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Dionatan Almeida leva a melhor no Campeonato Brasileiro de Cup Tasters

O último domingo foi de emoção com a descoberta do atual Campeão Brasileiro de Cup Tasters! Entre muitas provas e rodadas, a competição contou com 43 participantes e aconteceu de 22 a 24 de setembro, na sede da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em Varginha (MG). 

O objetivo principal da disputa é identificar, através do sensorial, as amostras diferenciadas em um menor tempo possível. Cada competidor recebe oito trios de café, sendo que, em cada um, há uma amostra diferente das demais. O tempo limite das provas é de 8 minutos.

As rodadas classificatórias aconteceram durante toda a sexta-feira (22) e continuaram pela manhã do sábado (23). Desta etapa passaram, para a próxima fase, os 16 competidores que identificaram corretamente a maior quantidade de amostras em menos tempo. Ainda no sábado, foram realizadas as quartas de final, onde continuaram na disputa os 8 melhores:

José Augusto Naves – 7 acertos em 5:43
Dionatan Almeida – 7 acertos em 7:23
Marcos Dominguito – 6 acertos em 4:06
Alessandro Hervaz – 6 acertos em 5:04
Fernando Silva – 6 acertos em 5:59
Carolina Pereira – 6 acertos em 7:32
Edimilson Generoso – 6 acertos em 7:52
Ruhan Corrêa – 5 acertos em 4:21

No domingo, último dia de competição, foram realizadas a semifinal e a final. Dividida em duas rodadas, a semifinal classificou Dionatan Almeida (8 acertos em 4:45), Edimilson Generoso (8 acertos em 5:51), Marcos Dominguito (6 acertos em 3:44) e José Augusto Naves (6 acertos em 3:45), que disputaram a final logo na sequência. Com 7 acertos em um tempo incrível de 3:47, Dionatan Almeida, das Fazendas Caxambu e Aracaçu, levou a melhor e consagrou-se Campeão Brasileiro de Cup Tasters! Confira o pódio:

1º Dionatan Almeida – 7 acertos em 3:47
2º José Augusto Naves – 6 acertos em 5:00
3º Edimilson Generoso – 6 acertos em 5:37
4º Marcos Dominguito – 4 acertos em 3:38

“Foi uma honra ser campeão disputando com tantos campeões. O nível dos profissionais e dos cafés estava muito alto. Quero agradecer demais a BSCA e a ApexBrasil por todo apoio, por toda estrutura que montaram aqui. Estou muito feliz e muito grato. Agora é focar e me preparar para o Mundial, pegando algumas dicas com nossos campeões para tentar trazer esse título para o Brasil”, celebrou o campeão. Dionatan representará o Brasil no Campeonato Mundial de Cup Tasters, marcado para abril de 2024, em Chicago, nos Estados Unidos. A Equipe Espresso deseja boa sorte e está na torcida! 

O Campeonato Brasileiro de Cup Tasters foi realizado pela BSCA e pela ApexBrasil como ação do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”. A edição de 2023 contou com o patrocínio do Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG) e apoio da BUNN e da Associação Brasileira de Classificadores e Degustadores de Café (ABCD). A Revista Espresso foi a mídia oficial.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Gabriela Kaneto

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Cup of Excellence divulga lista dos 150 produtores classificados para fase nacional

O Cup of Excellence – Brazil 2023 divulgou a lista dos 150 produtores que tiveram suas amostras classificadas para a fase nacional. Realizado no país pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE), o concurso conta com três categorias: “via seca”, “via úmida” e a inédita “experimental”. Cada uma delas conta com 50 cafés para a segunda etapa. Confira a lista com os nomes aqui.

“Como verdadeira vitrine internacional, o concurso traz os principais provadores e compradores globais para conhecerem nossos cafés e permite um intercâmbio entre eles e os produtores brasileiros, que passam a conhecer o que cada mercado consumidor valoriza no mundo. Assim, passamos a qualificar nossa produção e, com a diversidade de regiões produtoras, conseguimos diferentes tipos de café, que nos capacitam para abastecer toda a diversidade de sabores internacionais, o que transformou o Brasil no principal provedor de cafés especiais do mundo”, analisa Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA.

As amostras de cafés classificadas para a Fase Nacional voltarão a ser avaliadas entre os dias 16 e 20 de outubro. Os cafés selecionados serão aqueles que obtiverem nota média de 86 pontos ou mais, que seguirão para a fase final do concurso, quando o Júri Internacional (composto por 20 juízes de todo o mundo) definirá os 10 vencedores de cada uma das três categorias, que serão as amostras que alcançarem 87 pontos acima.

“Uma importante característica do Cup of Excellence, além da valorização de tradicionais origens produtoras, é o descobrimento de novas, o que vem sendo uma constante ao longo dos anos, como podemos observar com o resultado atual. Produtores de regiões que antes eram ‘normais’, passavam despercebidas, hoje são reconhecidas por seus potenciais cafés, seus perfis exclusivos, abrindo uma janela de oportunidades a seus cafeicultores, que passam a viver novos elos de amizade, comerciais e de valorização de seus produtos. Na próxima fase, temos cafés de 13 diferentes regiões, por exemplo”, revela.

O diretor executivo da BSCA reforça que a edição deste ano traz como novidade a inclusão da categoria “experimental”, destinada aos cafés que passaram por um processo de fermentação induzida, com ou sem adição de leveduras comerciais. Além disso, também estão mantidas as tradicionais “via seca”, voltada aos cafés colhidos e secos com casca, e “via úmida”, que envolve os cafés cereja descascados, despolpados ou desmucilados.

“Somos o primeiro país a criar uma categoria específica para os grãos fermentados, projeto-piloto que será observado mundialmente e posteriormente adotado no Cup of Excellence das outras 14 nações que realizam a competição no mundo. Essa iniciativa se deu graças ao pioneirismo do Brasil, que possui grande número de regiões produtoras, dotadas de muitas nuances e de diversidades nas formas de cultivo dos cafés no país”, destaca.

Os 30 lotes vencedores do Cup of Excellence serão comercializados em disputado leilão mundial, via internet, ao preço de abertura de US$ 6,50 por libra-peso cada lote, o que equivale a cerca de *R$ 4.200 por saca de 60 kg. A competição também terá os cafés eleitos como “vencedores nacionais”, que serão as amostras classificadas para a Fase Internacional que voltarem a receber nota igual ou maior que 86 pontos, mas que ficarem abaixo dos 30 primeiros colocados. Esses lotes também ficarão disponíveis para compra em plataforma on-line, pela cotação inicial de US$ 5,00 por libra-peso, ou aproximadamente *R$ 3.230 por saca.

*Dólar comercial cotado a R$ 4,880, conforme fechamento de 20 de setembro de 2023.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Região da Canastra (MG) ganha nova Denominação de Origem para cafés

Na última terça-feira (19), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) divulgou o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG), na espécie Denominação de Origem (DO), para o café em grãos crus, beneficiados, torrados e torrados e moídos da Região da Canastra (MG).

O reconhecimento, publicado na Revista da Propriedade Industrial (RPI) nº 2.750, beneficia produtores de dez municípios mineiros: Medeiros, Bambuí, Doresópolis, Pimenta, Piumhi, Capitólio, São João Batista do Glória, Vargem Bonita, São Roque de Minas e Delfinópolis.

“Com esse reconhecimento, poderemos ampliar nossos negócios e agregar mais valor aos produtos. Vamos seguir os protocolos definidos e buscar um maior equilíbrio dos processos de manejo, cumprindo os requisitos ambientais, sociais e trabalhistas. Como resultado, os consumidores continuarão desfrutando da qualidade dos nossos produtos e os cafeicultores poderão aprimorar seus modelos de produção”, afirma José Carlos Bacili, engenheiro agrônomo, produtor e presidente da Associação dos Cafeicultores da Canastra (Acanastra).

Com esse registro, o INPI chega a 117 Indicações Geográficas, sendo 83 Indicações de Procedência (todas nacionais) e 34 Denominações de Origem (25 nacionais e 9 estrangeiras).

A região

De acordo com as informações apresentadas ao INPI pela Associação dos Cafeicultores da Canastra, a maioria das lavouras de café da região está em relevo plano e suave ondulado, com declividades que variam entre 0 e 8%. A região delimitada possui grande variação de altitude, com plantios feitos na altitude mínima de 602 m e máxima de 1.052 m. As áreas de relevo suavizado são abruptamente interrompidas pelo paredão da Canastra e, após essa elevação, novamente se distribuem em superfícies planas.

A temperatura média na região é de 20,8°C, com mínima e máxima anuais de 14,1°C e 27,5°C, respectivamente. A precipitação total média é de 1.461 mm. A Canastra possui tipos climáticos úmidos, em que o índice de umidade varia entre 20 e 80.

O plantio na região ocorre predominantemente entre outubro e dezembro, sendo a colheita possível entre maio e setembro. O café deve ser cultivado em sistema de sequeiro, ou seja, lavouras submetidas à irrigação, de qualquer modelo, não são permitidas.

O desenvolvimento da cafeicultura na região é fruto do trabalho intenso da Acanastra, em parceria com o Sebrae Minas, que viabiliza diversas ações para promover a identidade do território e implementar práticas para a melhoria contínua da qualidade do produto e para a disseminação de práticas sustentáveis na atividade.

O produto

As condições climáticas da região conferem aos cafés da D.O. Canastra os atributos de aroma e sabor predominantes de mel, frutas amarelas, frutas tropicais, chocolate ao leite, frutas cítricas com nuances de castanhas, limão, cravo e laranja. A doçura é alta, com notas de açúcar mascavo e cana de açúcar em equilíbrio, com acidez elevada e predominantemente cítrica. Já o corpo da bebida é denso, cremoso e sedoso, com finalização longa e doce.

Devido a essas características únicas, em 2022, a Acanastra, com apoio do Sebrae Minas, deu entrada ao pedido de registro de IG no INPI. A documentação demonstrou, na análise sensorial pelo método Specialty Coffee Association (SCA), que, nos cafés naturais acima de 84 pontos, tal resultado dependia da altitude, especialmente entre 800 e 900 m. Diante disso, foi determinado, no Caderno de Especificações Técnicas (CET), que o uso da D.O. Canastra é exclusivamente para cafés da espécie arábica produzidos na área delimitada que alcancem o mínimo de 84 pontos ao serem julgados pelo método SCA.

Comprovou-se, ainda, que o fator humano estava associado às tecnologias de produção, colheita e, especialmente, ao método de processamento natural, tendo em vista que a distribuição espacial da qualidade sensorial dependeu da tecnologia usada no processamento. E o café natural foi o que demonstrou ser fortemente dependente do meio geográfico.

Além disso, o café com a D.O. Canastra deve ser produzido de acordo com as normas e práticas de preservação dos recursos hídricos naturais da região, respeitando áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente.

Café da Canastra

  • 10 municípios
  • 1,1 mil produtores
  • 750 mil sacas produzidas por ano
  • 33.223 ha de área plantada – Piumhi (16.228 ha) e São Roque de Minas (5.888 há) somam, juntas, mais de 60% da área de café
  • 21.500 empregos diretos e indiretos
  • A Serra da Canastra fica localizada entre o Oeste e o Sul de Minas Gerais
  • Conheça mais @regiaocafedacanastra

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

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SIC 2023: CNA realiza 2º Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados

A segunda edição do Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados, realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), acontecerá presencialmente nos dias 8 a 10 de novembro, durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG).

O projeto tem como objetivo promover parcerias comerciais e marketing para os produtores de cafés de qualidade através do desenvolvimento de ações que deem visibilidade às diversas características que agregam valor do produto.

As diversas sessões de cupping viabilizam a venda direta entre produtores rurais e agentes compradores que atuam no mercado nacional e internacional. Para garantir o engajamento desses compradores, a CNA conta a expertise da Helga Especialista em Café, empresa com densa trajetória em curadoria e experiências em cafés especiais.

A inscrição para o Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados é gratuita, tanto para produtores, quanto para compradores. Acesse aqui o regulamento. Para participar da Semana Internacional do Café é necessário realizar o credenciamento no site!

Serviço
Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados da CNA
Quando: 8 a 10 de novembro
Onde: Semana Internacional do Café – Belo Horizonte (MG)
Mais informações: c.agricola@cna.org.br

TEXTO Redação • FOTO Marcus Desimoni / NITRO

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Inscrições abertas para o Cup of Excellence – Brazil 2023

Estão abertas, até as 17h do dia 6 de setembro, as inscrições para o concurso de qualidade Cup of Excellence – Brazil 2023. Podem participar do certame os produtores* de café arábica que fazem parte do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), entidades que realizam a competição no país em parceria com a Alliance for Coffee Excellence (ACE).

A edição deste ano traz como novidade a inclusão de uma nova categoria na disputa, a “Experimental”, destinada aos cafés que passaram por um processo de fermentação induzida, com ou sem adição de leveduras comerciais. Também estão mantidas as tradicionais “Via Seca”, voltada aos cafés colhidos e secos com casca, e “Via Úmida”, que envolve os cafés cereja descascado, despolpado ou desmucilado.

“Dado o pioneirismo, o número de regiões produtoras e suas nuances e a diversidade de formas de cultivo dos cafés no Brasil, somos o primeiro país a criar uma categoria específica para os grãos fermentados, projeto-piloto que será observado internacionalmente e provavelmente adotado no Cup of Excellence das outras 14 nações que realizam a competição no mundo”, revela Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA.

Os lotes recebidos serão analisados quanto a tipo, cor, aspecto, umidade, atividade de água, defeitos e qualidade da bebida. Os cafés selecionados serão aqueles que obtiverem nota média de 86 pontos ou mais (escala de zero a 100 do concurso), que seguirão para a Fase Nacional, respeitando o limite máximo de 150 amostras.

Esses cafés serão reavaliados pela Comissão Julgadora composta por profissionais do Brasil e os que voltarem a receber nota igual ou superior a 86 pontos serão classificados à fase final da competição, quando o Júri Internacional, composto por 20 juízes de todo o mundo, definirá os 10 vencedores de cada uma das três categorias, que serão as amostras que alcançarem 87 pontos acima.

Os 30 lotes vencedores do Cup of Excellence serão comercializados em disputado leilão mundial, via internet, ao preço de abertura de US$ 6,50 por libra-peso cada lote, o que equivale a cerca de R$ 4.200** por saca de 60 kg.

A competição também terá os cafés eleitos como “vencedores nacionais”, que serão as amostras classificadas para a Fase Internacional que voltaram a receber nota igual ou maior que 86 pontos, mas ficaram abaixo dos 30 primeiros colocados. Esses lotes também ficarão disponíveis para compra em plataforma on-line, pela cotação inicial de US$ 5,00 por libra-peso, ou aproximadamente R$ 3.225** por saca.

*Os produtores que não integram o “Brazil. The Coffee Nation” podem acionar a BSCA através dos contatos acima, preencher o termo de adesão ao projeto, realizar o pagamento da taxa de adesão correspondente e se inscrever no Cup of Excellence – Brazil 2023.

**Dólar comercial cotado a R$ 4,876, conforme fechamento de 25 de agosto de 2023.

Anfitriã

O Cup of Excellence – Brazil 2023 terá como anfitriã da Fase Internacional e da cerimônia de premiação, entre 24 e 28 de outubro, a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), que possui mais de 8 mil cooperados, emprega cerca de 600 colaboradores e fomenta a economia nos municípios onde está inserida com mais de 30 lojas e armazéns. A sede da entidade fica no Sul de Minas Gerais, maior região produtora de café no país, respondendo por aproximadamente 25% da safra nacional.

Etapas da competição

Até 17h de 06/09/2023 – Entrega de amostras
11 a 19/09/2023 – Pré-seleção
20/09/2023 – Resultado da pré-seleção
16 a 20/10/2023 – Fase Nacional
21/10/2023 – Resultado da Fase Nacional
24/10 a 27/10/2023 – Fase Internacional
28/10/2022 – Resultado da Fase Internacional e cerimônia de premiação
04/12 a 14/12/2023 – Leilão dos Vencedores Nacionais
06/12/2023 – Leilão dos campeões do Cup of Excellence
06/02/2024 – Pagamento aos campeões do Cup of Excellence
14/02/2024 – Pagamento aos produtores Vencedores Nacionais

Brazil. The Coffee Nation

O projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation” é realizado pela BSCA e pela ApexBrasil com foco na promoção comercial do café especial brasileiro no mercado internacional, reforçando os pilares de qualidade, diversidade e sustentabilidade. A iniciativa tem como objetivo apresentar o Brasil como uma nação dotada dos recursos naturais essenciais para o cultivo dos melhores cafés e que ativamente investe ativamente para atingir os mais altos requisitos de qualidade, de forma sustentável e em observância a rígidas normas de direito social e ambiental.

Com vigência até agosto de 2025, uma das prioridades do projeto será investir em ações de qualificação e diversificação, com foco no apoio aos produtores de café canéfora (robusta e conilon) do país, nas certificações de qualidade e de sustentabilidade e nos cafés produzidos por mulheres, fomentando a equidade de gênero na cafeicultura brasileira e a capacitação de provadoras profissionais de café. O projeto atual tem como mercados-alvo: i) África do Sul, Austrália, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Malásia, Polônia, Rússia e Taiwan para os cafés crus especiais; e ii) Canadá, Chile, China e Estados Unidos para os produtos da indústria de torrefação e moagem.

As empresas que ainda não fazem parte podem obter mais informações diretamente com a BSCA, através dos telefones (35) 3212-4705 / 99824-9845 / 99879-8943 ou do e-mail info@bsca.com.br.

TEXTO Redação • FOTO Igor do Vale

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Projeto Fazedores de Café capacita jovens produtores no Sul de Minas

Entre os dias 31 de julho e 4 de agosto, 45 jovens do Sul de Minas, entre filhos de cafeicultores e de produtores de outras culturas que possuem interesse no cultivo de café, participaram de uma semana intensa de aprendizado teórico e prático sobre a cadeia cafeeira, na cidade mineira de São Sebastião do Paraíso. 

Essa foi a 4ª turma do Fazedores de Café, na versão Campo. O projeto começou em 2014, em São Paulo (SP), quando a cafeteria paulistana Sofá Café decidiu compartilhar conhecimento e capacitar, na profissão barista, jovens em situação de vulnerabilidade social, egressos do sistema prisional e refugiados, apresentando novos caminhos e oportunidades de trabalho em cafeterias da cidade.

De lá para cá, diferentes pessoas passaram pelo processo e tiveram a chance de mudar de vida através do café, atuando no barismo, na torra e até mesmo na instrução de outros jovens. Com o sucesso na metrópole, o projeto cresceu para além da xícara e chegou à lavoura, com o intuito de valorizar a sucessão familiar e aprimorar a produção do grão. “Em 2019, por uma iniciativa de Nescafé, conseguimos trazer, para filhos de produtores no campo, módulos do projeto que fazemos em São Paulo, com o objetivo de que eles continuassem na cadeia de produção familiar. Queremos evitar o êxodo rural e manter a sucessão familiar dentro da produção de café”, conta Diego Gonzalez, proprietário do Sofá Café e criador do Fazedores.

Durante os dias de imersão, profissionais renomados do setor deram aulas sobre diferentes temas: origem, biologia, prêmios e certificações, torra, classificação de cafés verdes, análise de defeitos, percepção multissensorial de sabores, técnicas de produção de arábica e canéfora, e barismo. A Espresso pôde acompanhar de perto a dinâmica de cupping, ministrada pela Q-Grader Camila Archanjo, do Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé-SP), que também ensinou como utilizar o protocolo da Specialty Coffee Association (SCA) para realizar a avaliação da bebida. “Trazemos também produtores que passaram por este processo de deixar a fazenda e trabalhar em uma grande metrópole, mas que depois identificaram que a vida deles era na propriedade cuidando do café. Com isso tudo, conseguimos criar uma nova visão do que eles produzem”, comenta Diego. 

Após uma edição realizada na Bahia e duas no Espírito Santo, essa é a primeira turma do Fazedores de Café – Campo em Minas Gerais, principal estado brasileiro na produção de grão. Ao todo já foram mais de 160 jovens beneficiados pela iniciativa. “Este é um projeto que nos deixa muito felizes por saber que, a partir de agora, eles terão essa pulga atrás da orelha para buscar a melhor qualidade na produção de café”, comemora o fundador. A formatura da turma de São Sebastião do Paraíso aconteceu na última sexta-feira (4). Siga o Fazedores de Café no Instagram!

Leve o Fazedores de Café para a sua casa!

Ainda no incentivo à produção de qualidade, a Nescafé lançou a edição limitada Fazedores de Café. Os grãos utilizados foram produzidos no terroir da Chapada Diamantina (BA) por jovens agricultores que foram alunos da edição de março de 2022. Na xícara, a bebida apresenta notas de rapadura, melaço e frutas secas. O valor arrecadado com as vendas da latinha é revertido para as futuras edições do projeto!

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação

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Inscrições abertas para o Coffee of The Year 2023!

Estão abertas as inscrições para o Coffee of The Year 2023! O concurso tem como objetivo reunir os melhores cafés do Brasil e eleger os grandes destaques do ano, incentivando o desenvolvimento e aprimoramento da produção nacional e a divulgação de novas origens do café.

O COY consiste no recebimento das amostras enviadas pelos produtores, que serão submetidas a um processo de avaliação por uma Comissão de Julgadores formada por especialistas nacionais e comandada pelo professor Leandro Paiva. Do total, serão selecionadas as 180 melhores amostras de cafés, sendo 150 de arábica e 30 de canéfora, que cumpram os requisitos descritos no regulamento

Essas amostras seguem para a fase final durante a Semana Internacional do Café (SIC), onde serão disponibilizadas para prova e degustação na sala de Cupping&Negócios. As 10 melhores amostras de café arábica e as 5 melhores de café canéfora participarão do voto popular através da degustação às cegas, pelo método filtrado, nas garrafas térmicas distribuídas no espaço Coffee of The Year. A divulgação da ordem dessas amostras finalistas e a premiação acontecem no último dia de feira (10/11). 

Atenção para as regras:

Produtores de café arábica e canéfora devem primeiramente se inscrever no sistema Sympla e pagar uma taxa de inscrição de R$ 170. Importante: Anote o número que aparecerá na tela após a sua inscrição! 

Na sequência será necessário preencher uma ficha on-line (que será recebida através do e-mail), imprimi-la e anexá-la junto a amostra de 5 kg de café, que deve ser enviada para: 

IFSULDEMINAS – CAMPUS MACHADO
A/C PROFESSOR LEANDRO PAIVA – NÚCLEO DE QUALIDADE DE CAFÉ
CONCURSO COFFEE OF THE YEAR 2023/ SEMANA INTERNACIONAL DO CAFÉ
RODOVIA MACHADO PARAGUAÇU KM 03 – BAIRRO SANTO ANTÔNIO
CEP 37750-000 – MACHADO (MG)

Atente-se:

A amostra de café verde inscrita deverá ser da safra corrente (2023/2024), da espécie Coffea arabica ou Coffea canephora.

Serão aceitos cafés que no pós-colheita são levados aos processos:

  • Via seca (fruto seco com todas as suas partes constituintes, resultando nos cafés em coco/café natural);
  • Via úmida (cafés secos após a retirada da casca do fruto, podendo ainda, haver ou não, a retirada da mucilagem por fermentação natural ou com uso de desmuciladores mecânicos);
  • Fermentações induzidas ou controladas, onde os frutos – na sua forma natural ou descascados ou desmucilados ou despolpados – são induzidos de forma deliberada no intuito de promover fermentações (igual ou superiores a 10 horas contínuas ou intermitentes) aeróbicas ou anaeróbicas, com ou sem adição de microrganismos. 

Atenção! Serão desclassificados cafés com adição artificial no processo fermentativo que não são microrganismo ou o próprio café, como por exemplo: melado, açúcares, polpas, especiarias, entre outros. 

Para mais informações entre em contato através do e-mail contato@semanainternacionaldocafe.com.br 

Serviço
Semana Internacional do Café 2023
Quando: 8 a 10 de novembro
Onde: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br 

TEXTO Redação • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

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Projeto apoiado pela Nescafé capacita jovens na profissão barista e na produção de cafés

O Fazedores de Café é um programa criado pelo Sofá Café e realizado em parceria com a Nescafé. Inicialmente desenvolvido para capacitar jovens em situação de vulnerabilidade social na profissão de barista, desde 2019 o projeto amplificou a ação para além da cidade, a fim de suprir uma necessidade percebida pela Nestlé na sua rede de cafeicultores, em relação à sucessão familiar. Neste ano, mais de 50 jovens serão impactados pela iniciativa nas versões Campo e Cidade, mas, desde a sua primeira edição, o programa já beneficiou outros 221 jovens.  

A edição Fazedores de Café Cidade, que começa nesta semana, será formada por uma turma de sete jovens selecionados por ONGs parceiras, entre eles três estrangeiros, com uma programação de três meses de aulas realizadas no Sofá Café, em São Paulo (SP). Por meio de uma formação técnica, desenvolvida por uma equipe multidisciplinar, os participantes têm a oportunidade de obter uma base sólida em habilidades de barista e empreendedorismo no universo do café. Durante as aulas, os alunos aprenderão desde funções mais simples como extração de café e preparo de bebidas clássicas, até atividades como análise sensorial do grão e química relacionada ao leite. Ao longo de 10 anos do programa, 58 profissionais formaram-se baristas, com uma taxa de empregabilidade de 90%.  

Na semana seguinte, entre os dias 31 de julho e 4 de agosto, jovens agricultores se reúnem em São Sebastião do Paraíso, no sul de Minas Gerais, para uma programação intensa de cinco dias com aulas ministradas por especialistas do setor, na qual serão abordados temas que vão desde conhecimento técnicos de cultivo até análise multissensorial dos grãos, passando também por técnicas de barismo. Para além de uma capacitação tradicional, a edição Fazedores de Café Campo promove ações para um cultivo de café mais sustentável e de máxima qualidade, além de auxiliar na manutenção produtiva, proporcionando mais competitividade e consolidação do mercado, além de preparar os jovens para se tornarem agentes de mudanças em suas próprias realidades, melhorando o cenário de sucessão familiar. Desde sua primeira edição, a iniciativa já formou 163 jovens agricultores em Linhares, no Espírito Santo, e na Chapada Diamantina, na Bahia. 

“Na Nestlé, reconhecemos a importância dos projetos de qualificação profissional que abrangem toda a cadeia, do grão à xícara. Por meio do Fazedores de Café, conseguimos conectar jovens e fazer com que eles entendam todas as possibilidades dentro da cadeia do café, além de inspirar novas gerações que transformam suas comunidades e propagam a paixão e a excelência no preparo do café”, explica Taissara Martins, gerente de sustentabilidade para Cafés da Nestlé.  

O programa Fazedores de Café, Campo e Cidade, integra a iniciativa global Nestlé Needs Youth, que, em 2023, completa 10 anos e tem como compromisso global, até 2030, ajudar 100 milhões de jovens a terem acesso a oportunidades no mercado de trabalho. Para isso, oferece programas que visam aumentar a empregabilidade e capacitação desse público e, até o ano passado, mais de 145 mil jovens foram impactados por meio de ferramentas de desenvolvimento, capacitação e empregabilidade. 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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IAC realiza testes de campo para produzir café naturalmente descafeinado

Após 20 anos de estudos, pesquisadores do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) descobriram uma forma de modificar o café, fazendo com que o fruto saia da natureza já sem cafeína. Seria como o café descafeinado encontrado nos supermercados, mas sem os processos industriais para retirar a substância. Agora, o estudo está em fase de teste para posterior comercialização.

O IAC realiza testes de campo com diferentes plantas que geram grãos com baixo teor de cafeína. São feitos cruzamentos de treze variedades para chegar ao grão naturalmente descafeinado. O plantio das variedades descafeinadas está sendo feito em diferentes regiões. Daqui dois ou três anos, quando as plantas começarem a produzir os primeiros grãos, os cientistas passarão a avaliar se o café naturalmente descafeinado poderá ser produzido em escala comercial.

Júlio César Mistro, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, reforçou que o objetivo é desenvolver um grão que saia do campo com baixo teor de cafeína. Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 277, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que o café seja considerado descafeinado, o valor máximo permitido de cafeína nos grãos deve ser de 0,10%. 

O pesquisador explicou que a comercialização pode demorar, pois depende do resultado dos testes. “Nós vamos levar cerca de sete ou oito anos para finalizar a pesquisa. Depois, para chegar aos supermercados, mais quatro anos. Vamos levar 12 anos até esse café chegar ao supermercado. Então, não é uma coisa rápida. Isso é devido ao fato de que o café é uma cultura perene”.

Com relação ao custo final para o consumidor, o Júlio César estima que pode ser mais barato em relação aos cafés descafeinados que passam por processos industriais. “É difícil falar se o café naturalmente descafeinado será mais barato. É para ser, porque a indústria vai economizar justamente nesse custo de mandar para fora do país, ou mesmo dentro do país, para descafeinar. Agora, se ela vai passar isso para o cliente, é com ela. É para ser mais barato, na teoria”.

Com relação aos benefícios do café descafeinado, o pesquisador do IAC disse que ele é recomendado para pessoas sensíveis à cafeína. “A cafeína pode causar arritmia cardíaca, nervosismo, inquietação, problemas digestivos e hipertensão arterial. Recentemente, estudos vêm mostrando efeitos prejudiciais da cafeína durante a gravidez”, pontua. 

O pesquisador fez questão de destacar o agradecimento ao Consórcio Pesquisa Café, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo apoio financeiro à pesquisa, que começou em 1999 com a pesquisadora Maria Bernadete Silvarolla, do IAC, e com o professor Paulo Mazzafera, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Esses pesquisadores iniciaram as avaliações de cafeína em uma população de plantas do banco de germoplasma do IAC. Após cinco anos de pesquisas, foram descobertas três plantas denominadas AC1, AC2 e AC3. Elas foram cruzadas com cultivares de café arábica (obatã, catuaí, mundo novo e ouro verde), buscando transferir esta característica de café descafeinado para a descendência. 

TEXTO Redação

Cafezal

Exposição temporária retrata quase 100 anos do “Porto do Café” em Santos (SP)

Embarque de café em Santos. Marc Ferrez, 1901

A exposição temporária Porto do Café está em cartaz no Museu do Café (MC), instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. A mostra poderá ser visitada até 22 de outubro. 

Com obras de diferentes fotógrafos, como Militão Augusto de Azevedo, Marc Ferrez e José Dias Herrera, que produziram imagens transitando entre o artístico e o registro, a curadoria, desenvolvida pela equipe técnica da instituição, retrata um período de quase 100 anos em que o grão era o coração do Porto de Santos. 

Peça fundamental para a formação da cidade, o Porto ganhou relevância mundial na época em que a economia cafeeira movia o Brasil. Assim, as fotos escolhidas para compor a produção trazem diferentes óticas, sob as lentes de profissionais que captaram a transformação do local e, consequentemente, do município, ao longo de, praticamente, um século. 

O público que visitar a exposição poderá conferir, por exemplo, cenas do cais em obra, fileiras de navios atracados, embarques de café e vistas panorâmicas que integravam álbuns fotográficos e eram até mesmo comercializadas em cartões-postais. Nesse sentido, o conteúdo expositivo coloca em evidência a formação da identidade santista a partir da economia cafeeira e portuária. 

Por fim, também podem ser observados registros do cotidiano, traduzindo modos e costumes impactados pela circulação de produtos, ideias e pessoas, de diferentes partes do mundo, que chegavam pelo porto. 

Serviço
Exposição temporária Porto do Café
Quando: até 22 de outubro
Horário: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (bilheteria até as 17h)
Onde: Museu do Café – Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos (SP)
Mais informações: www.museudocafe.org.br
R$ 10 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos. Grátis aos sábados e, todos os dias, para as crianças até 7 anos 

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