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É tetra! Família Rigno de Oliveira vence o Cup of Excellence 2022

O café especial produzido por Antonio Rigno de Oliveira Filho, na Fazenda Tijuco, em Piatã, na Chapada Diamantina, na Bahia, com a nota 91,41 pontos, é o campeão do Cup of Excellence 2022. O concurso de qualidade é realizado no Brasil pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE).

Com o título de melhor café especial do Brasil na safra 2022, a família Rigno de Oliveira se sagra tetracampeã da competição. Em 2015, o patriarca Antonio Rigno de Oliveira venceu o certame, e, em 2014 e 2009, o título foi conquistado pelo produto cultivado pelo genro Candido Vladimir Ladeia Rosa.

A segunda colocação, nesta edição, ficou com o café produzido por Maridalton Silva Santana, no Sítio Bonilha, também em Piatã (BA), que obteve 90,59 pontos. Na sequência vêm Afonso Maria Vinhal, da Fazenda Recanto, em Serra do Salitre, na Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro (90,53 pontos); Homero Teixeira de Macedo Junior, na Fazenda Recreio, na Região Vulcânica em Minas Gerais e São Paulo (90,47 pontos); e Pedro Brás, na Casa Brás, em Vargem Bonita (MG), no Sul de Minas (90,41 pontos). Os cinco primeiros colocados, por terem obtido nota superior a 90 pontos, foram considerados cafés presidenciais do Cup of Excellence 2022.

No total, o concurso teve 24 vencedores – amostras que obtiveram nota igual ou superior a 87 pontos na Fase Internacional –, oriundos de oito origens produtoras do país: Indicação de Procedência Alta Mogiana (SP), Denominação de Origem Mantiqueira de Minas, Indicação de Procedência Matas de Minas, Denominação de Origem Montanhas do Espírito Santo, além das já citadas Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, Chapada Diamantina, Região Vulcânica e Sul de Minas.

Também foram eleitos nove “Campeões Nacionais”, que receberam notas entre 86,00 e 86,99 pontos na Fase Internacional. Esses cafés são originários da Indicação de Procedência Alta Mogiana (SP), Indicação de Procedência Campo das Vertentes (MG), Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, Chapada Diamantina, Denominação de Origem Mantiqueira de Minas e Indicação de Procedência Matas de Minas. O resultado completo pode ser acessado no site da BSCA.

“Mesmo diante de todos os desafios, que vão dos altos custos de produção às adversidades climáticas, os cafeicultores brasileiros seguem dando exemplo de cultivo sustentável e focado em qualidade. O corpo de jurados internacionais pôde reconhecer a excelência dos grãos brasileiros, inclusive com a apresentação de novos perfis sensoriais”, destaca o diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela.

Próximas etapas

Os 24 vencedores serão leiloados, via internet, no dia 1º de dezembro. No pregão, os principais compradores do mundo disputarão os melhores cafés brasileiros da safra 2022 e os valores alcançados devem ser bem superiores aos do mercado convencional. O preço de abertura de cada lote é de US$ 5,50 por libra-peso, o que equivale a cerca de *R$ 3.900 por saca de 60 kg. O concurso também colocará à venda os Campeões Nacionais, entre os dias 25 de novembro e 9 de dezembro, ao preço de abertura de US$ 4,50 por lb-peso, ou aproximadamente *R$ 3.200 por saca.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Cerrado Mineiro sedia, em Monte Carmelo, evento focado em café carbono neutro

A cidade de Monte Carmelo (MG) será palco de um evento inédito, com pauta internacional, que irá abordar as boas práticas na produção do café e a contribuição da cafeicultura brasileira para alcançar a neutralidade nas emissões de gases lançados na atmosfera.

 Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro” acontecerá nos dias 29 e 30 de novembro, no Espaço Vivendas, e terá como público produtores, cooperativas, exportadores, importadores, torrefadores, agentes financeiros, indústria de químicos e biológicos, pesquisadores, universidades, consultores e técnicos.

Esta primeira edição tem a iniciativa da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Monte Carmelo (monteCCer), Sebrae Minas e apoio do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e tem como finalidade a conscientização voltada à conservação e preservação do ecossistema, compartilhamento de ideias, evolução do conhecimento que envolve toda a cadeia do café e promover a integração entre os elos, capturando mais valor ao agro na Região do Cerrado Mineiro.

O evento tem a intercooperação e correalização das cooperativas que integram o setor cafeeiro da Região do Cerrado Mineiro, como Expocaccer, Carmoccer, Carpec e Coocacer e o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e da Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro (Fundaccer).

A jornada é, ainda, um convite para que cada participante seja um agente de transformação que irá contribuir na construção de um legado para um mundo mais verde, mais equilibrado, mais responsável para as futuras gerações.

A pauta, durante os dois dias de evento, gira em torno de temáticas que vão desde a conservação do meio ambiente até a evolução das boas práticas adotadas na agricultura brasileira. Uma verdadeira jornada que contempla questões cada vez mais presentes, com destaque às agendas institucionais, corporativas e mercadológicas, nacionais e mundiais, como: a) a preservação da biodiversidade do Cerrado; b) o uso responsável dos recursos hídricos e do solo; c) a racionalização do uso de fertilizantes e defensivos químicos; d) a gestão com incentivo rumo ao carbono neutro – que consiste em identificar o quantitativo das emissões de gases que provocam o efeito estufa; e) adoção de técnicas para reduzir e balancear as emissões por meio de ações de compensação e práticas responsáveis.

Cerrado Mineiro

Por que iniciar essa jornada de atitude pelo Cerrado Mineiro? A cafeicultura na Região do Cerrado Mineiro é considerada jovem, completa 50 anos, e já pratica a cafeicultura de baixa emissão de carbono, condição favorável para que se alcance as metas estabelecidas e adequadas para as próximas décadas. O Cerrado Mineiro tem a maior área de fazendas com certificação de boas práticas do mundo.

Um bom exemplo vem da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro de Monte Carmelo (monteCCer), por meio do programa Socioambiental Viveiro de Atitude, que produz e comercializa mudas de espécies nativas do bioma Cerrado para mais de 150 fazendas cooperadas e para a população em geral. Por ano, o programa tem capacidade para produzir 60 mil mudas de mais de 120 espécies, contribuindo para a conservação, preservação e proteção dos recursos naturais, no florestamento e no social. Toda a verba arrecadada com a venda destas mudas é destinada a entidades que cuidam de crianças e idosos da cidade de Monte Carmelo.

A Região do Cerrado Mineiro conta com 55 municípios produtores de café e é reconhecida pela qualidade, quantidade e consistência no fornecimento do produto aos mercados nacional e internacional.

COP 27

O Brasil tem um compromisso firmado no ano passado na Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP26) de reduzir para 50% a emissão de gases até 2030, e de neutralidade de carbono até 2050. Uma tarefa que exige de todos os segmentos um compromisso permanente e propositivo para minimizar os danos causados ao planeta e avançar numa trajetória que garanta às próximas gerações segurança alimentar e climática.

O aquecimento das temperaturas alcançou índices alarmantes nas duas últimas décadas, o que têm despertado mudanças de comportamento tanto de órgãos governamentais como do setor privado. Entre 2010 e 2019 foi considerado a década mais quente da história, segundo dados da organização Copernicus, vinculada à União Europeia. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) aponta os anos de 2016, 2019 e 2020 como os três mais quentes.

As alterações no clima em todo o planeta têm como principais vertentes as emissões relacionadas à energia e as mudanças no uso da terra. Essa última responde por aproximadamente um terço do carbono lançado na atmosfera. Daí a importância de se debater e incentivar ações agroecológicas e responsáveis envolvendo todos os atores da cadeia do agronegócio café.

É com esse foco que o Brasil chega para a edição da COP 27, que acontece entre 6 a 18 de novembro, no Egito. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a intenção é mostrar ao mundo a disposição para ser um centro de energia limpa e com garantia.

A 1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro”

O evento será realizado logo após a COP 27, com a missão de ser o primeiro da cafeicultura a tratar dos assuntos abordados na convenção. Ao trazer um panorama dessa agenda e aprofundar outros temas de interesse do produtor rural, a 1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro” reforça o chamado do meio ambiente para que cada parte da sociedade assuma o seu papel na redução da emissão de carbono e seja um agente de transformação no trabalho permanente de dar mais valor à terra que nos alimenta.

O evento terá debates com profissionais renomados do setor do café e outros que também atuam nas pautas de carbono, que participarão em painéis, palestras e clínicas tecnológicas definidos na programação. O formato da Jornada será trazer para os participantes proposições importantes e relevantes para a tomada de decisão no dia a dia da lavoura, clínicas de aplicação das ideias e também momentos de relacionamento e troca entre os participantes.

Confira a programação do evento:

29 de novembro

8h – Abertura
8h15 – Palestra “Economia e Agronegócio:  O Despertar, o que vem por aí?”
9h30 – Painel 1 “Carbono neutro: Ciência, Educação, Estratégia e Comunicação”
11h – Painel 2 “Serviços Ecossistêmicos, CPR Verde, Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e Segurança Jurídica”
14h15 – Painel 3 “Mercado de Carbono: Quais são os incentivos pelas boas práticas?”
15h30 –  Painel 4 “Cerrado Mineiro: + Valores?“
17h30 – Painel 5 “Como Comunicar os Valores do Agro Brasileiro?”

30 de novembro – Clinicas Tecnológicas

8h – Clínica 1 “Valores – Biodiversidade”
9h – Clínica 2 “Valores – Uso Racional de Defensivos e Fertilizantes”
10h – Clínica 3 “Valores – Uso Racional da Água e do Solo”
11h – Clínica 4 “Valores – Social e Gestão das Propriedades”

Serviço
1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro”
Quando: 29 e 30 de novembro
Onde: Espaço Vivendas – Monte Carmelo, MG
Mais informações: comunicacao01@monteccer.com.br ou (34) 99904-8409

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

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Prêmio Coffee of The Year 2022 bate recorde de amostras inscritas

Neste ano, o Prêmio Coffee of The Year registrou 500 amostras inscritas, de 32 regiões produtoras, o que reflete a crescente diversidade, qualidade e tecnologia dos cafés brasileiros. Como ocorre tradicionalmente, a premiação anunciará os vencedores da edição durante a Semana Internacional do Café, evento do setor que acontece entre 16 e 18 de novembro, em Belo Horizonte (MG).

A primeira fase do concurso, que inclui as inscrições e envio dos materiais por produtores de todas as regiões, foi encerrada no início de outubro. Agora, as amostras estão sendo torradas, provadas e selecionadas por profissionais Q-Graders e R-Graders licenciados pelo CQI (Coffee Quality Institute).

Na segunda etapa, já na Semana Internacional do Café, as amostras selecionadas serão provadas por compradores. As 15 melhores, sendo dez do tipo arábica e cinco de canéfora, ficarão disponíveis em garrafas térmicas durante a feira para que o público deguste e vote em sua amostra favorita de cada categoria.

“O COY é um grande incentivador do desenvolvimento e aprimoramento da produção nacional, divulgação de novas origens do café e dos pequenos produtores. Se transformou em uma referência para o mercado nacional e apesar de todo esse tempo de realização, as expectativas sempre se renovam a cada edição, quando somos surpreendidos por cafés incríveis e que carregam sempre uma grande história”, explica Caio Alonso Fontes, cofundador da Café Editora, uma das realizadoras da SIC.

Novidades 2022

Tradicionalmente, o anúncio dos vencedores era feito no encerramento da SIC. Nesta edição de 10 anos, será implementado um novo formato, com a revelação dos resultados ainda no último dia de evento, mas na parte da tarde, às 14h, para que os vencedores possam se conectar com compradores e o público ainda durante o evento. Na sequência, haverá um bate-papo com os grandes campeões, e, às 17h, acontece um cupping com os cafés que levaram o título (necessária inscrição prévia).

Outro ponto importante no COY 2022 é o “SIC IN THE BOX”, projeto em que compradores de cafeterias, torrefações, traders, provadores e outros interessados podem receber caixas com os cafés premiados. Uma oportunidade para ampliar o envio dos grãos premiados presentes na SIC. Como os pacotes são montados de acordo com o perfil do solicitante, é preciso preencher um questionário que ajuda a identificar e atender interesses específicos. Em breve o formulário estará disponível.

A programação completa da SIC 2022, incluindo informações sobre o COY, está disponível no site!

Serviço
Semana Internacional do Café 2022
Quando: 16 a 18 de novembro
Onde: Expominas – Av. Amazonas, 6200 – Gameleira – Belo Horizonte (MG)
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br

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Mantiqueira de Minas recebe evento de cafés especiais nos dias 20 e 21 de outubro

A cidade mineira de São Gonçalo do Sapucaí recebe, nos dias 20 e 21 de outubro, o 1º Festival de Cafés Especiais da Região da Mantiqueira de Minas. O objetivo do evento é divulgar os cafés da Mantiqueira de Minas, valorizando o trabalho e a dedicação do produtor, e reunindo a cadeia produtiva e consumidora.

Organizada pela Associação dos Produtores de Café da Mantiqueira (Aprocam), a edição traz diversas atividades em sua programação, como oficinas, palestras, painéis, campeonatos, concursos e cuppings. Além disso, no dia 19, às 17h, ocorre a inauguração da Cafeteria Coopervass. A Revista Espresso e o CaféPoint são as mídias oficiais do evento.

Confira a programação completa:

20 de outubro (quinta-feira)

8h –  Início das Oficinas do Senar
9h – Visitas nas fazendas e produtores da região
11h30 – Abertura do Festival
12h às 13h30 – Visitação aos estandes
13h30 – Palestra “Projeto Educampo Café – 25 anos”, com Lázaro Dornelas, consultor especialista Educampo Café
14h30 –  Palestra “Mantiqueira de Minas, uma Denominação de Origem com 25 anos de História”, com Alessandro Hervaz, presidente da Aprocam
15h30 – Palestra “Relacionamento com o cliente e a construção de uma marca no mercado de cafés especiais”, com Luiz Melo, do Supernova Coffee Roasters, e Vitor Ferreira, do Manana Cafés
16h30 – Painel sobre a importância e o papel do barista, com Tiago Rocha, do Naveia, e Vitor Ferreira, do Manana Cafés
17h30 – 1º TNT da Mantiqueira
19h – Happy Hour – atração musical

21 de outubro (sexta-feira)

8h – Início das Oficinas do Senar
9h30 – Cupping das Cooperativas (Coopervass, Coocarive e Cooperrita)
11h – Abertura dos estandes
11h30 – Palestra “Agregando valor a origem com a força do coletivo: Denominação de Origem Mantiqueira de Minas”, com Marcos Fabrício Welge Gonçalves, da Welge Direito Intelectual
13h30 – Palestra “Cafés especiais, pessoas especiais”, com Sergio Braz Regina, coordenador estadual da Emater-MG
14h30 – Palestra “Tendências do mercado interno e externo”, com Leandro Gomes, gerente dpto. de café Coopervass, e Wellington Carlos Pereira, trader da Cocarive
15h30 – Painel das Mulheres, com moderação da jornalista Mariana Proença e participação das mulheres da Região da Mantiqueira
16h30 – Premiação do Top Five da Mantiqueira
17h30 – 55 Independent Coffee Brewers Mantiqueira de Minas
19h – Encerramento

O Festival recebe a parceria do Sebrae, Emater-MG, Cocarive, Cooperrita, Coopervass e Sistema Faemg, e patrocínio do Sicoob, Wiser, Guarany, Carmomaq, Videplast, Solo Fértil, Syngenta, Fortgreen, Palinialves, Ideia Soluções Tecnológicas, Bayer, Solusolo, Ihara, Mauá Bank, Koar, Astoria, Manga Coffee Corporation, Nucoffee, Confrades Craft Beer, São Paulo Coffee Hub, Grupo Via Mondo, MVG Secadores Estáticos, Minas Verde John Deere e BUNN.

Serviço
1º Festival de Cafés Especiais da Região da Mantiqueira de Minas
Quando: 20 e 21 de outubro
Onde: Coopervass – Avenida Tiradentes, 300 – Inconfidentes – São Gonçalo do Sapucaí (MG)
Mais informações: www.instagram.com/mantiqueirademinas 

TEXTO Redação • FOTO Jakub Kapusnak

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Produtor de café: Responda a Pesquisa Cafeeira 2022/2023!

Produtores de café arábica e canéfora (robusta/conilon) já podem responder a Pesquisa Cafeeira referente ao ciclo 2022/2023. Realizada através da parceria entre o CaféPoint e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o objetivo do estudo é entender e analisar os desafios e resultados no campo.

Realizado desde 2013, o questionário digital é destinado a cafeicultores de qualquer região do Brasil e conta com perguntas sobre colheita, irrigação, processos de pós-colheita, eventos climáticos, mão de obra, venda futura, seguro rural e volume de safra.

Segundo a assessora técnica da CNA, Raquel Miranda, comparando os dados obtidos com as informações de anos anteriores, é possível analisar a evolução da adoção de tecnologias e de ferramentas de gestão na cafeicultura, além de traçar linhas de ação a serem seguidas pela Comissão Nacional do Café em prol dos cafeicultores, atendendo diferentes regiões produtoras do País.

A Pesquisa Cafeeira ficará disponível on-line até o dia 16 de dezembro. Os produtores que participarem da Semana Internacional do Café, de 16 a 18 de novembro, em Belo Horizonte (MG), também poderão responder o questionário no estande da Faemg. Os resultados serão divulgados em janeiro de 2023.

Para acessar a Pesquisa Cafeeira 2022/2023, clique aqui.

TEXTO Redação

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Nescafé busca apoiar transição dos agricultores para cultivo de café regenerativo

Nesta terça-feira (4), a Nescafé delineou seu amplo plano para ajudar a tornar o cultivo de café mais sustentável, denominado NESCAFÉ PLAN 2030. A marca está trabalhando globalmente com produtores de café para ajudá-los a fazer a transição para a agricultura regenerativa, acelerando uma década de atuação do NESCAFÉ PLAN, conhecido no Brasil como Programa Cultivado com Respeito.

A marca investirá mais de um bilhão de francos suíços no projeto até 2030. Esse investimento dá continuidade ao NESCAFÉ PLAN atual, à medida que a marca expande seu trabalho com foco em sustentabilidade. Ele tem o respaldo do financiamento agrícola regenerativo da Nestlé seguindo o compromisso do Grupo de acelerar a transição para um sistema alimentar regenerativo e a ambição de alcançar zero emissões líquidas de gases de efeito estufa.

“As mudanças climáticas estão pressionando as áreas de cultivo de café”, disse David Rennie, diretor da divisão de marcas de café da Nestlé. “Com base na experiência de dez anos do NESCAFÉ PLAN, estamos acelerando nosso trabalho para ajudar a enfrentar as mudanças climáticas e enfrentar os desafios sociais e econômicos nas cadeias de valor da Nescafé”, complementa.  

Até 2050, o aumento das temperaturas reduzirá a área adequada para o cultivo de café em até 50%. Ao mesmo tempo, cerca de 125 milhões de pessoas dependem do café para seu sustento e estima-se que 80% das famílias de cafeicultores vivam na linha da pobreza ou abaixo dela. É preciso agir para garantir a sustentabilidade do café a longo prazo.

“Como uma marca de café líder mundial, a Nescafé tem como objetivo ter um impacto real no cultivo do café em todo o mundo. Queremos que os produtores de café prosperem tanto quanto queremos que o café tenha um impacto positivo no meio ambiente. Nossas ações podem ajudar a impulsionar mudanças em todo o setor do café”, comentou Philipp Navratil, diretor da unidade de negócios estratégicos de café da Nestlé.

Transição para o cultivo de café regenerativo 

A agricultura regenerativa é uma abordagem que visa melhorar a saúde e a fertilidade do solo, bem como proteger os recursos hídricos e a biodiversidade. Solos mais saudáveis são mais resilientes aos impactos das mudanças climáticas e podem aumentar a produtividade, ajudando a melhorar o sustento dos agricultores.

A Nescafé oferecerá aos agricultores treinamento, assistência técnica e mudas de café de alto rendimento para ajudá-los a fazer a transição para práticas regenerativas de cultivo de café. Entre os exemplos de práticas de agricultura regenerativa estão: 

  •   O plantio de cobertura vegetal ajuda a proteger o solo. Também ajuda a adicionar biomassa ao solo, o que pode aumentar a matéria orgânica presente e, assim, o sequestro de carbono no solo.
  •   A incorporação de fertilizantes orgânicos contribui para a fertilidade do solo, o que é essencial para a boa saúde do solo.
  •   O aumento do uso de silvicultura e cultivo entre culturas contribui para a preservação da biodiversidade.
  •   A poda dos cafeeiros existentes ou sua substituição por variedades resistentes a doenças e mudanças climáticas ajudará a rejuvenescer os cafezais e aumentar a produtividade dos agricultores.

Origens que produzem 90% do café para Nescafé

A Nescafé trabalhará com produtores de café para testar, aprender e avaliar a eficácia de várias práticas de agricultura regenerativa. Isso será feito com foco em sete fontes principais, de onde a marca obtém 90% de seu café: Brasil, Vietnã, México, Colômbia, Costa do Marfim, Indonésia e Honduras.

O objetivo é alcançar:

  •   100% de café de origem responsável até 2025, sendo que no Brasil a meta foi alcançada em 2019
  •   20% do café obtido de métodos agrícolas regenerativos até 2025 e 50% até 2030 como parte da ambição da Nestlé para seus principais ingredientes

Projeto piloto no México, Costa do Marfim e Indonésia 

A marca oferecerá programas que visam ajudar os agricultores a melhorar sua renda como resultado dessa transição. No México, Costa do Marfim e Indonésia, a Nescafé promoverá um plano piloto de apoio financeiro para acelerar a transição para a agricultura regenerativa. Entre as medidas estão:

  •    Incentivos financeiros condicionados à adoção de práticas agrícolas regenerativas
  •    Proteção de renda por meio de seguro meteorológico
  •    Maior acesso a linhas de crédito para agricultores

A Nescafé acompanhará a evolução e avaliará os resultados de seus programas de campo com os produtores de café por meio de sua parceria de monitoramento e avaliação com a Rainforest Alliance. Seus esforços serão complementados por novas parcerias focadas em expertise, como a do Sustainable Food Lab para tópicos relacionados à avaliação de renda, estratégia e acompanhamento do progresso dos produtores de café.

Avanços no Brasil

No mercado brasileiro, o NESCAFÉ PLAN recebe o nome de Cultivado com Respeito. Lançado em 2011, apoia mais de 1.100 famílias cafeicultoras com a implementação de sistemas transparentes de remuneração, bonificadas pela qualidade de suas safras e a biodiversidade a partir de novas técnicas de cultivo. Atualmente, 100% das fazendas que fazem parte do programa já aplicam ao menos uma prática regenerativa.

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

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Cup of Excellence 2022 divulga 150 amostras selecionadas para Fase Nacional

O Cup of Excellence 2022, principal concurso de qualidade do mundo para café, realizado no Brasil pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com a Alliance for Coffee Excellence (ACE), acaba de divulgar as 150 amostras que obtiveram nota igual ou superior a 86 pontos (escala de 0 a 100 da competição) e disputarão o título de melhor grão especial produzido no país nesta safra.

“Sabemos que a colheita deste ano teve impactos na questão de volume, mas, em qualidade, observamos algo sensacional nos cafés que recebemos, tanto que ampliamos de 100 para 150 lotes classificados para a Fase Nacional e, ainda assim, outras amostras, também com nota superior a 86 pontos, ficaram de fora por questão de décimos na avaliação”, destaca Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA.

Foram cerca de 600 amostras inscritas na edição deste ano. De um total de 15 regiões produtoras que enviaram cafés para o concurso, 11 permanecem na disputa, com a lista sendo encabeçada pela Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, que teve 39 lotes de cafés classificados, 26% do total.

Na sequência vêm a Denominação de Origem Mantiqueira de Minas, com 29 amostras (19,3%); Chapada Diamantina (BA), com 24 (16%); Sul de Minas, com 18 (12%); Indicação de Procedência Matas de Minas, com 13 amostras (8,7%); Indicação de Procedência Alta Mogiana (SP), Denominação de Origem Montanhas do Espírito Santo e Região Vulcânica (MG e SP), com seis amostras cada (4%); Chapada de Minas, com quatro (2,7%); Indicação de Procedência Campo das Vertentes, com três (2%); e Indicação de Procedência Região de Pinhal, com dois lotes (1,3%). A lista completa está disponível no site da BSCA.

Entre os dias 17 a 21 de outubro, esses cafés serão avaliados pelo júri nacional quanto a tipo, cor, aspecto, umidade, defeitos e qualidade de bebida. As amostras que voltarem a obter 86 pontos ou mais, observando o limite das 40 melhores, serão classificadas para a fase internacional da competição, quando juízes do exterior definirão, entre 25 e 28 de outubro, os 30 campeões do Cup of Excellence 2022, que serão aqueles cafés que alcançarem nota igual ou superior a 87 pontos e poderão ser comercializados em disputado leilão internacional, via internet. A cerimônia de anúncio e premiação ocorrerá no dia 29 de outubro.

O concurso também possuirá os “national winners”, que serão aqueles cafés, classificados para a fase internacional, que obtiveram nota igual ou superior a 86 pontos até o 30º colocado, que encerra a lista dos campeões. Esses vencedores nacionais serão disponibilizados para venda por até 20 dias na plataforma on-line da ACE, com suporte da BSCA.

As cotações iniciais de venda para esses cafés serão de US$ 5,50 por libra-peso (*R$ 3.720 por saca de 60 kg) para os campeões e de US$ 4,50 por libra-peso (*R$ 3.044 por saca) para os vencedores nacionais.

Próximas etapas
17 a 21/10/2022 – Fase Nacional
22/10/2022 – Resultado da Fase Nacional
25/10 a 28/10/2022 – Fase Internacional
29/10/2022 – Resultado da Fase Internacional e premiação aos vencedores
25/11 a 09/12/2022 – Venda dos Vencedores Nacionais
1º/12/2022 – Leilão dos campeões do Cup of Excellence
1º/02/2023 – Pagamento aos campeões do Cup of Excellence
09/02/2023 – Pagamento aos produtores Vencedores Nacionais

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Nespresso debate agricultura regenerativa e sustentabilidade em 7ª edição do HackTown

Na última sexta-feira (16), a Nespresso participou da 7ª edição do HackTown, festival de inovação, tecnologia e criatividade, que aconteceu entre 15 e 18 de setembro, em Santa Rita do Sapucaí (MG). Representada pelo executivo Guilherme Amado, a empresa debateu questões climáticas, agricultura regenerativa e práticas sustentáveis na produção do café.

“A Agricultura Regenerativa surge como uma resposta direta à revolução verde e ao alto índice do uso de insumos, dentro de um cenário de mudanças climáticas preocupante. Debater o assunto em um evento tão plural é importantíssimo, afinal, a discussão é urgente. Nossas práticas sustentáveis são reconhecidas mundialmente e, por isso, precisamos disseminá-las e demonstrar como fazemos isso” afirma Guilherme Amado, Líder do Programa AAA de Qualidade Sustentável na Nespresso no Brasil e no Havaí.

Na ocasião, o executivo apresentou o cenário da empresa, onde 100% das fazendas fornecedoras de café, no Brasil, fazem parte do Programa Nespresso AAA de Qualidade Sustentável. Desenvolvido em 2003 em parceria com a Rainforest Alliance, o projeto visa garantir suporte aos produtores, agregar conhecimentos e técnicas que os apoiem na produção de um café de alta qualidade, valorizando as práticas sustentáveis e contribuindo para sua qualidade de vida. 

Atualmente, mais de 110 mil fazendas parceiras em 17 países participam e são auxiliadas por mais de 450 agrônomos, que ajudam a cultivar o café de forma ambiental, social e economicamente sustentável. No Brasil, as 1.300 fazendas que fornecem café para a Nespresso fazem parte e atendem as demandas de sustentabilidade do Programa AAA.

TEXTO Redação

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6ª edição do Concurso NossoCafé da Yara está com inscrições abertas

Até o dia 30 de setembro estão abertas as inscrições para participar da 6ª edição do Concurso NossoCafé, competição anual promovida pela Yara para destacar a produção nacional de cafés de alta qualidade, reforçando a importância da nutrição equilibrada em todo o ciclo produtivo da cultura.

São duas categorias – café cereja descascado e café natural – e o ganhador de cada uma delas leva como prêmio uma viagem para participar do Specialty Coffee Expo 2023, maior evento voltado à indústria de café da América do Norte, realizado nos Estados Unidos. Neste ano, pela primeira vez no concurso, o segundo e terceiro lugar de cada categoria também serão premiados.

“Ao longo de todas as edições do concurso pudemos avaliar e reconhecer o quanto essa experiência tem sido positiva e importante para levar conhecimento e desenvolver o potencial dos produtores de café do nosso país. Por isso, os finalistas em segundo e terceiro lugar desta edição também serão contemplados. Esta é a forma que encontramos para expandir o nosso reconhecimento e valorização dos produtores que confiam nas soluções nutricionais Yara para elevar a qualidade e produtividade dos cafezais”, comenta Kaio Dias, especialista agronômico da Yara.

O segundo colocado de cada uma das categorias receberá um curso de Q-Grader (profissional mestre avaliador de qualidade) e o terceiro lugar de cada categoria ganha o curso de Q-Processing Level 2 (processamento de café), ambos na Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), na cidade de Varginha (MG), com todas as despesas pagas.

Duas etapas e anúncio dos ganhadores

O concurso é dedicado aos produtores que utilizaram o Programa Nutricional NossoCafé Yara (YaraMila ou YaraRega, YaraLiva ou YaraTera Calcinit, YaraVita) na safra 2021. Dividido em duas etapas, a primeira consiste na inscrição pelo site, quando o produtor escolhe a categoria que quer se inscrever, seguida do envio das amostras do café para análise. As amostras serão classificadas segundo protocolos e avaliação da Specialty Coffee Association (SCA), a qual considera uma série de atributos, entre eles: aroma, sabor, acidez, doçura, corpo e equilíbrio.

Os selecionados para a segunda fase do concurso deverão apresentar, no período de 17 a 25 de outubro, uma nova amostra do café que será classificada por uma comissão julgadora, também conforme a metodologia SCA.

Os vencedores serão anunciados em 17 de novembro, durante a Semana Internacional do Café 2022, em Belo Horizonte (MG). Além da viagem ao exterior, os primeiros colocados em cada categoria terão seus lotes (cinco sacas de 60kg) adquiridos pela Yara por um valor acima do praticado pelo mercado. Os cafés serão ensacados com o nome e a propriedade dos ganhadores NossoCafé estampados nas embalagens que serão distribuídas globalmente pela Yara.

Os cinco finalistas de cada categoria serão convidados para participar presencialmente da SIC com todas as despesas pagas pela Yara. A empresa promove ainda a conexão entre os produtores e os interessados em comprar os cafés finalistas durante a chamada Mesa de Negócios.

O regulamento sobre o concurso, informações sobre a Mesa de Negócios e as inscrições podem ser acessadas no site.

TEXTO Redação

Cafezal

50 anos da cafeicultura do Cerrado Mineiro!

Neste ano, a cafeicultura do Cerrado Mineiro comemora 50 anos! Iniciada por cafeicultores nativos e por outros que migraram de estados como São Paulo e Paraná, a atividade cresceu e se fortaleceu ao longo das últimas cinco décadas, com a criação de cooperativas, associações e da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.

A região também foi a primeira no Brasil a conquistar a Denominação de Origem para café. O selo, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), é dado para locais que consigam comprovar a sua notoriedade e o seu “saber fazer” único, ou seja, que apresentam um processo de produção singular que resulta em um café com características exclusivas deste território.

“O Cerrado, ao longo dos anos, promoveu a marca, a origem e a qualidade do café, e isso gerou a necessidade de uma proteção. Essa proteção se dá pela Denominação de Origem, que é um registro super importante para a gente trabalhar tanto no mercado brasileiro, quanto no mercado internacional, e é representado por um selo de origem e qualidade do Cerrado Mineiro”, explica Juliano Tarabal, superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.

Ele também comenta que, ao longo destes 50 anos, é possível perceber a evolução da cafeicultura brasileira através de três pontos: qualidade, sustentabilidade e tecnologia de produção. “O primeiro ponto é a qualidade. O produtor brasileiro e do Cerrado Mineiro deixou de colocar o foco apenas em volume, e passou a olhar também para a qualidade e para o pós-colheita. Um segundo ponto é a sustentabilidade. O Brasil, eu diria que de 2005 pra cá, investiu muito na sustentabilidade de suas propriedades, com certificações de organizações internacionais e evolução de pesquisas. Um terceiro ponto, super importante, é a tecnologia de produção. Hoje nós somos líderes em pesquisa. Temos instituições como a Embrapa, a Epamig, o IAC e a Procafé, que produzem pesquisa de ponta para que o produtor consiga evoluir cada vez mais”.

Outro fator que o superintendente destaca são os eventos que acontecem anualmente pelo País, como a Semana Internacional do Café. “A SIC é, sem dúvidas, um divisor, porque é um grande ponto de encontro e consegue fazer a cadeia conversar, reunir todos os players que estão no café. Isso gera novos negócios, novos projetos e novas estratégias”.

Estes elementos resultam em um movimento que podemos ver acontecendo no Brasil: o aumento do consumo de café de qualidade. “A grande indústria ingressou no café especial. Hoje vemos grandes marcas colocando café especial na gôndola, além de um aumento exponencial de cafeterias, não só nas grandes capitais, mas também no interior”, comemora.

Aliado a este crescimento na demanda, o Cerrado Mineiros atingiu, recentemente, a marca de 1 milhão de sacas com selo de Denominação de Origem. “São muitos motivos para comemorar! O 10º Prêmio do Cerrado Mineiro, que acontece em 30 de novembro deste ano, será a celebração dos 50 anos do Cerrado”, relembra Juliano.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Café Editora