CafezalMercado

O bom café do Brasil fica sim por aqui!

O consumidor brasileiro está cada vez mais bem servido quando o assunto é café. Esqueça aquela frase de que o melhor grão nacional sai todo do País. Hoje essa afirmação já vem caindo por terra. Dezenas de marcas investem atualmente no mercado brasileiro e ótimos grãos são comercializados aqui. Para encontrá-los é preciso interesse em buscar os produtos em cafeterias, e-commerces especializados e também em empórios.

O crescimento do interesse do público levou as marcas e fazendas produtoras a voltar os olhos ao mercado interno. De acordo com a pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), realizada pela Euromonitor, o volume de vendas cresce 3% ao ano no País. A mesma empresa de pesquisa fez um levantamento para o mercado de especiais que apontou que, entre 2012 e 2016, o crescimento médio anual foi de impressionantes 20,6% no consumo (volume) de café especial.

Para corroborar com esses dados, recebemos semanalmente na redação da Revista Espresso alguns dos muitos cafés que estão lançando suas embalagens no Brasil. Fomos convidados pela marca ZalaZ, conhecida por suas cervejas artesanais produzidas dentro de uma propriedade de café, a Fazenda Santa Terezinha, para conhecer a novidade que a empresa lançou: um portfólio de cafés. A fazenda, já reconhecida internacionalmente pela produção de cafés especiais orgânicos, é a maior pontuação da história nacional para cafés no concurso Cup of Excellence: 97,53 pontos.

Depois de muita pesquisa e testes, os sócios Fabrício Almeida e Júnia Falcão chegaram a seis rótulos para a nova marca: Flor do Gatambu, Sombreado Amarelo, Liga Natural, Ouro Vermelho, Magia Fermentado e O Mago. Os microlotes são plantados em áreas específicas da fazenda e colhidos separados. As variedades são diversas, como mundo novo, catucaí amarelo e bourbon vermelho. O café, assim como a cerveja, passa por processamento diferentes (natural, fermentado e descascado) para chegar ao resultado sensorial de cada lote. Como diria Paulinho Almeida, proprietário da fazenda falecido no início de 2018, “café é detalhe”. Em cima desse ensinamento, os filhos dele, André e Fabrício, e a família deram continuidade ao trabalho.

Os cafés de Paulinho são desejados por compradores internacionais desde que ele ganhou o concurso, em 2001. Compradores japoneses reservam os lotes com antecedência e agora alguns deles ficarão no Brasil com a marca ZalaZ, que criou o processo de torra na própria fazenda. Microtorrefações como a 4Beans, em Curitiba (PR) e algumas cafeterias nacionais já vinham trabalhando com pequenos lotes da Santa Terezinha.

Onde encontrar:

Zud Café – www.facebook.com/zudcafe
PAO – Padaria Artenanal Orgânica – www.padariaartesanal.com.br
Clemente Café – www.facebook.com/clementecafe.sp
4 Beans – www.4beanscoffeeco.com.br
Empório Alto de Pinheiros (EAP) – www.eapsp.com.br

Onde encomendar:
Café Store – www.cafestore.com.br
Pura Caffeina – www.facebook.com/puracaffeina/

TEXTO Mariana Proença • FOTO Mariana Proença

Cafeteria & Afins

Seu Patrício Querido Café – Brasília (DF)

Depois de muita leitura e estudo, Flávia Dutra e Fabrício Lima apaixonaram-se pelo assunto e decidiram se aprofundar mais no tema café. O casal foi atrás de cursos sobre barismo, torras e métodos, e construiu junto o sonho de abrir uma cafeteria. Com um pequeno espaço em mãos – que tem apenas dezesseis lugares –, o sonho foi se tornando realidade, e o Seu Patrício Querido Café foi surgindo.

Inaugurada no final de 2016, a casa fica em um bairro que não tem muitas cafeterias que servem cafés especiais. O ambiente, apesar de pequeno, é aconchegante e acolhedor, com mesinhas, cadeiras e poltronas que dão ar delicado ao estabelecimento. Para os conectados, o wi-fi está sempre disponível, bom para quem quer passar um tempo e bater papo.

O carro-chefe da loja costuma vir de diferentes regiões, entre elas Cerrado Mineiro, Alta Mogiana e Caparaó. A torra dos grãos fica por conta da AHA! Cafés, torrefação de Brasília, Moka Clube, de Curitiba, e Wolff Café, de São Paulo. Preparado por baristas, o café pode ser pedido nos métodos aeropress, hario v60, chemex, prensa francesa e kalita; a extração é feita em uma La Marzocco GB5.

Comidinhas para acompanhar

O cardápio, boa parte produzido na casa e pensado para harmonizar com o café, é composto de opções salgadas e doces. Waffle comum e de pão de queijo e tortas de caramelo salgado e de mousse são bons acompanhamentos para as bebidas. Para os veganos, há bolo vegano, feito de cacau com brigadeiro e leite de amêndoas, e x-cake vegana. Segundo os donos, a torta de caramelo com flor de sal é a campeã dos pedidos. Ainda neste ano, o Seu Patrício Querido Café inaugurará uma segunda casa em Brasília.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso referente aos meses dezembro, janeiro e fevereiro de 2018 – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui)

Informações sobre a Cafeteria

Endereço CLN, 206 Bloco A Loja 3
Cidade Brasília
Estado Distrito Federal
País Brasil
Website http://www.facebook.com/seupatriciocafe
Telefone (61) 99246-9263
Horário de Atendimento De segunda a sexta, das 12h às 21h; sábado, das 9h às 18h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Maria Vitória Dutra

Cafezal

Projeto quer revitalizar o Vale do Café no Rio de Janeiro

Uma viagem ao túnel do tempo até o século XVIII, que envolve belas paisagens, Viscondes, Duques, Condes, Marqueses, Dom Pedro, Princesa Isabel, entre outros nomes que fizeram parte da nossa história.

Esse é o Vale do Café, localizado a cerca de 120 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro. Um local que no passado produzia café, aliás, foi essa produção que impulsionou a região na época e criou as fazendas históricas. A região chegou a produzir 75% do café consumido no mundo. Atualmente, são poucas as fazendas que cultivam o café, mas isso está mudando por conta de um projeto desenvolvido pelo Sebrae/RJ.

Para este projeto, intitulado Vocações Regionais da Cafeicultura Fluminense que teve início em 2014, foram escolhidas as regiões Noroeste, Serrana e Vale do Café pela tradição e potencial para produção de cafés diferenciados. O professor da Universidade de Lavras Flavio Borém é um dos coordenadores do projeto e percebeu a perspectiva no lugar que tem entre seus objetivos revitalizar a cafeicultura para produção de cafés especiais e apresentar as possibilidades de agregar valor ao produzido no estado. Algumas fazendas foram selecionadas e por um processo de seleção natural outras saíram.

Segundo Lidia Espindola, analista do Sebrae: “A proposta do programa é revitalizar a cafeicultura no Vale para produção de cafés especiais. Serão dois eixos de atuação: para quem já planta e quer produzir um café especial ou aqueles que querem começar o cultivo”, explicou. Segundo ela, as fazendas participantes contam com o apoio Sebrae/RJ, acompanhamento técnico e poderão utilizar os recursos disponíveis pelo Programa Sebratec, que subsidia 60% dos custos.

A equipe da Espresso foi convidada a conhecer um pouco mais o projeto e as regiões que fazem parte dele. Além do professor Flávio Borém, o projeto conta com a orientação do Sebrae/RJ, a consultoria do produtor João Mattos, da Fazenda Braúna, que auxilia nas orientações técnicas do café, e um coordenador que visita o local e tira dúvidas de cada fazenda. Marcelo Graça, técnico em agropecuária, é um deles que verifica cada passo da lavoura, como por exemplo, se o adubo está certo e se foi aplicado, o que é melhor para cada solo. “É um trabalho de parceria e confiança. Uma relação que se reflete na lavoura”, afirma.

Fazenda Alliança

A proprietária Josefina Durini preparou um belíssimo café da manhã, para nossa equipe, com tudo que é produzido na própria fazenda. A fazenda é orgânica e certificada peça Ecocerta, por isso Josefina deseja, entre outros projetos, realizar uma parceria com escolas e assim levar o seu alimento orgânico para as crianças.

A fazenda é histórica do século XIX e é possível visitar cada cômodo da casa, conhecer móveis da época, que são misturados com obras que Josefina traz de suas viagens, além de visualizar como era o processo do café antigamente.

Para este projeto Josefina apostou no café orgânico. Um trabalho, segundo ela, de formiguinha, que iniciou a plantação entre fevereiro e março de 2017. Foram alguns desafios como área baixa e cuidados para nivelar o terreno que tem uma altitude, de cerca de, 500 metros. Segundo Marcelo, ali foi utilizado o sistema de irrigação por gotejamento e esterco de búfala, aliás, é delas que Josefina aproveita para a produção de queijos, leite, entre outros alimentos.

www.fazendaallianca.com.br

Hotel Fazenda Florença

Foi fundada no século XIX pela família portuguesa Teixeira Leite, que foram atraídos para o Vale do Paraíba por conta da riqueza do café. A atual sede do casarão, que foi erguida em 1852, está aberta para visitação (com horário programado) e você pode mergulhar de cabeça na história que é contada com muita emoção pelo proprietário Paulo Roberto dos Santos.

Há 20 anos Paulo faz parte desta fazenda, “foram seis anos restaurando a casa e como hotel estamos há 14 anos”, afirma. Ele conservou a casa, móveis, louças, espaços ricos em detalhes da época.

Paulo se interessou pelo projeto do Sebrae e não esconde o encantamento na hora de servir o seu próprio café, que define com um gostinho de mel. São cinco hectares, que começaram a ser plantados em 2017. No meio do cafezal, Paulo, vai montar a sua cafeteria, “minha ideia é que as pessoas venham acompanhando todo o cafezal e sua história e depois pare para degustar o café!”, contou Paulo, que deseja ter a cafeteria pronta para o Festival Vale do Café, que acontece no final de julho.

“O projeto me encantou, procuro evitar ao máximo o uso de agrotóxicos. Aqui, onde hoje é o cafezal, era uma área de pasto de éguas, que transformamos e contempla ainda árvores como Ypês, Quaresmeiras, Jabuticabeira, entre outras”, conta Paulo.

O turismo é forte na fazenda que conta com recreação para as crianças, quadra de esporte, campo de futebol, piscinas, entre outros. O hotel conta com a Ala das Roseiras; Quaresmeiras e Nolinas e suítes Master Junior e Master, além de lazer para adultos e crianças.

www.hotelfazendaflorenca.com.br

Fazenda União

Localizada em Rio das Flores, região sul fluminense, a fazenda, do século XIX, foi construída pelo Visconde do Rio Preto e conservada até hoje com mobiliário original e peças recuperadas em antiquários pelo proprietário Mario Vasconcellos Fernandes.

Mario, um colecionador nato, recebeu a nossa equipe, com um jantar em uma mesa preparada tipicamente com pratos e talheres da época de Dom Pedro. A Fazenda é também um hotel histórico focado no turismo, que busca refletir sobre as tradições e costumes da época.

Agora conta com um hectare de café, que começou a ser plantado em meados de fevereiro ou março de 2017. Segundo Marcelo, a fazenda rendeu poucos frutos por problemas no solo, que já estão sendo resolvidos. Por causa do vento, optaram por plantar milho próximo do café para servir de “corta vento” e a plantação de café foi dividida em talhões.

www.fazendauniao.com.br

Fazenda Da Taquara

Marcelo Streva é a sexta geração da família da Fazenda Da Taquara, foi seu tetravó quem fundou o local. Por isso, é com propriedade e brilho nos olhos que Marcelo conta toda a história da família para os turistas que visitam o casarão.

Móveis, retratos, diferentes objetos e até roupas dos seus ancestrais foram conservadas. Marcelo tomou a frente dos negócios em 2015, “foi um ano muito difícil, meu pai tinha mais de 150 mil pés de café, criou um viveiro imenso e de repente não tínhamos mais. Tive que com calma analisar o que fazer e comprar mudas para começar o plantio do café novamente”, conta ele.

Segundo Marcelo ele chegou a cogitar o cultivo do café orgânico, “quando coloquei na ponta do lápis, vi que não seria possível”, conta ele. Atualmente são quatro hectares de café, já comercializados por Marcelo. “Era o único do projeto que já plantava café”, afirma Lidia.

A fazenda é aberta ao público para visitas guiadas com café e almoço e de domingo aberta para almoço.

www.facebook.com/fazendadataquaravisitahistorica

Fazenda Saint Robert

Local que na década de 1960/70 funcionava um hospital para tuberculosos e que após o plano cruzado se transformou em um hotel fazenda. O espaço era do pai do Henrique Marques Lisboa, que comprou a parte dos seus irmãos e investiu no local, criando um espaço para toda a família.

Os adultos que chegam ao local já ganham um vale chopp, para a sexta-feira, e um vale café, para o sábado. A Fazenda conta, ainda, com uma área de recreação, uma mini fazenda, minigolfe, piscinas, um restaurante na sede e o Reserva Aroeira e agora uma plantação de café.

Henrique começou a plantação em 2017 das variedades IPR 100 e Catucai Vermelho. “Hoje, meus filhos assumiram a administração do hotel e eu estou nas aventuras do café, cerveja e cachaça”, afirma. Próximo ao cafezal já existe uma cafeteria, em que os visitantes, podem degustar cafés e as comidinhas deliciosas que são preparadas como tortas e bolos.

www.hotelfazendastrobert.com.br

Conheça a magia do Vale do Café
De 20 a 29 de julho acontece o Festival Vale do Café, em que os visitantes poderão conhecer as fazendas do século XIX. Criado em 2003 o Festival ocorre sempre em julho, oferecendo espetáculos com muita música e história do Vale.

Quem for até lá poderá conhecer a intimidade dos maiores núcleos produtivos do ciclo do café, fazendas históricas de arquitetura tradicional da época como azulejos, pratarias, pinturas, louças, bordados, estátuas, documentos, entre outros.

É necessário comprar o ingresso para participar da programação de cada fazenda. Saiba mais sobre o festival e garanta seu ingresso no site www.festivalvaledocafe.com.br.

Serviço
Festival Vale do Café
Quando: de 20 a 29 de julho
Maiores informações: www.festivalvaledocafe.com.br

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Café Editora

Barista

Primeira barista vence o mundial

Em 2000 um grupo de amantes do café criou o Campeonato Mundial de Barista para incentivar o trabalho desses profissionais. Em Montercarlo, comuna na Itália perto da Toscana, foi realizada a primeira competição com doze participantes. Anualmente o evento ocorre em diferentes países pelo mundo. Já foram campeões Noruega, Dinamarca, Austrália, Inglaterra, Irlanda, Estados Unidos, El Salvador, Guatemala, Japão e Taiwan.

Dentre os vencedores nunca uma mulher havia ganhado. E chegou a hora! Em Amsterdã, na Holanda, a grande vencedora foi Agnieszka Rojewska, uma barista independente, representando a Polônia. Além do feito de ser a primeira a vencer em 18 anos de competições, Aga, como é conhecida, tem sido uma grande vencedora nos últimos anos. É a atual campeã do nacional de Latte Art pelo seu país (já venceu quatro vezes), campeã do Coffee Masters em Londres, em 2018, e terceiro lugar no mundial de Latte Art, em 2017.

Aga é uma competidora e tanto. Trabalha com café há mais de dez anos, já teve sua cafeteria, mas hoje se dedica a dar treinamentos na cidade de Poznan. Para o mundial treinou muito e teve o apoio de ninguém menos que Sasa Sestic, da Ona Coffee. Com o café da Etiópia e uma apresentação muito minimalista, com poucos objetos na mesa dos juízes, Aga veio com a temática da surpresa e foi desvendando os sabores com o uso das cores e bolas para representar o que estava servindo.

Veja a apresentação completa no link 

 

O barista brasileiro Thiago Sabino, representando a cafeteria IL Barista, de São Paulo, fez a sua melhor apresentação da carreira. Muito calmo e seguro, Thiago veio com a temática da brasilidade trazendo uma variedade de café desenvolvida no País pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a obatã. O drinque de assinatura foi guaraná artesanal com espresso e gelo. Thiago conquistou a 34ª posição entre 55 países.

Trajetória de Agnieszka
2018 Polish Barista Champion
2018 Polish Latte Art Champion
2018 London Coffee Masters – Winner
2017 New York Coffee Masters – Runner-up
2017 World Latte Art Championship – 3rd Place
2017 Polish Brewers Cup – Runner-up
2017 Polish Latte Art Champion
2016 World Latte Art Battle, Seoul – Best Performance Award
2016 Polish Barista of the Year
2016 World Latte Art Championship – 5th Place
2016 Polish Barista Champion
2016 Dublin World Barista Championship – 34th Place, Round One
2015 Seattle World Barista Championship – 34th Place, Round One
2016 Polish Latte Art Champion
2015 Milano Latte Art Challenge
2015 Polish Barista Champion
2014 Polish Barista Championship – Runner-up
2014 World Latte Art Championship – 17th Place, Round One
2014 Polish Latte Art Champion

TEXTO Mariana Proença • FOTO Café Editora

Café & Preparos

Festival Santos Café chega a sua 4ª edição

Está sem saber para onde ir no próximo feriado? Que tal aproveitar para participar de um Festival sobre café e ainda, se o clima permitir, curtir uma praia?

A 4ª Edição do Festival Santos Café acontece de 6 a 9 de julho, e tem como objetivo de promover o turismo e o café ao lado da gastronomia, através de oficinas, palestras, exposições fotográficas, apresentações culturais e um festival de artesanato.

Quem passar por lá terá a oportunidade de conhecer marcas de cafés especiais e degustar, gratuitamente, nos métodos espresso e coado, no Espresso Degusta. Este ano, houve uma mudança de endereço e será no Arcos do Valongo (esquina da Rua do Comércio,  atrás do Museu Pelé).

As degustações irão acontecer de 7 a 9 de julho, das 11h às 17h. Além disso, o público irá conferir novidades em acessórios, utensílios, cafés embalados para comercialização e distribuição de revistas por parte da Revista Espresso.

A degustação tem a curadoria da Revista Espresso e da Café Editora e apoio da Ânima Café, Café Santa Mônica, Coopinhal, Revo Café, Rei do Café, Café Baronesa, Mazzi Café, Swiss Coffee, Café Store, Da hora Bike Café, Grupo UTAM, Brasil Espresso, Astro, Café do Centro, Bunn, Orfeu Cafés Especiais e Santo Grão.

A abertura ficará por conta da banda Beatles Abbey Road no dia 6, às 20h. Ao longo do Festival irão acontecer vários shows, além de novidades como: oficina de estética e receitas de beleza com pó e café; performances artísticas itinerantes pelas ruas; Cine Café com Leite, para o público infantil; arte circense; exposição de motos antigas, Bonde Brincar e utilização do Espaço Arcos do Valongo.

O 4º Festival Santos Café é uma realização da Setur (Secretaria de Turismo) – com parceria da Secult (Secretaria de Cultura) e outros setores da Prefeitura, da Secretaria de Estado da Cultural e do Museu do Café.

Para conferir a programação completa, ou se inscrever nas oficinas, basta acessar o Portal de Turismo de Santos ou o Portal da Prefeitura.

O evento conta ainda com o apoio da Alemoa Imobiliária, American Ciclo, Bel Coelho Estética, Café Editora, Clube de Automóveis Antigos de Santos, Estação Bistrô Restaurante-escola, Revista Espresso e Senac.

Serviço
4ª Edição do Festival Santos Café
Horário: 6/7, das 18h às 21h, 7, 8 e 9/7 das 10h às 20h
Locais: Arcos do Valongo, Museu do Café, Museu Pelé, Praça Mauá, Valongo, Boulevard da Rua XV de Novembro e restaurantes parceiros do Centro Histórico de Santos.
Mais informações: www.turismosantos.com.br/festivalsantoscafe

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Cafezal

5ª edição do Fuel leva 20 participantes para lavoura capixaba

No último sábado, 16/6, aconteceu a 5ª edição do Fuel. O projeto, criado pela Kaffa Cafeteria juntamente com produtores da região do Espírito Santo, tem como objetivo apresentar aos amantes do café o dia a dia da produção de grãos nas montanhas capixabas.

Os 20 participantes tiveram a oportunidade de visitar a fazenda do cafeicultor Carlos Alberto Altoé, no município de Castelo (ES). Na propriedade, é desenvolvido todo o beneficiamento pós-colheita, incluindo reuso da água e terreiro suspenso.

Com clima propício, os visitantes puderam realizar a cata dos grãos que, segundo os organizadores do evento, estão apresentando maturação bem uniforme. Os frutos foram despolpados e separados no terreiro, onde serão entregues aos participantes em 30 dias.

Para Vagner Benezath, sócio da Kaffa, este processo é de extrema importância para o consumidor final: “Este tipo de atividade é fundamental para nós que servimos café especial, pois o cliente tem a vivência, mesmo que por apenas um dia, de como o produtor se esforça para que dê tudo certo e o resultado apareça na xícara”.

Ainda nesta safra, o Fuel tem em sua programação uma viagem marcada em setembro. Pela primeira vez, a próxima fazenda a ser visitada será o Sítio Santa Rita, na cidade de Espera Feliz (MG).

TEXTO Redação • FOTO Roberto Barros

Mercado

Brasileiros invadem Amsterdã

Até 23 de junho acontece a World of Coffee em Amsterdã, na Holanda. Uma feira voltada para o mercado cafeeiro que recebe o campeonato World Barista Championship, que seleciona o melhor barista do mundo. O barista brasileiro Thiago Sabino realizou sua apresentação hoje (21/06), porém não foi selecionado para a semifinal.

Os países selecionados foram: Cingapura, Tailândia, Malásia, Canadá, Reino Unido, Coreia do Sul, Suécia, Holanda, Austrália, Grécia, Rússia, Nova Zelândia, Japão, Polônia, Estados Unidos e Suíça.

A equipe da Semana Internacional do Café não ficou de fora do evento e embarcou para Amsterdã com o objetivo de apresentar para o público internacional a cidade de Belo Horizonte (MG) como o próximo destino de negócios do setor cafeeiro.

No evento, a SIC conta com um estande interativo intitulado “Boarding to Brazil” (Embarque para o Brasil) com o conceito “Your coffee journey begins in Brazil” (sua jornada do café começa no Brasil). Nele, os visitantes poderão ter uma experiência 360 graus com vídeos das regiões brasileiras produtoras de café, tendo a sensação de estar em um avião, com poltronas e imagens alusivas ao tema. Além disso, serão distribuídos ecobags e bottons em homenagem aos Campeonatos Mundiais que acontecerão durante a SIC e uma passagem aérea será sorteada.

É a primeira vez que o Brasil sediará quatro modalidades de Campeonatos Mundiais de Barista, sendo eles: World Coffee in Good Spirits Championship (drinques alcoólicos com café), World Latte Art Championship (desenho no café com leite), World Brewers Cup (preparos manuais de café) e World Cup Tasters Championship (prova profissional de café).

Segundo o diretor de planejamento da Café Editora, Caio Alonso Fontes, este ano será ainda mais importante para consolidar a SIC como uma rota essencial para os compradores mundiais iniciarem sua jornada no Brasil. “Teremos uma grande oportunidade de mostrar todo o nosso potencial como maior País produtor de diversidades de café e sustentável”, afirma.

A SIC acontece de 7 a 9 de novembro, em Belo Horizonte (MG), e conta com diversos estandes; campeonatos; mesas de prova; concursos que reúnem amostras dos melhores grãos; cursos, workshops; palestras e uma imensa troca de conhecimento para os apaixonados por café.

Serviço
Semana Internacional do Café 2018
Quando: 7 a 9 de novembro
Horário: 11h às 20h
Onde: Expominas, Belo Horizonte (MG)
Maiores informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br

Facebook e Twitter: @semanadocafe
Instagram: @semanainternacionaldocafe

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Diversidade no mercado de cápsulas

A praticidade no preparo do café em cápsula conquistou de vez os brasileiros. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), há cinco anos, o consumo de café em cápsulas cresceu de 40% a 50% ao ano. Depois, a média anual passou a ser de 9%. O diretor-executivo da ABIC, Nathan Herszkowicz, explica que o crescimento é menor, mas mostra que é uma categoria que cresce mais do que o café como um todo, que é de 3,5% ao ano.

Para Nathan, a cápsula possui uma forma de preparo com praticidade, conveniência e qualidade. “Em menos de um minuto e com apenas um toque de botão, prepara-se café de maneira correta (água na temperatura certa e quantidade de pó ideal) e com a qualidade preservada”, afirma.

Uma das primeiras marcas a trazer a cápsula para o Brasil foi a Nestlé. A Nespresso se tornou um case de sucesso com sua máquina e diversas cápsulas de café gourmet vendido em boutiques próprias. Em 2009, chegou ao mercado a Dolce Gusto, com bebidas à base de café, capaz de produzir espresso, cappuccino e chocolate quente para toda família, de fácil acesso e compra direto no grande varejo.

Com o sucesso das cápsulas, claro que muitas marcas passaram a investir neste segmento, como: Illy, Kaffa, Santa Monica, Suplicy Cafés Especiais, Astro Café, Café do Centro, Graníssimo Café Pelé, Mitsuo Nakao, Orfeu, Baggio, Octávio Café, entre outras.

Novidade do mês
A mais recente a entrar neste mercado é a multinacional alemã Melitta, especialista em café e presente no Brasil há 50 anos. Na semana passada, a empresa anunciou sua entrada no mercado de cápsulas compatíveis com o sistema Nespresso.

A marca estreia nesse segmento com cinco versões de blends (Ristretto, Marcato, Staccato, Audacce e Tenuto), divididos em três diferentes grupos de perfis aromáticos: intensos, equilibrados e frutados.

Com fabricação nacional, em uma linha de produção exclusiva na unidade da Melitta em Avaré (SP), as cápsulas são feitas com um material que impede vazamento, passagem de luz e oxigênio, e já podem ser encontradas nos principais pontos de venda de todo o estado de São Paulo. Até o final do ano a distribuição acontecerá nas demais regiões do país.

Outras marcas
O Grupo Utam lançou, a cerca de cinco anos, sua marca de cápsulas. Segundo a executiva do Grupo, a criação inicial das opções de mono origens de café foi a estratégia encontrada pela empresa para oferecer aos consumidores sabores típicos daqueles países, que apresentam tradição na qualidade do café. “Nossa intenção foi valorizar a cultura do café pelo mundo, hoje tão em alta. Percebemos uma grande demanda na procura por esse tipo de café gourmet diferenciado, principalmente pelos sabores internacionais”, destaca Ana Carolina.

Na semana passada, na feira Fispal Café, em São Paulo, o Grupo lançou o café monoorigem Etiópia, composto por cafés da República Democrática Federal da Etiópia. Além dele, a marca já conta com quatro opções com as origens: Brasil (edição limitada), Colômbia, Timor e Guatemala, além dos seis tipos de blends: Intenso, Extraforte, Bourbon, Classic, Gourmet e Descafeinado. As cápsulas Utam são compatíveis com a máquina da Nespresso.

L’OR
A L’OR, linha francesa de cafés super premium da multinacional Jacobs Douwe Egberts (JDE) – mesma fabricante de marcas como Pilão, Damasco e Café Pelé –  trouxe para o mercado brasileiro cápsulas com seis sabores, compatíveis com a máquina da Nespresso e que estão à venda nas grandes redes de supermercado. Todo o processo de seleção e industrialização dos grãos do Café L’OR acontece no Brasil, seguindo padrões de qualidade. Já as cápsulas de alumínio são produzidas na França.

Três Corações
Se antes 100% das cápsulas eram importadas, hoje em dia, com as fábricas que se instalaram no Brasil, a importação diminuiu bastante. Na Três Corações, por exemplo, o café produzido e torrado aqui era enviado para a Itália. Lá, ele era encapsulado e depois era importado pelo Brasil. No ano passado, porém, a empresa começou a fabricar as cápsulas em Montes Claros (MG), fazendo com que a importação e a exportação não sejam mais necessárias. Desde então, toda a linha de espressos é produzida no Brasil. Além de café, a Três Corações produz outras bebidas encapsuladas, totalizando 22 sabores. A marca conta com máquina própria.

Delta
A Deltaexpresso, em parceria com a Delta Cafés, apostou na flagship da Deltaexpresso Coffee Convenience Store, em São Paulo, que agrega blends selecionados de várias partes do mundo e conveniência com venda de produtos dedicados ao consumo e preparo da bebida (em grãos, moídos e cápsulas), máquinas de espresso portáteis e acessórios como xícaras e canecas.

Nas unidades da Deltaexpresso é possível tomar os cafés em cápsulas da Delta Q. No que se refere ao consumo das cápsulas, segundo a empresa, nas unidades da rede Deltaexpresso (em âmbito nacional), até o momento a rede faturou mais de R$ 63.000 em cápsulas. Esse número corresponde a mais de 168 mil cápsulas vendidas. Uma média de 33 mil cápsulas vendidas por mês. O consumo nas lojas, neste mesmo período, foi de mais de 11.590 doses de espressos Delta Q.

Reciclagem
Nas cápsulas tradicionais, de alumínio e plástico, as quatro líderes do mercado Nespresso, Dolce Gusto, Pilão e Três Corações contam com programas de reciclagem.

A Nespresso possui uma estrutura própria para separar os materiais e destinar os subprodutos. O consumidor entrega as cápsulas em um dos 42 pontos de coleta nas lojas ou devolve em serviços de entrega. As cápsulas são enviadas para um centro de reciclagem. Alumínio vira de novo alumínio e café vira adubo orgânico. A empresa diz que reciclou, em 2017, 13,3% das cápsulas vendidas, contra 8,6% em 2016.

A Dolce Gusto tem pontos de coleta em lojas do Pão de Açúcar, em cidades como São Paulo, Campinas e Rio.

A Pilão, que embala suas doses únicas em cápsulas de plástico e alumínio, participa de um programa de reciclagem desenvolvido pela empresa TerraCycle desde novembro de 2017. Até o início desta semana, o programa registrava recebimento de 20 mil cápsulas. Para participar, o consumidor deve enviar o material pelo correio.

A Três Corações começou a ação de reciclagem em abril de 2017 nos estados de São Paulo e Ceará, em pontos de coleta. O plano é ter coleta em outras capitais do Brasil. Eles fizeram uma parceria com a Recycling Development e os produtos descartados são transformados em objetos, como coletores, cantoneiras, telhas e até bases/estrados para uso em unidades fabris do grupo.

CONSUMO
– O café em cápsula tem validade aproximada, dada pelo fabricante, de 18 meses em embalagem fechada.
– Após aberta a embalagem, deve ser utilizada em até 30 dias, segundo fabricante.
– A quantidade de café nas cápsulas varia entre 5 a 7 gramas, conforme a marca.
– As cápsulas devem ser guardadas em ambiente fresco e seco.

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Beatriz Cardoso

Café & Preparos

O calor que faz a diferença

Além do cuidado com os grãos, detalhes como jogar água quente nos utensílios usados antes de preparar o café podem potencializar o sabor final da bebida e deixá-la quentinha por mais tempo

A qualidade dos grãos, o frescor, a moagem específica para cada tipo de método e a água usada são características que, se corretas, qualificam o café que o brasileiro tanto ama. O que muitos não sabem é que detalhes como passar água quente nos utensílios são importantes e fazem a diferença no resultado final. Muito utilizada pelos baristas nas mais diversas cafeterias Brasil afora, essa prática ainda não é tão conhecida pelos apreciadores de café. Escaldar o filtro, o método, o recipiente e a xícara é um ato simples e rápido que pode ressaltar o verdadeiro sabor do café e preservar sua temperatura por mais tempo.

Conversamos com Camila Franco, atual campeã nacional de Brewers Cup e barista da Lucca Cafés Especiais (Curitiba-PR), e com Hugo Silva, da cafeteria IL Barista (São Paulo-SP), campeão da Copa Barista 2017, e selecionamos três utensílios escaldados pelos profissionais dentro do balcão. Você também pode fazer isso em casa para garantir um bom café, do começo ao fim.

Para preservar o verdadeiro sabor
Camila explica que molhar o filtro é uma prática necessária: “É fundamental que seja jogada uma água quente para lavá-lo, principalmente se ele for o de papel. Quando você escalda o filtro, seja ele de papel, seja de metal, qualquer sabor residual que possa ser passado para o café é eliminado, como o gosto do próprio material ou de alguma bebida preparada antes”. Acredite, por menor que seja a impureza, ela pode mudar totalmente o sabor do café que você está preparando.

Uma dica: após o procedimento, não utilize a mesma água para fazer a bebida, senão todo o processo terá sido em vão. Para que não haja desperdício, você pode usá-la em outras situações, como para regar as plantas.

Extração na medida certa
A extração é a principal etapa na preparação do café. É justamente nesse momento, em que o café está passando, que se observa um ponto importante que precisa de atenção.

Desde o contato com o pó até o café finalizado, a água costuma perder temperatura, o que pode prejudicar o resultado final. Para que isso não aconteça, escalde desde o filtro até o recipiente onde cairá a bebida já pronta, seja uma jarrinha, seja uma garrafa térmica.

“Quando falamos de métodos de preparo de café, é interessante que todos os utensílios sejam escaldados antes. Por exemplo, se formos usar uma kalita de porcelana e um filtro de papel, aconselha-se molhar os dois juntos, além do recipiente que vai receber a infusão”, explica Hugo.

Segundo o campeão, isso não serve apenas para coados: “Muitas pessoas escaldam a french press e a deixam um tempo com a água quente dentro. Assim, a extração já ocorre sob uma temperatura mais elevada. Da mesma forma se pode fazer na aeropress, o que também serve para limpar e tirar resíduos de bebidas anteriores”.

Gostoso do começo ao fim
Para manter o café com o mesmo quentinho da infusão pode-se esquentar a xícara também. Essa prática fará o líquido esfriar mais devagar.

Segundo Hugo, escaldar a xícara é uma questão de gosto: “Algumas pessoas não gostam, enquanto outras fazem questão, pois isso eleva a temperatura do copo e deixa a bebida quente por mais tempo”.

Mas, cuidado! Atente para a temperatura usada a fim de não aquecer demais e queimar os lábios. Para escaldar, Hugo aconselha que seja usada a mesma temperatura da água do preparo do café. Lembre-se: tomar café é um hábito prazeroso, e fazê-lo é quase um ritual.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso, referente aos meses dezembro, janeiro e fevereiro de 2018 – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Daniel Ozana/Studio Oz

Barista

Thiago Sabino segue para a Holanda para representar o Brasil

Entre os dias 20 e 23 de junho, a Holanda sediará o Campeonato Mundial de Barista, uma das competições mais importantes do café. Com o objetivo de selecionar o melhor barista do mundo, o evento será realizado na capital do país, Amsterdã, e conta com profissionais de diversas nacionalidades.

Após ganhar a fase nacional, que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro no começo do ano, Thiago Sabino será o representante do Brasil no exterior. Na disputa, o barista terá 15 minutos para preparar quatro espressos, quatro bebidas com leite e quatro drinques de assinatura, sendo avaliado por juízes técnicos e sensoriais.

Thiago, que já participou do Mundial outras duas vezes, em 2014 e 2015, diz que para este espera um melhor resultado. “Espero ir muito bem. Este ano estou indo mais preparado, tive um suporte muito maior de excelentes profissionais”.

Para ajudar o barista com os gastos da viagem, é possível contribuir através deste crowdfunding.

Thiago se apresentará no dia 21/06 (quinta-feira), às 14h30 (horário da Holanda) e 9h30 (horário de Brasília). Será possível acompanhar a competição, via livestream, no site do campeonato – www.worldbaristachampionship.org.

TEXTO Redação • FOTO Giulianna Iannaco
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