Munido de seu moedor e de um pouco de café fresco, Chris Dillon, dono da torrefação Coffee Supreme, circulava pelas ruas da cidade de Wellington mostrando quão bom um café poderia ser. Isso foi em 1993 e, de lá para cá, muita coisa mudou, tanto para a história da marca quanto para a história do grão. A empresa tem hoje cerca de oito lojas espalhadas pela Austrália e pela Nova Zelândia.

A expansão incluiu um pequeno café e centro de operações na cidade de Christchurch, na Ilha Sul do país, instalado até 2011, quando um terremoto devastou a região. Passaram-se quatro anos até que a equipe pudesse encontrar um novo lugar para, finalmente, reinaugurar o café, que reabriu em março do ano passado com o nome de Supreme Supreme.

Para a comunidade

A nova casa, montada em um grande armazém, tem espaço mais amplo e aconchegante, com detalhes que ganham destaque pela iluminação natural. “Nossa vontade era criar um lugar que fosse para todo mundo. Desde o terremoto, Christchurch se tornou uma cidade focada na comunidade e nós queríamos fazer parte disso”, diz Douglas Johns, diretor de marketing e designer da companhia.

A Supreme Supreme é, atualmente, a maior loja da Coffee Supreme e a única com cozinha completa e instalações para panificação. Por lá, são servidos grãos de todo o mundo, sempre frescos, selecionados e torrados pela marca. Inclusive o café Bob-O-Link, da brasileira Fazenda Ambiental Fortaleza, é presença constante no menu e é oferecido tanto no blend Brazil quanto sozinho.

Na La Marzocco Linea PB são extraídos espressos com perfeição e ainda há a opção de café filtrado na máquina Fetco, que resulta, segundo os baristas, numa extração de grande consistência. As bebidas, incluindo o popular Flat White, podem ser acompanhadas de doces preparados na casa, além de torradas servidas com geleia feita com frutas da estação e manteiga, sem falar na granola e em outras delícias do cardápio.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui)

Informações sobre a Cafeteria

Escondido nas ruas estreitas do bairro Parnell, é um ponto de encontro para aficionados por café. Aberto em 2009 o local teve a arquitetura planejada para parecer uma oficina, é lá que baristas obcecados por café ensinam os clientes que esta bebida é mais que um produto e sim uma experiência. Auckland é a maior cidade da Nova Zelândia e esta cafeteria produziu os melhores baristas da cidade nos últimos cinco anos. Em 2013, um deles, Hanna Teramoto, se classificou em segundo lugar no Campeonato Nacional de Barista.

O foco em técnicas e competições trouxe para a casa a certificação da Specialty Coffee Association of America (SCAA) para a barista brasileira Cris Fuzaro e o segundo lugar no campeonato nacional de Cup Tasters em 2012 para um de seus torradores, Joe McElhinney. Os grãos da torrefação e do espresso bar são torrados em pequenos lotes em um torrador Toper. Lá produzem três blends de assinatura e uma seleção de single origins. Esta sempre em mudança, o que mostra o entusiasmo que a equipe tem em provar cafés de origens diversas e revelar os mais variados aromas e sabores para seus clientes.

Preparos e comidinhas
Usando vários métodos de extração como a Hario V60, aeropress, syphon e cold driper, além do espresso tirado na La Marzocco, o time de baristas e torradores mantem uma mente aberta sobre café e técnicas. O proprietário, Andrew Smart, se define como fanático por café. O cardápio não é extenso, mas destaca sanduíches de produção própria, como a carne marinada em café e especiarias. A marca recentemente abriu a segunda loja no renovado Britomart Precinct, no centro, mas vale a pena visitar a torrefação e o espresso bar, dar uma espiada na torra, tomar dois ou mais cafés e bater um papo com os baristas, que estão sempre disponíveis pra falar de café.

Informações sobre a Cafeteria

Eleita pelo canal de notícias norte-americano CNN uma das oito melhores cidades no mundo para se tomar café, dividindo o pódio com Melbourne, na Austrália, Seattle, nos Estados Unidos, Roma, na Itália, e Londres, na Inglaterra, a capital Kiwi também é reduto de diversos estabelecimentos que deixam os amantes de café malucos.

Andando pelas ruas de Wellington, é possível notar um lugar aconchegante, com decoração rústica onde há mesinhas na calçada e um jardim com bancos de madeira, além de uma linda oliveira e muitas plantas que compõem um cenário de refúgio para quem gosta de apreciar um café sem pressa.

Delícias em cena
Oferece blend próprio de grãos da Supreme (marca neozelandesa que importa os grãos e os torra no país) e o cardápio traz cervejas artesanais e vinhos do país. As refeições têm variedade de opções, como suflê de alcachofra, torta de figo grelhado com cebolas caramelizadas e itens que destacam a produção agrícola local. Além de contar também com escolhas mais tradicionais, mas não menos atrativas, como o nhoque com molho napolitano e os ovos poché sobre fatia de pão de fermentação natural. Panquecas, muffins e petiscos regionais também listam o cardápio. Para o jantar, o menu sazonal, com influência da cozinha mediterrânea, harmoniza com a carta de vinhos.

Café da manhã
Para começar um dia feliz, serve ovos cozidos a 63ºC com tomates e babaganuche no café da manhã. Panquecas com figos frescos e Maple Syrup (xarope de bordo) podem ser acompanhadas por espressos, filtrados ou flat whites e cappuccinos. Há ainda a opção de brunch para um café da manhã mais reforçado, servido até às 15h. O espaço, com ótima trilha sonora, convida para uma pausa longa, a leitura de um livro ou simplesmente observar o movimento por ali.

Durante a primavera, o verão e o outono, a cafeteria promove exibição de filmes ao ar livre e shows de jazz, animando os frequentadores do local.

Informações sobre a Cafeteria