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Nespresso lança produtos à base de mel nos EUA

A Nespresso está lançando nos Estados Unidos o Nespresso Bloom, primeira linha de produtos de mel da marca. Colhido das flores das mesmas plantas que geram os grãos da cápsula Nespresso Master Origins Colombia, o mel entra nos dois primeiros produtos da linha: o mel da flor de café e o xarope de mel da flor de café. 

O primeiro é um mel que, segundo a marca, tem sabor floral e notas de caramelo e baunilha. O segundo é feito da infusão do mel de flor de café com o café Nespresso. 

As plantas têm origem nas colinas dos Andes, na região de Caldas-Antioquia, na Colômbia, país que tem o maior número de fazendas AAA certificadas pela Rainforest Alliance, e cujos agricultores exploram práticas agrícolas regenerativas como a apicultura.

O Nespresso Bloom foi desenvolvido em parceria com o Nestlé R+D Accelerator em Lausanne, Suíça. O programa Accelerator foi desenvolvido para capacitar empreendedores, permitindo-lhes moldar o futuro dos alimentos ao integrar descobertas científicas de ponta e avanços tecnológicos com uma abordagem comercial. 

“Este lançamento é resultado de como a sustentabilidade está impulsionando nossa estratégia de inovação”, disse Alfonso Gonzalez Loeschen, CEO da Nespresso North America, ao International Comunicaffe. 

Os lançamentos estão disponíveis em duas boutiques da marca, em Nova York e São Francisco e, a partir de 21 de agosto, para todo o país pelo site da marca.

TEXTO Fonte: International Comunicaffe

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Exportações e consumo de solúvel crescem em 2024

No primeiro semestre de 2024, o  Brasil registrou aumento de 3,3% e de 1,2% nas exportações e no consumo de café solúvel, respectivamente. É o que aponta o relatório da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) divulgado nesta quarta (31).

Em comparação com os dados de 2023, este ano os embarques brasileiros no período somaram 1,915 milhão de sacas (60 kg), com receita cambial de US$ 402,9 milhões (avanço de 13,8% em relação a janeiro- junho de 2023). 

Mesmo com queda de 20,4%, o principal destino dos grãos continua sendo os Estados Unidos, que importaram 336.646 sacas, seguido pela Indonésia, que comprou 119.474 sacas (+39,5%), e pela Rússia, que, apesar de ter caído para a 19ª posição em 2023, teve um crescimento de 158,3% neste primeiro semestre, posicionando-se em 3o lugar com a aquisição de 99.706 sacas.

Quanto ao mercado interno, o Brasil consumiu o equivalente a 525.797 sacas de café solúvel, um avanço de 1,2% em relação ao mesmo período de 2023. De acordo com a entidade, este desempenho foi sustentado pelo impulso de 95,6% do café tipo freeze dried (liofilizado), uma vez que o spray dried, que representa o maior volume (88% do total), interrompeu a série de crescimento ao recuar 4,4% de janeiro a junho. 

Leia o relatório na íntegra.

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

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Café é o item que mais cresceu em receita da Nestlé nos últimos seis meses

Produtos da Nescafé têm bom desempenho para a gigante suíça na Europa, América do Norte e China, compensando parcialmente outra queda nas receitas da Nespresso

O café é o que mais contribuiu como produto em crescimento na paleta de alimentos e bebidas da Nestlé. O café instantâneo Nescafé e os produtos licenciados da Starbucks e Ready to Drink (RTD) impulsionaram o crescimento da Nestlé na Europa, em meio a uma queda de 2,7% na receita semestral do grupo, com receitas caindo ano a ano em todas as regiões, exceto na América Latina.

Em comunicado à imprensa, a Nestlé disse que desacelerou o ritmo de seus aumentos de preços mais cedo do que o planejado, à medida que os consumidores continuam a reduzir os gastos. A empresa ajustou sua previsão de crescimento das vendas anuais de 4% para 3%.

Mesmo assim, os produtos de café tiveram forte desempenho no período e crescimento global de vendas, apesar da queda nas receitas da Nespresso.

Os produtos prontos para beber (RTD) da Nescafé e uma nova linha de bebidas de café focadas na saúde, feitas com as cascas do grão, cresceram na China, enquanto o café instantâneo Nescafé e os produtos licenciados da Starbucks impulsionaram o crescimento na Europa, permanecendo estável no seu maior mercado, a América do Norte.

Quanto à Nespresso, a Nestlé espera recuperação nas vendas com as máquinas de café profissionais Momento e a expansão das cápsulas de papel compostáveis, presente em sete mercados europeus (como França e Suíça) e prestes a entrar na Índia. 

TEXTO Fonte: World Coffee Portal

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Com parceiros, Naveia lança café em grãos e chocolate vegano

A Naveia, marca de produtos veganos à base de aveia, aumentou o portfólio e divulgou duas novas collabs. Uma delas partiu da provocação “será que existe um melhor café ou uma melhor torra para se tomar com leite vegetal?” e deu origem ao Café Naveia, em parceria com a marca curitibana Moka Clube. 

O Café Naveia é um arábica orgânico da variedade obatã, de processamento natural, cultivado na Alta Mogiana (SP). A torra ficou com o pessoal do Moka Clube, que afirma que o café apresenta, na xícara, notas doces e corpo persistente, características complementares ao leite.

O outro lançamento pertence ao universo bean to bar. O chocolate ao leite com café, chamado Chocolate Cappuccino, tem café com curadoria do atual campeão brasileiro de Coffee in Good Spirits, Daniel Munari, e parceria da Utopia Tropical, de Curitiba (PR). A Utopia entrou com o cacau paraense do produtor João Evangelista, e a Royalty Quality Coffee, torrefação de Munari, foi a responsável pela torra do catuaí vermelho, natural, da produtora Maria Gabriela Baracat, do Cerrado Mineiro.

O Café Naveia está disponível no e-commerce da marca por R$ 48 (250 g), e o Chocolate Cappuccino pode ser encontrado no site da Utopia Tropical por R$ 30.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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A arte de pensar fora da caixinha

Como um conceito de marca consolidado, combinado com um design de embalagens bem aplicado, pode conquistar consumidores e impactar positivamente nos negócios

“A embalagem é um meio e não um fim”. A afirmação, extraída do livro Design de Embalagens, de Fabio Mestriner, resume a função do design de um pacote no contato da marca de um produto com o consumidor. Embalagens não servem apenas para transporte, mas também para contar a história de seu conteúdo, transmitir os valores de uma marca e, assim, capturar a atenção de quem compra. No caso dos cafés, os diversos pacotinhos encontrados hoje em dia nas prateleiras das cafeterias e nas gôndolas dos supermercados são um bom exemplo de como este mercado evoluiu.

Em pouco mais de uma década, saímos de desenhos de xícaras com grãos espalhados ao seu redor para embalagens singulares, que exploram jogos de cores, ilustrações criativas, além de tamanhos e formatos fora do padrão. Pensar “fora da caixinha” tornou-se um exercício de descoberta da infinidade de caminhos que uma marca pode percorrer para mostrar sua identidade e cativar o consumidor.

Tudo começa pela estratégia de ação de uma marca. “Ter estratégia é o ponto de partida, o norte durante o processo e na hora de decidir caminhos”, afirma Pedro Cappeletti, publicitário e fundador do estúdio Pedro e o Lobo, em São Paulo, referindo-se ao conhecimento do universo da marca, de seu posicionamento, seu propósito e público-alvo.

Pedro Cappeletti, designer responsável pelas embalagens da Orfeu Cafés Especiais, e a garrafa da edição Arara

Desde 2015, Cappeletti cuida da criação das embalagens da Orfeu Cafés Especiais, uma das principais marcas brasileiras de cafés de qualidade do país. De lá para cá, a parceria já rendeu pacotes pardos de pegada rústica, caixinhas com ilustrações coloridas, garrafas de vidro com rótulos elegantes e embalagens inspiradas nas curvas da arquitetura de Oscar Niemeyer – estas últimas, lançadas em abril. Cappeletti pensa nas embalagens como uma mídia, em que o importante é entender a que ponto da estratégia elas correspondem. “Assim, entendemos a quem elas se dirigem”, explica ele. No caso da Orfeu, que tem várias linhas de café, cada uma atende a partes da estratégia. “Somadas, elas perfazem os objetivos estratégicos da marca”, conclui.

Foi rascunhando sua estratégia que Vinícius Lima, head da marca baiana Colheita das Alegrias, conseguiu explorar os elementos desejados em seus pacotes de café. “Queríamos uma identidade visual vibrante, que transpirasse alegria e tivesse uma profunda conexão com nossa baianidade”, descreve. A equação, que também deveria despertar emoção e desejo “ao primeiro olhar na gôndola”, resultou na combinação de elementos gráficos característicos do café, como flores e grãos, a cores alegres que remetem ao estado. “O grande desafio é chegar a um equilíbrio entre comunicação e design”, acredita Lima. “Uma embalagem superconceitual pode ser interessante, mas pode falhar em comunicar assertivamente o produto”, alerta.

Latinha da empresa baiana Colheita das Alegrias

Ousadia com conceito

Assim como Cappeletti, Diego Ferreira, fundador do Madura Coffee, do Rio de Janeiro, considera que definir o público-alvo é um elemento fundamental na criação do conceito de uma marca e na elaboração de seus produtos. Assim como a Colheita das Alegrias explora elementos baianos, o Madura Coffee busca inspiração na cultura carioca. “Um de nossos rótulos faz referência à bala tamarindo, muito famosa em terras cariocas”, conta Ferreira, referindo-se à embalagem de um de seus cafés carros-chefes.

Além do Tamarindo, o Cura Ressaca, seu drip coffee, venceu ano passado a 5ª edição da Espresso Design, exposição que acontece na Semana Internacional do Café (SIC) e que premia criatividade, originalidade e eficácia das embalagens de cafés. “A cura não é só etílica, mas refere-se também ao cansaço do dia a dia”, explica o fundador do Madura Coffee sobre a escolha criativa do nome do café. Mas ele também dá uma dica: “Não force a barra se uma ideia nova não te representa e não representa a marca.”

Embalagens da carioca Madura Coffee. O drip coffee (à esquerda) foi o vencedor do concurso Espresso Design 2023

Ser ousado sem se distanciar do conceito é o que Juliane Maciel, diretora de negócios da Oitenta Café, destaca como importante na criação de um projeto. “Uma provocação para quem planeja construir uma marca é sempre pensar no consumidor e encontrar gaps no mercado”, ensina. A marca brasiliense apresenta seus cafés em latinhas com diferentes estampas que, de alguma forma, buscam conversar com as notas sensoriais dos lotes.

Para Juliane, o tipo de embalagem escolhida para a marca já chama a atenção dos consumidores, mas seu layout só será relevante se a qualidade dela for boa. “A embalagem sempre deve representar o produto que carrega, as verdades por trás dele”, acredita ela. Isso porque o design de uma embalagem também leva em conta, além da comunicação com o consumidor, outros critérios importantes, como o de acomodar, proteger, preservar e facilitar o transporte dos grãos.

Embalagens da marca Oitenta Café, de Brasília (DF)

A construção de uma marca

Uma marca deve ser a expressão do motivo pelo qual um negócio existe e de como ele se conecta com o mercado consumidor. A frase, que ressoa como um dos principais mandamentos de um manual didático, é o princípio que rege as ações de Fábio Gianetti, diretor de marketing da Orfeu. “Uma marca é bem mais do que um conjunto de elementos visuais”, teoriza Gianetti.

A sequência da engenharia de uma marca parece trabalhosa: é preciso, em primeiro lugar, definir o propósito central da marca e seus valores fundamentais. Depois, estudar o mercado, seus concorrentes e público-alvo. Daí, então, define-se o posicionamento da marca na sua categoria. “Só assim você tem o conhecimento fundamental para escrever um conceito e desenvolver um briefing para a criação de sua marca”, instrui Gianetti, referindo-se ao nome, logotipo, tipo de embalagem, código de cores, entre outros elementos. Se bem feito, garante ele, esse passo a passo ajuda uma marca a diferenciar-se no mercado e estabelecer uma conexão real com os consumidores.

“A construção de uma marca autêntica, sólida e reconhecível perpassa pela visão de valor dos clientes em relação ao seu produto ou serviço”, acrescenta Lima. Com o briefing pronto em mãos, o passo seguinte é buscar referências criativas, tanto no mercado de café como fora dele. “Geralmente, outros mercados trazem insights inspiradores e disruptivos para o setor de cafés”, ensina Cappeletti.

Foi nas décadas de 1980 e 1990 que Guilherme Dossin, sócio e responsável pelo branding e pelas ilustrações da Dude Coffee Company, do Rio Grande do Sul, inspirou-se para construir o DNA da marca. “Meu objetivo era criar uma experiência leve e descontraída de consumo”, define. Os pacotes da marca gaúcha carregam, por exemplo, ilustrações que lembram filmes e personagens da época. “É preciso ter uma proposta de valor clara, ser autêntico e verdadeiro e, por isso, não importa se o conceito é supersimples ou elaborado”, acredita Dossin. Para ele, o importante é ser genuíno, para ter consistência e para que o público assimile a proposta da marca. Ele também reforça a importância de uma equipe alinhada à proposta, tanto em termos estéticos quanto nas mensagens e no tom de voz definidos para a marca.

Embalagens da marca gaúcha Dude Coffee Company

Só beleza não se sustenta

Dois aspectos são essenciais para a percepção da qualidade do café: o visual da embalagem e a sua funcionalidade. “Se o visual for adequado ao posicionamento da marca, ele ajudará a transmitir o padrão de qualidade e o posicionamento do produto pelo tipo e material de embalagem e pela estética do layout, como cores, distribuição de informações, qualidade de impressão e linguagem utilizada”, detalha Gianetti.

A experiência deve permanecer, é claro, durante o consumo do produto. “Não há beleza que sustente uma embalagem que não funciona bem”, garante Gianetti, ao se referir especificamente a detalhes, como a abrir ou fechar a embalagem, e problemas, como vazamentos, má conservação do café e fragilidade do material escolhido, que contribuem para uma percepção negativa.

Coleção da Orfeu Cafés Especiais em homenagem aos 100 anos da Semana de Arte Moderna

Afinal, um produto cuidadosamente selecionado como um café especial precisa de uma embalagem à altura. É por isso que Juliane também não abre mão de detalhes que fazem toda a diferença, como a válvula, que permite a saída dos gases do café recém-torrado mas evita a entrada do oxigênio, que provoca sua oxidação. Ela ainda reforça a importância de incluir informações relevantes e detalhadas do grão, como os selos de qualidade que ele conquistou e detalhes sobre sua origem, que podem ser acessadas em seus pacotes por QR Code. “Isso facilita ao consumidor interpretar nosso produto já na gôndola”, explica ela.

Nos pacotes da Colheita das Alegrias, Lima ainda busca informar o nível de torra, a moagem e as notas sensoriais do café, para antecipar ao cliente o que esperar da bebida, acrescentando, ainda, instruções de preparo. Uma tarefa desafiadora já que, como ele mesmo ressalta, prateleiras de um supermercado exigem da embalagem uma comunicação explícita, simples e objetiva com o consumidor. “Nesse contexto, o ponto de contato com o comprador é rápido e limitado”, lembra ele, comparando-o a uma roupa: “É o primeiro ponto de contato com o produto”.

Outro ponto relevante é a sustentabilidade. Materiais recicláveis, biodegradáveis, compostáveis ou de composição mista minimizam a geração de resíduos e, atualmente, são questões quase obrigatórias.

A evolução do design das embalagens

A evolução do design dos pacotes de café está atrelada a alguns fatores. O primeiro deles, segundo
Cappeletti, é a qualificação do consumo. “Com a ampliação do aumento do poder aquisitivo, não é só a
possibilidade de poder comprar um produto mais caro que importa. É preciso saber qual deles comprar, para quê e quando”, ensina o publicitário.

O modo de consumo, por sua vez, é um reflexo das questões de diferenciação pessoal ou social. Apesar de relativamente recente para os mercados de massa, o fenômeno é inerente ao mercado de luxo. “Isso viabilizou, por exemplo, a supersegmentação de um setor”, explica. E, consequentemente, a diversificação de opções de design para encantar uma gama bem mais ampla do que ele chama de “faixas de atitudes de consumo”.

Outro fenômeno importante é que muitas marcas de café e fazendas produtoras foram assumidas pelas novas gerações, que trabalham para melhorar qualidade, agregar valor a um produto historicamente encarado como commodity e que trazem uma visão mais atual de mercado, consumo e, consequentemente, de diretrizes estéticas para suas embalagens. Cappeletti ressalta, ainda, a qualificação dos departamentos de marketing dedicados ao setor cafeeiro. “Isso é decisivo para a qualidade do design, desde seu briefing até sua aprovação”, conta.

Texto originalmente publicado na edição #84 (junho, julho e agosto de 2024) da Revista Espresso. Para saber como assinar, clique aqui.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação

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Baden Torrefação e Magian Cacao lançam chocolates com café especial

A collab entre a Baden Torrefação e a Magian Cacao é de dar água na boca. As marcas gaúchas adicionaram dois sabores à linha de chocolates com café especial, que já contava com a opção 45%. “Nós já conhecemos o chocolate da Magian Cacao há bastante tempo, eles têm uma pegada muito parecida com a gente, familiar”, comenta Guert Schinke, barista, mestre de torra e proprietário da Baden Torrefação.

Os lançamentos da vez são o chocolate branco 37% e o chocolate amargo 70%, ambos feitos com cacau amazônico e um nanolote especial torrado pela Baden. Atualmente, o grão escolhido foi um arábica da variedade catuaí 81, de processamento cereja descascado, cultivado por Reginaldo Costalonga, em Vargem Alta (ES). 

Sobre a escolha dos ingredientes, Guert comenta que a ideia é que haja um contraste de sabores entre o café e o chocolate. “Sempre procuramos por um nanolote por ele ser mais complexo sensorialmente, pois não faria sentido colocar um bourbon vermelho, que já tem notas de cacau, por exemplo, em um chocolate”, destaca. “Buscamos algum dos nossos cafés que seja mais frutado, com notas de especiarias, algo assim, e o nanolote sempre tem essa pegada mais exótica”, explica. As origens do cacau e do café variam de acordo com a disponibilidade.

Os chocolates da collab podem ser encontrados por R$ 25 (70 g) nas unidades da cafeteria em Porto Alegre (nos bairros Passo D’Areia e Santana) e no site.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação

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Provamos 6 cafés de diferentes origens produtoras do país

Um total de 58,81 milhões de sacas em 2024. Essa é a estimativa de produção de café do Brasil – o maior produtor e exportador do mundo – para este ano, um aumento de 6,8% em relação a 2023 (os dados são de maio, da Companhia de Abastecimento – Conab). Justamente pelas dimensões continentais e ambientes diversos, a degustação deste mês privilegia seis origens do grão.

O fruto é produzido em diferentes estados e municípios brasileiros, com variações de relevo, clima, manejo e variedades, fatores que influenciam diretamente o resultado final e o valor do grão na xícara. Daí a relevância da Denominação de Origem (DO) – selo concedido pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) que certifica produtos cujas qualidades ou características são obtidas exclusiva ou essencialmente de determinada região. Ou seja, o produto só é daquele jeito por conta do local em que foi produzido, considerando o meio geográfico e os fatores naturais e humanos. É a principal (e mais desejada) certificação das duas categorias de Indicação Geográfica (a segunda é a Indicação de Procedência ou IP).

Na produção de café, seis regiões possuem o selo: Cerrado Mineiro (a primeira DO de café do país, em 2013), Mantiqueira de Minas (que recebeu o selo em 2020), Caparaó (2021), Montanhas do Espírito Santo (2021), Matas de Rondônia (2021) e Canastra (2023). Nesta degustação, selecionamos um café de cada uma dessas denominações. O barista Arthur Rieper, da Café Store, preparou as bebidas no método chemex, a uma proporção de 1 g de café para 12 g de água. Confira as nossas anotações:

1 – SM Cafés – Robusta Amazônico

Um canéfora da variedade robusta R25, cultivado por Geanderson Gambarte em Rio Verde, Matas de Rondônia.
Torrado por: SM Cafés
Aroma: doce, castanhas, chocolate amargo
Sabor: castanhas, amadeirado, frutado
Acidez: alta
Corpo: médio
Finalização: longa, limpa
A redação achou: um bom café, suave
Instagram: @sm_cafes

2- Black Tucano – Fruity Coffee

Um café da variedade catuaí vermelho cultivado por Derio Brioschi, em Venda Nova do Imigrante, região Montanhas do Espírito Santo (ES), a mil metros de altitude.
Torrado por: Black Tucano
Aroma: frutado, melaço
Sabor: floral, melaço
Acidez: média/alta
Corpo: médio
Finalização: limpa, agradável
A redação achou: vai bem a qualquer momento
Instagram: @blacktucanocoffee

3- Cadin de Minas – Docin

Produzido na região da Mantiqueira de Minas (MG) pela Fazenda São José, em Santa Rita do Sapucaí. É um arábica da variedade catuaí vermelho.
Torrado por: Cafetelier
Aroma: especiarias, doce
Sabor: frutado
Acidez: média
Corpo: médio/baixo
Finalização: leve, agradável
A redação achou: uma boa opção para o dia a dia
Instagram: @cadindeminas_

4- Ninho da Águia – Jardim do Sol

Produzido na região do Caparaó (MG) a 1,3 mil metros, na Fazenda Ninho da Águia, no município de  Alto Caparaó. É um blend de arábicas catuaí vermelho e amarelo.
Torrado por: Fazenda Ninho da Águia
Aroma: doce, frutas vermelhas
Sabor: compota de morango, caramelo
Acidez: média
Corpo: alto, aveludado
Finalização: persistente
A redação achou: um café equilibrado, para momentos especiais
Instagram: @cafefazendaninhodaaguia

5- Santiago Café Especial

Um café composto por grãos arábica bourbon amarelo 86, produzido pela Fazenda Santiago a 1,1 mil metros de altitude, em Presidente Olegário, no Cerrado Mineiro (MG).
Torrado por: Santiago Café Especial
Aroma: cravo, picante
Sabor: chocolate amargo, frutado
Acidez: média/baixa
Corpo: médio
Finalização: leve
A redação achou: um café agradável, fácil de tomar
Instagram: @fazendasantiago.cafe

6- Canastra Coffees – Casa Brás

Um geisha cultivado na região da Canastra (MG) por Pedro Brás, na Casa Brás, em Vargem Bonita, a 1,3 mil metros de altitude.
Torrado por: Canastra Coffees
Aroma: doce, mel, caramelo
Sabor: chocolate ao leite, caramelo
Acidez: média/baixa
Corpo: médio/alto
Finalização: presente
A redação achou: um bom café para começar o dia
Instagram: @canastracoffees

Texto originalmente publicado na edição #84 (junho, julho e agosto de 2024) da Revista Espresso. Para saber como assinar, clique aqui.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Agência Ophelia

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São Paulo Coffee Festival já tem data marcada para 2025

Entre os dias 21 e 23 de junho, a 3ª edição do São Paulo Coffee Festival reuniu mais de 15 mil pessoas na Bienal do Ibirapuera, um crescimento de 20% na comparação com os anos anteriores. Depois do sucesso deste ano, a organização já anunciou a data para a 4ª edição: 27, 28 e 29 de junho de 2025

O que aconteceu

Além dos estandes das mais de 130 marcas presentes, o evento foi palco de workshops, palestras e experiências sensoriais, culturais e gastronômicas, embalados pela boa comida de restaurantes locais e pelo som de artistas independentes. Voltado principalmente para coffee lovers, consumidores finais e profissionais do setor, o SPCF abriu espaço para os negócios e relações B2B, funcionando como uma plataforma de ativação para produtores, cafeterias, microtorrefações e marcas de produtos que orbitam o universo dos cafés especiais, como chocolates, biscoitos, pães artesanais, matchas e queijos. De acordo com a organização, o ticket médio de compra geral do evento foi de R$ 180.

A grade de programação da edição contou com a 8ª Copa Barista, campeonato que premia os melhores profissionais na preparação de espressos, filtrados e bebidas com leite. Após três dias de disputa, Hugo Silva, da paulistana Sabino Torrefação, foi o grande campeão. O pódio foi composto por Elis Bambil, da Punga Cafés Especiais (SP), na segunda colocação, e por Thiago Sabino, também da Sabino Torrefação, que ficou em terceiro lugar. 

O Sensory Experience foi um espaço em que profissionais do mercado puderam ministrar workshops sobre o preparo da bebida e guiaram experiências sensoriais que compararam diferentes cafés e combinaram a bebida com outros ingredientes. Ainda explorando os sentidos, a área A Torrefação contou com uma imersão pelas lavouras de Minas Gerais através de óculos de realidade virtual, seguida pelo processo de torra realizado ao vivo pela Orfeu Cafés Especiais.

Workshop “Café combina com o quê? Conheça os princípios da harmonização”, ministrado pelo barista Juarez Gomes

Na parte gastronômica, a atração A Cozinha convidou chefs para produzirem ao vivo receitas que levavam café ou que harmonizavam com a bebida. Já o Masterclass Home Barista, única atração paga dentro da programação, trouxe profissionais do Senac para ensinar sobre o preparo na v60 e como combinar o café em drinques. 

O papo cabeça foi realizado no O Laboratório, ambiente aberto que reuniu convidados para debater assuntos importantes, do campo à xícara. Os paineis da edição contaram com temas como diferenças entre arábica e canéfora, criação de métodos brasileiros de preparo, economia circular, primeiros passos para abrir uma torrefação, a importância do terroir, os processos do cacau fino, entre outros. 

Painel “Primeiros passos para abrir uma torrefação”, com Matheus Tinoco (Intertorra), Thiago Sabino (Sabino Torrefação), Julia Nasr (Café Por Elas) e Carol Pereira (Bixo Café)

Para aproveitar tudo isso

Chamado de Food Stations, o espaço externo do São Paulo Coffee Festival contou com sete restaurantes parceiros de referência na capital paulista (Canto do Picuí, Fôrno, Komah, La Peruana, Pita Kebab, Shihoma Deli e T.T. Burger), que elaboraram cardápios especiais para o público do evento. Do lado de dentro, o Hyde Park foi palco de artistas independentes que embalaram a edição com sons de diferentes estilos. Já a área Café & Arte expôs registros feitos pelo fotógrafo Marcos Piffer em suas viagens a lavouras de café de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Rondônia.

A 3ª edição do São Paulo Coffee Festival teve realização da Allegra Events e da Espresso&CO, patrocínio master de 3corações, Melitta e Orfeu Cafés Especiais, e apoio da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), A Tal da Castanha, Café Store, Nescafé, Nespresso, Philips Walita, Senac, SumUP e Prefeitura da cidade de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Turismo.

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

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Experiências sensoriais acontecem durante o São Paulo Coffee Festival

A capital paulista recebe novamente um dos principais eventos de café do país. Em sua terceira edição, o São Paulo Coffee Festival reúne apaixonados pela bebida entre sexta (21) e domingo (23), na Bienal do Ibirapuera. Entre cafés e comidinhas de diferentes marcas, experiências sensoriais são esperadas na programação da edição.

O espaço Sensory Experience é uma das atrações mais aguardadas pelo público. As duas salas fechadas (com limite para 15 pessoas por horário) são palco de workshops ministrados por profissionais do setor, como o barista Juarez Gomes, que faz uma harmonização entre elementos doces e salgados com o café na aula “Café combina com o quê? Conheça os princípios da harmonização”. Na mesma linha, Arcélia Gallardo, da Mission Chocolate, apresenta o workshop “Degustação às cegas: aprenda a identificar as diferenças entre o chocolate comercial e o bean to bar”. Clique aqui e confira a programação completa do Sensory Experience.

O espaço A Torrefação também oferece uma imersão especial aos participantes do SPCF. Voltada para os processos do café antes dele chegar à xícara, a experiência visual acontece através de óculos de realidade virtual, com vídeos que apresentam a cafeicultura de três regiões mineiras: Mantiqueira de Minas, Matas de Minas e Cerrado Mineiro. Depois disso, profissionais da Orfeu Cafés Especiais e da Carmomaq conduzem o processo de torra ao vivo, explicando detalhes sobre a etapa e esclarecendo dúvidas. Ao final, os participantes levam para casa pacotinhos com grãos que foram torrados durante a experiência. Clique aqui e confira os horários da A Torrefação, que possui limite para 10 pessoas por turma.

Chefs conhecidos conduzem a programação da A Cozinha, com uma diversidade gastronômica que vai de drinques a quitutes doces e salgados para combinar com uma boa xícara. O conteúdo “Nosso bar: cachaça e café, duas paixões nacionais” fica por conta de Rogério Rabbit, da Rabbit Caipirinha na Praia, enquanto o tema “A confeitaria peruana: bolo très leches” é ministrado por Jesús Plateros, da La Peruana, e as receitas do “Com qual omelete eu vou?” são oferecidas pela chef Alicia Araujo, da Gastronomia Periférica. O espaço A Cozinha é aberto ao público do evento: só chegar, sentar e assistir! Clique aqui e confira os temas e horários dos conteúdos da A Cozinha.

E tem mais! 

O São Paulo Coffee Festival não pára por aí. Para você curtir os três dias de evento, o Food Station conta com a presença de restaurantes que são referência na gastronomia paulistana, com pratos que agradam todos os gostos. Os parceiros da edição são o Canto do Picuí, Fôrno, Komah, La Peruana, Pita Kebab, Shihoma Deli e T.T. Burger. Para combinar, vá até o Beer Bar e peça a cerveja oficial do SPCF 2024, a Tarantino Coffee Lager, desenvolvida pela Cerveja Tarantino. 

Curta tudo isso ouvindo uma boa música ao vivo no Hyde Park, espaço destinado a artistas de diferentes gêneros, ou apreciando a exposição de fotos de Marcos Piffer, fotógrafo que registrou as lavouras cafeeiras e o trabalho no campo em suas viagens a Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Rondônia, estados produtores do grão.

Serviço
São Paulo Coffee Festival 2024
Quando: 21 a 23 de junho
Horário: das 14h às 21h (sexta), e das 10h às 18h (sábado e domingo)
Mais informações e ingressos: www.saopaulocoffeefestival.com.br e @saopaulocoffeefestival 

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

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Café em tubo é lançado por startup suíça

A startup suíça No Normal Coffee  acaba de lançar um café instantâneo em tubo. Cada embalagem contém 100 g de pasta à base de arábica, levemente adoçada, da qual se pode extrair cerca de 20 xícaras de café.

Segundo o Daily Coffee News, que divulgou a notícia, embora o café em formato de pasta de dente possa parecer novidade aos apreciadores da bebida, o formato é bastante comum na Suíça desde a década do pós segunda guerra mundial. Ainda há tubos com pastas de alimentos não perecíveis, de temperos a carnes e vegetais, em supermercados no país.

Fácil de compartilhar e usar, os blends são misturados com água quente ou fria, leite ou consumidos diretamente como pasta. Há indicação para situações esportivas, como escaladas, ou piqueniques. O café é certificado pelo Fairtrade da Colômbia, de onde vêm os grãos,e torrado e transformado em pasta pela HACO Swiss, fabricante de alimentos com sede na Suíça. Cada tubo custa em torno de US$ 17, mas o produto ainda não é despachado para o Brasil. 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação