secretário argumentou que há décadas o Brasil trabalha para se posicionar como principal ofertante de cafés de alta qualidade. “O estado tem intensificado a expansão de cafeterias e de outros tipos de estabelecimentos voltados aos cafés de alta qualidade”, disse.

Francisco apontou que São Paulo tem a cafeicultura como seu berço. “Muitos de nossos institutos, como é o caso do Instituto Agronômico e o Instituto Biológico, foram fundados justamente para estudar e proteger essa cultura tão importante para a economia de São Paulo”, lembrou.

Para o secretário, essas ações realizadas pela Secretaria à cafeicultura não são apenas históricas. “Nossos institutos de pesquisas e assistência técnica estão também conectados com aquilo que é sinalizado como tendência no mercado consumidor”, complementou.

Outra pesquisa que o secretário citou como importante é a que está ligada ao desenvolvimento pelo IAC, de cultivares de café com características voltadas ao mercado de cafés especiais: “Também temos realizado estudos no IAC com o uso de biotecnologia para levar o maior e mais completo banco de germoplasma de cafés do mundo, que fica em Campinas, para uma outra unidade da secretaria”.

Francisco Matturro justificou essas e outras ações com o objetivo de apoiar os cafeicultores, indústrias e exportadores. Atualmente, apenas o estado de São Paulo produz cerca de 6,5 milhões de sacas ao ano. “Esse conjunto de ações faz de São Paulo o território privilegiado do agronegócio Cafés do Brasil”, concluiu.

O presidente da Associação Comercial de Santos, Mauro Sammarco, destaca que o Brasil é líder em produção e exportação, e o Porto de Santos é fundamental na logística da exportação dos grãos brasileiros. 

A primeira palestra contou com o tema “Cenário macroeconômico” e teve Sandro Mazerino Sobral, Head de mercados e trandings do banco Santander Brasil, como palestrante. Ele deu uma verdadeira aula sobre o mercado financeiro e traçou um paralelo entre 2022 e anos anteriores de inflação. “Estamos vivendo um período complicado para o futuro, tem a ver com o mundo, provavelmente será um período de mudança de era. Os futuros historiadores dirão que esse foi um período perigoso para a humanidade, crise financeira de 2008, preservar o sistema como estava, levou hoje aos problemas”, apontou. O palestrante reiterou sobre a inflação que bateu, ontem (11), 12% no Brasil e 8% nos Estados Unidos, o que demonstra um problema mundial.

Michelle Burns, vice-presidente da Global Coffee Tea and Cocoa da Starbucks Coffee Company, foi a segunda palestrante da tarde e apresentou o trabalho realizado pela empresa que envolve tecnologia e sustentabilidade. “Pensamos em como buscar melhorias, práticas sustentáveis ao lado dos produtores. Precisamos fazer com que os agricultores tenham uma renda suficiente para bem estar e melhoria nas comunidades”, destacou. Michelle ainda comentou sobre o centro da Starbucks na cidade de Varginha (MG), em que é possível aprender e trocar soluções para o setor e que serão compartilhadas em todo o mundo. 

Para encerrar o primeiro dia do Seminário, ocorreu um painel com o tema “O Brasil está bem-posicionado na Cadeia Mundial de Café?”, moderado por Carlos Alberto F. Santana Jr., da EISA, com a participação de Trishul Mandana, diretor executivo da Volcafé (ED&FMan Coffee Division); Edward A. Esteve, Chief Carbon Officer and Head of Coffee Division da ECOM Agroindustrial; e David Neumann, CEO da NKG. 

O painel levantou algumas discussões e David Neumann destacou que as perspectivas para o café brasileiro são excelentes, porém é preciso atenção em relação às mudanças climáticas e as dificuldades que irão existir para as próximas gerações. 

“O Brasil traz exemplos maravilhosos de produção, mas é necessário uma liderança mais forte, uma linha de negócios e focar em ajudar os pequenos e médios produtores em relação à sustentabilidade. Os negócios de café tem que ser mais simples para concentrar nos problemas e equilibrar as necessidades. Troquem ideias, a ciência pode salvar o café e nós, se não fizermos algo, vamos continuar em um mundo no qual o café não é acessível para todos”, reforçou. 

Edward apontou as tecnologias aplicadas no Brasil e que não são vistas em outros países produtores: “Aqui vocês possuem escala, tecnologia, terrenos que permitem a mecanização. Brasil cada vez mais está bem posicionado no mercado e tenho inveja cada vez que vejo a cultura do café e possibilidades para os produtores”. 

Já Trishul trouxe alguns dados relacionados ao avanço da produção e aumento do consumo. “A indústria como um todo deve se preocupar com relações como a diversidade, os custos do frete, taxas de exportação e clima”, destacou. Ele acredita que o aumento do consumo deve voltar ao patamar de antes da pandemia, de 2% ao ano. “É importante apresentar ao consumidor a perspectiva, apresentar a diversidade, as histórias, romances e porque o preço do café é diferenciado”, disse. 

“Muitas empresas firmaram o compromisso do carbono zero até 2050, mas como isso será realizado? Os compradores acabam avaliando o melhor plano na hora de adquirir os cafés e o consumidor pagará por isso? Ele é quem vai decidir se irá consumir um café que possua algum tipo de certificação ou não”, finalizou Edward. 

A grade de programação do evento segue durante essa quinta-feira (12).

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Natália Camoleze

Cafeteria & Afins

Tectonica – São Paulo (SP)

“É um nome potente e feminino que a gente adora!”, conta Tatiana Azevedo, proprietária do Tectonica ao lado de sua amiga Bruna Ary. As jovens se conheceram quando ambas estavam morando em Paris. Bruna, que trabalhava como gestora de comunicação, sempre esteve atenta aos cafés que provava na capital francesa. Já a roteirista Tatiana passava os dias organizando shows na sala e na garagem de sua casa. “Juntamos nossas forças e vontades para montar um espaço cultural com bons cafés e comidas vegetarianas artesanais.”

A partir desse desejo – e de volta ao Brasil – as amigas planejaram e inauguraram a cafeteria, em julho de 2018. Localizada no tradicional bairro da Pompeia, a casa traz um ar acolhedor, que abraça todas as pessoas. O espaço lembra o quintal de uma casa simples de bairro, com cadeiras de praia, plantinhas no muro e uma simplicidade que encanta.

A cara de São Paulo

Para conhecer melhor a Tectonica, vale pedir uma xícara de café! Atualmente, a cafeteria trabalha com os parceiros da Cafeína Records, da Siriema Coffee Roasters e do Café e Cold Bixo. “Durante a pandemia, escolhemos trabalhar apenas com hario v60, aeropress e french press. Devolvemos nossa máquina de espresso e estamos estudando se queremos uma nova ou se vamos ficar apenas nesses métodos. Em breve lançaremos a nossa receitinha de kalita!”, explica Tatiana. A casa também conta com opções como o “coado-tônica”, o “coaduccino” (que consiste em um cappuccino com café coado) e o drinque de café com bourbon.

O cardápio é totalmente vegetariano e apenas o pão não é feito na própria cozinha – é preparado pelos parceiros da Bâtard Padaria Artesanal, em São Paulo. Um dos pontos fortes da casa é a variedade de toasts, feitas com pão de fermentação natural: manteiga de amendoim com mix de cogumelos glaceados, homus de beterraba com abacate temperado, ricota de amendoim com chutney de tomate, entre outros sabores. “Nosso carro-chefe é o banana bread, mas a pancake de geleia de amoras com calda de limão também faz sucesso, assim como a nossa banoffee”.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Ministro Ferreira Alves, 686
Bairro Pompeia
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://instagram.com/tectonica.sp
Telefone (11) 98351-6024
Horário de Atendimento Quinta e sexta, das 12h às 18h; sábado e domingo, das 9h às 15h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Bruno Graziano e Bruna Ary
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