Cafezal

Cafés do Cerrado Mineiro e da Mantiqueira de Minas destacam-se no Cup of Excellence 2024

No último sábado (2), o Cup of Excellence realizou a cerimônia de premiação da edição de 2024. Minas Gerais foi o grande destaque e levou os primeiros lugares das três categorias (via úmida, via seca e experimental). Clique aqui para conferir a lista dos vencedores.

O produtor Vitor Marcelo Queiroz Barbosa, da Fazenda Sobro e Bonito de Cima, de Coromandel, no Cerrado Mineiro, foi o vencedor da categoria via úmida, com 91.93 pontos. Ele foi seguido por Flávio Marcio Ferreira da Silva, da Fazenda Olhos D’Água, de Campos Altos, também no Cerrado Mineiro, com 90.89 pontos.

Na categoria via seca, o ganhador de 2024 foi Ronaldo da Silva, do Sítio Santa Luzia, de Cristina, Mantiqueira de Minas, com 92.32 pontos. O segundo lugar ficou com o grupo da Fazenda Sertãozinho com a Fazenda Rainha, de São Sebastião da Grama, na Região Vulcânica, com 91.89 pontos.

Já o Grupo Bioma Café levou a melhor na categoria experimental, com um café de 93.14 pontos da M&F Coffee, de Campos Altos, no Cerrado Mineiro. Na sequência ficou a produtora Carmen Lydia Junqueira Puliti Meirelles, da Fazenda Santa Rita do Xicao, de São Gonçalo do Sapucaí, Mantiqueira de Minas, com 91 pontos.

A competição também teve cafés eleitos “vencedores nacionais”, que consistem em lotes selecionados para a fase internacional, mas que ficaram abaixo dos 30 primeiros colocados.

TEXTO Redação

Cafezal

Coffee of the Year 2024 divulga lista das 180 amostras finalistas

Foi divulgada a lista dos finalistas do Coffee of the Year 2024 e as rodadas de cupping. Nesta fase do concurso são selecionados os 180 produtores mais bem pontuados pelos Q-Graders e R-Graders da comissão avaliadora: 150 da categoria arábica e 30 de canéfora. Clique aqui e confira os nomes.

Oportunidade para produtores e compradores se conectarem, estas 180 melhores amostras classificadas participam de rodadas de cuppings durante os três dias de Semana Internacional do Café, que este ano acontece de 20 a 22 de novembro, em Belo Horizonte (MG). É importante que o produtor esteja presente na rodada de sua amostra, pois é neste momento que compradores de diversas partes do Brasil e do mundo provam os cafés classificados e surgem oportunidades de negócio.

Além dos cuppings, os 10 primeiros cafés de arábica e os 5 primeiros de canéfora ficarão disponíveis para voto popular em garrafas térmicas codificadas, ou seja, os visitantes da SIC poderão prová-los e votar no favorito de cada categoria.

Os campeões do COY 2024 e a ordem final entre os finalistas serão conhecidos em cerimônia de premiação no último dia de SIC, às 15h, no Grande Auditório.

Serviço
Semana Internacional do Café 2024
Onde: Expominas – Av. Amazonas, 6.200, Gameleira, Belo Horizonte (MG)
Quando: 20 a 22 de novembro, das 10h às 19h
Quanto: R$ 70 (pessoa física, para os três dias). Grátis para pessoas jurídicas, produtores e visitantes internacionais
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br

TEXTO Redação • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

Cafezal

1º leilão do Prêmio Chapada de Minas tem lance de R$ 5.500 em café campeão

A Região da Chapada de Minas premiou seus melhores cafés na noite de ontem (24), com a realização do Prêmio Chapada de Minas. A convite do Sebrae-MG, a Espresso acompanhou de perto a cerimônia em Capelinha (MG). A edição reuniu 73 amostras, divididas nas categorias natural, natural microlote e cereja descascado, e contou com a 1ª edição do leilão dos cafés campeões, que trouxe compradores de diferentes lugares do país.

Na categoria natural, o primeiro lugar foi para Rodrigo Crimaldo Mendes, da Fazenda Sequóia, com grãos de amarelão – variedade descoberta na própria Chapada de Minas – que alcançaram 89,06 pontos. A sequência foi composta por Ronaldo Morais Pena Filho, da Fazenda Primavera, em segundo, e por Sérgio Meirelles Filho, da Fazenda Alvorada, em terceiro. O café de Rodrigo foi arrematado pela 3corações, por R$ 5.200. Já o café de Sérgio foi vendido por R$ 4.600 para a Sabino Torrefação (SP).

Vencedores da categoria natural

Novidade este ano, a categoria microlote abrange cafés naturais de até 20 hectares. O vencedor foi o catuaí de 87,31 pontos do produtor Tarcísio Costa Barbosa, da Fazenda Mamoeiro. Ele foi seguido por José Cunha Fernandes, da Fazenda Brejo da Cunha, em segundo, e por Gilson Pereira da Silva, da Fazenda ODA, em terceiro. O café campeão foi arrematado pela torrefação paraense Alquimista – Bebidas Especiais, por R$ 4.600. A 3corações foi quem levou o segundo melhor café da categoria, por R$ 3.700, enquanto que o terceiro colocado foi comercializado por R$ 3.100 para a carioca Café Ao Leu.

Vencedores da categoria microlotes naturais

A Fazenda Primavera e a Fazenda Sequóia levaram mais um pódio na noite, consagrando-se, respectivamente, campeã e vice-campeã na categoria cereja descascado. O terceiro lugar foi para Matheus Lettieri Junqueira, da Fazenda Riviera. O café vencedor da Fazenda Primavera, da variedade gesha, de 89,38 pontos, foi o que recebeu o maior lance da noite: R$ 5.500, dado pela torrefação Torra Fresca, de Mococa (SP). O segundo lugar foi vendido por R$ 3.800 para a 3corações, e o terceiro foi comercializado por R$ 3.400.

Vencedores da categoria cereja descascado

A 3ª edição do Prêmio Chapada de Minas é uma realização da Região Chapada de Minas e do Sebrae, com patrocínio do Sicoob Credijequitinhonha e apoio do Sistema Faemg/Senar.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Sebrae/Marlon Fernandes

O que nos une é maior do que o que nos separa – o dilema dos jovens cafeicultores de Antióquia

Em um artigo passado, comentei sobre a semelhança de Medellín, capital do departamento de Antióquia, na Colômbia, com Belo Horizonte, capital mineira. Se as semelhanças entre as duas cidades não é difícil de notar para quem as conhece, a mesma lógica se mantém ao compararmos Antióquia e Minas Gerais.

Antióquia é o segundo departamento (equivalente aos nossos estados) mais povoado da Colômbia. Também é o segundo mais rico e um dos motores da independência colombiana. Foi ali que nasceu José Maria Córdova, uma das figuras mais atuantes para a independência da Gran-Colômbia, o que torna a comparação com Tiradentes óbvia.

O título desta coluna reflete uma frase comumente dita quando rivais se unem em prol de um bem maior. Desde a aliança das ex-colônias espanholas para a libertação até a ação de jogadores de times rivais que se unem para defender Los Cafeteros, como é chamada a seleção nacional colombiana.

Não seria difícil ouvir de algum cafeicultor brasileiro que o maior, ou segundo maior, rival brasileiro neste campo seria justamente o cafeteiro, de ofício, colombiano. Mas será que dentro do universo do café podemos dizer aos colombianos que o que nos une é maior do que o que nos separa?

Durante a Colombia Coffee Expo, realizada em Bogotá entre 2 e 5 de outubro, vários temas relevantes ao cafeicultor colombiano foram levantados, de tratos culturais, passando por mudanças climáticas e preços no mercado externo até o problema dos jovens colombianos em continuar na zona rural e manter o ofício dos pais.

A Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia (FNC) promoveu uma ampla pesquisa com os produtores de café com menos de 30 anos para entender os problemas, na visão deles próprios, que o campo colombiano enfrenta e quais as razões principais para ficar ou deixar a produção. A pesquisa foi coordenada pelo diretor de desenvolvimento social, Guillermo Arcila, e contou com entrevistas em campo com centenas de cafeicultores abaixo dos 35 anos. Os resultados foram apresentados, no evento, por Valeria Ríos e Juan Vélez.

O que se constatou foram quatro problemas principais: falta de estrutura, falta de renda adequada, dificuldade de inovar e de fazer parte de decisões importantes.

Com relação à falta de estrutura, as queixas baseiam-se na falta de estrutura privada e, também, pública. A iniciativa privada colombiana não investe ou não quer investir em estruturas básicas, como internet, e itens relacionados à qualidade de vida, educação e lazer. Os jovens entendem que, para exportar café e agregar valor, precisam ter bom inglês – mas geralmente não existem escolas de inglês em um raio de até uma hora de suas casas. 

Até mesmo o futebol foi apontado como um fator de desinteresse para a cultura do café, já que aqueles que pretendem estabelecer-se no campo não poderão dar aos filhos a oportunidade de jogar em uma escolinha, e nem eles próprios terão como manter o tradicional futebol do fim de semana – os que vivem ali são poucos e já se sentem velhos para jogar. Não tem mais time. Junte-se a isso o preço alto do maquinário, a falta de peças de reposição, a escassa assistência técnica para repor os itens defeituosos e a falta de um melhor treinamento quanto ao funcionamento das máquinas. 

Mas é claro que as queixas também recaem sobre o poder público, que não oferece rodovias adequadas e que, muitas vezes, oferece serviços de luz e água precários.

Quanto à renda, a queixa é muito similar à brasileira. Preços baixos, dificuldade de manter o café armazenado para esperar o melhor preço, excesso de intermediários e grande volatilidade do mercado são apenas alguns dos exemplos que fazem o jovem cafeicultor desistir ou, muitas vezes, nem sequer tentar a vida no campo.

Por último, as dificuldades na inovação e na tomada de decisões. É inerente ao jovem de praticamente qualquer lugar do mundo ter maior abertura ao e desejo do novo. No café não é diferente. Mas como inovar com todos os desafios citados? A resposta vem por meio da qualidade do grão e do seu valor agregado. Mas passa, também, por outras iniciativas, como o turismo e a oferta de experiências no campo para pessoas urbanas. 

Em termos de qualidade, a saída foi melhorar os processos de produção e promover a marca própria como expressão do próprio estilo. O nome, o rótulo e a marca podem parecer etapas protocolares no lançamento de um produto. Mas são, talvez, a única forma de o cafeicultor mandar sua mensagem ao mundo expondo o seu estilo. Nos tempos de influenciadores e brigas por likes, esquece-se que muitos ainda sonham com uma internet adequada.

E mesmo que o tenham, a mensagem enviada através de um rótulo e de um trabalho por trás de um pacote de café torrado tende a ser infinitamente mais profunda do que um story de quinze segundos. Portanto, quando o assunto é o cafeicultor, o que nos une é muito maior do que o que nos separa. A questão é a percepção da unidade na diferença, e a cooperação apesar da distância.

Gustavo Magalhães Paiva é formado em relações internacionais pela Universidade de Genebra e é mestre em economia agroalimentar. Atualmente, é consultor das Nações Unidas para o café.

TEXTO Gustavo Paiva

Mercado

SIC 2024 discute clima, ciência e novos consumidores

 

Reunindo questões candentes no cenário cafeeiro atual, este ano da Semana Internacional do Café – SIC privilegia o clima, a ciência e os novos consumidores como pauta de discussões durante os dias 20 e 22 de novembro no Expominas, em Belo Horizonte.

Em sua 12ª edição, a SIC, um dos maiores e mais importantes eventos do mercado cafeeiro do Brasil e do mundo, espera receber 20 mil pessoas, de 40 países, para assistir a painéis, palestras e workshops em torno do tema “Como o clima, a ciência e os novos consumidores estão moldando o futuro do café”, além de movimentar cerca de 60 milhões de reais em negócios.

Para discutir os atuais desafios do setor estarão presentes Márcio Ferreira, CEO da Tristão e Valéria Pardal, diretora-executiva de cafés da Nestlé Brasil, no primeiro dia do evento, no DNA Café, espaço dedicado à paineis e palestras sobre tendências, desafios e ações para o futuro do café (com tradução simultânea para o inglês).

Soluções verdes para mitigar os impactos climáticos é tema de outro painel, no mesmo espaço, conduzido pelo engenheiro agrônomo José Donizeti Alves, professor titular da Ufla (Universidade Federal de Lavras), e pelo especialista em transição verde Daniel Vargas, da Fundação Getúlio Vargas – RJ.

O segundo dia da SIC tem como um dos destaques os trabalhos desenvolvidos no Fórum da Cafeicultura Sustentável, criado em 2014 para discutir práticas, inovações e desafios relacionados à sustentabilidade na cafeicultura. Este ano, o fórum abre com um painel sobre os desafios e oportunidades da EUDR (Regulamento de Desflorestação da União Europeia), integrado por Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé (Conselho dos Expositores de Café do Brasil), Adriana Mejía Cuartas, presidente do Conselho da Plataforma Global do Café (GCP) e Sueme Mori, diretora de relações internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Revolução Verde e discussões sobre agricultura regenerativa também encontram lugar no segundo dia do fórum, que discute, ainda, os avanços científicos na cafeicultura no painel “A força da ciência nas questões de clima, solo, variedades e consumo” (confira mais detalhes da programação no site da SIC)

Na cafeteria modelo, um ponto de encontro já tradicional entre baristas e outros profissionais do setor com o público, a programação segue intensa. Palestras sobre os novos protocolos ABIC para cafés torrados e CVA (Avaliação de Valor do Café, em português) da SCA, programado para entrar em vigor em 2025, dividem as atenções com temas como a influência da água no perfil de cafés e cafés infusionados, além do painel sobre “Diversidade, equidade, inclusão e pertencimento (DEIP) como impacto de ESG na xícara”.

Com objetivo de conectar e gerar oportunidades para toda a cadeia do café brasileiro no acesso a mercados e negócios, a programação da SIC abriga, também, campeonatos, degustações e premiações importantes, além de uma feira com mais de 170 expositores.

O já conhecido Concurso Florada Premiada, iniciativa do Grupo 3corações em parceria com a BSCA, acontece, como de praxe, no último dia SIC. O concurso, que busca dar visibilidade ao trabalho de cafeicultoras mulheres e oferecer acesso às melhores práticas na produção de cafés especiais, é coordenado pelo especialista em qualidade de cafés Silvio Leite, e já impactou mais de 4 mil famílias de mulheres cafeicultoras.

Também fechando o evento acontece a final do Campeonato Brasileiro de Barista 2024, cujo campeão entre os seis semifinalistas irá representar o Brasil no campeonato mundial em 2025 em Milão, na Itália.

“A SIC estabeleceu-se como a principal plataforma para a promoção, acesso a mercados, e negócios do café brasileiro”, diz Caio Alonso, diretor da Espresso&CO, um dos realizadores do evento. “A SIC é um importante evento para aproximar os produtores rurais, grandes responsáveis por essa liderança, e os demais elos do setor”, reforça Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar, uma das entidades realizadoras do evento.

O evento é gratuito para produtores rurais, empresas da área (visitantes com CNPJ) e visitantes internacionais. O ingresso para outros visitantes custa R$ 70 para os três dias, e pode ser adquirido no site.

12ª Semana Internacional do Café – SIC
Quando: 20, 21 e 22 de novembro de 2024, das 10h às 19h
Onde: Expominas – Av. Amazonas, 6.200, Gameleira, Belo Horizonte, MG
Quanto: R$ 70 (para os três dias). Visitante com CNPJ, produtor rural e visitante internacional tem entrada gratuita.

TEXTO Redação • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

Cafezal

Provamos 6 cafés exóticos do banco de germoplasma do IAC

O que são cafés exóticos? Para explicá-los (e prová-los), a Espresso convidou Gerson Giomo, engenheiro agrônomo e pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Giomo trouxe na mala seis deles. “São cafés com aromas e sabores diferentes do que estamos acostumados”, ensina ele, que é especialista em tecnologia de processamento pós-colheita e qualidade do café.

Os cafés denominados exóticos saíram, todos, do banco de germoplasma do IAC, que desde 1930 reúne
esses raros cafés (tecnicamente chamados acessos, ou seja, amostras de materiais genéticos coletadas e
catalogadas para fins de pesquisa e preservação). “O IAC tem mais de cinco mil acessos de 15 espécies de
café”, orgulha-se Giomo.

Esses grãos são considerados exóticos por duas razões: são tanto cafés que foram introduzidos (legalmente) no país e que nunca foram cultivados (ou seja, são silvestres ou selvagens) quanto plantas híbridas, quer dizer, obtidas a partir de cruzamentos de cultivares brasileiras importantes com esses materiais estrangeiros e que, por um motivo ou outro, acabaram sendo “arquivadas”.

Gerson Giomo, pesquisador do IAC convidado para a nossa degustação

No primeiro caso, foram provados três cafés que chegaram da Etiópia e do Sudão entre 1952 e 1953. “São
variedades legais que foram introduzidas, ficaram em quarentena e depois saíram do laboratório para o campo”, resume o agrônomo, referindo-se à autorização do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) para a entrada desses materiais, desde que destinados a pesquisas.

Os três outros exemplares desta degustação são cruzamentos de cultivares de arábica, desenvolvidos
pelo instituto, com cafés introduzidos. “São híbridos em que se buscava maior resistência à ferrugem, mas que não foram para a frente nesse sentido”, explica ele. Essas plantas permanecem no banco genético do IAC e, às vezes, têm ótima qualidade sensorial.

Os seis cafés com sabores exóticos são fruto de uma linha de pesquisa do Programa de Cafés Especiais, que prospecta qualidade no banco de germoplasma. O principal objetivo do programa é identificar plantas com capacidade de produzir frutos com características sensoriais distintas e que, por isso, tenham potencial para se tornarem novas cultivares e atender a demandas específicas do mercado de cafés especiais.

Os seis cafés provados estão sendo estudados em algumas das vinte áreas experimentais do IAC, foram colhidos em meados do ano e processados pelo método natural.

A raridade das amostras tornou nossa costumeira degustação para a Espresso um evento pra lá de especial, com aromas e sabores enriquecidos pelo nosso experiente convidado, que há tempos acompanha sistematicamente essas duas características, intrínsecas à variedade de um café.

Equipe Espresso degustando os cafés do Instituto Agronômico (IAC)

Variedade exótica 1 (IAC-1158)

Um café exótico descendente da variedade rume sudan, do Sudão, introduzida entre 1952 e 1953. As plantas experimentais estão na Fazenda Recreio, em São Sebastião da Grama (SP), Região Vulcânica, a 1.200 m de altitude.

Aromas e sabores: doce, floral, delicado, frutado, mel e tabaco (tem marmelada também!)
Acidez: média, brilhante
Corpo: aveludado
Finalização: agradável
Avaliação final: redondo e complexo, para começar bem o dia

Variedade exótica 2 (IAC-1137)

Um café descendente da variedade gesha, originária da Etiópia, que chegou ao IAC entre 1952 e 1953. As plantas experimentais também estão na Fazenda Recreio, a 1.200 m de altitude.

Aromas e sabores: doce, castanhas, especiarias (pimenta-rosa), nibs de cacau, floral, umami
Acidez: média/alta, cítrica
Corpo: médio
Finalização: limpa, gostosa
Avaliação final: fácil de tomar, uma ótima pedida a qualquer hora

Variedade exótica 3 (IAC-2080)

Um material selvagem obtido também entre 1952 e 1953. Originário da Etiópia, as plantas experimentais estão na Fazenda Limeira, em Altinópolis (SP), Alta Mogiana, a 1.000 m de altitude.

Aromas e sabores: especiarias, ervas medicinais, chocolate amargo, castanhas, amadeirado
Acidez: delicada
Corpo: médio
Finalização: presente, mas curta
Avaliação final: para tomar o dia todo

Equipe Espresso degustando os cafés do Instituto Agronômico (IAC)

Variedade híbrida (IAC-H8113)

Um cruzamento entre catuaí vermelho e um material selvagem (Kaffa) originário da Etiópia. As plantas experimentais estão na Fazenda São João, em Nova Resende (MG), Sul de Minas, a 1.000 m de altitude.

Aromas e sabores: cítrico (laranja, lima-da-pérsia), terroso, chá de cáscara, amadeirado e melado
Acidez: média/alta, cítrica
Corpo: encorpado, macio
Finalização: curta, agradável
Avaliação final: um café de experiência

Variedade híbrida 2 (IAC-H8427)

Um cruzamento da variedade mundo novo com outro material selvagem da Índia (BA10). As plantas experimentais também estão na Fazenda São João, à altitude de 1.000 metros.

Aromas e sabores: ervas medicinais, especiarias, mamão, melado
Acidez: boa, brilhante
Corpo: médio
Finalização: curta, limpa
Avaliação final: sensorialmente interessante e diferente

Variedade híbrida 3 (IAC-H8089)

Um cruzamento entre catuaí vermelho e um gesha originário da Etiópia. As plantas experimentais estão na Fazenda Recreio, em São Sebastião da Grama (SP), a 1.200 m de altitude.

Aromas e sabores: doce (rapadura), frutado, floral, laranja caramelizada
Acidez: média, brilhante
Corpo: cremoso
Finalização: presente, com notas de melado
Avaliação final: agradável, com doçura alta, para tomar a qualquer hora

TEXTO Cristiana Couto • FOTO Agência Ophelia

Cafezal

Faesp pede ao governo de SP revisão da venda de fazenda do IAC

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) enviou, esta semana, ofício ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, solicitando a revisão da venda da Fazenda Santa Elisa, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). A área é dedicada à pesquisa cafeeira e está na mira da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado paulista, que estuda sua venda sob o argumento de que a manutenção do local onera o estado.

Segundo o documento enviado pelo presidente da Faesp, Tirso de Salles Meirelles, a área é fundamental para a continuidade das pesquisas e para o desenvolvimento de novas variedades da cultura – 90% das cultivares de café produzidas no Brasil são resultado de pesquisas realizadas nesta unidade do IAC, que possui um dos mais importantes bancos de germoplasma do mundo. O ofício solicita que o governador reconsidere a possibilidade da venda da área e que preserve a unidade de pesquisa do IAC, essencial para o desenvolvimento e a sustentabilidade da cafeicultura e da agropecuária brasileira.

A Fazenda Santa Elisa acaba de ser mapeada pelo governo paulista, de acordo com a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), informou no início da semana o Globo Rural. O procedimento inclui uma gleba de 70 mil metros quadrados, denominada São José, onde existem exemplares únicos de diversas espécies de café e a população mais antiga do mundo de plantas de arábica.

De acordo com a Faesp, a venda da área é uma ameaça direta ao patrimônio genético ali armazenado e às pesquisas em curso, com impacto na sustentabilidade e competitividade da cafeicultura do país. A possível transferência das pesquisas para outro local seria um processo caro e demorado, comprometendo os estudos em desenvolvimento. A entidade defende que decisões sobre a venda de bens públicos considerem não apenas os aspectos financeiros, mas também os impactos sociais, econômicos e ambientais a longo prazo.

“O café da Colômbia, que é uma referência no mercado internacional, é fruto das pesquisas do IAC”, diz Meirelles. “O Instituto faz um trabalho grandioso, que precisa ser preservado. Temos expectativa de que o governador reveja essa proposta”, afirma.

TEXTO Redação

Café & Preparos

Chapada Diamantina é a mais nova denominação de origem para cafés

O INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) reconheceu, nesta terça (15), uma nova indicação geográfica (IG) para cafés. Com 24 municípios – entre eles, o já premiado Piatã –, a Chapada Diamantina é a primeira denominação de origem (DO) para cafés da Bahia e a sexta DO de cafés do Brasil.

O pedido para o reconhecimento da região foi feito em dezembro de 2022 pela Aliança dos Cafeicultores da Chapada Diamantina. Uma denominação de origem, não custa lembrar, reconhece e valoriza cafés de qualidade singular, com forte vínculo com o território. Com a conquista, os cafeicultores da Chapada passam a ganhar um certificado oficial que atesta a procedência e a autenticidade do produto, o que confere a eles melhores condições de negociação e uma identidade própria nos mercados nacional e internacional.

A obtenção de uma indicação geográfica resulta de um trabalho intenso, longo e complexo. No caso da Chapada Diamantina, envolveu prefeituras, técnicos, produtores e instituições como a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Esta, por sua vez, foi responsável por elaborar o estudo que serviu de base para o pedido.

Entre os fatores naturais e humanos que singularizam o café baiano estão a altitude acima de 850 metros, a colheita quase 100% manual na região, a orientação de sol nas encostas das montanhas onde os cafés são cultivados e as técnicas tradicionais de secagem em terreiros. Estas características, por sua vez, resultam combinadas em um perfil quimicamente diferenciado destes cafés em relação aos grãos produzidos no restante da Bahia e do país – altos teores de ácidos orgânicos e clorogênicos (as informações são do estudo “Café da Chapada Diamantina, Bahia: qualidade da bebida e relações com o meio ambiente”, da UESB).

Também de acordo com o estudo, o perfil sensorial dos cafés da Chapada Diamantina caracteriza a bebida como “encorpada, adocicada, com acidez cítrica, notas de nozes e chocolate e final prolongado”.

Saiba mais:

Os municípios:
Abaíra | Andaraí
Barra da Estiva | Boninal | Bonito
Ibicoara | Ibitiara | Iramaia | Iraquara | Itaeté
Jussiape | Lençóis
Marcionílio Souza | Morro do Chapéu | Mucugê
Nova Redenção | Novo Horizonte
Palmeiras | Piatã | Rio de Contas
Seabra |  Souto Soares
Utinga | Wagner

A variedade: C. arabica

A história: Localizada no centro-sul da Bahia, a extração de ouro e de pedras preciosas foi uma atividade importante da região até ser substituída pela agricultura familiar. Nos últimos anos, chamou a atenção por conta de produtos como cachaça, frutas vermelhas, vinho e cafés especiais.

O topônimo “diamantina” resulta da ocupação do território com a penetração pelo interior do Brasil, a partir do século XVII, das entradas e bandeiras. Além da pecuária após a colonização, a região assistiu ao garimpo do outro no século XVIII e à  exploração dos diamantes no século XIX. A produção de café na região remonta aos século XIX e XX, sendo marcada, por exemplo, pelo desenvolvimento das ferrovias. O avanço deu-se na década de 1970, quando o cultivo de cafés entrou em crise resultante de pragas, geada e baixa produtividade, levando o governo federal a fomentar a expansão das plantações para outras regiões. O café também influenciou na formação do povo da Chapada, ligados à agricultura familiar, contribuindo com a definição de uma identidade peculiar e regional.

TEXTO Cristiana Couto / Fonte: Sebrae, INPI • FOTO Ravena Maia

Mercado

Sabores universais do cacau

De olho na qualidade, pesquisadores e organizações públicas e privadas desenvolvem um guia para padronizar a avaliação do fruto amazônico

Q uais são as características de um cacau de excelência? A resposta pode parecer simples, mas diante da complexidade entre variedades, terroirs, métodos de cultivo e de beneficiamento, exige rigor e consistência. É a partir desses dois fundamentos que cacauicultores brasileiros acabam de se destacar num dos mais importantes concursos do mundo e que um protocolo recém-lançado promete ser o primeiro a normatizar, em nível global, a avaliação de amêndoas de cacau.

Em março deste ano, o Guide for the Assessment of Cacao Quality and Flavour (Guia para avaliação da qualidade e do sabor do cacau), lançado em setembro de 2023 pela plataforma global Cacao of Excellence, foi atualizado. A publicação do guia, que consumiu sete anos de estudos e discussões, integrou diferentes organizações públicas e privadas, especialistas e representantes da indústria cacaueira no mundo.

Já os brasileiros Miriam Vieira, de Medicilândia, no Pará, e Luciano Ramos, de Ilhéus, na Bahia, ganharam em outubro passado medalhas de ouro no Cacao of Excellence Awards – a avaliação baseada na nova publicação e que traz, entre outros parâmetros analíticos, uma roda de sabores do fruto.

Com o crescimento do consumo mundial de chocolate e diante das críticas quanto à qualidade da indústria, a necessidade de avaliar o cacau de excelência – ou fino – tornou-se o objetivo de várias entidades e organizações mundiais.

“Há cada vez mais pessoas interessadas no cacau especial, assim como aconteceu com o café trinta anos atrás”, compara Julien Simonis, gerente de programa da plataforma Cacao of Excellence, liderada pela Alliance of Bioversity International e pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT). “Então, montamos um comitê com especialistas de todo o mundo para desenvolvermos uma linguagem comum para comunicar os sabores e gostos do cacau”, conta ele, referindo-se à publicação de 216 páginas e que pode ser acessada gratuitamente no site da Cacao of Excellence.

Além da sistematização da roda de sabores do cacau, a obra traz informações técnicas que vão da análise física das amêndoas e seu processamento até a avaliação sensorial de amêndoas não torradas, da massa de cacau e do chocolate amargo. Instruções de como armazenar o fruto amazônico, de quais instrumentos e equipamentos utilizar para torra, além de um formulário de avaliação das amostras completam o guia, disponibilizado na plataforma em inglês, espanhol, francês e italiano.

Foram necessários 12 anos de provas sensoriais para desenvolver a roda de sabores, fruto da experiência nas análises de amostras de cacau de todo o universo produtor para a Cacao of Excellence Awards, uma das mais importantes competições de amêndoas de cacau do mundo.

Para a avaliação, os atributos de sabor foram divididos em três grupos. Os atributos principais são características esperadas na amêndoa e que incluem acidez, amargor, adstringência e grau de torra. Os sabores complementares são os que podem ou não ser percebidos nas amostras de cacau. Há descritivos como sabores de frutas frescas, vegetal, floral, amadeirado, de especiarias, amendoado e caramelo, além de doçura – este último, só para o chocolate amargo; e os off-flavours, que resultam de defeitos que podem ou não ser notados nas amêndoas.

Não que a roda de sabores fosse inédita no mercado cacaueiro até então. “Empresas, cooperativas e produtores usam seus métodos de análise sensorial. Mas se duas pessoas diferentes falam que o cacau é frutado, por exemplo, não dá para garantir que se trata do mesmo sabor. E isso é um grande problema”, analisa Simonis, que espera que a nova roda seja, em breve, adotada como parâmetro de sabores oficial no mercado. “Não é todo mundo que quer usar a roda, mas se quiser se comunicar de forma ‘universal’,
precisará dela”, analisa.

Os critérios aplicados à nova roda de sabores do cacau se assemelham aos do café, mas a análise sensorial tem suas particularidades. “Quando você prova o cacau, é 100% puro, não é igual ao café, que é diluído”, relata Simonis. “Então levamos muito mais tempo para analisar as amostras, que vão da amêndoa até o chocolate amargo.”

O longo tempo de reflexão e concentração fazem parte da rotina dos avaliadores do Cacao of Excellence Awards, que, na última edição, em 2023, recebeu 222 amostras de amêndoas de 52 regiões de origem, divididas entre África e Oceano Índico, Ásia e Pacífico, América Central e Caribe e América do Sul. “Primeiro, fazemos a massa de cacau e escolhemos as 50 mais bem pontuadas para elaborarmos o chocolate amargo e a avaliação final de cada amostra”, explica ele sobre a dinâmica do concurso às cegas, ou seja, sem que se conheça a origem e o produtor.

O Brasil tem direito a enviar sete amostras, selecionadas de acordo com as competições nacionais. Isso porque o número de vagas é determinado pelo volume de produção de cacau no mundo. Já os líderes Gana e Costa do Marfim, na África, têm presença maior no Cacao of Excellence Awards. Mas, se nos últimos três concursos, um país conquistar mais medalhas de ouro, pode levar mais amostras na competição seguinte (o concurso é anual). “Assim, vemos que há um aumento na qualidade do cacau e queremos encorajar os produtores locais”, diz Simonis.

É ouro

Se considerar a edição de 2023, o Brasil pode comemorar, pois foi o melhor resultado já alcançado pelo país na premiação. Três pequenos agricultores familiares foram condecorados: Miriam Federicci Vieira, do Sítio Alvorada, em Medicilândia (PA), com um forastero da cultivar alvorada 01, e Luciano Ramos, da Fazenda São Sebastião, de Ilhéus (BA), com um trinitário da cultivar BN 34, ganharam a medalha de ouro; e Robson Brogni, Sítio Ascurra, também de Medicilândia (PA), conquistou a prata com o híbrido
blend MA 15.

“Nunca havíamos ouvido falar do concurso, foi um amigo que nos incentivou, mas estávamos desconfiados”, revela Miriam que, com seu esposo Leomar, cuida de 10 mil pés de cacau na cidade paraense, reconhecida pelo cultivo de qualidade. Depois de ser premiada com a medalha de prata por dois anos seguidos – em 2022 e 2023, com seus Alvorada 1 e Alvorada 3, respectivamente – no Concurso Nacional de Cacau Especial – Sustentabilidade e Qualidade, a dupla foi surpreendida com o ouro no campeonato mundial. “Hoje já estamos sendo procurados por empresas no Brasil e no exterior”, revela Miriam, que possui somente 500 pés do cacau alvorada 1, que rendem cerca de 300 kg de amêndoas secas e fermentadas. “Para dar uma qualidade muito boa ao chocolate, o cacau tem que ser fermentado. E precisa ser colhido bem maduro”, ensina a produtora.

Para os avaliadores do concurso brasileiro, entre as principaiscaracter ísticas encontradas no alvorada 1 estão a acidez frutada, com frutas cítricas, amarelas e tropicais; ao lado de notas florais, vegetais, de tabaco e nozes discretas; amargor e adstringência (que, no cacau, são atributos positivos) somam-se a uma agradável e longa finalização de caramelo, além de mel e sabores florais no retrogosto.

Já o cacau de Luciano Ramos foi descrito como um chocolate único, suave e cremoso, com notas florais, toque de acidez e combinação de frutas frescas e browned fruits. Na boca, traz ervas e notas lenhosas, com leve doçura, amargor equilibrado e uma adstringência persistente. “O cacau brasileiro tem um futuro grandioso, que vai superar seu passado glorioso”, acredita Ramos, que tem sua vida marcada pela vassoura-de-bruxa no sítio que foi do pai, em Ilhéus, e pela perseverança em retomar o cultivo na região. “Reiniciei o plantio pensando em melhoramento genético”, relembra o agrônomo, que escolheu a variedade BN34 pela “resistência fabulosa” à praga, que assolou a produção cacaueira no Brasil em 1989. “Até os anos 2000, diziam que o Brasil só produzia cacau commodity, mas de lá pra cá tivemos muitos cacaus premiados. Estamos quebrando esse paradigma”, conclui.

O único ponto importante e que não mereceu, ainda, consideração na avaliação do Cacao of Excellence é a sustentabilidade. Saber como o cacau é produzido e qual o impacto socioambiental de seu cultivo causa preocupações nos dias de hoje. “Estamos discutindo amplamente como acrescentar [a sustentabilidade na avaliação], pois essa não é a nossa expertise, mas, sim, qualidade e sabor”, alerta Simonis. “Mas sabemos que, de alguma forma, ela será incluída”, promete. Quando isso acontecer, o Brasil terá todo o potencial para carregar mais medalhas para casa.

Crise na produção mundial de cacau

O mercado cacaueiro tem chamado a atenção com as recentes quedas de produção em Gana e Costa do
Marfim – países que, juntos, são responsáveis por cerca de dois terços do cacau comercializado no mundo. Ambos têm sofrido com questões climáticas e de doenças nas plantas, e a escassez do fruto fez com que seu valor aumentasse globalmente.

A notícia pode até parecer boa para o Brasil, mas não necessariamente para o cacau fino, já que os altos
preços da commodity afugentam investimentos e geram custo maior para se ter amêndoa de valor agregado. “Agora ninguém está querendo pagar caro”, comenta Miriam, do Sítio Alvorada.

Simonis acredita que há uma desconexão entre produto e preço pela especulação financeira e que os preços tendem a baixar, mas sem prever quando. “É uma situação muito perigosa, porque não há incentivo para produzir alta qualidade, já que o produtor ganhará bem por qualquer que seja o cacau”, diz.

Cacau em números

Segundo a International Cocoa Organization (ICCO), a produção mundial de amêndoas de cacau em 2023 foi de 4,449 milhões de toneladas, uma queda em relação a 2022, que foi de 4,996 milhões de toneladas. O Brasil, que ocupa a sétima posição no ranking, é responsável por 220 mil toneladas, e se manteve estável nos últimos anos. O Pará é o maior produtor nacional – foram produzidas 149.396 toneladas de amêndoas em 2023, de acordo com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).

Texto originalmente publicado na edição #84 (junho, julho e agosto de 2024) da Revista Espresso. Para saber como assinar, clique aqui.

TEXTO Beatriz Marques • ILUSTRAÇÃO Pamella Moreno

Café & Preparos

Percepção de sabores é tema de estudo realizado pelo The Coffee Sensorium

Entre os dias 19 e 20 de outubro, das 10h30 às 17h30, o projeto The Coffee Sensorium, conduzido pela neurocientista Fabiana Carvalho e pela pós-doutoranda da Epamig Maísa Mancini, realizará um estudo sobre a percepção de sabores em cafés especiais. 

A atividade acontecerá na cafeteria paulistana Sofá Café (Rua Jaguaribe, 258 – Vila Buarque). Consumidores amadores que tenham o hábito de tomar café especial (sem açúcar) há pelo menos seis meses estão convidados a participar da experiência. Por trabalharem diretamente com café, baristas não podem participar do estudo.

Com duração de 15 minutos, a dinâmica gratuita consiste em provar três amostras de café e avaliá-las segundo suas próprias percepções. Não é necessário realizar inscrição ou agendamento, basta chegar. Os participantes ganharão uma amostra de café para levar para casa. 

TEXTO Redação
Popup Plugin