A tempestade perfeita no Brasil cria oportunidades para outras origens?

Muito pior do que aconteceu na seca de 1986 e nas geadas de 1994, a combinação de eventos que afetou o agronegócio café brasileiro em 2021 é uma excelente definição de tempestade perfeita: seca, geadas, seca de novo, crise logística, grandes aumentos de preços de fertilizantes e pesticidas, risco de barreiras de acesso aos mercados da UE e excesso de chuvas e inundações primeiro nas áreas de Conilon e agora em Minas Gerais.

Embora a maioria dos componentes desta tempestade seja específica do Brasil, a crise logística e os insumos mais caros afetam todos os países produtores de café. No entanto, os aumentos de frete têm um impacto maior sobre os preços de entrega CIF dos cafés brasileiros porque o país está mais distante dos principais países importadores de café. Também, os preços de fertilizantes e pesticidas subiram para todos os países produtores, mas o Brasil os usa de forma mais intensa por vários motivos.

Foi a tempestade perfeita no Brasil pois afetou o tamanho da safra e o custo de produção e entrega do café de forma que não há paralelo no próprio Brasil no passado e na maioria dos outros países produtores no passado ou no presente. Sendo o Brasil, de longe, o maior país produtor de café, não é de admirar que os preços do café tenham subido de maneira não vista há décadas! Isto pode trazer oportunidades interessantes para todos os outros países produtores de café aumentarem sua participação no mercado porque as geadas podem ter impactos que vão além da safra de 2022, a crise logística – fretes altos – também pode se estender além de 2022 e os preços dos insumos devem permanecer altos no futuro próximo. Ou seja, pode haver uma janela de oportunidade para os concorrentes brasileiros que vai além de 2022.

Origens que não o Brasil podem se beneficiar desta oportunidade de várias maneiras: no curto prazo, melhor processamento de seus cafés – benefício úmido, secagem e benefício seco – para aumentar a eficiência e oferecer cafés de melhor qualidade; na próxima safra, boas práticas agrícolas e aumentos inteligentes no uso de insumos para avançar em direção à produtividade econômica máxima; e, no médio prazo, renovação com variedades resistentes a pragas e doenças e mais produtivas. Estas oportunidades são maiores para grandes produtores e para aqueles que tratam o café como um negócio. Os pequenos produtores, que são a maioria, tendem a se beneficiar menos porque são menos eficientes e geralmente vendem seus cafés por um preço mais baixo porque têm menos acesso à tecnologia e menos poder de barganha.

Como o tamanho médio da fazenda de café no Brasil é 4 a 5 vezes maior do que no resto do mundo, uma forma destes países que competem com o Brasil aproveitarem esta oportunidade e tornarem seus benefícios mais duradouros é fazer com que esses seus pequenos produtores unam forças e trabalhem juntos para ganhar escala e eficiência. Como isso pode ser feito? A primeira etapa pode ser processar café em conjunto, em pequenas centrais de benefício úmido, a fim de reduzir os custos operacionais e os investimentos. O próximo passo pode ser comprar insumos – fertilizantes e pesticidas – em conjunto para reduzir os custos de produção. O último passo pode ser vender café juntos para conseguir preços melhores. Entretanto, isto não é fácil devido a fatores culturais, ao apego a sistemas tradicionais, etc.

O uso de centrais de benefício para processamento de café pode ir além de micro e pequenas unidades centrais de benefício úmido para grupos de pequenos produtores e incluir centrais maiores de secagem, limpeza e descasque dos cafés provenientes de um grupo de centrais de benefício úmido. Isto pode ser um passo adicional para aumentar a eficiência, reduzir custos e aumentar lucros. Esta pode ser uma oportunidade para cooperativas de cafeicultores ou comerciantes de café à medida que mais e mais café é reunido e separação por tamanho, densidade e cor são adicionados juntamente com a liga, para fazer “blends”. Essa consolidação do processamento pode exigir menos pessoas, mas a tecnologia para ganhar mais eficiência de produção pode diminuir muito mais a mão de obra requerida.

Tendo em vista que ao se aproveitar as oportunidades criadas pela tempestade perfeita no Brasil pode sobrar mão de obra nos países concorrentes, cabe aqui uma pergunta muitas vezes ignorada no negócio café: o futuro da produção deve estar a cargo de um grande número de pessoas, cuja renda ou salário não seja suficiente para que tenham uma vida decente e próspera, ou contar com menos pessoas que tenham uma renda ou salário justo? A resposta a essa pergunta incômoda não pode e não deve ser buscada somente dentro do setor cafeeiro, apenas na cadeia de abastecimento do café, como erroneamente se espera. A resposta está no desenvolvimento regional para criar os empregos necessários fora da produção de café, à medida que esta se torna mais eficiente.

É interessante notar que em países com produtividade alta, por exemplo, Brasil, Vietnã, Costa Rica e a própria Colômbia, há disponibilidade de empregos urbanos nas regiões cafeeiras. Valeria a pena estudar melhor o papel da diversificação rural-urbana nestes países, com pequenos cafeicultores e/ou familiares tendo empregos ou negócios nas cidades pequenas e médias de sua região cafeeira, como inclusive ocorre no Brasil.

A tempestade perfeita no Brasil cria oportunidades que as instituições preocupadas com o desenvolvimento nos países produtores de café deveriam olhar com uma visão mais ampla, que inclua políticas de desenvolvimento regional ou mesmo nacional que vão além do próprio agronegócio café. As Boas Práticas Agrícolas (BPA) e as centrais de benefício poderiam ou deveriam desencadear um processo de desenvolvimento econômico que vá além do agronegócio café e seja um dos componentes de planos de desenvolvimento regional ou nacional. É a dificuldade disto ocorrer na maior parte dos países que deverá fazer com que a participação do Brasil no mercado tenha perda efêmera e volte a crescer em poucos anos.

TEXTO Carlos Henrique Jorge Brando

Mercado

Confira as 10 principais tendências globais de consumo da Euromonitor

A empresa global de pesquisa de mercado, Euromonitor International, lançou o relatório “As 10 Principais Tendências Globais de Consumo 2022”, que define as tendências que vão motivar o comportamento dos consumidores e desafiar estratégias de negócios no próximo ano.

Segundo a pesquisa, mudanças radicais no estilo de vida motivaram os consumidores a tomarem decisões de forma intencional, consciente e ambiciosa em 2021. Agora, eles estão colocando os planos em ação, se aventurando e aproveitando o momento. As empresas precisam evoluir tão rápido quanto as mudanças de comportamento do consumidor.

Sempre com um plano B

Os consumidores encontram soluções criativas para comprar seus produtos desejados ou pesquisar as próximas melhores opções diante da grande escassez causada por interrupções das cadeias de abastecimento.

Agentes do clima

A eco ansiedade e a emergência climática promovem o ativismo ambiental para uma economia “net zero”. Em 2021, 35% dos consumidores no mundo reduziram ativamente suas emissões de carbono. leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Alphacolor

Cafezal

Há algo fermentado no reino dos cafés brasileiros

Fermentado e fermentando. A técnica cresceu muito nos últimos anos e traz oportunidades, desafios e riscos para todos os pontos da cadeia de café no Brasil

Fermentação de um black honey – Foto: Lucas Louzada

O processo de fermentação está em alta e não é só no café. Fala-se muito sobre a fermentação do pão, da cerveja, da kombucha, das conservas de alimentos, como os picles, por exemplo. No café, o processo de fermentação também não é novo. É tradicional de muitas regiões produtoras no mundo e já tem alguns anos que vem sendo usado e testado por produtores nacionais. Já falamos sobre o tema aqui na Espresso algumas vezes, e você pode conferir um bom resumo no boxe “O básico da fermentação”, nesta reportagem.

Com os bons resultados que os cafés fermentados brasileiros vêm obtendo nos últimos anos, era natural que o interesse se disseminasse, primeiro entre os produtores, passando pelas cafeterias, até chegar ao consumidor final. Os entusiastas do café – os coffee geek ou coffee lovers, se assim você preferir chamá-losbuscam essas opções, seja por iniciativa própria, seja por sugestão dos baristas. 

Café de safra

Uma das possibilidades que os cafés fermentados oferecem ao mercado brasileiro é a ampliação do repertório. Com a impossibilidade legal de importar grãos verdes de outros países produtores, que trariam características diferentes para ser exploradas na torra e na extração, experiências de processamento são uma alternativa possível e, até relativamente pouco tempo atrás, inexplorada.

O resultado, quando o processo é bem realizado, são cafés ainda mais únicos, que costumam ser comparados aos vinhos de safras especiais, que dificilmente terão uma garrafa com as mesmas características em anos posteriores. Isso abre uma possibilidade de mercado interessante, mas que deve ser encarada como uma opção a mais pelo produtor e não como uma alternativa para toda uma fazenda ou colheita. 

Um caso interessante é o das experiências de fermentação com cafés da espécie canéfora. Já há algum tempo os produtores localizados principalmente na região amazônica, em Rondônia, e no Espírito Santo vêm desenvolvendo os canéforas finos e quebrando o preconceito existente com relação às variedades não pertencentes à espécie arábica. Para cafés robusta e conilon, por exemplo, a fermentação é capaz de trazer para a xícara uma importante acidez, algo raro quando esses cafés passam pelos processamentos mais tradicionais.

Segurança alimentar 

Um dos pontos importantes levantados por todos os entrevistados é o fato de que a fermentação secundária ou induzida, assim como pode trazer e acentuar pontos fortes do café, pode originar sabores ruins e até toxinas não seguras para consumo. Nunca é demais lembrar: notas sensoriais químicas, medicinais, azedas e muito untuosas são sinais de que algo deu errado.  leia mais…

TEXTO Cintia Marcucci

Mercado

Fundação Ernesto Illy e illycaffè lançam 11º Mestrado em Economia e Ciência do Café na Itália

Na última segunda-feira (10) começou o 11º Ano Acadêmico do Mestrado em Economia e Ciências do Café – Ernesto Illy, com o objetivo de oferecer aos alunos formados em economia, engenharia e ciências agrícolas uma formação aprofundada sobre a cultura do café, da planta à xícara, no valor social do consumo do café e na cultura dos países produtores.

O Mestrado em Economia e Ciência do Café – Ernesto Illy conta com um conjunto de professores de instituições como a Universidade de Trieste, Universidade de Udine, Drexel University, Kedge Business School, MIB Trieste School of Management, Universidade de Pádua, Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Trento, Universidade do Norte do Colorado, Universidade de Copenhagen e o World Coffee Research. Os parceiros que apoiam o Mestrado são a Universidade de Trieste, a Universidade de Udine e a SISSA – Scuola Internazionale Superiore di Studi Avanzati di Trieste (Escola Internacional de Estudos Avançados de Trieste). A Fundação Ernesto Illy contribuiu com 11 apoios econômicos e quatro parciais para estudantes vindos de países produtores de café. A Fundação Friuli confirmou para este ano letivo uma bolsa de estudos para um aluno da área de Udine.

Este ano letivo conta com 23 alunos matriculados de 16 países: Brasil, Colômbia, Costa Rica, Etiópia, Grécia, Guatemala, Honduras, Índia, Indonésia, Itália, Quênia, Moçambique, Nicarágua, Estados Unidos, Ucrânia e Uganda. Entre os 206 estudantes vindos de 33 países que se formaram nas 10 edições anteriores, 88% deles continuam ativos no mundo do café e melhoraram sua posição profissional após terem feito o Mestrado.

Pela primeira vez nos nove módulos, o curso será ministrado na modalidade híbrida e se estenderá ao longo de doze meses – de janeiro a dezembro de 2022 – tanto por meio de aulas on-line quanto com atividades laboratoriais no período de setembro e outubro, a serem realizadas na sede da illycaffè, em Trieste, na Itália, proporcionando aos alunos que trabalham a possibilidade de cursar o Mestrado.

Os diretores do Mestrado são Furio Suggi Liverani, nomeado pela illycaffè; Andrea Tracogna, nomeado pela Universidade de Trieste; e Pietro Romano, nomeado pela Universidade de Udine.

TEXTO Redação

Café & Preparos

Desvendando as embalagens de café especial

Você é novo no universo dos especiais e ainda não sabe como escolher seu café? Nós vamos ajudar você a entender esses pacotinhos preciosos que carregam, além de bons grãos, muito amor, cuidado e história!

Ilustração: Eduardo Nunes

De uns anos para cá, o Brasil presenciou a onda de cafeterias e torrefações que foram pipocando de norte a sul. Para muitos, tomar café deixou de ser apenas um hábito corriqueiro de manhã ou depois do almoço, e passou a ser um momento de apreciação, uma pausa no dia a dia, seja em num local especializado, seja em casa. 

O consumo de cafés especiais cresce a todo momento e o produto se torna mais acessível. É possível comprar pacotinhos de diversas marcas, torrefações e origens em cafeterias, e-commerces e até em alguns supermercados. Com esse movimento, novos apreciadores surgem e com isso a dúvida: “O que querem dizer todas essas informações encontradas nos pacotes de café especial?”. Reunimos algumas dicas que podem ajudar você nessa escolha! 

Onde foi cultivado?

Fique de olho: é importante que o pacote estampe a região produtora daquele grão! Muitas regiões possuem atributos geográficos (solo e vegetação), meteorológicos (clima) e humanos (cultivo) específicos que determinam quais características (sabor, aroma, corpo) podem ser encontradas na bebida final. Para isso, você pode prestar atenção se há algum selo contido na embalagem, como o de Indicação de Procedência ou o de Denominação de Origem. Há também os que são de qualidade, como UTZ, Rainforest e o da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), que dão confiabilidade ao produto.

Arábica ou canéfora?

As duas espécies de café são bem diferentes na xícara. Basicamente, o arábica resulta em uma bebida mais suave, com maior acidez e doçura, enquanto o canéfora conta com acidez e doçura mais sutis, mas é mais encorpado. Vai do gosto de cada um. Experimente os dois e veja qual agrada ao seu paladar! leia mais…

TEXTO Gabriela Kaneto

Mercado

Guia de Cafés #12: dicas do que estamos tomando

Acabou o ano! Mas antes dele terminar, não podemos ficar sem os nossos cafés para as festas e para iniciar o ano de forma doce e saborosa. Recebemos dezenas de cafés nos últimos meses e neste Guia de Cafés recomendamos aqueles que foram recebidos pela nossa equipe e aprovados. A proposta é que possamos “assinar embaixo” de produtos com rastreabilidade e qualidade.

Aqui na redação da Espresso ainda estamos trabalhando todos de casa devido à pandemia do Coronavírus, faz 22 meses. Conte para nós que cafés está tomando e experimente essas novidades! As dicas de mais de 20 cafés desta leva da Espresso são grãos super variados. Quer nos enviar? Saiba como no fim desta matéria. Veja o que separamos para você:

Bom Retiro Café – Pau-Brasil

Produzido por: Fazenda Bom Retiro
Produtor: Gustavo Sturm
Região: Extremo Sul da Bahia
Espécie: canéfora
Variedade: conilon
Mais informações: Fazenda campeã do Coffee of The Year 2020 – Categoria Canéfora
Outros cafés da marca: Jacarandá-da-Baía
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Café Rock Star

Produzido por: Sítio Grãos de Ouro
Produtor: Luiz Claudio de Souza
Região: Muqui (ES) – Sul do Espírito Santo
Espécie: canéfora
Variedade: conilon
Torrado por: Cafesul
Processamento: natural
Sensorial do café: marcante, vinho, caramelo e frutas vermelhas
Mais informações: Fazenda tricampeã do Coffee of The Year 2018/2019/2021 – Categoria Canéfora
Preço: R$ 39,90 (250 g) – Grão ou moído
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Don Bento – Robusta Amazônico

Produzido em: Sítio Rio Limão
Produtor: Família Bento
Região: Cacoal (RO) – Matas de Rondônia
Variedade: robusta amazônico
Espécie: canéfora
Processamento: fermentação controlada
Torrado por: Don Bento
Sensorial do café: sabor de castanhas, caramelo e cacau. Corpo aveludado e acidez equilibrada
Compre aqui. leia mais…

Receitas

Caipirinha de uva e manjericão

Ingredientes

– 30 ml de Leblon Cachaça
– 10 ml de Marie Brizard Anisette Liqueur (licor de anis)
– 10 ml de Marie Brizard Limoncini (licor de limão siciliano)
– 8 uvas Itália frescas
– 5 folhas de manjericão frescas
– Cubos de gelo

Preparo

Em um copo On the Rocks, macere levemente as uvas e as folhas de manjericão. Complete o copo com gelo e acrescente as bebidas. Decore com as folhas de manjericão e sirva com um mexedor

FOTO Rogério Voltan • RECEITA Rabbit

Mercado

Home office ou híbrido? Pesquisa destaca tendências sobre novo cenário de trabalho

Foto: Andrew Neel

A Nespresso Professional, segmento da companhia responsável por soluções para escritórios, hotéis, restaurantes e cafeterias, traz a Pesquisa Nespresso Professional: O Futuro do Ambiente de Trabalho no Cenário Pós Pandemia, que busca compreender as tendências sobre o futuro do ambiente de trabalho neste momento de volta para os escritórios.

A pesquisa foi desenvolvido em parceria com os institutos de pesquisa Nestlé C.Lab, Ginger Strategic Research e Innova.La, com o propósito de fomentar diálogos por meio de conteúdo de relevância para o mercado brasileiro, principalmente com o cenário de retomada.

“O estudo da Nespresso Professional surgiu como uma consequência da série de questionamentos que temos visto sobre o futuro do trabalho, devido ao movimento de volta aos escritórios. Tal inquietude nos motivou a aterrissar essas dúvidas em algo tangível, como uma pesquisa, que pode nos guiar e inspirar durante o processo de retomada das atividades presenciais”, afirma Ignacio Marini, CEO da Nespresso Brasil.

A pesquisa analisa diversas esferas, como os novos modelos de trabalho, os escritórios e espaços, interação entre colaboradores e líderes, além de aspectos como produtividade, saúde mental e bem-estar, a partir de seis principais insights sobre o tema:

O brasileiro é sociável e o escritório promove essa comunicabilidade

No cenário pós-pandemia, as empresas precisarão adaptar seus escritórios pensando em ressignificar as relações entre os colaboradores. As perdas trazidas pela pandemia são claras. Se antes o espaço de trabalho trazia uma sensação de coletivo e contato próximo, agora o funcionário se sente distante e sozinho. Porém, o trabalho em casa também trouxe uma maior flexibilidade e mais tempo para ficar com a família.

Na pesquisa alguns dos problemas citados foram:

  • Diminuição de oportunidades de convivência com a equipe (72%)
  • Dificuldade de comunicação (31%)
  • Relacionamento mais impessoal (13%)

Isso mostra que, nessa retomada híbrida, que intercala o modelo presencial e remoto, os funcionários buscarão mais oportunidades de descontração e conversa com os colegas quando estiverem presencialmente no escritório, deixando as tarefas individuais para os dias que estiverem trabalhando de casa.

Desencontro entre visão dos gestores e colaboradores

Se por um lado os gestores acreditam que o home office pode melhorar o bem-estar dos colaboradores e permitir o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, por outro a pandemia intensificou problemas relacionados à saúde mental. A maioria dos gestores sabe que é um tema que precisa ser discutido, mas será que estão ouvindo seus colaboradores e investindo em ações que realmente farão a diferença?

De modo geral, percebe-se uma unicidade na opinião dos gestores entrevistados. Porém, o paradoxo está relacionado às divergências encontradas na comparação entre essas respostas e as dadas pelos leia mais…

Mercado

Vanusia Nogueira é homenageada em último episódio da websérie da BSCA

Na quarta-feira (15) acontece o lançamento do 30º episódio da websérie “A História do Café Especial – O olhar da BSCA em 30 anos”, realizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Café Editora.

Além das imagens de bastidores, o último vídeo da produção é uma homenagem à Vanusia Nogueira, diretora-executiva da BSCA e indicada do Brasil ao cargo de diretora-executiva da Organização Internacional do Café. Fizeram parte da homenagem: Carlos Henrique Brando, da P&A Marketing; Henrique Cambraia, da Cambraia Cafés; Javier Faus, da Bourbon Specialty Coffees; Daniela Capuano, da Capuano Coffee; Marcelo Weyland Barbosa Vieira, da Fazenda Lagoa – Alfenas Agrícola; Carmem Lucia Brito, das Fazendas Caxambu e Aracaçu; José Francisco Pereira, da Cia Agropecuária Monte Alegre; Susie Spindler, da Alliance for Coffee Excellence; José Edgard Pinto Paiva, da Fundação Procafé; Ubion Terra, da O’Coffee; Henrique Sloper, da Camocim Organic; Mariana Proença, da Revista Espresso; Luiz Paulo Pereira, da CarmoCoffees/Fazenda Santuário Sul; Silvio Leite e Giovana Leite, da Silvio Leite Café; e Chris Allen, Lyvia Camargo, Paulo André Kawasaki, Teresa Costa, Thainara Kalli, Viviane Bueno e Henrique Fernandes, da BSCA.

Movimento da xícara ao grão

Com episódios disponibilizados no YouTube da BSCA e no Instagram da Revista Espresso, o projeto teve como objetivo levar informações relevantes sobre a cadeia do café especial ao consumidor final e a todas as pessoas que não possuem conhecimento deste universo, rebobinando o trajeto da bebida da xícara ao produtor e sua lavoura.

Aproximando as pontas do setor, a websérie contou com linguagem acessível e tradução em inglês. Deste modo, mais pessoas ao redor do mundo também podem conhecer de perto a história do café especial no Brasil e ficar por dentro de toda a qualidade da produção nacional!

TEXTO Redação • FOTO Semana Internacional do Café

Mercado

Que tal receber em casa os melhores cafés do Coffee of The Year? Conheça o SIC IN THE BOX

A Semana Internacional do Café acaba de lançar um novo projeto: o SIC IN THE BOX. Compradores de cafeterias, torrefações, traders, provadores e outros interessados em provar e comprar os melhores cafés da edição do prêmio podem participar. As caixas são limitadas e as amostras seguem para os interessados em pacotes separados de acordo com o perfil do comprador.

Através de um questionário, a equipe da SIC irá entender o perfil de compra e enviará as amostras de café que atendam a esse interesse específico. Após os compradores receberem, torrarem e provarem esses cafés, a organização colocará eles em contato com os produtores para negociação.

São poucas unidades de cada amostra, que seguem cruas – sem torra – para os compradores e interessados. Cada caixa atende ao perfil de pontuação e as quatros categorias do Coffee of The Year: arábica, canéfora, fermentação induzida arábica e fermentação induzida canéfora.

O comprador pode escolher se quer receber cafés de diferentes categorias e também indicar um intervalo de pontuação que procura. Na caixa são enviadas seis amostras de café. O valor de investimento para adquirir a SIC IN THE BOX é de R$ 160. Para participar, basta preencher o formulário e seguir o passo a passo.

O objetivo do projeto é oportunizar que mais compradores possam ter acesso aos cafés campeões e que as torrefações e cafeterias do Brasil ofereçam grãos de diferentes produtores e também de espécies e processamentos variados. Os 45 melhores cafés do Brasil alcançaram pontuações altas e são cafés complexos que agradaram a mais de 30 provadores durante a seleção do Coffee of The Year. 

Premiados de 2021

O prêmio Coffee of The Year tem diversidade de regiões que participam e, nesse ano, os quatro primeiros lugares foram de diferentes origens. O grande vencedor na categoria arábica foi Elmiro Alves do Nascimento, da Fazenda Santiago, no Cerrado Mineiro. Na categoria arábica fermentação Induzida, a grande vencedora foi Sandra Lelis da Silva, do Sítio Caminho da Serra, em Matas de Minas.

Nos cafés canéfora, Luiz Claudio de Souza, do Sítio Grãos de Ouro, no Sul do Espírito Santo, levou o prêmio e é tricampeão da categoria. Já na categoria canéfora fermentação induzida, os três primeiros lugares ficaram com o estado de Rondônia, sendo o primeiro deles com Poliana Perrut, da Chácara Paraná, nas Matas de Rondônia. Para saber mais, clique aqui.

Sobre o Coffee of The Year Brasil

Criado em 2012, o Prêmio Coffee of The Year Brasil tem como objetivo reunir os melhores cafés do Brasil e eleger os grandes destaques do ano, incentivando assim o desenvolvimento e aprimoramento da produção nacional e a divulgação de novas origens do café.

O concurso conta com duas fases. A primeira consiste em receber as amostras de produtores de todo o Brasil que são torradas e provadas por profissionais Q-Graders e R-Graders licenciados pelo CQI (Coffee Quality Institute). Na segunda fase, as melhores amostras participam da Semana Internacional do Café em salas de prova.

Destas amostras classificadas, as 21 melhores vão para a final do concurso (10 amostras de arábica, 5 de canéfora, 3 de fermentação induzida arábica e 3 de fermentação induzida canéfora) e são escolhidas e votadas pelo público. O concurso é voltado para produtores de todas as regiões do Brasil.

TEXTO Redação • FOTO Alessandro Carvalho/Semana Internacional do Café