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Novidades geladas para curtir um café neste verão

Para aproveitar o verão, marcas apostam em bebidas geladas para refrescar o público nos dias quentes. É o que fizeram a Nespresso e a illycaffè, duas gigantes da bebida que lançaram parcerias e novidades para essa época do ano.

Diferentes opções em casa

Mirando nos drinques, a Nespresso trouxe de volta a linha Barista Creations for Ice, com dois novos blends: o Juice Watermelon Flavour Over Ice (R$ 56 a caixa com 10 cápsulas) e o Cold Brew Style Intense (R$ 49 a caixa com sete cápsulas). O primeiro, disponível no sistema Vertuo (80 ml), é 100% arábica de torra clara, que promete um sabor frutado de melancia. Já o segundo, no mesmo sistema (355 ml), entrega uma extração diferente chamada “hot bloom”, que começa quente e termina com água fria para eliminar o amargor. O resultado, descrito pela marca, tem textura sedosa e notas de torrado de caramelo.

Além das novidades, a linha traz também os sazonais Freddo Intenso e Freddo Delicato (sistema Original, em 40 ml – R$ 37), o Ice Leggero (Vertuo, em 80 ml – R$ 45) e o Coconut Flavour Over Ice (Vertuo, em 230 ml, e Original, em 40 ml – R$ 37). Disponível por tempo limitado, a Barista Creations For Ice já está no site da Nespresso.

Peça para o barista

A parceria entre a italiana illycaffè e a argentina Havanna foi pensada para os apaixonados por café e doce de leite. O resultado do trabalho conjunto é a nova illycrema, uma bebida feita com creme gelado de café illy (preparado com espresso illy 100% arábica e microcristais de gelo), que pode ser harmonizado com chantilly e com o tradicional doce de leite Havanna. 

Sem gordura hidrogenada, corantes ou conservantes, a novidade está no cardápio das lojas Havanna, e custa R$ 15. Além da versão tradicional, há duas outras opções (R$ 16): illycrema com essência de morango e cobertura de granulé de chocolate e illycrema com calda de chocolate, chantilly e doce de leite.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Cafeteria & AfinsMercado

Rede de cafeterias chinesa Cotti Coffee avança no Leste Asiático

A cadeia de cafeterias chinesa Cotti Coffee está em expansão no Leste Asiático. Segundo a 5TH WAVE, a cadeia de cafeterias de conveniência, – que abriu sua primeira loja no país em outubro de 2022 e já conta com 6 mil unidades – inaugurou recentemente outras filiais na Tailândia e na Malásia.

Em Bangcoc, a Cotti Coffee abriu duas lojas e, na Malásia, inaugurou em meados de dezembro uma filial em Johor Bahru. Atualmente, a rede de cafeterias está presente em oito grandes mercados do Leste Asiático, com estabelecimentos na Coreia do Sul, na Indonésia, no Japão, em Hong Kong e no Vietnã.

Lançada pelos fundadores da Luckin Coffee, a maior cadeia de cafeterias da China, a Cotti, com preços acessíveis e que tem como estratégia oferecer descontos agressivos e um aplicativo próprio para facilitar pagamentos, entregas, pedidos e promoções.

Sediada em Pequim, a empresa planeja abrir sua primeira loja nas Filipinas e Singapura. Ela também opera três lojas no Canadá, seu único mercado fora do Leste Asiático.

Pesquisas do World Coffee Portal mostram que o mercado de cafeterias de marca no Leste Asiático cresceu 24% em número de lojas nos últimos 12 meses, ultrapassando 119.200 estabelecimentos. A China é o maior mercado de cafeterias de marca na região, com cerca de 49.700 lojas, seguida pela Coreia do Sul, com mais de 31.100.

Fonte: 5TH WAVE

TEXTO Redação • FOTO @Cotti Coffees

Mercado

SIC 2023: Cafés buscam singularidade e rastreabilidade

Origens produtoras, seus desafios e possibilidades, marcam a 11ª Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte

Acesso a mercados, sustentabilidade, governança, rastreabilidade, união da cadeia cafeeira, quebra de paradigmas. A Semana Internacional do Café 2023 promete ficar para a história. Isso porque o tema desta 11ª edição – Origens produtoras: uma visão de futuro para uma nova cadeia do café – está atrelado a todas essas questões.

O momento da cafeicultura mundial é de grandes desafios. Mas a cafeicultura brasileira, embora os enfrente, tem, também, oportunidades. Cientistas, agricultores, torrefadores, traders, educadores, empreendedores e representantes de organizações que apoiam a cafeicultura compartilharam esses assuntos entre 8 e 10 de novembro, em Belo Horizonte, com mais de 20 mil visitantes, de mais de 30 países.

Nos painéis do Simpósio DNA Café – que traz as principais tendências do mercado – ficou claro que, atualmente, qualidade e certificação, embora sejam parâmetros importantes, não são mais suficientes para fomentar a cadeia de cafés especiais em nível global. A estratégia é singularizar os grãos a partir de sua origem, sua rastreabilidade e sua sustentabilidade. “A origem do café é única”, lembrou Priscilla Lins, gerente de agronegócios do Sebrae Minas, no painel Origens produtoras e o novo cenário mundial. A frase, contundente, reforça a importância de um território e de seu saber-fazer para a identidade e a valorização comercial dos cafés especiais. Comércio este que deve mirar, também, novos mercados.

“A China é o futuro do café”, apostou Marcos Jank. Em sua palestra Futuros e tendências do agronegócio: as oportunidades para o café, o professor-sênior de agronegócio do Insper, em São Paulo, chamou a atenção para o aumento da população e da renda per capita em países do leste e sudeste da Ásia (como Japão e Coreia do Sul), o que poderá torná-los os principais mercados do produto brasileiro.

Para consumidores cada vez mais exigentes, que buscam saber a origem, a rastreabilidade e o impacto no planeta dos produtos que compram, produtores e entidades brasileiras vêm buscando ferramentas para alavancar as origens dos cafés. O assunto surgiu em vários momentos do evento. Na palestra Tendências de consumo e mudanças geracionais, Eco Moliterno, chief creative officer da Accenture, uma das principais empresas de consultoria do mundo, lembrou que estamos vivendo uma era que não está mais centrada no consumidor, mas no ser humano. 

A questão também foi discutida na apresentação Origem Controlada Café: digitalização das Indicações Geográficas. Resumo da ópera: a Indicação Geográfica, concedida pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), não assegura a qualidade do café, que deve ser monitorada pelos gestores da IG. Para isso, é preciso um sistema dedicado à gestão da cadeia, ao controle e à rastreabilidade do grão.

Foi com esse argumento que o Instituto CNA, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Sebrae divulgaram na SIC o projeto Digitalização das IGs de Café. A iniciativa conjunta busca desenvolver um sistema de controle e rastreabilidade das regiões produtoras, potencializando a origem e a qualidade dos grãos nacionais para os mercados nacional e internacional. “Em breve, teremos mais eficiência na gestão, mais acesso a mercados e maior valor agregado aos nossos cafés”, prometeu André Trikienicz, CEO e fundador da AgTrace, que está desenvolvendo a tecnologia.

Sustentabilidade e desafios

Como maior produtor de cafés do mundo há quase 170 anos, o Brasil, além de ter diversidade de territórios, é o país mais preparado para levar cafés de qualidade e com práticas sustentáveis ao consumidor ao redor do planeta. Nesta SIC, as falas em torno dessa afirmação reforçaram-se umas às outras, especialmente nos encontros do Fórum de Agricultura Sustentável, que desde 2014 tornou-se um espaço privilegiado para a discussão de práticas, inovações e desafios quanto à sustentabilidade na cafeicultura. 

“O Brasil é o único país preparado para responder às leis europeias”, afirmou a expert em sustentabilidade Gelkha Buitrago, diretora-adjunta da Plataforma Global do Café, entidade com sede na Suíça. “Não tem nenhum país com a tecnologia e a sustentabilidade que o Brasil tem”, reforçou Henrique Cambraia, presidente e cofundador da cooperativa Sancoffee (Campos das Vertentes, MG), que participou com Gelkha do debate Novo cenário de comercialização para os cafés no mundo.

Gelkha refere-se ao Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (European Union Regulation for Deforestation-Free Products ou EUDR), que entra em vigor a partir de janeiro de 2025. Quem discutiu a nova regulamentação foi Vanusia Nogueira, diretora-executiva da Organização Internacional do Café (OIC), na abertura do Fórum. A lei, a ser seguida pelos 27 países integrantes, proíbe a importação de produtos oriundos de áreas de desmatamento e degradação florestal, como carne bovina e couro, soja, cacau, óleo de palma, borracha, madeira e café (verde, torrado e torrado e moído). A Europa consome mais de 50% do grão brasileiro, e a regulamentação impacta todos os países produtores.

“Nesses últimos 30 anos, a área global de produção cafeeira aumentou muito pouco”, explica Vanusia. “E, no Brasil, o crescimento da produção se deu pelo aumento da produtividade, que mais do que duplicou. Então é um equívoco relacionar café e desmatamento”, pondera. 

Os desafios são globais: o desinteresse da nova geração pela agricultura, a falta de acesso a financiamentos, tecnologias digitais e mercado e o acesso limitado à terra são alguns deles. Mas há, também, oportunidades, especialmente para o Brasil. Além da emergência de novos mercados, os modelos de compra de café vão mudar. E, segundo Vanusia, o Brasil pode e deve criar seus próprios modelos de agricultura regenerativa – a grande saída para a sustentabilidade e o enfrentamento das mudanças climáticas.

Quebrando paradigmas

Os estudos científicos sobre cafés de qualidade vêm quebrando barreiras. É o que mostrou o engenheiro agrônomo Flávio Borém, da Universidade Federal de Lavras e especialista em pós-colheita. Na palestra Como o pós-colheita influencia a construção do perfil, durante o Intertorra (veja abaixo), Borém redefiniu conceitos e reorganizou processos, resultado de anos de pesquisa. “Não é possível dizer que métodos de processamento definem perfis de café”, ensinou.

As mudanças não surgem apenas no manejo dos grãos, mas também nas estratégias de promoção dos cafés. A Serra de Mantiqueira já repensa seu modelo, ao buscar desburocratizar o processo de obtenção dos selos. “A estrutura precisa ficar mais ágil”, avalia Alessandro Hervaz, produtor da Honey Coffee e presidente da Aprocam e da Coopervass (Mantiqueira de Minas, MG) na palestra Como as estratégias de origem contribuem para a governança, promoção e acesso ao mercado de café especial?.

A região Matas de Rondônia é um bom exemplo de quebra de paradigmas. Numa apresentação sobre robustas especiais amazônicos, Juan Travain, sócio-proprietário da fazenda Selva Café (RO), mostrou como os desenvolvimentos no pós-colheita, ao lado das características da floresta, ajudam a produzir qualidade. “Essa safra está excepcional em produtividade e em qualidade”, comemora Travain, que diz ter havido um salto na comercialização, com boa remuneração dos produtores. “Nossos robustas são fruto de muita ciência e dedicação”, arremata.

As cafeterias e torrefações também contribuem para esse sucesso. “Mais importante do que a qualidade do produto é a qualidade do conjunto de produtores de uma região”, completa Vinícius Estrela, diretor-executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e que participou do debate.

Técnica e premiações

Para além dos desafios da cadeia cafeeira, a SIC trouxe novidades e premiou produtores. Pela primeira vez, a 5ª edição do Intertorra, encontro de torradores brasileiros, aconteceu no evento. Seu objetivo é compartilhar conhecimento técnico e tecnológico por meio de workshops, palestras e cuppings. “Privilegiamos atividades sensoriais e teóricas, para ampliar o conhecimento sobre a torra”, explica o idealizador, Matheus Tinoco.

Tradicionalmente, a SIC é palco do Campeonato Brasileiro de Barista. O campeão de 2023 é Daniel Vaz, da Five Roasters (RJ), que representará o país, em maio de 2024, no campeonato mundial da categoria em Busan, Coreia do Sul (em outubro, Vaz tornou-se vice-campeão no Campeonato Brasileiro de Brewers Cup). Organizada pela Atilla Torradores, a competição Torrefação do Ano elegeu a Fazenda Jangada, de Cabo Verde, na região vulcânica de Minas Gerais.

O último dia da SIC teve premiações de concursos. Um dos mais aguardados foi o Coffee of the Year (COY). Criado em 2012, o prêmio reconhece o trabalho do cafeicultor e ajuda a promover as origens produtoras dos grãos de qualidade. A competição elege os destaques do ano nas categorias arábica e canéfora. Neste ano, foram 530 amostras inscritas de mais de 30 regiões produtoras,  um recorde. O Espírito Santo arrematou os troféus: o café campeão da categoria arábica foi produzido por Deneval Miranda Vieira Júnior (Sítio Cordilheiras do Caparaó, Iúna), e Wagner Gomes Lopes (Sítio 3 Marias, Alto Rio Novo) levou o prêmio de melhor canéfora. A novidade é que, logo após o anúncio dos vencedores, os cafés imediatamente receberam lances: a Coffee ++ ofereceu R$ 8 mil pela saca do arábica e a Nater Coop, R$ 10 mil pela do canéfora. 

Há muito, a SIC é conhecida por agregar outros concursos, como o tradicional Florada Premiada, da 3corações. Em sua 6a edição, ele premiou 83 cafeicultoras de microlotes de arábicas e canéforas de alta qualidade (acima de 84 pontos, num total de 100). “Agora, queremos exportar esses cafés”, prometeu Pedro Lima, presidente do grupo. Pelo segundo ano consecutivo, as melhores amostras de cafés especiais produzidas no Vale do Jequitinhonha foram agraciadas no Prêmio da Chapada de Minas. Houve, ainda, a 7a edição do cupping ATeG/Café+Forte, para cafeicultores apoiados pelo Sistema Faemg Senar, e a 9a edição do Golden Cup Brasil, que premia os melhores grãos fairtrade do Brasil. 

Além do COY, a Espresso & Co. também comanda o Espresso Design 2023, premio de embalagens. A vencedora foi a torrefadora carioca Madura Coffee Cafés Especiais, com o pacote Cura Ressaca, feito para drip coffees.

A edição da Semana Internacional do Café 2023 tem apoio institucional do Sistema Ocemg, patrocínio oficial Codemge e Governo de Minas Gerais, patrocínio diamante da 3corações Rituais Cafés Especiais, patrocínio prata Sicoob e Melitta, patrocínio bronze Cocatrel, Nescafé e Nucoffee. Apoio Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Aliança Internacional das Mulheres do Café (IWCA Brasil), Sindicafé-MG e Abrasel. Realização Faemg/Senar, Espresso&Co., Sebrae e Governo de Minas Gerais. Mídia oficial CaféPoint.

TEXTO Cristiana Couto • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

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A nova geração dos cafés de qualidade

Segundo dia da SIC explora transformações, quebra de paradigmas e o novo momento dos cafés especiais brasileiros

Quebrar paradigmas. Ter governança. Construir a união. Valorizar a diversidade. Entoar várias vozes. Criar estratégias. Conectar a cadeia. E costurar tudo com dados produzidos pela ciência. O mundo dos cafés de qualidade está mudando. E rapidamente. 

A Semana Internacional do Café (SIC), em seu segundo (e penúltimo) dia de atividades, está sendo a vitrine dessas transformações. Transformações impulsionadas, de um lado, por uma lei da comunidade europeia ⎯- que consome mais de 50% do café brasileiro -⎯, que entra em vigor em 2024 e impacta, de modo importante, os países produtores de café em todo o planeta. De outro lado (que não é oposto, mas contíguo), o apoio da ciência brasileira. “Relacionar café e desmatamento é um equívoco”, alerta Vanusia Nogueira, diretora-executiva da Organização Internacional do Café (OIC), em palestra de abertura do Fórum da Cafeicultura Sustentável.

Vanusia Nogueira faz a abertura do Fórum Sustentável

Vanusia refere-se à lei elaborada pela União Europeia, que entra em vigor em 2 de janeiro de 2024. A lei, a ser seguida pelos 27 países integrantes, proíbe a importação de produtos provenientes de áreas de desmatamento e degradação florestal. Isso vale para a carne, a soja, o cacau e, entre outros, o café: verde, torrado e torrado e moído (você poderá conferir a reportagem completa na edição de dezembro da Espresso).

E qual é o equívoco de se conectar desmatamento e café? Felipe Nunes, no debate “Novo cenário de comercialização para os cafés no mundo”, indica a resposta: “Há dados confiáveis que mostram a queda no nível de desmatamento nas áreas cafeeiras”, explica o professor da Universidade Federal de Minas Gerais. Chamados nos momentos de crise como destaca o pesquisador (lembram da Covid-19?), os cientistas estão fornecendo dados robustos e conhecimento detalhado sobre os cafés especiais brasileiros. “Não tem nenhum país com a tecnologia e a sustentabilidade do Brasil”, garante Henrique Cambraia, presidente e cofundador da cooperativa Sancoffee (Campos das Vertentes, MG). 

 “O Brasil é o único país preparado para responder às leis europeias”, reforça a Gelkha Buitrago, diretora-adjunta da Plataforma Global do Café GTP, expert em sustentabilidade e, que, ao lado de Cambraia, participou da mesma rodada de conversa.

Marcos Mattos, Gelkha, Cambraia e Nunes discutem sustentabilidade

Paradigmas

Os estudos científicos sobre cafés de qualidade também vêm quebrando paradigmas. É o que mostrou o engenheiro agrônomo Flávio Borém, professor titular da Universidade Federal de Lavras e especialista em pós-colheita do café. Na palestra “Como o pós-colheita influencia a construção do perfil“, que proferiu no evento Intertorra, Borém redefiniu conceitos e reorganizou processos, fruto de anos de pesquisa científica. “Não é possível dizer que métodos de processamento definem perfis de café”, ensina. “É preciso padronizar variáveis para estudar outras.  Se quisermos falar do impacto dos métodos de processamento nos grãos, é preciso usar a mesma matéria-prima, que passou pelas mesmas operações”, explica ele, que acaba de lançar o livro Tecnologia pós-colheita e qualidade de cafés especiais, que trata extensamente do assunto.

As mudanças não surgem apenas no manejo dos grãos de qualidade. Segundo Vanusia, por conta da nova legislação da UE, voltada à sustentabilidade, os modelos de compra de café também vão mudar. “E a Europa é a ponta de lança dessa mudança”, prevê ela. E o Brasil? Para Vanusia, o país pode e deve criar seus próprios modelos de agricultura regenerativa -⎯ a grande saída para a sustentabilidade e o enfrentamento das mudanças climáticas.

A Serra de Mantiqueira já está repensando seu modelo de ação.  A estratégia é promover internamente os cafés, envolvendo os produtores de modo que eles entendam o potencial das Denominações de Origem, e tentar desburocratizar o processo de obtenção dos selos. “A estrutura precisa ficar mais ágil e produtiva”, avalia Alessandro Hervaz, produtor da Honey Coffee e presidente da Aprocam e Coopervass (Mantiqueira de Minas, MG) na palestra “Como as estratégias de origem contribuem para a governança, promoção e cesso ao mercado de café especial?”.

E as cafeterias e torrefações têm um papel importante e estratégico nessa união da cadeia, ao ajudar a promover as origens brasileiras. “Temos que ir além da qualidade sensorial da bebida”, avança Vinícius Estrela, diretor-executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), no mesmo debate. “Temos que pensar em termos de região. Mais importante do que a qualidade do produto é a qualidade do conjunto de produtores daquela região”, afirma.

Outra região em alta em termos de qualidade é Matas de Rondônia, onde a cafeicultura encontra a Amazônia. “Uma das nossas estratégias é levar compradores para conhecer diretamente nossos produtores. Já recebemos visitantes de onze países”, comemora Poliana Perrut, cafeicultora e engenheira agrônoma. A outra estratégia, segundo ela, é a parceria dos cafeicultores com as instituições científicas, como a Embrapa Rondônia. 

Matas de Rondônia é outro exemplo de quebra de paradigmas na cafeicultura de qualidade brasileira. Numa apresentação dedicada aos cafés especiais da região Amazônica ⎯ leia-se, canéforas, variedade robusta ⎯  Juan Travain, sócio-proprietário da fazenda Selva Café (RO), apresentou os desenvolvimentos do pós-colheita, que, ao lado das características únicas da floresta, tem ajudado os produtores a produzirem qualidade.  “Essa safra é excepcional, tanto em produtividade quanto em qualidade”, comemora Travain. Houve um salto em comercialização, e os produtores foram bem remunerados por seus cafés. “Os cafés que apresentamos são fruto de muita ciência e dedicação”, arremata. 

TEXTO Cristiana Couto • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

Mercado

Primeiro dia da SIC discute temas de impacto na cadeia do café

Mudanças climáticas, sustentabilidade e união do setor permearam as falas dos palestrantes ontem no ExpoMinas, em Belo Horizonte 

“A origem do café é única, exclusiva”. A sentença, curta e impactante, proferida pela gerente de agronegócios do Sebrae Minas, Priscilla Lins, ilustra o tema da Semana Internacional do Café (SIC) deste ano e reforça a importância do território e seu saber-fazer no desenvolvimento dos cafés especiais.

Origens produtoras, resiliência às mudanças climáticas, rastreabilidade e gestão são alguns dos temas do momento no mundo dos grãos de qualidade. Assim, cientistas, produtores, torrefadores, traders, educadores e representantes de organizações de apoio à cafeicultura passaram o dia discutindo estes e outros assuntos a um público interessado (estima-se que 20 mil pessoas visitem o evento este ano), que não parava de chegar ao ExpoMinas, em Belo Horizonte, para o primeiro dia da SIC, que está em sua 11º edição.

Um dos primeiros convidados ouvidos foi Marcos Jank, professor-sênior de agronegócio do INSPER, de São Paulo. Em sua exposição sobre “Futuros e tendências do agronegócio: as oportunidades para o café“, que ofereceu uma visão global do agronegócio nas últimas décadas e nos principais países do mundo, Jank deixou claro que, em termos de café especial, o Brasil deve concentrar sua atenção na Ásia como mercado consumidor. “A China é o futuro do café”, sentenciou Jank, lembrando que, em parte expressiva do continente asiático, como o leste e o sudeste, a população e a renda estão aumentando.

Outra frase marcante de Priscilla Lins, que foi uma das palestrantes de “Origens produtoras e o novo cenário mundial“, painel que se seguiu à fala de Jank e contou com o colombiano Luiz Samper (diretor da consultoria em sustentabilidade 4.Brands), foi: “Sustentabilidade já é uma realidade, não apenas uma conversa de ambientalistas”.

Luiz Samper, Priscilla Lins e Marcos Jank discutem sustentabilidade

E, como é intrínseco a esse conceito, as dimensões não só ambientais, mas também sociais e econômicas da cafeicultura tiveram falas que reverberaram auditório afora e se reforçavam-se umas às outras. Em “Resiliência à mudança climática & prosperidade do produtor: o novo plano estratégico da plataforma rumo a 2030“, o diretor da Plataforma Brasil, braço da Plataforma Global do Café (GCP), Pedro Ronca, cravou: daqui a sete anos, o objetivo da GCP é manter e a ampliar a renda e o bem-estar de 95 mil cafeicultores de diversas regiões do país.

Ronca fechou o primeiro dia do evento explicando a nova estratégia da plataforma, que objetiva desenvolver a sustentabilidade e prosperidade dos pequenos produtores do café a partir de uma ação coletiva, cujo fundo criado para sua estruturação soma 1,5 milhão de dólares. O agrônomo, também produtor de café, detalhou o projeto ao lado de seus parceiros, representados por Natalia Carr, assessora técnica do Conselho Nacional do Café (CNC), Raquel Miranda, assessora técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e Silvia Pizzol, gestora de sustentabilidade do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Na concepção da GCP, renda e bem-estar do pequeno e médio produtor de café significam “ter uma boa qualidade de vida”.

E a chave para isso chama-se agricultura regenerativa que, entre tantas atitudes a serem tomadas, destaca a rotatividade de culturas. E, sobretudo, parcerias e união. “A maior ameaça para garantir renda e bem-estar talvez sejam as questões climáticas”, alerta Ronca. “E, para o protagonismo continuar, é necessária a unidade do setor, para alcançar mais produtores e ir mais longe”, reflete Silvia Pizzol.

Mas, ao lado dos grandes desafios da cadeia do café, a bebida tem seu lado descontraído, de alegria e entretenimento.

Antes mesmo da abertura oficial do evento, que aconteceu às 10 da manhã, palestras e cuppings já convocavam baristas e apreciadores de café a compartilhar conhecimentos, inovações e, claro, sabores muito especiais. A 5ª edição do evento Intertorra, que este ano acontece durante a SIC, abriu os trabalhos às 8h30 com falas sobre construção de perfil de torra, com a barista Isabela Raposeiras, proprietária da premiada cafeteria Coffee Lab (SP).

“Privilegiamos atividades sensoriais e teóricas, para ampliar o conhecimento sobre torra, tanto em nível prático quanto acadêmico”, explica Matheus Tinoco, idealizador do Intertorra. “Muitas das informações práticas passadas pela Isabela, por exemplo, foram confirmadas por dados científicos”, analisa ele, referindo-se à aula sobre química da torra, ministrada pela educadora Verônica Belchior, doutora em ciência de alimentos e Q-Grader. A prova de cafés incluiu uma comparação entre a mesma amostra com torra adequada e torra com defeitos.

E, como é de praxe, a SIC abrigou mais uma edição do Campeonato Brasileiro de Barista, que irá definir o campeão que seguirá para o mundial de 2024, em Seoul, na Coreia do Sul. Dinâmico, o evento contou com 10 baristas de sete estados. A segunda rodada eliminatória acontece hoje, com a apresentação de mais 10 participantes. A SIC, novamente, promete muitas emoções.

TEXTO Cristiana Couto • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

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Conheça os especialistas em café internacionais da SIC 2023

Neste ano, a Semana Internacional do Café privilegia o tema Origens Produtoras – uma visão de futuro para uma nova cadeia do café. Em torno dele, gravitam diversos especialistas, muitos vindos de outros países para compartilhar suas experiências locais.

Da esquerda para a direita: Luis Samper, Miguel Gamboa e Gabriela Castro-Fontoura

Um dos destaques é o colombiano Luis Samper, diretor da 4.0 Brands, especialista em indicações geográficas. No primeiro dia do evento (8/11), durante o Seminário DNA Café, Samper discute o assunto na palestra “Origens produtoras e o novo cenário mundial” (confira a programação completa aqui).

Com larga experiência em certificações, o guatemalteco Miguel Gamboa, da Rainforest, marca presença no mesmo dia para falar, ao lado de Catalina Jaramilo, da Fairtrade Cone Sul, sobre como a certificação pode auxiliar a produção de cafés (sala conferência, 12h30 a 14h30).

Ainda no dia 8/11, a uruguaia Gabriela Castro-Fontoura, da startup neozelandesa Oritain, discorre sobre a Tecnologia Fingerprint, que determina a origem de cafés a partir de ciência forense. Já a hispano-brasileira Josiana Bernardes, instrutora da SCA Europe, apresenta os refinamentos na avaliação sensorial de cafés de qualidade no workshop “Novo Protocolo e Formulários de Avaliação do Valor do Café SCA”.

Da esquerda para a direita: Josiana Bernardes e Gelkha Buitrago

No dia 9/11 é a vez da expert em sustentabilidade Gelkha Buitrago, diretora-adjunta da Plataforma Global do Café (GCP), trazer, ao lado de outros convidados, uma análise da associação internacional – presente em nove países – do “Novo cenário de comercialização para os cafés no mundo” (sala conferência). O painel faz parte do Fórum de Agricultura Sustentável, que desde 2014 discute, na SIC, práticas, inovações e desafios da sustentabilidade na cafeicultura.

Perfis dos palestrantes internacionais

A economista uruguaia Gabriela Castro-Fontoura é diretora regional da startup neozelandesa Oritain para a América Latina, onde lidera a expansão em vários países da empresa, que aplica ciência forense para rastrear a origem de vários produtos, como café, cacau e carne, e evitar a circulação daqueles cuja origem seja ilegal. Influente na promoção dos negócios e práticas sustentáveis na região, Gabriela já deu suporte a mais de 100 empresas.

Com mestrado em Reengenharia e Comércio Internacional, o engenheiro industrial Miguel Gamboa, natural da Guatemala, iniciou carreira em uma exportadora de café. As duas décadas dedicadas ao programa de certificação UTZ KAPEH deram-lhe uma visão abrangente da produção e comercialização de café na América Latina. Com a fusão das certificadoras UTZ e Rainforest Alliance, tornou-se gerente representante do café para a América Latina do Rainforest Alliance e, desde 2022, ocupa o cargo de líder do setor cafeeiro.

Luis Samper tem mais de 25 anos de experiência em estratégias de propriedade intelectual, sustentabilidade e branding. Diretor da 4.0 Brands na Colômbia e gerente de Sustentabilidade da oriGIn, o economista colombiano, que é mestre em direito e autor de várias publicações, especializou-se em Indicações Geográficas. Entre seus trabalhos está a conquista do reconhecimento do Café da Colômbia como Indicação Geográfica Protegida na União Europeia e na Suíça.

A mestre em economia Gelkha Buitrago tem 20 anos de experiência em sustentabilidade. Como vice-diretora da Global Coffee Platform (GCP), orienta iniciativas como plataformas nacionais e programas de ação coletiva. Membro do Conselho Consultivo de Padrões do B Lab, já trabalhou na Fairtrade International e no Departamento Nacional de Planejamento na Colômbia, com programas sociais.

Com sólida formação em tecnologia de alimentos e nutrição, a brasileira com nacionalidade espanhola Josiana Bernardes é instrutora certificada pela Specialty Coffee Association Europe, e dá cursos e palestras em vários países. Sua experiência, ainda, inclui bebidas fermentadas, lácteas, chocolates e vinhos. É proprietária do Idcoffeelab.

Serviço
Semana Internacional do Café (SIC)
Onde: Expominas – Av. Amazonas, 6.200, Gameleira, Belo Horizonte (MG)
Quando: 8 a 10 de novembro, das 10h às 19h
Quanto: R$ 60 (pessoa física, para os três dias). Grátis para pessoas jurídicas, produtores e visitantes internacionais
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br
#conectadospelocafé

TEXTO Redação

Mercado

5ª edição do Intertorra estreia na Semana Internacional do Café (SIC)

Foi ao torrar grãos no Museu do Café (Santos, SP) que, entre 2016 e 2017, Matheus Tinoco descobriu que, ao contrário do imaginado, profissionais de torra, aos quais recorria para entender melhor o processo, respondiam às mesmas perguntas de maneiras bem diferentes. Foi assim que nasceu o Intertorra, encontro de torradores brasileiros e cuja 5ª edição estreia na Semana Internacional do Café (SIC), que começa em Belo Horizonte (MG) em 8/11.

“Juntei vários profissionais gabaritados em um grupo de WhatsApp e comecei a colocar perguntas”, conta o mestre de torras, natural de Santos e que atualmente atua como consultor em cafés de qualidade. “Ao contrário do que eu esperava, as pessoas não se digladiaram, mas começaram a construir um conhecimento comum”, lembra ele.

O desenrolar das conversas culminou na 1ª edição do evento, com 133 participantes, conduzida pelo Instituto Federal Sul de Minas Gerais e com direito a certificado federal. A última edição, em 2022, atraiu 220 pessoas.

Com demanda crescente, este Intercâmbio de Torradores promete, nos dois primeiros dias da SIC, compartilhar conhecimento técnico e tecnológico por meio de workshops, palestras e cuppings. Entre os destaques da programação estão palestras como “A química da torra”, que conta com a participação da cientista e Q-Grader Verônica Belchior, e “A influência do pós-colheita na construção de um perfil sensorial”, ministrada pelo engenheiro agrônomo Flávio Borém, titular do departamento de engenharia agrícola da Universidade Federal de Lavras (UFLA). O recente incremento na produção de canéforas de qualidade também será discutida, e a palestra sobre o assunto fecha o evento.

“É um espaço em que o ‘grande’ e o ‘pequeno’ têm a mesma experiência”, analisa Matheus, que observa, também, diversidade de público nos encontros anuais, como donos de cafeterias, baristas e cafeicultores. Segundo ele, o evento contribui para um avanço no cenário de torrefação de cafés.

Garanta aqui sua vaga!
5ª edição do Intertorra na SIC
Quando: 8 e 9/11, das 8h30-13h30
Onde: Sala Intertorra (entrada foyer 1)
Quanto: R$ 350 (para os dois dias)

TEXTO Redação

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SIC 2023: CNA realiza 2º Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados

A segunda edição do Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados, realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), acontecerá presencialmente nos dias 8 a 10 de novembro, durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG).

O projeto tem como objetivo promover parcerias comerciais e marketing para os produtores de cafés de qualidade através do desenvolvimento de ações que deem visibilidade às diversas características que agregam valor do produto.

As diversas sessões de cupping viabilizam a venda direta entre produtores rurais e agentes compradores que atuam no mercado nacional e internacional. Para garantir o engajamento desses compradores, a CNA conta a expertise da Helga Especialista em Café, empresa com densa trajetória em curadoria e experiências em cafés especiais.

A inscrição para o Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados é gratuita, tanto para produtores, quanto para compradores. Acesse aqui o regulamento. Para participar da Semana Internacional do Café é necessário realizar o credenciamento no site!

Serviço
Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados da CNA
Quando: 8 a 10 de novembro
Onde: Semana Internacional do Café – Belo Horizonte (MG)
Mais informações: c.agricola@cna.org.br

TEXTO Redação • FOTO Marcus Desimoni / NITRO

Mercado

5ª edição do concurso Espresso Design premia melhores embalagens de café

Com o objetivo de julgar a criatividade, a originalidade e a eficiência das embalagens de café disponíveis atualmente no mercado, além de fortalecer o setor e direcionar a atenção para a importância do design na promoção da marca e do produto final, o concurso Espresso Design, organizado pela Espresso em parceria com a Semana Internacional do Café, chega em sua 5ª edição. Dessa vez, a novidade é a premiação durante o último dia de SIC, com direito a troféu! 

Para participar, a embalagem precisa existir como um produto, não sendo válido protótipos ou futuros projetos a serem lançados. Podem concorrer embalagens vigentes que estejam disponíveis no mercado. Embalagens e/ou coleções limitadas que foram produzidas em 2023 e não circulam mais no mercado também podem participar, desde que comprovem a circulação em 2023. As embalagens vencedoras ou que foram expostas nos anos anteriores não podem participar. Já as embalagens enviadas nas últimas edições, mas que não foram classificadas, podem se inscrever novamente.

Após a inscrição e o envio do pacote, o concurso é dividido em duas etapas. A primeira consiste na avaliação pela comissão julgadora, composta pela equipe da Espresso e convidados. Os critérios levados em consideração nesta fase são: visual/identidade, eficiência, conceito, originalidade e criatividade.

As 20 embalagens/coleções mais bem pontuadas serão expostas durante a Semana Internacional do Café 2023, que acontecerá entre os dias 8 e 10 de novembro, em Belo Horizonte (MG). Nesta segunda etapa, o público presente terá os dois primeiros dias de evento para escolher e votar em sua embalagem favorita. A votação ocorrerá no próprio local. As três embalagens mais votadas serão anunciadas no dia 10 de novembro e serão premiadas com o troféu da edição e o selo referente à colocação! 

Bora participar? Clique aqui para inscrever gratuitamente a sua embalagem/coleção! O prazo para inscrição e recebimento das embalagens é dia 13 de outubro. Confira aqui o regulamento completo.

TEXTO Redação

Mercado

Chantilly à base de aveia é novidade na linha culinária da Naveia

A Naveia, marca de produtos veganos, incluiu um novo item à sua linha culinária: o Chantilly Vegetal. A novidade estreia como o primeiro produto desta categoria à base de aveia no mercado vegano brasileiro a chegar à mesa do consumidor, às cafeterias e à prateleira de supermercados.

Além do chantilly, a linha culinária da marca conta com Deleite Condensado, Creme Deleite, Manteiga Naveia (que passa por um processo de fermentação, resultando em um produto muito semelhante à manteiga de origem animal, porém à base vegetal) e o Navelã, creme de avelã com chocolate feito com cacau, avelã e açúcar orgânicos e que tem dado origem a combinações cada vez mais saborosas pensadas pelos próprios consumidores.

“Desenvolver produtos de origem vegetal em uma categoria tão consagrada e conhecida pelo consumidor brasileiro é um grande desafio. Porém o nosso desejo de estarmos cada vez mais presentes no dia a dia do consumidor, em diversos momentos de consumo, supera qualquer desafio que possamos enfrentar. Com esta linha culinária conseguimos materializar para o consumidor que ele pode fazer escolhas mais conscientes de alimentos sem precisar deixar de consumir a categoria de produto que está acostumado. Além do sabor, pilar super importante na entrega dos nossos produtos, essa categoria exige que os produtos performem da mesma maneira, ou seja, o Chantilly Vegetal performa em sifão para as cafeterias e confeitarias”, afirma Juliana Bürger Rodrigues, Head de Pesquisa e Desenvolvimento da Naveia.

Com uma demanda crescente por produtos vegetarianos e veganos em cafeterias, esse fator se torna cada vez mais importante. No Brasil, um levantamento contratado pelo EscolhaVeg e realizado em 2021 pela empresa de pesquisa de consumo Cint, em todas as regiões do país, revela que uma mudança de hábitos alimentares está em curso e indica a saúde como o principal motivo dessa transformação – 97% das pessoas entrevistadas citaram a saúde como uma das principais razões para o consumo de alimentos vegetais. 

Além disso, é possível elencar algumas outras razões que levaram as cafeterias brasileiras a investir na oferta de mais produtos plant-based em seus portfólios: sustentabilidade, inovação e diversidade. Com base nisso, as casas de café têm explorado a criação de bebidas e pratos feitos com ingredientes vegetais, altamente nutritivos.

O Chantilly Vegetal já está disponível para compra nos diversos pontos de venda da Naveia pelo país e através do site da marca, por R$ 29 (1 litro).

TEXTO Redação • FOTO Divulgação