Cafezal

Você conhece as diferenças entre café velho e café envelhecido?

Foto: Gabriela Kaneto

O Instituto Agronômico de Campinas (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, conduz pesquisas com o objetivo de desenvolver cultivares de café com nuances de sabores e aromas, como floral, frutado, achocolatado, cítrico e especiarias, dentre outros, e elevada qualidade de bebida para atender ao exigente mercado de cafés especiais.

“A nossa proposta é disponibilizar uma carta de cafés especiais diferenciados, ou seja, opções variadas de cultivares de alta qualidade de bebida. Há também a possibilidade de reorientar as pesquisas científicas que possam resultar em recomendação de varietais específicos para atender às demandas apresentadas nas diferentes regiões geográficas onde se pretende cultivá-los”, diz o pesquisador do IAC, Gerson Silva Giomo.

Gerson aponta que esse direcionamento é necessário porque a qualidade do café é muito sensível às variações de ambiente, o que requer um estudo detalhado dos efeitos da interação genótipo x ambiente. As características dos grãos e da bebida se devem principalmente ao fator genético/varietal, mas podem variar em função de outros fatores secundários, como o local de produção, o processamento pós-colheita e a forma de secagem.

O IAC é responsável por 90% das cultivares de arábica plantadas no Brasil e já desenvolveu 65 cultivares da espécie. Atualmente conduz um Programa de Pesquisa em Cafés Especiais visando oferecer um atendimento diferenciado a esse importante segmento da cafeicultura brasileira.

O preço do café varia de acordo com a qualidade dos grãos, da bebida e da oferta de produto no mercado, com algumas oscilações entre as regiões produtoras. Em média, a saca do café comum, tipo 6, bebida dura, gira em torno de R$ 600. Já um café especial, bebida mole, pode passar de R$ 1.000 a saca, dependendo da nota da avaliação sensorial e da oferta e procura do produto no mercado. De modo geral, pode-se dizer que quanto maior for a qualidade sensorial do café, maior será o seu valor no mercado. Atualmente, o mercado de cafés especiais no Brasil corresponde a cerca de 15% da produção nacional.

Café velho e café envelhecido: qual a diferença?

Recentemente foi apresentado aos consumidores brasileiros um produto diferenciado elaborado com grãos envelhecidos de café. O pesquisador do IAC esclarece as principais diferenças entre o café velho e o envelhecido.

“De modo geral, considera-se que o café velho é aquele proveniente de qualquer grão que não seja de safra atual, ou seja, elaborado a partir de grãos que envelheceram naturalmente durante um leia mais…

TEXTO Redação

Mercado

Exportação de café solúvel no Brasil apresenta recorde em 2020

A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) divulgou um relatório em que aponta um novo volume histórico nas exportações do café solúvel no ano de 2020. Foram exportados o equivalente a 4,1 milhões de sacas de 60 kg, o que representou avanço de 2,4% na comparação com 2019. Desse total, 74% foram na forma de spray dried, 18,9% em freeze dried e 7,1% em extratos e outros. Clique aqui para entender as diferenças entre os tipos de café solúvel.

Destinos

Mesmo com o recorde em volume, fato que consolida o Brasil diante da concorrência internacional, as receitas cambiais resultaram em US$ 556 milhões para o setor e ao País, valor 7,1% inferior quando comparado com 2019, isso por conta dos valores praticados no mercado mundial, que fizeram o preço do solúvel, em dólar, o menor nos últimos 13 anos, assim como a saca do canéfora (conilon) exportada, que chegou a menor cotação dos últimos 15 anos.

O café solúvel brasileiro foi exportado para 102 países no ano passado, com o ranking sendo encabeçado pelos Estados Unidos. Na sequência vieram Rússia, Argentina, Indonésia e Japão, respectivamente.

Consumo interno

O Brasil consumiu, em 2020, 21.762 toneladas de café solúvel, o equivalente a 943.020 sacas de 60 kg, quantidade que implica no crescimento de 4,2% em relação a 2019. A Abics modernizou seu sistema estatístico em 2015 e, segundo os dados, o ano passado é considerado o de melhor desempenho no consumo interno.

Esse desempenho ocorre por conta dos investimentos que as principais e conhecidas marcas efetuaram, como lançamentos de novos sabores e embalagens, além de outros produtos que levam solúvel em suas fórmulas, podendo ser cappuccinos, misturas de café com leite, entre outros.

Para conferir o relatório completo, clique aqui.

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

Mercado

10 principais tendências globais de consumo 2021

A empresa de pesquisa de mercado global Euromonitor International apresentou a nova edição do relatório 10 Principais Tendências Globais de Consumo 2021, em que revela as tendências que definirão o comportamento do consumidor e poderão influenciar nas estratégias empresariais, e se pandemia da Covid-19 criou, influenciou ou acelerou cada tendência.

Em 2021, os consumidores irão:

– Esperar iniciativas orientadas por propósitos que apoiem o tripé da sustentabilidade – pessoas, planeta e lucros (Reconstruir Melhor). Quase 70% dos profissionais esperam que os consumidores se preocupem mais com a sustentabilidade do que antes da Covid-19;

– Desejar a comodidade de locomoção, ocasiões impulsivas e espontâneas e simplicidades da vida pré-pandêmica (Desejo por Conveniência);

– Reconectar-se com a natureza e buscar locais ao ar livre para o lazer e para socialização segura (Oásis ao Ar Livre);

– Usar ferramentas digitais para ficarem conectados em casa e para facilitar procedimentos mais seguros nos estabelecimentos tradicionais (Realidade Digital);

– Ganhar nova flexibilidade, programando atividades em leia mais…

TEXTO As informações são da Euromonitor International.

Mercado

Parceria lança café com lúpulo em versão drip coffee

A cervejaria artesanal Lund e a empresa de café Avesso, ambas de Ribeirão Preto (SP), na Alta Mogiana paulista, se uniram e criaram uma collab para apresentar ao mercado o café com lúpulo. A proposta foi elaborar um blend totalmente novo, sem alterar o aroma e o sabor autênticos.

A fundadora da marca Avesso, Fernanda Rebel, e seu marido, Lucas Viana, são produtores de café de Ibiraci (MG). É da cidade mineira e de seu entorno que saem os grãos que compõem o primeiro produto da parceria.

As marcas optaram pelo drip coffee para servir o produto, que consiste em um saché feito de TNT com duas hastes flexíveis que, ajustadas a um copo ou xícara, torna-se um coador. Basta o leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Cocatrel apresenta café da linha Montrês em versão cápsula

Anualmente, a cooperativa Cocatrel lança edições limitadas da sua linha de cafés Montrês. São cafés especiais que seguem as normas da Associação de Cafés Especiais (BSCA). Dessa vez, a novidade é a apresentação do Montrês Lima na versão cápsula.

A categoria de monodose, que inclui sachês e cápsulas, vem crescendo ao longo dos anos por conta da praticidade no preparo. A oportunidade de experimentar e comparar diferentes origens de café é um dos fatores que explicam a evolução da categoria.

“A cooperativa investe cada vez mais do mercado de café industrializado e em cafeterias porque entende que é o papel da entidade ampliar o conhecimento das pessoas sobre café de qualidade”, comenta Marco Valério Araújo Brito, presidente da Cocatrel.

A cooperativa já atuava no mercado de cápsulas com sua marca Reserva Cocatrel, que participa da categoria de cafés gourmets. Agora, com o Montrês Lima no novo formato, a cooperativa amplia as opções da linha Montrês Cafés Especiais, que já trabalha com versões de 250 g para torrado e para torrado & moído.

De acordo com a Cocatrel, o Montrês Lima em cápsula possui notas de lima e raspas de limão, corpo leve e acidez cítrica, com toque floral. A caixa vem com 10 cápsulas compatíveis com sistema Nespresso e já está disponível nas cafeterias da Cocatrel e na loja on-line da cooperativa.

TEXTO Redação • FOTO Jeremy Ricketts / Divulgação

Mercado

Brasil bate recorde de exportações de café no ano de 2020

Nelson Carvalhaes deixa a presidência do Cecafé

Na tarde desta segunda-feira (18), o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) realizou uma coletiva de imprensa on-line para divulgar os dados da exportação de dezembro e uma reflexão sobre o ano de 2020.

O presidente do Conselho, Nelson Carvalhaes, deu início as apresentações e reforçou que mesmo em um ano difícil e triste como foi 2020, os resultados para o agronegócio foram bem positivos e a exportação seguirá firme.

“Ciente de que toda esta cadeia envolve o trabalho de milhões de pessoas o Cecafé, como legítimo representante do segmento de exportação, não poupou esforços em se empenhar com iniciativas e medidas de segurança no intuito de preservar a saúde de todos os envolvidos no processo exportador, seguindo rigorosamente as orientações da OMS, governos federal, estaduais e municipais desde o início da pandemia.  A sustentabilidade aliada ao “S” de Saúde é um forte pilar do nosso café e é por isso que nos empenhamos para que o produto chegue a mais de 130 países com a maior segurança e respeito. Os resultados referentes ao mês de dezembro e ao ano de 2020 mostram mais uma vez que, apesar de todas as dificuldades enfrentadas com a pandemia, a cadeia do agronegócio café manteve um excelente desempenho”, explica Nelson.

Nelson Carvalhaes, ex-presidente do Cecafé

Em relação ao consumo, ele acredita que o doméstico seguirá firme e forte, mas o sistema horeca, que inclui os hotéis, cafeterias e padarias, ficará prejudicado, ainda mais com o lockdown na Europa, Japão e Asia, e até EUA até conseguir equilibrar a situação difícil como a do Brasil.

“O Brasil tem fortes desafios não somente com o problema da Covid-19, que iremos conviver por um longo período, mas como liderança no consumo global, exportação e produção e consumo interno, temos uma responsabilidade muito grande e grandes desafios nos investimentos. Se pararmos para calcular em nove anos o País precisará produzir bastante para ter grãos para exportar e para o consumo interno, por isso, a necessidade de investir, de colocar mais dinheiro em pesquisa, recursos, na produção, no comércio exportador e tecnologia. É de suma importância essa forte comunicação, e tudo isso mostrando como nosso café é bom e sustentável”, completa Nelson.

Ele afirmou que este era o último relatório como presidente após cinco anos e meio. “Pelos princípios democráticos encerro minha participação no conselho, volto como conselheiro. Foram anos muito importantes, de muito aprendizado e de um produto apaixonante que é o café. A toda equipe do Cecafé meu agradecimento, onde aprendi muito e com satisfação termino a minha gestão em um ano tão desafiador, importante e com alegria no sucesso das exportações. Aproveito para leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Pandemia elimina quase um quarto do valor de mercado dos cafés nos Estados Unidos

O relatório Project Café USA 2021 aponta que cafeterias dos Estados Unidos diminuíram as vendas em US$ 11,5 bilhões nos últimos 12 meses, com o número total de pontos de venda caindo 0,6%, para 37.189. O relatório estima o mercado em US$ 26 bilhões, uma queda de 24% em 2019.

Apesar da severa turbulência do setor, o relatório afirma que os EUA continuam sendo uma fonte de inovação para a indústria global do café, com as operadoras se adaptando rapidamente às pressões comerciais por conta da pandemia de Covid-19, com drive-thru, integração digital e novos formatos comerciais.

Cafés dos EUA veem transformações em 2020

Embora o relatório afirme que as principais operadoras que pagam aluguel em cidades importantes e centros de transporte sofreram uma alta queda no comércio em 2020, algumas localidades suburbanas e rurais experimentaram aumentos significativos nas vendas durante a pandemia, pois os clientes ficaram em casa e compraram localmente.

Refletindo os enormes desafios que todas as empresas de café dos EUA enfrentam, apenas 38% dos líderes da indústria pesquisados ​​pelo relatório acreditam que o comércio atual é leia mais…

TEXTO As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin • FOTO Battlecreek Coffee Roasters / Kris Atomic

A escolha da embalagem para o armazenamento do café cru

São muitas as etapas envolvidas na produção de um bom café. O cuidado minucioso desde a lavoura, passando pela colheita, pelo processamento e pela secagem dos grãos, é fundamental para obter uma xícara de excelência. Tão importante quanto tudo isso, porém, é a armazenagem desse café. O café cru é um produto higroscópico, ou seja, promove trocas de umidade com o ambiente até atingir o equilíbrio. Essas interações entre o café e o ambiente de armazenamento podem ocasionar reações enzimáticas e não enzimáticas, alterações físicas, químicas, microbiológicas e sensoriais nos grãos. Como consequência, isso pode  comprometer a sua qualidade. 

Eis que surge o grande desafio: como manter a qualidade dos grãos de café verde (crus) através dos meses, até que a nova safra seja colhida, somente no ano seguinte? Para responder a essa pergunta, a fazenda Daterra desenvolveu uma pesquisa junto ao Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), em Campinas, SP, na qual foram analisados os diferentes tipos de embalagem disponíveis no mercado para armazenamento do café.

O estudo foi realizado pela pesquisadora Josiane Bueno de Rezende, que analisou amostras de café ao longo de mais de um ano. O objetivo da pesquisa era avaliar as alterações físicas, químicas, microbiológicas e sensoriais do café armazenado nas embalagens de juta, polipropileno, Penta Box® e saco plástico hermético da GrainPro.  leia mais…

TEXTO Gabriel Agrelli Moreira • ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes

Mercado

Cafeterias são vítimas de perfis falsos que aplicam golpes no Instagram

O Brasil é o segundo país que mais utiliza o aplicativo Instagram, com 66 milhões de usuários, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A rede social ganhou força por sua praticidade, tanto para postar as fotos, quanto para navegar, e logo ganhou a confiança de diversas marcas e estabelecimentos, que passaram a usar o app para comercializar e divulgar produtos.

Justamente por sua popularidade, o Instagram vem sendo uma ferramenta muito usada por fraudadores para aplicação de golpes, inclusive no mercado de cafés. Nos últimos dias, diversas cafeterias denunciaram contas fakes que atraíam clientes com propagandas e cupons falsos.

Algumas das casas afetadas por este tipo de ação foram: Will Coffee, Academia do Café, Cafeteria Rigno, Coffee Lab e Freak Café. Outras, no entanto, enfrentaram problemas ainda maiores no último ano, como é o caso do Futuro Refeitório e do Borsoi Café, que tiveram suas contas hackeadas.

Como se proteger de golpes no Instagram?

Se você é dono de cafeteria, temos algumas dicas que podem deixar sua conta mais segura, evitando invasões indesejadas que leia mais…

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Michael Daniels

Barista

Campeonatos Mundiais de Barista, Brewers e Cup Tasters sofrem atualizações no regulamento

Foto: Vitor Macedo

O World Coffee Events, que organiza os Campeonatos Mundiais de Barismo, atualizou os regulamentos do Mundial de Barista, Brewers Cup e Cup Tasters, com as devidas precauções relacionadas à Covid-19.  Segundo a organização, o objetivo é facilitar uma melhor logística para competidores, treinadores, juízes e voluntários no evento, que tem a data marcada para 23 a 26 de junho, em Atenas, na Grécia.

Vale ressaltar que os campeonatos seriam realizados no ano passado, porém foram cancelados por conta da pandemia. Ao longo das competições, uma série de mudanças foram introduzidas para uma avaliação mais segura das bebidas pelos juízes, ao mesmo tempo que garantem que as diretrizes de distanciamento social local sejam mantidas.

Como resultado das mudanças relacionadas a Covid-19 para a degustação do Juiz Principal nos Campeonatos Mundiais de Barista e Brewers, o comitê de Regras e Regulamentos esclareceu uma série de leia mais…

TEXTO Natália Camoleze
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