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Conheça a produção de cafés especiais do Circuito das Águas Paulista

Foto: Agência Ophelia

Um dos cultivos históricos do Circuito das Águas Paulista é a produção de café. O produto desenvolveu a região nos seus primórdios, apesar de perder a força com a queda de 1929, mas, mesmo assim, permaneceu na região e vive hoje uma nova fase, a dos cafés especiais, que ganhou terreno e notoriedade nos últimos 10 anos. Com a descoberta de particularidades sensoriais, novos usos e qualidades reconhecidas nacional e internacionalmente, a trajetória dos cafés especiais do Circuito das Águas Paulista tem sido extremamente positiva.

De uns tempos para cá, principalmente depois da atuação capitaneada pelo Sebrae junto aos produtores, desde 2012, com implantação de diversos programas, cursos, orientações e até concursos de qualidade, introduzidos pelo Sindicato Rural de Amparo e Região, o Circuito das Águas Paulista se tornou conhecido pelos cafés especiais. Entre os diversos resultados das ações do Sebrae, nasceu a Associação dos Produtores de Cafés Especiais do Circuito das Águas Paulista (Acecap), em 2018, envolvendo os nove municípios do circuito: Águas de Lindóia, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul, Lindóia, Pedreira, Serra Negra e Socorro, com o objetivo de unir esforços dos produtores em busca de qualidade do café, autonomia e desenvolver novos produtos.

De lá para cá, o Circuito das Águas Paulista tem tido destaque no Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo e, nesta última edição, 21º Concurso, realizado no dia 20 de dezembro de 2022, contou com 10 finalistas da região e conquistou três prêmios para o Circuito das Águas Paulista, entre 37 finalistas de todo o estado de São Paulo. 

De acordo com dados da Acecap, a região reúne hoje 1.800 produtores, com 7 mil hectares de plantação de café, colheita média de 192 mil sacas de 60 kg, cuja produtividade chega a 28 sacas por hectare. O resultado vem em sua maioria de pequenas e médias propriedades, muitas vezes lideradas por mulheres cafeeiras, com até 50 hectares de produção, o que resulta em um café de produção familiar, cuidado em todas as etapas e muita tradição, passada de geração em geração, alguns chegando à quinta ou sexta geração, especialmente de imigrantes italianos que se instalaram nas fazendas de café da região no século XIX. Há também uma nova onda de cafeicultores que vieram à região atraídos pela qualidade de vida, vocação cafeeira e características produtivas.

“Somos orgulhosos de fazer parte dessa transformação, que incentivou à mudança no modo de produção. Hoje, fico feliz em ver como a região tornou-se conhecida pela produção de cafés especiais, cada vez mais premiados fora daqui”, reforça Roseli Vasco de Toledo, coordenadora do Sindicato Rural de Amparo e Região. O prêmio local, o Concurso Qualidade do Café Circuito das Águas Paulista, já está na 15º edição e é apontado como um dos incentivadores que, junto com outros fatores, levou a essa mudança na qualidade do grão e a uma transição que antes era predominantemente commodity.

“Nesta trajetória, muitos nos deram as mãos e nos conduziram em passos firmes, nos ajudando a construir uma ótima base para os negócios. O Sebrae é a única entidade que olha para o pequeno e médio empresário e os vê sempre como grandes, sempre acreditando nos resultados de seus empenhos”, relembrou Silvia Fonte, presidente da Acecap.

Na última década, o Circuito das Águas Paulista migrou do café de commodity para o café especial, impulsionado também pelo movimento mundial da segunda e terceira ondas do café. A decisão vem dando bons frutos e já desdobra em um fruto de altíssima qualidade para o consumidor, melhor rentabilidade para os produtores, sustentabilidade para um café de montanha, com características de topografia e relevo e no desenvolvimento de produtos associados, um deles é o turismo de experiência e conhecimento, que incrementa a produção agrícola e valoriza ainda mais o produto.

De visitas guiadas às fazendas até lugares charmosos para degustar o “queridinho” dos brasileiros, a região é um bom destino para experiências com café. Cada vez mais propriedades do Circuito das Águas Paulista se abrem para visitações, com atividades orientadas e sensoriais que apresentam o processo de cultivo do café até chegar à xícara. “O turismo de café, de uma maneira geral, está se estruturando na região e representa um potencial de crescimento muito grande, principalmente como oportunidade de negócio para pequenos e médios produtores de café do Circuito das Águas Paulista”, afirma Luiz Eduardo de Bovi, cafeicultor da Fazenda 7 Senhoras Specialty Coffee, um dos premiados no 21º Concurso de Café de São Paulo e que recebe turistas para experiências no cafezal.

Nesta onda, o protagonismo voltou-se às pessoas, os produtores, os profissionais, baristas e microtorrefadores que ampliam seu conhecimento no universo do café, estendendo-o ao seu público e formando os novos consumidores. Foi o que percebeu a produtora de café Márcia Bichara, que também abriu sua propriedade para vivências com uma pousada ecológica no meio da produção de café, o projeto chamado Cafezal em Flor. No roteiro, os turistas têm a oportunidade de conhecer os cafeeiros, as diferentes variedades produzidas na propriedade, os processos de pós-colheita, a torra, o preparo, e deliciar-se em uma cafeteria com os diferentes métodos de extração. “Verticalizamos nossa produção. Nossa proposta vai ao encontro da terceira e quarta onda, onde o consumidor quer conhecimento sobre o quê está consumindo e como foi produzido”, afirma Márcia.

Márcia Bichara e seu filho, Mateus Bichara – Foto: Agência Ophelia

Não basta mais citar o país para falar de origem, mas sim a região produtora, chegando por vezes a um café com assinatura, que aborda a região, o produtor, sua história familiar e da fazenda, como é no mundo dos vinhos. A exigência da qualidade dos grãos aumentou e para extrair e perceber estes níveis surgiram as torras mais claras e controladas, praticamente um processo artesanal que traz a figura do mestre de torra, deixando o café extra forte como coisa do passado. As notas sensoriais ganharam força, com descrição detalhada das nuances obtidas em cada café e um maior interesse dos consumidores pela origem, safra, processo e variedades.

Com o potencial brasileiro, segundo maior mercado global para café, cujo consumo per capita do gira em torno de 6kg/habitante/ano, a região evolui para uma cultura cafeeira com uma nova geração de consumidores, que introduziu o público mais jovem e deixa o café cada vez “mais descolado” e ligado a um estilo de vida. 

Não é por acaso que o Café do Circuito das Águas Paulista tem alcançado prêmios e reconhecimento como região produtora de cafés especiais, com características intrínsecas ligadas principalmente a sua geografia e clima. A região é apontada como ideal para o cultivo do produto, por conta do solo e altitude, melhoramento de variedades advindo das pesquisas do Instituto Agronômico (IAC), além de amplitude térmica com diferentes temperaturas (calor de dia e frio à noite) dentro de uma estabilidade equilibrada, que valoriza a maturação da fruta e resulta na principal característica do Café do Circuito da Águas Paulista, a doçura acentuada e marcante. “Diferente de qualquer região do Brasil, nosso café tem uma doçura aguçada, que se brinca por aqui que o açúcar é colocado no pé de café”, explica a presidente da Acecap, que também é proprietária do Sítio São Roque e se dedica a expansão do café orgânico entre os cafés especiais, tendência também em alta na região.  

De acordo com o barista e mestre de torras Fernando Gomes Moreira, que atua com os cafés da região há 8 anos e acompanha toda essa evolução, o Circuito das Águas Paulista tem clima e altitude favoráveis à produção de um café privilegiado, que chega ao auge de suas características com o desenvolvimento do cultivo de cafés especiais na região, com esse movimento de transição por um café de maior qualidade. De acordo com estudiosos, a soma do terroir da região e a elevação do nível do mar são fatores diferenciais na qualidade do café do Circuito das Águas Paulista, o que provoca nuances únicas à xícara. Isso mesmo: terroir, a palavra francesa utilizada para territórios vinícolas, foi emprestada para o mundo dos cafés especiais, tendo em vista que algumas regiões brasileiras produzem grãos com características muito próprias. 

Dentre outras características, o preenchimento de corpo do café da região também se destaca, que resulta em um café extremamente aveludado, com acidez de frutas amarelas, notas de frutas secas, nozes, caramelo e chocolate, às vezes, floral, sabores e características mais encontradas no café do Circuito das Águas Paulista.

Foto: Divulgação

É por isso que o Circuito das Águas Paulista deu início ao processo de Indicação Geográfica (IG) para reconhecer o café produzido na região. IG é uma identificação de produto ou serviço característico do seu local de origem, que possui uma ligação tão forte com os produtores locais e o território onde são produzidos que podem obter esse reconhecimento. No Brasil, por exemplo, 100 territórios já têm o selo de Indicação Geográfica (IG), programa conduzido pelo Ministério da Agricultura.

Essa classificação é concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e mostra, sobretudo, que um local ou região tem reputação por produzir um determinado produto, cuja tipicidade e notoriedade ganharam fama. A tradição, o modo de fazer e as características naturais do ambiente influenciam na qualidade final. “Há um vínculo notório do território com o produto, que é percebido pelos viajantes na paisagem, na memória, no modo de fazer e no conhecimento de seus detentores, características que vemos na produção do café relacionado ao Circuito das Águas Paulista”, conceituou o auditor fiscal federal da Superintendência Federal de Agricultura em São Paulo, Francisco José Mitidieri, responsável técnico pelo programa no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Estado de São Paulo.

O processo para obtenção da Indicação Geográfica é mais uma ação liderada pelo Sebrae voltada para o setor, adotado pelo Movimento Líder do Circuito das Águas Paulista, que reúne as principais lideranças da região, com apoio do Instituto Federal de São Paulo, das prefeituras das nove cidades envolvidas, encabeçado pela estruturação da Associação dos Produtores de Cafés Especiais do Circuito das Águas Paulista (Acecap), explica o gerente regional do Sebrae-SP, Nilcio Freitas.

Alguns cafés da região já são exportados para diversos países, especialmente mercados da Europa Ocidental, Leste Europeu e EUA, e já chegaram à Austrália, China, Paraguai, Qatar, Rússia, Eslováquia, Emirados Árabes Unidos e Uruguai. Entre eles, estão os cafés da Fazenda Fronteiras e da Fazenda 7 Senhoras, entre outros.

Mais dados

Números da Casa da Agricultura mostram que a maior concentração do Circuito das Águas Paulista está em Socorro, com 1.033 produtores que cultivam 2365 hectares. Depois vem Serra Negra, com 207 produtores em 2.523 hectares, seguido de Amparo (147 e 900 hectares), Monte Alegre do Sul (120 e 486 hectares) e Águas de Lindóia (94 e 342 hectares). As demais cidades completam 1.800 produtores. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, sendo que o café especial teve um crescimento de 5,2 milhões de sacas, em 2015, para 8,5 milhões em 2017, de acordo com a Associação Brasileira dos Cafés Especiais (BSCA), além do que a exportação de cafés especiais é um mercado em crescimento de 20% ao ano.

História

O café chegou ao Circuito das Águas Paulista em busca de terras novas, ocupando o espaço de outras culturas e das matas nativas. Começaram então as correntes migratórias. De início, alguns fazendeiros introduziram as experiências com colônias de parceria, deslocando legiões de europeus para a lavoura do café. Campinas introduzira as novidades e seu progresso contaminava as cidades vizinhas.

Há registros em documentos que mostram cidades da região do Circuito das Águas Paulista, como Socorro, com participação do prelúdio da cafeicultura paulista (1840-1895). Por volta de 1840, o município já registrava atividade cafeicultora realizada em pequenas propriedades.

Amparo atingiu seu ápice econômico em 1870, tornando-se um próspero município produtor de café. Com a ferrovia acelerou-se o fluxo migratório e a região multiplicou sua população atraindo investimentos novos, diversificando a economia e gerando um princípio de industrialização. A crise de 1929 represou esse progresso, mas os pés de café nunca saíram da paisagem do Circuito das Águas Paulista, mantendo tradição e histórias que já chegam a 6ª geração de produtores.

Sobre a Acecap

A Associação dos produtores de Cafés Especiais do Circuito das Águas Paulista (Acecap) foi fundada em 26 de janeiro de 2018 e conta, hoje, com 45 associados. Percebe-se que as mulheres estão tomando à frente da administração do agronegócio e, só na associação, já são 21 cafeicultoras. Com o objetivo de promover estudos, pesquisa e o desenvolvimento da produção de cafés especiais, com desenvolvimento sustentável das áreas envolvidas na cafeicultura, a associação acompanha as exigências internacionais da produção desse tipo de produto. Entre os pilares, está o incentivo a práticas de desenvolvimento sustentável.

Foto: Divulgação

Roteiro com algumas propriedades de Cafés Especiais do Circuito das Águas Paulista que recebem visitantes:

– Cafezal em Flor – Estrada Monte Alegre do Sul, Km 6 – Falcão, Monte Alegre do Sul
– Café Santa Serra – Estrada Municipal José Renato Pulini Marchi Sítio Santa Rosa Barrocão, Serra Negra
– Fazenda 7 Senhoras Specialty Coffee – Estrada do Serrote, Bairro do Serrote, Socorro
– Família Olivotto – Sítio São João da Serra Bairro da Serra, Serra Negra
– Sítio São Roque – Estrada Municipal Maria Catini Canhassi, S/N – Bairro das Leais, Serra Negra
– Sítio São Fernando Turismo Rural – R. Joaquim Antonio Padula, s/n – Bairro das Leais, Serra Negra
– Sítio São Geraldo – Café Nonno Marchi – Estrada Municipal José Amatis Franchi Bairro da Serra, Serra Negra
– Sitio Nonno Rouxinoli – R. Hermelindo Rodrigues Bueno, 4617 – Mostardas, Monte Alegre do Sul
– Vale do Ouro Verde – Museu do Café – Estrada Municipal Bairro da Serra – km 05, Serra Negra

TEXTO Redação

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Da lavoura à xícara: IHARA lança websérie sobre processos do café

Na nova websérie “Raízes do café. Cada grão, uma história”, a IHARA busca retratar o cultivo do grão desde as suas origens até a chegada na mesa de milhões de pessoas.

Nos episódios, é possível conhecer produtores que se dedicam ao cultivo e à produção de grãos especiais, de alta qualidade, unindo esforços e conhecimentos de toda a família, além da passagem de bastão na sucessão familiar e os processos do cultivo.

No vídeo de estreia, a IHARA visitou fazendas centenárias, onde famílias se dedicam com grande paixão à cafeicultura há várias gerações, como é o caso de Gizela Junqueira e Luti Dezena, em Águas da Prata (SP), na Região Vulcânica, e, no Sul de Minas, de Osvaldo Bachião, em Nova Resende, e de Aguinaldo Reghin, em Varginha.

A série é uma parceria da IHARA com o SBT, com a apresentação de Paula Varejão. Todos os episódios estarão disponíveis no YouTube da IHARA

TEXTO Redação

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Fazenda localizada em Pardinho (SP) recebe seminário sobre cafés especiais

No dia 9 de dezembro, das 8h30 às 17h30, o Sítio Daniella, localizado em Pardinho, no interior de São Paulo, recebe o Seminário Cafés Especiais: Do solo à xícara. O evento busca oferecer aos cafeicultores um bate-papo sobre ciência do solo, pós-colheita de cafés especiais, mercado e outros temas importantes. Para isso, contará com a presença de palestrantes que são referência nos assuntos abordados.

Durante o seminário, organizado com apoio da FAESP, SENAR-SP, Sindicato Rural de Pardinho (SP) e Sebrae, o engenheiro agrônomo Dr. Aldir Alves Teixeira abordará os 10 mandamentos da qualidade no café e o surgimento do café especial, marcado pela implantação de técnicas agronômicas e a valorização da qualidade do café com as iniciativas da renomada empresa italiana illycaffè.

Segundo o especialista, a partir da década de 1990, a illycaffè chegou ao país em busca de um produto diferenciado, com cafés de qualidade superior. Um marco para a trajetória do café brasileiro, que começou a ser valorizado deixando de ser tratado apenas como commodity. Era o início de uma nova era, com o surgimento de marcas nacionais investindo em cafés especiais. Hoje, 50% do diferenciado e exclusivo blend da illycaffè é composto pelos cafés de origem brasileira.

Palestras, exposição, venda de produtos e sorteios também farão parte do evento, além de uma confraternização que será marcada pela entrega das premiações do 4° Concurso de Cafés Especiais da Cuesta Paulista. Confira abaixo a programação:

Cronograma
8h – Café da manhã
9h – Palestra com Dr. Aldir Alves Teixeira
9h45 – Palestra com Celso Luis R. Vegro
10h30 – Palestra com Raquel Nakazato Pinotti
11h15 – Palestra com Diego Siqueira
12h às 14h – Almoço, transmissão do jogo do Brasil e apresentação dos patrocinadores
14h às 15h – Rodada de perguntas e respostas
15h às 17h30 – Cerimônia de premiação do 4º Concurso de Cafés Especiais da Cuesta Paulista

Para participar, é necessário se inscrever neste link: https://bit.ly/3W6QVGZ

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

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Expocaccer ganha destaque no 10º Prêmio Região do Cerrado Mineiro com amostras vencedoras

Na noite da última quarta-feira (30), a cidade de Uberlândia foi palco do 10º Prêmio Região do Cerrado Mineiro. O evento contou com uma grande festa no Palácio de Cristal, com direito a apresentação teatral contando os detalhes da região, comidas típicas, drinques com café, música e muita emoção! 

Com o intuito de reconhecer o trabalho dos cafeicultores da Região do Cerrado Mineiro, além de promover a Denominação de Origem, a primeira conquistada para café no Brasil, a edição registrou um novo recorde de amostras inscritas: 370! As categorias disputadas foram Cereja Descascado, Fermentação Induzida e Natural.

Na categoria Cereja Descascado, o campeão do ano foi José Aparecido Naimeg, da Fazenda Pântano I, associado da cooperativa Expoccacer. Seu café bateu 90,05 pontos e apresentou notas florais, mel, caldo de cana e rapadura, com corpo amanteigado e acidez málica. Na sequência ficaram os produtores Eduardo Henrique S. Pereira, da Fazenda Abaete dos Mendes, Pouso Alegre e Tombado, em segundo lugar, e Maria Aparecida F. Pires Ruiz, da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em terceiro.

Comemoração de José Aparecido Naimeg, primeiro lugar na categoria Cereja Descascado

Quanto à Fermentação Induzida, o vencedor foi para Agilmar Ferreira Pinto, da Fazenda Boqueirão, parceiro da Expocaccer, que pontuou 88,75. De acordo com a avaliação, o sensorial da bebida contou com notas florais, frutas vermelhas (com destaque para morango, cereja e framboesa), melaço e rapadura. O pódio foi composto por Lázaro Ribeiro de Oliveira, da Fazenda Congonhas, em segundo, e Ismael José de Andrade, da Fazenda Paiolinho, na terceira posição.

Comemoração de Agilmar Ferreira Pinto, primeiro lugar na categoria Fermentação Induzida

Já na categoria Natural, o prêmio foi para o produtor Jorge Fernando Naimeg, da Fazenda Londrina, também cooperado da Expocaccer. Batendo 90,94 pontos, o café apresentou notas florais, de rapadura, açúcar mascavo, frutas vermelhas e mel. O vice-campeão foi Guilherme Sebastião F. Romão, da Fazenda Esmeril, e, em terceiro, o cafeicultor Enivaldo Marinho Pereira, da Fazenda Cachoeira/Cruzeiro. 

Comemoração de Jorge Fernando Naimeg, primeiro lugar na categoria Natural

O evento também foi marcado pela celebração dos 50 anos da cafeicultura no Cerrado Mineiro e pela participação das mulheres, com o Troféu Atitude. A Trader de Cafés Especiais da Expocaccer, Sandra Moraes, juntamente com a Superintendente da Coocacer Araguari, Eliane Cristina, homenagearam as cooperadas da Expocaccer Paula Urtado e Maria Aparecida Ruiz, por terem suas amostras classificadas como as três melhores do concurso.

Durante a cerimônia, a Expocaccer foi reconhecida também como o canal exportador que mais lacrou cafés com selos da Região do Cerrado Mineiro. Em outro momento de destaque, a cooperativa teve a classificadora Rosângela Soares homenageada pela classificação das amostras campeãs.

Categoria Cereja Descascado

José Aparecido Naimeg, da Expocaccer, com 90,05 pontos
Eduardo Henrique S. Pereira, da Carmoccer, com 89,13 pontos
Maria Aparecida F. Pires Ruiz, da Expocaccer, com 88,28 pontos

Categoria Fermentação Induzida

Agilmar Ferreira Pinto, da Expocaccer, com 88,75 pontos
]2º Lázaro Ribeiro de Oliveira, da Expocaccer, com 87,79 pontos
Ismael José de Andrade, da Carpec, com 87,70 pontos 

Categoria Natural

Jorge Fernando Naimeg, da Expocaccer, com 90,94 pontos
Guilherme Sebastião Fernandes Romão, da Expocaccer, com 89,53 pontos
Enivaldo Marinho Pereira, da Carmoccer, com 89,03 pontos

Ao final do evento, foi realizado o leilão com os cafés campeões do 10º Prêmio. O consórcio formado pela Expocaccer, Nucoffee, Café Cajubá e Sebrae arrematou a saca de 60 kg de Jorge Fernando Naimeg, por R$ 62.017.000, novo recorde de valor da premiação.

O evento foi promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, com apoio do Sebrae Minas, o evento contou com realização das cooperativas Carmocer, Carpec, Coagril, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocaccer e MonteCCer, integrando, ainda, seis associações como apoiadoras: Acarpa, ACA, Assogotardo, Assocafé, Amoca e Appcer.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação

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Campeões do 10º Prêmio Região do Cerrado Mineiro serão divulgados em 30 de novembro

A Federação dos Cafeicultores do Cerrado realizará, no dia 30 de novembro, cerimônia para apresentar os campeões do 10º Prêmio Região do Cerrado Mineiro. O evento deve reunir cerca de 600 pessoas na noite do dia 30 de novembro, no Palácio de Cristal, em Uberlândia.  

Promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, com apoio do Sebrae Minas, o Prêmio Região do Cerrado Mineiro tem a realização das cooperativas Carmocer, Carpec, Coagril, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocaccer e MonteCCer, integrando ainda as seis associações: ACARPA, ACA, Assogotardo, Assocafé, Amoca e Appcer como apoiadoras.

A iniciativa visa reconhecer o trabalho dos cafeicultores da Região do Cerrado Mineiro e promover a Denominação de Origem, a primeira conquistada para café no Brasil. 

Segundo o superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, esta é uma edição especial, já que também comemora os 50 anos da Região do Cerrado Mineiro. “São 50 anos de cafeicultura no Cerrado Mineiro, 30 anos da Federação, entidade que representa, controla e promove a cafeicultura na região, e 10 anos de Prêmio, que reconhece os melhores cafés dos 55 municípios que compõem a Região, valorizando o trabalho dos cafeicultores na produção de cafés de alta qualidade, com responsabilidade e rastreabilidade, e também momento de celebrar a safa. Com certeza, será uma noite de muita comemoração, com o coroamento dos cafés produzidos na Região”, destaca Tarabal. 

O gerente da Regional Noroeste e Alto Paranaíba do Sebrae Minas, Marcos Alves, ressalta que a premiação é uma vitrine para cafés de qualidade, que reforça a referência mundial conquistada pela Região. “O Sebrae Minas tem orgulho de compartilhar dessa jornada que, ao longo de 50 anos, agregou inovação, gestão e sustentabilidade na sua forma de ser. Celebramos a décima edição do Prêmio, no mesmo ano em que também comemoramos o marco de 50 anos do Sebrae. É uma parceria sólida e de resultados extremamente satisfatórios”, destaca o gerente.

Premiação 

O 10º Prêmio Região do Cerrado Mineiro teve novo recorde de amostras de café inscritas, totalizando 370 inscrições, entre as categorias Café Natural, Fermentação Induzida e Cereja Descascado.

A premiação é dividida em duas etapas: a Etapa Campeões das Cooperativas, que elege o café dos produtores campeões em cada cooperativa e a Etapa Regional, onde os melhores cafés da safra atual são escolhidos por um time de jurados especializados no assunto. O anúncio dos vencedores, será feito tanto de forma presencial e on-line, com transmissão pelo canal do Youtube da Região do Cerrado Mineiro.

Os vencedores serão premiados com R$ 5 mil pelo primeiro lugar, R$ 3 mil pelo segundo e R$ 2 mil pela terceira posição. A seleção das amostras foi realizada por um corpo de jurados com alta experiência e profissionalismo, garantindo transparência e credibilidade ao Prêmio, sendo coordenada pela Savassi Agronegócio e auditado pela Safe Trace.

Novidades

A 10ª edição do Prêmio vai reconhecer também as mulheres, cada vez mais atuantes no segmento do café. Entre as amostras inscritas, as três melhores produzidas por mulheres ou as três melhores produtoras serão reconhecidas com o Troféu Mulher de Atitude, sendo este um reconhecimento às mulheres cafeicultoras.

Outra inovação desta edição está relacionada ao aspecto social. Cerca de 10% do valor arrecadado com o leilão, 70% serão destinados ao Troféu Escola de Atitude e 30% para as obras do primeiro Hospital de Amor de Minas Gerais, iniciadas pelo Hospital do Câncer de Patrocínio “Dr. José Figueiredo”.

10º Prêmio RCM

Realizado desde 2013, o Prêmio da Região do Cerrado Mineiro consolidou-se como o grande evento da celebração da safra e valorização da dedicação dos cafeicultores em produzirem cafés com atitude, éticos, rastreáveis e de alta qualidade e, desde sua criação conta com o apoio de grandes parceiros para sua realização. Em 2022, teve como apoiadores: Sebrae Minas, Syngenta, Stoller, Rabobank, Solinftec, Sicoob, Voiter e Pinhalense.

50 anos da Região do Cerrado Mineiro

Em 2022, a Região do Cerrado Mineiro completa 50 anos. Uma história que começou na década de 1970, por meio da experiência no cultivo de café de pessoas de outras regiões que se uniram às pessoas da terra, souberam driblar os obstáculos e fizeram surgir oportunidades para o cultivo de café em uma região única. Ao longo dos anos, o que surgiu como Café do Cerrado se transformou em Região do Cerrado Mineiro, uma região com atitude, histórias, raízes e território. Passados 50 anos, a RCM conta com 4.500 cafeicultores distribuídos por 55 municípios que se reinventam a cada nova safra, a cada nova geração. 

A RCM possui uma área de produção de 255 mil hectares e é responsável por 12,7% da produção brasileira de café e 25,4% da produção mineira. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido e inverno ameno e seco é uma característica da região. Os cafeeiros são cultivados em áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros e o resultado são cafés com identidade única e alta qualidade. Os cafés da região têm como características aroma intenso, com notas variando de caramelo a nozes; acidez delicadamente cítrica; corpo moderado a encorpado; sabor adocicado com aspecto de chocolate e finalização de longa duração. 

Mais informações: www.cerradomineiro.org

TEXTO Redação

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Primeira cooperativa certificada de baixo carbono do mundo será lançada no Cerrado Mineiro

O mundo está de olho nas propostas e ações para a mitigação das emissões de gases do efeito estufa que geram as mudanças climáticas. No Brasil, na Região do Cerrado Mineiro, a primeira Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro” acontecerá nos dias 29 e 30 de novembro, em Monte Carmelo (MG), para exatamente trazer a conscientização voltada à conservação do ecossistema, compartilhamento de ideias, evolução do conhecimento que envolve toda a cadeia do café e promover a integração entre os elos, capturando mais valor à agroindústria do grão.

Esta primeira edição tem a iniciativa da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Monte Carmelo (monteCCer), Sebrae Minas e apoio do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora). O evento tem a intercooperação e correalização das cooperativas que integram o setor cafeeiro da Região do Cerrado Mineiro, como Expocaccer, Carmoccer, Carpec e Coocacer e o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e da Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro (Fundaccer).

“A jornada é um convite para que cada participante seja um agente de transformação que irá contribuir na construção de um legado para um mundo mais verde, mais equilibrado, mais responsável para as futuras gerações”, define Regis Damasio Salles, superintendente da monteCCer.

A pauta, durante os dois dias de evento, gira em torno de temáticas que vão desde a conservação do meio ambiente até a evolução das boas práticas adotadas na agricultura brasileira. Uma verdadeira jornada que contempla questões cada vez mais presentes, com destaque às agendas institucionais, corporativas e mercadológicas, nacionais e mundiais.

A programação terá a participação de convidados que estiveram na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 27) ou envolvidos de forma direta com o tema, como Daniel Barcelos Vargas (economista, professor e coordenador do Observatório de Bioeconomia da FGV), Renata Potenza (Coordenadora de Projetos em Clima e Cadeias Agropecuárias no Imaflora, e coordenadora técnica do estudo carbono monteCCer) e Kellen Severo (jornalista especializada em Economia e Agronegócios, colunista no Jornal da Manhã e apresentadora do Painel Hora H do Agro, na TV Jovem Pan News) e Samanta Pineda (advogada especialista em Direito Socioambiental, habilitada como Coordenadora de Gestão Ambiental pela DGQ da Alemanha, professora de Direito Ambiental no MBA da FGV).

Durante a programação será apresentado o painel “Cerrado Mineiro: + Valores?“ com a moderação de Francisco Sergio de Assis (cafeicultor e Presidente da monteCCer) e a presença de três fazendas da Região que são casos de sucesso na aplicação da cafeicultura de baixo carbono. “Iniciamos esse trabalho com a monteCCer em 2020, onde o Imaflora desenvolveu um estudo de balanço de carbono que apoiou um grupo de 34 fazendas da cooperativa a alcançar a certificação de baixa emissão de carbono. Queremos motivar outras propriedades a estarem conosco nessa jornada”, explica Renata Potenza, do Imaflora. O lançamento será às 15h30, no dia 29 de novembro.

Também estarão presentes nos temas como “Mercado de Carbono: Quais são os incentivos pelas boas práticas?” e “Como Comunicar os Valores do Agro Brasileiro?”: Rosana Jatobá (jornalista, advogada, âncora da Rádio CBN Brasil e apresentadora do CBN Sustentabilidade), Eduardo Bastos (CEO My Carbon, Minerva Foods) e Dafna Blaschkauer (executiva global, formada em Administração de Empresas (FEA-USP), 25 anos em posições de Liderança, atuando em empresas como Nike, Apple e Microsoft).

“A necessidade de debater esse tema tão urgente para a cafeicultura mundial foi o que nos mobilizou a organizar essa pauta na Região do Cerrado Mineiro juntamente com parceiros que já desenvolvemos diversos projetos ao longo dos anos”, enfatiza a gerente de agronegócio do Sebrae Minas, Priscilla Lins.

A 1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro”

O evento tem a missão de ser o primeiro da cafeicultura a tratar dos assuntos abordados na COP-27. Ao trazer um panorama dessa agenda e aprofundar outros temas de interesse do produtor rural, a 1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro” reforça o chamado do meio ambiente para que cada parte da sociedade assuma o seu papel na redução da emissão de carbono e seja um agente de transformação no trabalho permanente de dar mais valor à terra que nos alimenta.

A Jornada terá debates com profissionais renomados do setor do café e outros que também atuam nas pautas de carbono, que participarão em painéis, palestras e clínicas tecnológicas definidos na programação. O formato do evento possibilita aos participantes proposições importantes e relevantes para a tomada de decisão no dia a dia da lavoura, clínicas de aplicação das ideias e também momentos de relacionamento e troca entre os participantes.

Patrocínio Master: Sicoob Montecredi e NetZero e Patrocínios Diamante:  Volcafe e Dutch Bros.

Serviço
1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro”
Quando: 29 e 30 de novembro
Onde: Espaço Vivendas – Monte Carmelo, MG
Mais informações: www.jornadacafecarbononeutro.com.br

TEXTO Redação

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Produtores do Caparaó e de Matas de Rondônia vencem o Coffee of The Year 2022

Com mais de 500 amostras vindas de 32 regiões diferentes, o Coffee of The Year 2022 premiou os melhores produtores nas categorias arábica e canéfora na tarde desta sexta-feira (18), durante a programação da Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG). 

Além da nota técnica composta por provadores Q-Graders e R-Graders durante o processo de avaliação, o público presente na feira também contribuiu para o resultado final, degustando, às cegas, as amostras e votando em suas amostras favoritas.

Na categoria arábica, o troféu de melhor café foi para a produtora Larissa Sodré de Paula, do Sítio Café da Sophia, do Caparaó. O segundo lugar foi para João Vithor Medeiros Lacerda, do Sítio Forquilha do Rio, também do Caparaó, enquanto que a terceira posição ficou com Vagner Uliana, da Pousada Villa Uliana, das Montanhas do Espírito Santo.

Já na categoria canéfora, o pódio foi dominado pelas Matas de Rondônia. O grande vencedor foi o cafeicultor Licleison Sebastião da Silva, da Chácara Paraná. Na sequência ficaram João Alves da Luz, do Sítio Coração de Mãe, em segundo, e Edvaldo Sigoli, do Sítio Comcafe, em terceiro.

Confira o pódio completo:

Arábica

Larissa Sodré de Paula – Sítio Café da Sophia – Caparaó – Garrafa RDG
João Vithor Medeiros Lacerda – Sítio Forquilha do Rio – Caparaó – Garrafa MCL
Vagner Uliana – Pousada Villa Uliana – Montanhas do Espírito Santo – Garrafa FNA
Homero Aguiar Paiva – Fazenda Guariroba – Campo das Vertentes – Garrafa GBL
Altilina Lacerda – Sítio Forquilha do Rio – Caparaó – Garrafa JFS
Wilson Osorio dos Santos – Sítio Osorio – Caparaó – Garrafa BNC
José Alexandre Abreu de Lacerda – Sítio Forquilha do Rio – Caparaó – Garrafa GVO
Fabio Protásio de Abreu – Sítio Família Protásio – Caparaó – Garrafa MLD
Samuel Mangia – Tequila Café – Mantiqueira de Minas – Garrafa SLM
10º Valzilene Dutra Vieira – Sítio Cordilheiras do Caparaó – Caparaó – Garrafa FLP

Canéfora

Licleison Sebastião da Silva – Chácara Paraná – Matas de Rondônia – Garrafa CHJ
João Alves da Luz – Sítio Coração de Mãe – Matas de Rondônia – Garrafa LCN
Edvaldo Sigoli – Sítio Comcafe – Matas de Rondônia – Garrafa ALN
Ronieli Hel – Sítio Nova Esperança – Matas de Rondônia – Garrafa JSE
Altivo Eduardo Berdes – Chácara Santo Antonio – Matas de Rondônia – Garrafa FRC

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO NITRO

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Coffee of The Year divulga os 70 produtores finalistas de 2022

Em sua 10ª edição, a Semana Internacional do Café está acontecendo nos dias 16 a 18 de novembro, em Belo Horizonte (MG). Neste segundo dia de evento, foram divulgados os produtores finalistas do Prêmio Coffee of The Year 2022. Clique aqui para conferir a lista!

Durante o primeiro e o segundo dia de SIC, garrafas com as 10 amostras mais bem pontuadas de arábica e as 5 de canéfora estiveram disponíveis para que o público visitante pudesse degustar e votar, às cegas, em sua garrafa favorita de cada categoria. O anúncio das posições dos finalistas e os grandes campeões acontece na sexta-feira (18), às 14h, no Grande Auditório.

Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br/

TEXTO Redação • FOTO Gustavo Baxter / NITRO

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Confira o resultado da 5ª edição do Concurso Florada Premiada

Na última quarta-feira (16), a 3corações celebrou, durante a Semana Internacional do Café, a 5ª edição do Concurso Florada Premiada 100% Arábica e a 1ª edição do Concurso Florada 100% Canéforas. Este momento contou com a participação do Presidente do Grupo 3corações, Pedro Lima; do embaixador do Projeto Florada, Pe. Fábio de Melo; do Head Judge do Concurso, Silvio Leite; e com um auditório lotado com mais de mil apaixonados por café que viajaram de diferentes partes do País para Belo Horizonte (MG).

“O Projeto Florada é uma grande obra que estará sempre em construção, pois se trata de um projeto de longo prazo em que criamos laços duradouros com as produtoras do Brasil e com toda a cadeia do café. Hoje celebramos as vencedoras do Concurso Florada Premiada, uma importante iniciativa para reconhecer e valorizar o trabalho das cafeicultoras e também proporcionar aos consumidores uma nova experiência com raros cafés que carregam histórias únicas por trás de cada xícara”, comentou Pedro Lima.

Nesta edição, os prêmios somam R$ 150 mil em dinheiro e muito mais: uma viagem por sete dias em missão técnica para as grandes campeãs com destino a Colômbia com direito a acompanhante; compra dos lotes por até o dobro da cotação; oportunidades de venda para dezenas de produtoras, uma vez que que a 3corações abre portas para comercializar mais de 150 microlotes diretamente com as cafeicultoras e todos eles com valorização acima da cotação de mercado; embalagens totalmente personalizadas com a história de cada produtora através de fotos, vídeos e até assinatura de cada uma delas e, por fim, as grandes campeãs também terão em breve seus microlotes a venda em um e-commerce exclusivo para cada uma via www.mercafe.com.br

Confira abaixo as vencedoras: 

Categoria Arábica Via Úmida

Sueli Schwanz de Souza – 91,45 pontos – Sítio Alto Pontões – Afonso Cláudio (ES) – Montanhas do Espírito Santo
Teresinha Rigno P. de Oliveira 91,33 pontos – Chácara São Judas Tadeu – Piatã (BA) – Chapada Diamantina
Luciene Batista Tomazini – 91,28 pontos – Sítio Tomazini – Castelo (ES) – Montanhas do Espírito Santo

Sueli Schwanz de Souza, vencedora da categoria Arábica Via Úmida

Categoria Arábica Via Seca

Mara Kaciely Covre Romão 90,93 pontos – Fazenda Esmeril – Patrocínio (MG) – Cerrado Mineiro
Tainã Bittencourt Peixoto 90,45 pontos – Chácara Vista Alegre – Piatã (BA) – Chapada Diamantina
Zora Yonara Macedo Pina Oliveira 90,40 pontos – Chácara Tijuco – Piatã (BA) – Chapada Diamantina

Mara Kaciely Covre Romão, primeiro lugar na categoria Arábica Via Seca

Categoria Canéfora

Norma Marcilio da Silva Santos – 90,64 pontos – Chácara Santa Luzia – Alta Flores D’Oeste (RO) – Matas de Rondônia
Inglescivania Pereira de Souza dos Santos – 90,00 pontos – Chácara Caiçuma – Alta Flores D’Oeste (RO) – Matas de Rondônia
Mapirlacobar Solange Suruí – 89,86 pontos – Terra Indígena Sete de Setembro – Cacoal (RO) – Matas de Rondônia

Mapirlacobar Solange Suruí, terceira colocada na categoria Canéfora

A lista completa está disponível no site.

TEXTO Redação • FOTO Alexandre Rezende / NITRO

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Regiões Produtoras de café do Brasil com Origem Controlada promovem Cupping na SIC 2022

O Brasil é o maior produtor de café do mundo, produzindo anualmente cerca de 60 milhões de sacas em quase dois milhões de hectares, por aproximadamente 300 mil cafeicultores. Em meio a todos estes grandes números, como diferenciar e gerar valor para o café brasileiro buscando um espaço para além das commodities?

Na busca desta resposta é onde trabalham as lideranças que estão à frente das Regiões Produtoras de Café do Brasil com Origem Controlada, que são territórios que produzem café e possuem Indicação Geográfica ou Marca Coletiva, instrumentos e ferramentas de proteção, controle e promoção da Origem através da demarcação e caracterização do território, um título que no Brasil é registrado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a exemplo do que possuem as mais famosas regiões de vinho e queijo na Europa como Champagne, Bordeaux, Brunello Di Montalcino, entre outras.

A resposta para a diferenciação do café brasileiro está na diversidade de cada uma destas regiões. E esta diversidade não está apenas na qualidade do café! Estamos falando de uma variante de pessoas, terroir, natureza, cultura, tecnologia, e uma série de outras que somadas produzem um leque muito amplo de possibilidades, enriquecem e diferenciam a cafeicultura brasileira.

Pensando nisso, um grupo formado por 14 regiões produtoras de café do Brasil, que possuem origem controlada, irá apresentar seus cafés em um cupping inédito na Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG), na sala de cupping oficial, em um evento exclusivo para convidados.

O executivo de uma das Regiões Produtoras participantes, Juliano Tarabal, Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, destaca alguns detalhes do evento. “Teremos uma iniciativa inédita no país. Uma ação integrada de 14 Regiões de Café do Brasil que possuem Indicação Geográfica ou Marca coletiva ou estão em processo de obtenção, trabalhando juntas por um posicionamento estratégico que visa a valorização e geração de percepção destes territórios. Durante o cupping, cada região irá apresentar dois cafés: um que represente as principais características do terroir e outro que demonstre o potencial máximo de qualidade de cada terroir, permitindo uma experiência única aos participantes”, pontua.

De acordo com o Projeto Minas Coffee Origin, do Sebrae Minas, para uma região ser considerada uma origem controlada deve seguir alguns critérios como: área demarcada, governança atuante, proteção, produção controlada, alta qualidade, rastreabilidade e impacto coletivo.

Farão parte da ação as seguintes regiões com origem controlada: Alta Mogiana, Campo das Vertentes, Caparaó, Cerrado Mineiro, Chapada de Minas, Chapada Diamantina, Conillon Capixaba, Mantiqueira de Minas, Matas de Minas, Matas de Rondônia, Montanhas do Espírito Santo, Norte Pioneiro do Paraná, Região Vulcânica e Sudoeste de Minas.

Segundo Cecilia Nakao, presidente da APEC, entidade Gestora da Denominação de Origem Caparaó, as regiões produtoras de café contam com a chancela do INPI para se apresentarem ao mundo em forma de IG, Indicação Geográfica, destacando a história e a cultura dos cafeicultores e as características de seus grãos. 

“Já existem várias regiões reconhecidas e também em vias de reconhecimento pelo Instituto, para que os consumidores possam experienciar os grãos com proteção de origem, garantia de qualidade e rastreabilidade na produção. As origens produtoras de café chegam juntas e unidas neste evento para encantar e apresentar o Brasil de todos os sabores”, ressalta Cecília.

A iniciativa irá acontecer na sala oficial de Cupping da Semana Internacional do Café, no Expominas, em Belo Horizonte, no dia 18 de novembro, às 11h. Trata-se de um evento fechado para convidados, que serão representantes da indústria, micro-torrefações, barismo e imprensa.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação