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Dicas de panetones para se deliciar neste Natal!

Foto: Thandy Yung

Já chegamos em dezembro! Tantas coisas aconteceram ao longo deste ano, mas a época dos panetones que amamos segue sendo tradicional do Natal. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), as vendas devem crescer 10% em relação ao ano passado. Hoje, as delícias até se tornaram uma opção de presentes ou para compartilhar com toda família. Listamos as novidades de algumas marcas para vocês conhecerem! 

Bauducco

A marca que completa 70 anos apresenta, além dos tradicionais Panettone e Chocottone, produtos que prometem agradar todos os gostos em versões mini e presenteáveis. Pensando na Copa do Mundo, a linha Maxi de Chocottone vem em uma nova versão com uma embalagem estampada com ícones de torcida, unindo a já conhecida massa de fermentação natural fofinha e macia ao recheio de gotas de chocolate, com cobertura de chocolate branco e confeitos verde e amarelo. 

O Panettone e o Chocottone de 908 g mantêm as seleções tradicionais e queridinhas de muitos consumidores. Sua caixa torna o produto ainda mais especial, com detalhe de fita de presente para complementar a cena de decoração natalina. Já as latas colecionáveis de Panettone e Chocottone chegam com nova embalagem e um design moderno.

Mais informações: www.lojabauducco.com.br

Brownie do Luiz

A marca traz seu panetone na versão de 500 g (R$ 80), recheado com pedaços de brownie e coberto com crocante de doce de leite, pensado para agradar os apaixonados pelo bolinho. À venda nas lojas da marca nas capitais do Rio de Janeiro e de São Paulo, o item ganhou uma lata especial de edição limitada, desenvolvida para incrementar a decoração natalina ou ser um belo presente. 

Mais informações: www.browniedoluiz.com.br

DAMA 

Criada pelas sócias e cunhadas Daniela e Mariana Gorski, a confeitaria traz doces e sobremesas para abastecer restaurantes, empórios e buffets, e conta com um panetone tradicional, de frutas secas, com uma cobertura especial de chocolate e lascas de amêndoas (600 g – R$ 95); panetone de brigadeiro, recheado e coberto de brigadeiro e pastilhas belgas (800 g – R$ 145); Chocottone Bites, pedaços de panettone com gotas de chocolate, cobertos com chocolate ao leite (lata decorada 300 g – R$ 95); colomba natalina, bolo de Natal tradicional com massa leve, recheado com amêndoas, cranberry e uva passa, coberto com açúcar e amêndoas (500 g -R$ 95). 

Mais informações: www.confeitariadama.com.br. Delivery próprio: das 9h às 19h, pelo WhatsApp (11) 97095-3888

Gallette Chocolates

A marca bean to bar aposta em dois novos sabores de panetone, caixas de bombons presenteáveis e chocolates divertidos para as crianças, como a árvore de Natal para montar.

Um dos lançamentos deste ano é o Panetone Cereja Amarena, que leva recheio cremoso de cereja silvestre italiana e cobertura de chocolate bean to bar 40% cacau (900 g – R$ 135). Outra novidade é o Panetone Limão Siciliano, feito com panetone com gotas de chocolate, recheio cremoso de limão siciliano e coberto com chocolate branco (900 g – R$ 135). Panetone Figo Turco, recheio de chocolate cremoso, pedaços de figo turco e castanha-de-caju e cobertura de chocolate intenso bean to bar com castanhas salpicadas (900 g – R$ 135). Panetone Chocolatudo é a opção ideal, pois inclui porções generosas de chocolate no recheio cremoso, nas gotas da massa e na cobertura (900 g – R$ 135).

São duas lojas em São Paulo: Santana – Rua Augusto Tolle, 245; e Pinheiros – Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 57. Instagram @gallettechocolates

Le Blé Casa de Pães 

A marca conta com panetones artesanais e a grande novidade deste ano é o Mocha, receita que traz massa de café entremeada com gotas de chocolate belga (500g -R$ 89). Assim como os outros, é um produto artesanal, sem conservantes e naturalmente aromatizados com baunilha de verdade e raspas de limão-siciliano e laranja Bahia. 

As outras opções são panetone de chocolate belga com laranja siciliana cristalizada e avelãs (500 g – R$ 89); panetone de banana cristalizada na casa, caramelo de doce de leite artesanal e canela (500 g – R$ 89); e panetone tradicional de frutas cristalizadas italianas (500 g – R$ 89).

A Le Blé Casa de Pães fica na Rua Pará 252 – Higienópolis. Tel: 3663-4626. Delivery próprio e iFood.

Mariana Junqueira

A novidade é o Big Chocotone, um panetone gigante com 4,750 kg, feito com massa tradicional de fermentação natural com gotas de chocolate belga e cobertura de chocolate ao leite belga (R$ 1.280). Essa é uma edição limitada com somente 100 produtos à venda.

A marca conta ainda com panetone de frutas, receita especial italiana massa tradicional de fermentação natural com damascos, ameixas e amêndoas açucaradas (R$ 368,80); chocotone de fermentação natural, com gotas de chocolate belga e cobertura de chocolate belga (1 kg – R$ 328,80);  chocotone de fermentação natural, com gotas de chocolate belga, recheio de Nutella e cobertura de chocolate belga (R$ 398,80); chocotone de fermentação natural, com gotas de chocolate belga, recheio de Nutella com massa folhada crocante e cobertura de chocolate belga (R$ 398,80); chocotone de fermentação natural, com gotas de chocolate belga, recheio de brigadeiro de pistache turco e cobertura de chocolate belga  e pistache (R$ 438,80); chocotone de fermentação natural, com gotas de chocolate belga, recheio de brigadeiro cremoso e cobertura de chocolate belga (R$ 398,80).

Mais informações: www.marianajunqueira.com.br

Stelle Cookierie 

A confeitaria tocada por mãe e filha – Stella e Fernanda Afonso – traz mais uma vez várias opções de sabores, seja para consumo próprio ou para presentear. Além da versão clássica de frutas cristalizadas (550 g – R$95) e do Panechoco, com gotas de chocolate (550g – R$ 95;), a casa traz criações como Romeu e Julieta (900 g – R$ 140), que vem recheado de um leve creme de cream cheese e goiabada caseira; Apple Pie (900 g – R$ 140) o recheio é de torta de maçã com toque de canela e, na cobertura, crumble. E, no Panechoco Pão de Mel (900 g – R$ 140), entram doce de leite caseiro e brigadeiro sabor pão de mel. Na linha ultra recheados, aparecem o Panechoco Biscoff (1,05 kg – R$ 160), que tem recheio cremoso à base de biscoito Belga Lotus, e o de Dragê com Brigadeiro (1 kg – R$ 160), preenchido com brigadeiro tradicional ou meio amargo e coberto com dragê.

Os pedidos, tanto da Stelle Cookierie quanto da Stelle Zero, podem ser feitos até o dia 20 de dezembro pelo WhatsApp (11) 99254-0149. Instagram @stellecookierie. Retirada no Campo Belo, em São Paulo (SP).

Utam 

Lançado para o Natal de 2021, o Panettone Gourmet Utam Creme de Café está de volta ao e-commerce e aos canais de telemarketing da empresa. Para essa versão, o Grupo desenvolveu uma massa macia – que também leva café -, à base de produtos próprios para panetone, sem uso de pré-misturas prontas, e que combina com o creme de café.

Mais informações: www.grupoutam.com.br

Zulcare 

Produzidos a partir de fermentação 100% natural e sem essências artificiais, possuem massa leve que leva farinha italiana, manteiga francesa, ovos orgânicos e são aromatizados com ingredientes como laranja, limão siciliano, fava de baunilha, mel e vinho Marsala. 

Entre as opções da marca estão o Panetone Tradicional (500 g – R$ 105), que leva frutas cristalizadas (cidra e laranja) e uvas passas; e o Panetone de Pera e Figo (600 g – R$ 130), feito com frutas cristalizadas (pera, figo e laranja) e finalizado com cobertura crocante de amêndoas.

Para quem prefere o lado mais doce da vida, o Panetone de Chocolate Tradicional (500 g – R$ 115) leva gotas generosas de chocolate ao leite belga. Outra opção maravilhosa é o Panetone de Chocolate com Nutella Crocante (1kg – R$ 185), feito também com gotas de chocolate ao leite belga, recheado com Nutella crocante e finalizado com uma camada do mesmo chocolate.

As encomendas podem ser feitas pelo site, pelo telefone (11) 97096-3464 (WhatsApp) ou pelo Instagram @zulcaredoces.

TEXTO Natália Camoleze

CafezalMercado

Expocaccer ganha destaque no 10º Prêmio Região do Cerrado Mineiro com amostras vencedoras

Na noite da última quarta-feira (30), a cidade de Uberlândia foi palco do 10º Prêmio Região do Cerrado Mineiro. O evento contou com uma grande festa no Palácio de Cristal, com direito a apresentação teatral contando os detalhes da região, comidas típicas, drinques com café, música e muita emoção! 

Com o intuito de reconhecer o trabalho dos cafeicultores da Região do Cerrado Mineiro, além de promover a Denominação de Origem, a primeira conquistada para café no Brasil, a edição registrou um novo recorde de amostras inscritas: 370! As categorias disputadas foram Cereja Descascado, Fermentação Induzida e Natural.

Na categoria Cereja Descascado, o campeão do ano foi José Aparecido Naimeg, da Fazenda Pântano I, associado da cooperativa Expoccacer. Seu café bateu 90,05 pontos e apresentou notas florais, mel, caldo de cana e rapadura, com corpo amanteigado e acidez málica. Na sequência ficaram os produtores Eduardo Henrique S. Pereira, da Fazenda Abaete dos Mendes, Pouso Alegre e Tombado, em segundo lugar, e Maria Aparecida F. Pires Ruiz, da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em terceiro.

Comemoração de José Aparecido Naimeg, primeiro lugar na categoria Cereja Descascado

Quanto à Fermentação Induzida, o vencedor foi para Agilmar Ferreira Pinto, da Fazenda Boqueirão, parceiro da Expocaccer, que pontuou 88,75. De acordo com a avaliação, o sensorial da bebida contou com notas florais, frutas vermelhas (com destaque para morango, cereja e framboesa), melaço e rapadura. O pódio foi composto por Lázaro Ribeiro de Oliveira, da Fazenda Congonhas, em segundo, e Ismael José de Andrade, da Fazenda Paiolinho, na terceira posição.

Comemoração de Agilmar Ferreira Pinto, primeiro lugar na categoria Fermentação Induzida

Já na categoria Natural, o prêmio foi para o produtor Jorge Fernando Naimeg, da Fazenda Londrina, também cooperado da Expocaccer. Batendo 90,94 pontos, o café apresentou notas florais, de rapadura, açúcar mascavo, frutas vermelhas e mel. O vice-campeão foi Guilherme Sebastião F. Romão, da Fazenda Esmeril, e, em terceiro, o cafeicultor Enivaldo Marinho Pereira, da Fazenda Cachoeira/Cruzeiro. 

Comemoração de Jorge Fernando Naimeg, primeiro lugar na categoria Natural

O evento também foi marcado pela celebração dos 50 anos da cafeicultura no Cerrado Mineiro e pela participação das mulheres, com o Troféu Atitude. A Trader de Cafés Especiais da Expocaccer, Sandra Moraes, juntamente com a Superintendente da Coocacer Araguari, Eliane Cristina, homenagearam as cooperadas da Expocaccer Paula Urtado e Maria Aparecida Ruiz, por terem suas amostras classificadas como as três melhores do concurso.

Durante a cerimônia, a Expocaccer foi reconhecida também como o canal exportador que mais lacrou cafés com selos da Região do Cerrado Mineiro. Em outro momento de destaque, a cooperativa teve a classificadora Rosângela Soares homenageada pela classificação das amostras campeãs.

Categoria Cereja Descascado

José Aparecido Naimeg, da Expocaccer, com 90,05 pontos
Eduardo Henrique S. Pereira, da Carmoccer, com 89,13 pontos
Maria Aparecida F. Pires Ruiz, da Expocaccer, com 88,28 pontos

Categoria Fermentação Induzida

Agilmar Ferreira Pinto, da Expocaccer, com 88,75 pontos
]2º Lázaro Ribeiro de Oliveira, da Expocaccer, com 87,79 pontos
Ismael José de Andrade, da Carpec, com 87,70 pontos 

Categoria Natural

Jorge Fernando Naimeg, da Expocaccer, com 90,94 pontos
Guilherme Sebastião Fernandes Romão, da Expocaccer, com 89,53 pontos
Enivaldo Marinho Pereira, da Carmoccer, com 89,03 pontos

Ao final do evento, foi realizado o leilão com os cafés campeões do 10º Prêmio. O consórcio formado pela Expocaccer, Nucoffee, Café Cajubá e Sebrae arrematou a saca de 60 kg de Jorge Fernando Naimeg, por R$ 62.017.000, novo recorde de valor da premiação.

O evento foi promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, com apoio do Sebrae Minas, o evento contou com realização das cooperativas Carmocer, Carpec, Coagril, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocaccer e MonteCCer, integrando, ainda, seis associações como apoiadoras: Acarpa, ACA, Assogotardo, Assocafé, Amoca e Appcer.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação

Mercado

Café solúvel conta com metodologia pioneira para avaliação da qualidade

A indústria brasileira de café solúvel mostrou ao público mais uma inovação que pode revolucionar o modo com que o mercado visualiza e utiliza o produto, permitindo uma melhor comunicação entre fabricantes, empresas e consumidores. Trata-se de uma metodologia pioneira de análise sensorial do café solúvel, que foi apresentada ao público na quarta-feira (16), na Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG).

O desenvolvimento da metodologia, iniciado em 2019, é uma iniciativa da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e, na divulgação mundial, com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Com esta avaliação, o consumidor poderá identificar melhor as características sensoriais do solúvel e saber quais produtos que, além de seu consumo puro, são mais indicados para misturas com leite, cappuccinos, drinques e outras bebidas, além do uso na gastronomia.

O evento de lançamento do Protocolo de Análise Sensorial de Café Solúvel na SIC contou com a presença de representantes da Abics, ApexBrasil e ITAL, do público em geral da SIC, além de jornalistas estrangeiros e representantes de importantes entidades internacionais de café, como a National Coffee Association (NCA), Specialty Coffee Association (SCA), All Japan Coffee Association (AJCA), European Coffee Federation (ECF) e o Coffee Quality Institute (CQI).

A metodologia de análise sensorial do café solúvel foi apresentada pelo diretor de Relações Institucionais da Abics, Aguinaldo Lima, e pela consultora da entidade e coordenadora do protocolo, Eliana Relvas. Também foram apresentados dados do mercado mundial, destacando a liderança do Brasil na produção e exportação do produto, além de informações sobre o processo de fabricação do café solúvel.

O desenvolvimento da metodologia de avaliação sensorial do produto segue uma tendência mundial de valorização dos cafés solúveis. “O brasileiro está redescobrindo o café solúvel, é uma quebra de paradigmas”, diz Lima. O diretor da Abics acrescenta que o Brasil mantém a liderança neste mercado porque oferece uma grande variedade de produtos.

Fábio Sato, presidente da Associação, diz que a indústria brasileira de café solúvel continua otimista, com investimentos na ampliação da capacidade produtiva e novas tecnologias para continuar abastecendo o mercado global. Para ele, o grande desafio é mostrar que os cafés solúveis não são todos iguais, como muita gente imaginava até pouco tempo atrás. Outro desafio é transformar essa metodologia de análise sensorial do café solúvel em um protocolo global.

A gerente do Agronegócio da ApexBrasil, Paula Soares, destacou os resultados de todo o processo de desenvolvimento da metodologia e a importância de se divulgar este protocolo de análise sensorial do solúvel em outros países.

Já Eliana recorda que o produto pode oferecer uma gama de qualidades e que o protocolo de análise sensorial permitirá que essas diferentes qualidades dos cafés solúveis sejam comunicadas pela indústria e empresas aos seus consumidores. Isso proporcionará níveis mais altos de diferenciação e agregação de valor, à medida que as empresas começarem a interagir com o sistema de avaliação e a desenvolver novos produtos em resposta ao sistema, conforme explica o White Paper do protocolo.

Após a apresentação do Protocolo de Análise Sensorial de Café Solúvel, foi entregue uma moção de agradecimento aos participantes do grupo técnico da metodologia, formado por quase 30 especialistas altamente qualificados, entre eles, representantes do ITAL, do Sindicafé, das 10 empresas associadas à Abics, além de rede de cafeterias e especialistas internacionais.

Depois de conhecer um pouco mais sobre a metodologia, o público presente ao evento teve a oportunidade de degustar os cafés que, de acordo com a análise sensorial, são classificados em três principais categorias: cafés solúveis de excelência, cafés solúveis diferenciados e cafés solúveis convencionais, que possuem as seguintes características:

Cafés solúveis de excelência: doçura e acidez marcantes, com complexidade aromática intensa, pouco amargor e adstringência, presenças de notas achocolatadas, frutadas e florais, com aroma e sabor suaves;

Cafés solúveis diferenciados: acidez equilibrada, com presenças de notas amadeiradas, amêndoas e especiarias, com leve sabor de extração excessiva, média potência no paladar, amargor e adstringência média;

Cafés solúveis convencionais: baixa doçura e acidez, amargor e adstringência presentes, forte potência no paladar, bom corpo, com presença de sabor de extração mais excessiva, finalização longa e duradoura.

Como se chegou a esta classificação do café solúvel?

A metodologia inovadora avalia a qualidade pela intensidade dos atributos e não por pontuações. A classificação da qualidade obtida através da intensidade dos atributos percebidos auxilia a comunicação entre profissionais das indústrias e também pode ser transmitida aos consumidores de maneira mais clara e objetiva, de maneira a facilitar a escolha dos cafés solúveis existentes no mercado.

Os componentes do grupo técnico participaram de inúmeras provas (cuppings) com diferentes amostras de solúvel produzidas no Brasil e no exterior.  Os especialistas agruparam as amostras por similaridade de sabor e, em seguida, descreveram o gosto característico de cada grupo. Com base nos principais atributos diferenciadores detectados nas avaliações do grupo técnico, desenvolveu-se um léxico sensorial para café solúvel, incluindo referências sensoriais para uma escala de intensidade de 0 a 5, em que 0 representa a ausência deste atributo e 5 diz que é muito acentuado.

Os 15 atributos são: doçura, acidez, amadeirado, floral, herbáceo, amêndoas/castanhas, especiarias, frutado, achocolatado, mel, sabor residual/potência, adstringência, sabor de café extraído em excesso, amargor e corpo. Por meio de um algoritmo, é calculado este peso da intensidade dos atributos, que vai indicar a categoria do produto.

Após a construção do léxico sensorial de atributos descritivos-chave, foi explorada a relação entre atributos-chave e qualidade para se chegar aos três graus de qualidade: excelência, diferenciados e convencionais.

Mercado de café solúvel

O consumo de café solúvel no mundo cresce mais de 2% ao ano, em linha com a diversificação de qualidade, com novos blends e embalagens disponíveis aos consumidores nas gôndolas dos supermercados.

No Brasil, o segmento acompanha essa tendência. A indústria nacional incorporou novas tecnologias e ampliou sua capacidade de produção para enfrentar a concorrência global. Os processos de fabricação são auditados por mais de 25 tipos diferentes de certificações internacionais, incluindo boas práticas de produção, ambientais e sociais sustentáveis, bioterrorismo, específicos como Kosher, Halal, orgânicos, entre outros.

O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café verde, também lidera a produção e a exportação globais do solúvel. O segmento gera receitas anuais superiores a R$ 1 bilhão no mercado doméstico e traz divisas de aproximadamente US$ 600 milhões ao ano, com embarques que vão para mais de 100 países.

Abics na Semana Internacional do Café

Além do lançamento do protocolo de análise sensorial do café solúvel, a Abics levou à SIC o “Empório do Café”, um estande que lembrou um empório especializado na comercialização de produtos de alta qualidade. O estande da entidade ofereceu drinques, frapês, sorvetes e outras bebidas feitas com café solúvel ao público da SIC.  Também foi possível degustar uma pipoca diferente, feita com açúcar e café com sal, disponível em um carrinho dentro do espaço da feira, ao lado da “Cafeteria Modelo”.

TEXTO Redação

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Café coado é uma boa aposta para as cafeterias? Especialista responde na Semana Internacional do Café

É comum ouvir nas cafeterias modernas pedidos por cafés coados, e o motivo não tem a ver com nostalgia ou moda retrô. À medida que os cafés especiais ganham força no Brasil, também cresce o público interessado na experiência da bebida, e não só no consumo puro e simples. Mas, afinal, o café coado é uma boa aposta para o empreendedor que tem ou planeja abrir um coffee shop? Daniel Munari, barista com mais de uma década de mercado, tirou essa dúvida durante a Semana Internacional do Café.

O evento, que aconteceu de 16 a 18 de novembro, em Belo Horizonte (MG), contou com uma programação com vários temas que dialogam com o momento atual do café no Brasil e no mundo. Indo direto ao ponto, Munari afirmou que “investiria até em uma cafeteria só com cafés coados, pois há público para isso”. E realmente há. De acordo com dados da ABIC, os brasileiros bebem cerca de 2 bilhões de doses de café por dia. Mais de 98% dos lares tem café de alguma forma e 84% é coado. Já o mercado de cafés especiais teve crescimento de 15% entre 2021 e 2022, segundo o especialista.

Então, dá para se jogar sem medo no modelo? Sim e não. Pelos números e comportamento de consumo, Munari defende que o café coado é um bom mercado, mas ressalta a necessidade de cuidados para o sucesso da operação. O primeiro deles é a separação do que é vontade do empreendedor e o que o público quer. “Adequação é fundamental. Deve-se avaliar o perfil de quem comprará o café efetivamente naquela área escolhida, seus hábitos culturais e financeiros. É preciso entender quem quer apenas tomar um café e quem entende do produto e busca por experiências”, diz.

Outra dica importante é simplificar a escolha do consumidor. “De que adianta ter 15 métodos de preparo se o público não sabe diferenciar? O caos começa logo no momento do pedido, quando ele terá de escolher entre vários tipos de café, se vai ser coado na prensa francesa, na aeropress, etc. Nós, baristas, precisamos ter este termômetro para saber direcionar ou ampliar a jornada de compra, quando necessário”, finalizou.

TEXTO Redação • FOTO Pradeep Javedar

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Dolce Gusto lança sistema de café com cápsulas compostáveis

O novo produto de cafés da Nestlé será inicialmente exclusivo para o Brasil e foca em consumidor jovem, tecnológico e atento ao impacto ambiental do que consome

O grande lançamento da Nestlé em novembro é o Dolce Gusto Neo, um novo sistema de preparo doméstico de cafés que utiliza cápsulas compostáveis e, pelo menos por enquanto, será exclusivo para o mercado brasileiro. O anúncio e apresentação de todo o conceito do produto foi feito na semana anterior à Semana Internacional do Café (SIC) e a Espresso foi um dos veículos convidados pela empresa para conhecer o projeto por completo na sede da Nestlé que fica na região de Vevey, na Suíça.

As pesquisas para desenvolver um produto que fosse mais sustentável começaram na Nestlé há mais de 5 anos e o desafio esteve em encontrar o equilíbrio entre um material para as cápsulas que se decompusesse facilmente, ao mesmo tempo que preservasse o café e criar e adaptar uma máquina para isso. O resultado são cápsulas de papel com uma fina membrana interna de celulose para extrair cafés do tipo espresso, americano e uma opção mais diluída, batizada de caseiro.

O sistema pode funcionar offline ou em um sistema data driven, conectado a um aplicativo que registra as preferências do(s) dono(s) da máquina e acumula pontos a cada café extraído: todas as características que atingem em cheio um consumidor jovem e preocupado com o impacto de suas ações no contexto ambiental.

O próprio maquinário para produzir as cápsulas na fábrica da Dolce Gusto, que fica em Montes Claros (MG) foi todo desenvolvido especificamente para o sistema NEO. São dez opções de café, todos feitos com grãos brasileiros, à exceção dos dois blends Starbucks (os produtos da marca vendidos fora das cafeterias são comercializados pela Nestlé). Você pode conferir os detalhes do lançamento e da visita à Suíça na próxima edição da Espresso

TEXTO Cíntia Marcucci, especial para a Espresso da Suíça

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Associação Brasileira da Indústria de Café realiza 28º ENCAFÉ no Rio de Janeiro

Entre os dias 23 e 27 de novembro, grandes nomes do segmento cafeeiro irão se reunir no Rio de Janeiro (RJ) para o 28º Encontro Nacional do Café (ENCAFÉ), evento organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), com patrocínio do Sebrae. Durante quatro dias, o Centro de Convenções do Hotel Grand Hyatt Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, será palco de discussões sobre o futuro do segmento, análises de mercado e, também, de muito networking.

O ENCAFÉ é um encontro tradicional que reúne membros de todas as áreas da cadeia produtiva cafeeira e dos mais variados portes, sendo uma oportunidade única de estreitar relacionamentos e fazer negócios. Os participantes terão acesso a conteúdos exclusivos sobre o cenário político e econômico, perspectivas do mercado de café, varejo, consumo, qualidade e sustentabilidade. Somado a isso, os presentes poderão visitar a Arena do Conhecimento, onde são oferecidos cursos, workshops, degustações orientadas e atividades para enriquecer o conhecimento.

Para enriquecer a edição, com debates de alto nível sobre questões pertinentes ao mercado, a ABIC convidou palestrantes de renome para o evento. São eles:

Ricardo Amorim
Economista com pós-graduação em administração e finanças internacionais, colunista, comentarista e estrategista na área de investimentos. Foi eleito pela revista Forbes uma das 100 pessoas mais influentes do Brasil e escolhido pelo LinkedIn como o influenciador do país.

Leandro Karnal
Historiador, Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Membro da Academia Paulista de Letras e professor da Unicamp por mais de 20 anos. É reconhecido em todo o país como importante palestrante, intelectual e formador de opinião.

Roberto Rodrigues
É agricultor e Engenheiro Agrônomo. Foi Ministro da Agricultura, Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, Presid7ente da Academia Brasileira de Ciência Agronômica, Embaixador Especial da FAO para as Cooperativas.

David Fiss
Diretor de Contas e Novos Negócios da Kantar, divisão Worldpanel. Formado em Administração de empresas, possui mais de 15 anos de experiência na área de pesquisa. Trabalha na Kantar desde 2009, onde é responsável pela liderança de vários segmentos da indústria no Brasil.

Walter Longo
Especialista em Inovação e Transformação Digital. Publicitário e Administrador de Empresas, com pós-graduação na Universidade da Califórnia. Longo é empreendedor digital, palestrante internacional e sócio-diretor da Unimark Comunicação.

Serviço
28º Encontro Nacional do Café (ENCAFÉ)
Quando: 23 a 27 de novembro
Onde: Centro de Convenções do Hotel Grand Hyatt Rio de Janeiro – Barra da Tijuca
Mais informações: www.abic.com.br/28encafe

TEXTO Redação • FOTO Yohan Marion

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Porto de Antuérpia-Bruges reforça papel estratégico para cafeicultores brasileiros durante a SIC 2022

Para os produtores de cafés brasileiros que pretendem exportar os produtos para o mercado internacional, a fusão dos portos de Antuérpia e Zeebrugge, realizada no primeiro semestre deste ano, reforçou ainda mais o papel estratégico da entrada do produto na Europa. O Antuérpia-Bruges, na Bélgica, é o maior porto importador do continente, com volume de 550 mil toneladas de café por ano e 800 mil metros quadrados de armazém.

“Vale destacar que os armazéns de cafés são todos alfandegários, então os produtores podem agendar o estoque de café, o que significa que eles não têm obrigatoriedade de iniciar o processo de importação. Isso funciona como uma zona franca virtual, ou seja, o produtor não paga imposto, até nacionalizar. Então, pode comprar um container e ir nacionalizando aos poucos conforme as vendas vão acontecendo”, Matheus Dolecki. representante da América Latina e Relações Internacionais do Porto da Antuérpia.

Entre as vantagens que a fusão possibilita, é a fácil disseminação dos produtos para o mercado europeu, o maior consumidor de cafés do mundo, responsável por 1/3 do consumo mundial, tendo como principais destinos Alemanha, Itália e Bélgica. O Antuérpia-Bruges possui conectividade marítima com mais de mil portos, além de estar localizado estrategicamente no entroncamento das principais rodovias para difusão do produto pelos países europeus, da proximidade com aeroporto e malha ferroviária. Trata-se também de um porto de containers, por isso, a tradição na exportação de café.

“Nosso objetivo é colocar os produtores de café em contato com as empresas de logística que operam no nosso porto. É importante que eles façam chegar seus produtos no mercado internacional, através de uma cadeia logística eficiente”, acrescenta Dolecki.

Segundo Henrique Rabelo, consultor do porto Antuérpia-Bruges, a fusão de dois portos foi motivada pelas infraestruturas complementares que podem facilitar também a transição energética na Bélgica. O país tem a intenção de se tornar um hub de energia verde.

“Representamos a empresa que faz a gestão do porto e desenvolve a atividade reguladora e disciplinar, opera o porto, além de ser a proprietária do espaço permitindo a instalação de armazéns, permitindo não apenas que os negócios aconteçam, mas que a comunidade prospere”, ressalta Rabelo. Vale destacar que o porto funciona por meio de concessões privadas. As licenças são administradas pela autoridade portuária.

A importância estratégica do porto para as exportações brasileiras de café foi tema da palestra “Porto de Antuérpia-Bruges: porto de entrada e distribuição dos cafés brasileiros na Europa”, a primeira apresentação da 10ª edição da Semana Internacional do Café, nesta quarta-feira (16), às 11h. A palestra ainda destacou que o Brasil exportou apenas em 2020, 933 mil toneladas de café para a União Europeia, o equivalente a 32% do total do produto consumido no continente.

Considerado o principal evento da cafeicultura nacional e um dos mais importantes do mundo, a SIC acontece entre os dias 16 e 18 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG). Para mais informações sobre a programação e o credenciamento, acesse o site.

TEXTO Redação • FOTO Paul Teysen

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Abertura da SIC 2022 reforça importância do evento e desafios dos cafeicultores

Desafios, novas formas de atuação dos cafeicultores e a importância da atuação integrada das instituições do setor, foram alguns dos temas que pautaram a abertura da 10ª edição da Semana Internacional do Café (SIC), além das conquistas e importância do evento no fomento do mercado nos últimos dez anos. A cerimônia, que contou com as participações de representantes do poder público e das principais instituições que atuam no setor cafeeiro, foi realizada na quarta-feira (16), às 13h30, no Expominas, em Belo Horizonte (MG).

Para o presidente do Sistema Faemg, Antônio de Salvo, “esta é a 10ª edição de um evento que faz, o que todos nós precisamos fazer, conectar o nosso público. E temos que seguir nesse caminho de trazer o produtor treinado, que aprendeu a agregar valor ao seu produto e dar visibilidade e espaço a ele. Minas Gerais é responsável por 68% do café exportado, sendo que 465 municípios do estado são produtores expressivos”, afirmou.

Caio Alonso Fontes, cofundador da Café Editora, destacou a importância do trabalho dos organizadores: “A parceria é o diferencial da SIC. Desde a primeira edição, conseguimos montar um time forte, que tem conduzido o evento com excelência. Sem eles, não conseguiríamos conquistar o reconhecimento e importância que temos atualmente. Os dez anos mostraram o quanto o café cresceu e a SIC também como plataforma de negócios, atualização e conhecimento”.

Os elogios também pautaram o discurso do Subsecretário de Política e Economia Agrária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez, que representou o Secretário de Estado, Thales Almeida Pereira Fernandes. “Estávamos na primeira Semana Internacional do Café e sabemos o quanto foi difícil discutirmos a produção mundial de café, as tendências de mercado, as melhorias, as novas tecnologias, os instrumentos de financiamento para a manutenção do negócio. A ideia da SIC fez com o que os delegados da Organização Internacional do Café (OIC) conhecessem mais o nosso mercado. É um evento diferenciado”, disse.

Representando o Presidente do Sebrae Nacional, Carlos Meles, e também o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Roberto Simões, o diretor técnico da entidade, João Cruz, ressaltou que a busca pela qualidade do café tem que ser constante e tanto o evento quanto os realizadores propõem isso. “O trabalho que tem sido feito de agregação de valor, por exemplo, beneficia todos os produtores de uma região. Eu acredito que esse trabalho é fundamental e uma forma de conectar o território, os produtores, destacar as qualidades intrínsecas do produto”.

Já Ronaldo Scucato, presidente da Ocemg/Sescoop aproveitou a ocasião para reforçar o papel estratégico do cooperativismo na cafeicultura: “Passamos por um momento desagradável de chuvas e granizos, não conseguimos mensurar os estragos, mas cabe às entidades assistir os produtores de café que foram afetados por essa efeméride climática. Cheguei hoje da Suíça, onde participei da inauguração de um curso sobre cooperativismo, com o objetivo de proporcionar aprendizados de gestão e, com isso, trazer resultados positivos”.

O aspecto climático também foi tema da fala do Deputado Federal, Emidinho Madeira (PL-MG), que salientou a necessidade da defesa dos direitos dos cafeicultores e também a negociação de parâmetros mais simples com as empresas de seguros. “Quando o produtor fica dois ou três anos sem colheita, ele é muito prejudicado, porque tem prestações a pagar. Precisamos procurar as seguradoras para ter um seguro simplificado que auxilie o produtor. Ele precisa de melhores condições de pagamento”.

O Deputado Estadual, Antonio Carlos Arantes (PL-MG), representando o Presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Augustinho Patrus (PSD-MG) homenageou a nova geração da cafeicultura e destacou a importância do produto. “As mulheres e os jovens assumiram um protagonismo muito grande, que garante a continuidade dos negócios. O café eleva a autoestima, reúne as pessoas e o evento acontece em um momento propício para isso”.

Palestra Magna

A palestra “Projeções macro e micro da economia”, com o professor e economista Eduardo Giannetti, ganhou espaço após a abertura do evento. O especialista destacou o cenário internacional, o atual momento brasileiro e as projeções para os próximos quatro anos do ponto de vista dos desafios e encaminhamentos para que o país tenha um crescimento sustentado.

“A economia tem um agravante em relação às ciências naturais. Quem trabalha no campo não sabe se irá gear ou chover. A economia é uma espécie de meteorologia, em que a previsão do tempo afeta o próprio tempo. Se os agentes econômicos acreditam que o mundo será espetacular no futuro, eles investem e fazer o mercado girar. Mas se estão esperando um desastre, puxam o freio de mão, não investem, não gastam e o tempo ruim acontece. Quanto mais estudamos economia, percebemos como as expectativas, fundadas ou não, são determinantes”.

O especialista também falou sobre as oportunidades do crescimento sustentável brasileiro. “Nos últimos 70 anos, apenas 12 países, que podemos classificar em três grupos, venceram a chamada armadilha da renda média, aumentando a exportabilidade do seu PIB. No primeiro grupo, podemos citar Israel e os Tigres Asiáticos com exportação de produtos industriais; o segundo, formado por países europeus como Espanha, Portugal e Grécia, que aumentaram a exportabilidade de serviços; e o outro por Austrália, Nova Zelândia e Noruega que ampliaram a exportação de commodities. Mas, para ser competitivo, é necessário importar tecnologia, inovação. O Brasil tem como aumentar sua participação nas três frentes. Para isso, precisa melhorar o ambiente de negócios e com o sistema tributário”, explicou.

A SIC segue com a grade de conteúdos, workshops, lançamentos em produtos e serviços e premiações até sexta-feira (18). Para participar, é necessário realizar o credenciamento no site.

TEXTO Redação • FOTO Gustavo Baxter / NITRO

Mercado

Semana Internacional do Café mostra como o mercado deve ser mais inclusivo na prática

Na intensa programação de conteúdo da Semana Internacional do Café (SIC), um assunto urgente abriu os trabalhos do espaço Cafeteria Modelo: a diversidade. Um painel formado por especialistas negros, trans e indígenas ajudou a ilustrar, por meio de suas experiências pessoais, como a estrada da inclusão ainda é longa e como é possível sair do conceito para ações práticas no dia a dia de trabalho.

O primeiro a compartilhar conhecimento foi Raphael Brandão, fundador da torrefação Café Di Preto, que tem como proposta trazer protagonismo para o povo preto na indústria. “A inspiração para o negócio veio de uma pesquisa na internet sobre café, onde os resultados, em maioria, estavam relacionados à escravidão. Nós sempre movimentamos a indústria, seja no campo ou no comércio, então queremos inverter o estabelecido de que pessoas brancas são protagonistas e pessoas pretas são mão de obra”, disse.

Na sequência, Petra Moreira Cruz, barista, gerente da cafeteria Objeto Encontrado, de Brasília (DF), lembrou a necessidade do compromisso diário de quem está à frente de negócios do setor em ampliar conhecimento para acolher de forma genuína. “Não adianta contratar pessoas trans para cumprir uma política sem abraçar as questões complexas desse público, ouvir, entender. Às vezes um cliente é desrespeitoso e a posição da casa é não criar uma situação para manter o cliente, mas a reflexão deveria se atender alguém assim vale a pena”, defendeu.

Representando a cultura indígena, Celeste Paytxayeb Suruí e Diná Suruí, baristas e produtoras de robusta amazônico, lembraram que o preconceito ainda é forte, mas que a profissionalização é importante na jornada por conquista de espaço. “Temos certeza de que é possível trabalhar e se sustentar sem acabar com a floresta. Somos capazes de mudar o mundo sem desvalorizar o próximo”, ressaltou Celeste. “É a segunda vez que participo da SIC. Isso significa que os cafés indígenas estão prosperando”, completou Diná.

O encontro foi mediado por Dandara Renault, historiadora, produtora cultural e diretora de inclusão e diversidades da IWCA Brasil, que finalizou: “Essa discussão é extremamente importante. Estamos tratando sobre negócios e não queremos ser cota para sempre. A cota é uma reparação de dívida histórica e não pode ser eterna. Estamos dispostos a aprender, ensinar e trabalhar”.

A Semana Internacional do Café acontece até sexta-feira (18), no Expominas, em Belo Horizonte (MG). Para participar, é necessário realizar o credenciamento no site.

TEXTO Redação • FOTO Marcus Desimoni / NITRO

Mercado

Nude realiza degustações e oficinas na Semana Internacional do Café 2022

Nesta semana, entre os dias 16 e 18 de novembro, a Nude, marca de lácteos à base de aveia, estará presente na Semana Internacional do Café (SIC), realizada no Expominas, em Belo Horizonte (MG). A feira é uma das maiores do mundo e tem como objetivo promover encontros de profissionais do setor, conectando e gerando oportunidades para toda cadeia do café brasileiro no acesso a mercados, conhecimento e negócios.

A Nude vai ao evento com a proposta de inovar e fazer com que as cafeterias reflitam sobre o impacto climático que causam ao meio ambiente. Para essa SIC, a marca traz como novidade um jornal que aborda o tema da sustentabilidade, elaborado para conscientizar tanto as cafeterias, quanto o público do evento sobre a importância de saber o impacto do setor no meio ambiente e quais soluções viáveis para mitigar os gases do efeito estufa na atmosfera. 

Dentro da programação, a marca estará presente no estande D27, das 8h às 20h, com distribuição de sorvete, café com Nude e drinques alcoólicos feitos com a bebida de aveia, criados pelos baristas parceiros Mari Mesquita e Emerson Nascimento. A marca também realizará inserções ao longo dos três dias de evento, como a oficina “vaporização e coisa e tal”, drinques Nude “Fora da caixa”, com Mari Mesquita e Emerson Nascimento, TNT Nude na Festa da Academia, competição de latte art. Além disso, durante todos os dias de evento, o capuccino feito com Nude não terá custo adicional nas cafeterias OOP, Academia do café, Café Magrí Mercado Novo, Café Magrí Palácio, Copo Café e Elisa Café. 

Programação da Nude na SIC: 

16/11

14h – Oficina de vaporização e coisa e tal – Daniel Busch
18h – Café com a campeã do Brazilian Brewers Cup Champion Julia Fortini 

17/11

14h – Oficina de “vaporização e coisa e tal” – Daniel Busch
18h – Drinks Nude “Fora da caixa” – Mari Mesquita e Emerson Nascimento
18h30 – BCORP – THE BEAN – Diálogos sobre B corps no café (com Suzana Tavares, Cecilia Seravalli , Estevan Sartoreli, Juliana Ganan e Pedro Lisboa)

21h30 – TNT Nude na Festa da Academia!

18/11

14h – Oficina de “vaporização e coisa e tal” – Daniel Busch

Serviço
Semana Internacional do Café
Quando: 16 a 18 de novembro
Onde: Expominas, Belo Horizonte (MG)
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br

TEXTO Redação • FOTO Divulgação